12/05/2013

Prémios Profissionais de BD 2012 - Nomeados



ÁLBUM DO ANO

O BAILE (KINGPIN BOOKS)

DIÁRIO RASGADO (MUNDO FANTASMA)

HAN SOLO (POLVO)

SANGUE VIOLETA E OUTROS CONTOS (EL PEP) 


ARGUMENTISTA DO ANO

NUNO DUARTE (O BAILE)
MARCO MENDES (DIÁRIO RASGADO)
RUI LACAS (HAN SOLO & ASTEROID FIGHTERS 2 – OS ORÁCULOS)
MIGUEL PERES (CINZAS DA REVOLTA)


DESENHADOR DO ANO

JOANA AFONSO (O BAILE)
MARCO MENDES (DIÁRIO RASGADO)
RUI LACAS (HAN SOLO & ASTEROID FIGHTERS – OS ORÁCULOS)
AFONSO FERREIRA (LOVE HOLE)


COLORISTA DO ANO

JOANA AFONSO (O BAILE)
RUI LACAS (HAN SOLO & ASTEROID FIGHTERS 2 – OS ORÁCULOS)
ARTUR CORREIA (O PAÍS DOS CÁGADOS)
JOÃO AMARAL (CINZAS DA REVOLTA)


LEGENDADOR DO ANO

MÁRIO FREITAS (O BAILE)
MARCO MENDES (DIÁRIO RASGADO)
RUI LACAS (ASTEROID FIGHTERS 2 – OS ORÁCULOS)
RUI LACAS & HUGO JESUS (HAN SOLO)


DESIGNER DE PUBLICAÇÃO DO ANO

MÁRIO FREITAS (O BAILE)
MARCO MENDES (DIÁRIO RASGADO)
RUI LACAS (HAN SOLO)
JOANA PIRES (MESINHA DE CABECEIRA #23)


ANTOLOGIA DO ANO

ZONA DESENHA (ASSOCIAÇÃO TENTÁCULO)
GRAPHITE #O (GBS EDIÇÕES)
MESINHA DE CABECEIRA #23 (CHILI COM CARNE)
ZONA NIPPON 1 (ASSOCIAÇÃO TENTÁCULO)


WEBCOMIC DO ANO

MARGEM SUL (PEDRO BRITO)
THE MIGHTY ENLIL (PEDRO CRUZ)
OS POSITIVOS (OS POSITIVOS)
STORY OF GODZ (PEDRO FERNANDES, GEVAN & LUÍS VALENTE – YUCCA STUDIOS)

Os PRÉMIOS PROFISSIONAIS DE BD (PPBD) foram criados em 2012 e estão a ser organizados por cinco pessoas ligadas à banda desenhada e ao jornalismo: André Oliveira, Inês Fonseca Santos, Maria José Pereira, Mário Freitas e Nuno Amado. A iniciativa tem como objectivo distinguir as melhores obras portuguesas de BD publicadas no nosso país no ano civil anterior àquele em que são atribuídos os prémios. Pretende ainda apresentar-se como uma montra e um motor permanente do que de melhor se faz na BD nacional.
As obras nomeadas para a primeira edição dos PPBD foram seleccionadas por um Grande Júri composto por 25 personalidades ligadas a esta área – de autores a investigadores, passando por jornalistas e divulgadores. Em análise, encontram-se mais de 30 obras publicadas em Portugal entre Janeiro e Dezembro de 2012.
O anúncio dos nomeados em cada categoria – Álbum do Ano; Argumentista do Ano; Desenhador do Ano; Colorista do Ano; Legendador do Ano; Design de Publicação do Ano; Antologia do Ano; WebComic do Ano – foi feito no dia 11 de Maio, na Biblioteca Municipal Orlando Ribeiro, em Lisboa, durante o Festival Anicomics.
Dia 24 de Maio, o auditório da Torre do Tombo acolherá a cerimónia de entrega dos PPBD.
Acrescente-se ainda que, num primeiro momento, será no Festival Internacional de BD de Beja, em Junho, e na livraria Kingpin Books, em Lisboa, que vão poder ser vistas as obras vencedoras, estando previstas outras exposições a divulgar oportunamente.

(Comunicado da organização, actualizado por As Leituras do Pedro)

Leituras a fazer

Edições publicadas recentemente, um pouco por toda a parte,
que eu gostava de ter.
E que nalguns casos até já tenho!


La Gallerie des Illustres
Vários autores
Dupuis
Bélgica

 Luluzinha – Primeiras histórias #1
John Stanley e Irving Tripp
Pixel, Classic Media
Brasil

Lire: Un siécle de BD
Hors-Série #15
L'Express

Turma da Mônica: Laços
Colecção Graphic MSP
Vítor e Lu Cafaggi
Panini Comics
Brasil

10/05/2013

Hallali pour Ric Hochet








A. P. Duchateau (argumento)
Tibet (desenho)
Le Lombard
França, Janeiro de 1979
223 x 295 mm, 48 p., cor, cartonado
8,30 €


Paixão de adolescência – a que reconheço hoje alguma ingenuidade – regresso recorrentemente a Ric Hochet, não esperando ser surpreendido pelas intrigas policiais de Duchateau e Tibet, antes com a certeza (e a segurança?) do que vou (re)encontrar.

09/05/2013

BD e TV partilham heróis











O lançamento recente em Portugal de novos volumes aos quadradinhos de “A Guerra dos Tronos” (Planeta) e de “The Walking Dead" (Devir), é apenas a ponta de um icebergue de proporções cada vez maiores: a relação próxima entre BD e televisão.

Curiosamente, os dois exemplos citados têm percursos diversos. “A Guerra dos Tronos” da HBO baseou-se nos romances de Georges R. R. Martin, ambientados no universo místico de Westeros e na luta pelo poder dos Sete Reinos, transportando-os para a televisão com assinalável sucesso; isso originou a apetência da Marvel para criar uma versão aos quadradinhos, da autoria de Daniel Abraham e Tommy Paterson, já com dois volumes editados entre nós.
Quanto a “The Walking Dead”, cujas exibições têm batido todos os recordes de audiência, teve como base a banda desenhada de culto de Robert Kirkman, Tomy Moore e Charlie Adlard, que transformou num sucesso comercial. Curiosamente, BD (que já ultrapassou a centena de números mensais, um quarto dos quais compilados em cinco tomos em português) e série televisiva da AMC seguem caminhos paralelos mas dispares, com personagens fundamentais a surgirem e/ou desaparecerem em momentos distintos.
Isso levanta uma questão importante – extensível a todos os tipos de adaptação: para funcionarem no novo suporte, têm que assumir as suas regras e características, embora mantendo a fidelidade ao espírito – não à forma – da criação de partida.
Isso é evidente também em “Arrow”, uma produção do The CW, protagonizada por Stephen Amell e Katie Cassidy, em exibição na RTP 1 aos domingos à tarde, que traz para o pequeno ecrã as origens do Arqueiro Verde, um dos justiceiros da DC Comics. Nesta série, Oliver Queen um jovem playboy, após passar cinco anos numa ilha deserta, regressa à sua cidade natal decidido a combater o crime e a corrupção sob identidade secreta.
Menos feliz foi a transposição de “XIII”, um dos grandes sucessos da BD franco-belga, criado por Van Hamme e Vance, parcialmente editado em português, para a série com o mesmo título exibida no AXN. Co-produção franco-canadiana, protagonizada por Stephen Dorff, conta a saga de um homem sem memória envolvido num atentado contra o presidente dos Estados Unidos, em busca da sua identidade e do seu passado.
E para quem gosta destas parcerias entre os heróis de papel e os do pequeno ecrã, o Verão, já bem próximo, anuncia-se prometedor: Dexter (protagonizado por Michael C. Hall) e The X-Files - com os célebres agentes Mulder (David Duchovny) e Scully (Gillian Anderson) - são duas séries televisivas de sucesso que vão trilhar novos caminhos – para já envoltos nalgum segredo - em banda desenhada, num mercado norte-americano onde já coexistem ou passaram recentemente versões desenhadas de Castle, 24, Mad Men, CSI ou Fringe.
A um outro nível – e tantas vezes erradamente designados como banda desenhada - muitos dos desenhos animados que ao longo dos anos vimos na TV também transitaram entre o pequeno ecrã e os livros aos quadradinhos.
Para lá dos mais óbvios heróis Disney, vindos do Japão, DragonBall e Yu-Gi-Oh! (que a ASA editou parcialmente) e Naruto (cuja estreia em livro a Devir anuncia para breve) são casos evidentes, nascidos em papel e transformados em êxitos televisivos para várias gerações.
Os super-heróis da DC Comics presentes mensalmente nos quiosques portugueses são há muito, igualmente, matéria-prima por excelência para produções televisivas. “Liga da Justiça sem limites” e “Batman: valentes e audazes” são dois exemplos de séries animadas em exibição no Panda Bigs que vale a pena espreitar. Da rival Marvel, estão disponíveis versões animadas de Homem de Ferro, Homem-Aranha ou Vingadores.
O caminho contrário, da TV para a BD, foi trilhado – embora com menos sucesso – pelos Simpsons e os protagonistas de Futurama, duas criações de Matt Groening.
Nos últimos anos, a TV decidiu também aproveitar a produção de excelência que a BD franco-belga constitui. Os Schtroumpfs, os Dalton, Billy the Cat, Titeuf - criação de Zep cujas tiragens em França só têm paralelo com Astérix – ou Marco António – em exibição na RTP2 e curiosamente baseado numa BD espanhola - são alguns dos exemplos possíveis.

(Versão revista do texto publicado no Jornal de Notícias de 3 de Maio de 2013)

It’s People: lançamento










A colecção O filme da Minha Vida faz-se do repto lançado pela AO NORTE a autores portugueses de BD para que criem um álbum inspirado num filme que tenha deixado marcas nas suas vidas. No âmbito da programação dos XIII Encontros de Cinema de Viana será lançado o número treze desta colecção: “It's People”, de Esgar Acelerado, a partir do filme À BEIRA DO FIM, de Richard Fleischer.

AUDITÓRIO GRUPO DESPORTIVO E CULTURAL TRABALHADORES ENVC
Dia 10/5, 14h00 - À BEIRA DO FIM, de Richard Fleischer

Sede da Associação AO NORTE

Dia 10/5, 16h00 - Inauguração da exposição dos desenhos originais + lançamento do livro + encontro com o autor

A exposição estará patente até dia 12 de Junho.


A colecção O filme da Minha Vida faz-se do repto lançado pela AO NORTE a autores portugueses de BD para que criem um álbum inspirado num filme que tenha deixado marcas nas suas vidas. Este cruzamento entre a sétima e nona arte é vocacionado para os amantes de ambas e, principalmente, dirigida aos jovens que frequentam o ensino secundário e superior.
A apresentação de cada álbum terá uma periodicidade trimestral, contará com a projeção e análise do filme escolhido, a apresentação do livro, uma exposição dos originais e um encontro com o autor, para os quais serão convidados a participar alunos de artes visuais e de disciplinas relacionadas com o audiovisual, comunicação e língua portuguesa.

Cada álbum incluirá 32 pranchas a preto e branco, um texto de análise (da autoria de João Paulo Cotrim e Pedro Moura), uma biografia do autor e a filmografia do realizador escolhido.
Esta colecção é dirigida pelo artista plástico Tiago Manuel e tem design gráfico de Luís Mendonça.

(Texto da responsabilidade da organização)


A arte de... Nesskain



















Le Cercle 1. Your True Colors
Andoryss (argumento)
Nesskain (desenho)
Delcourt
Abril de 2013
14,95 €

08/05/2013

Passatempo Comix Disney: os vencedores












Está concluído o passatempo que As Leituras do Pedro promoveram em colaboração com a editora Goody e, por isso, há que divulgar as respostas correctas e anunciar o nome dos vencedores.

Questão 1: A personagem que já apareceu mais vezes nas capas da revista Comix, considerando apenas as edições 1 a 22, lançadas pela Goody em Portugal, foi o Pato Donald, presente em 11 das capas.

Questão 2: Até dia 30 de Abril, o blog As Leituras do Pedro já mostrou 47 capas de edições Disney.

Sendo assim, temos quatro vencedores que responderam correctamente à primeira questão:

DC
Gabriela Pinheiro
Ricardo Cabrita
Ricardo

Apesar de o DC ter sido o único a acertar na resposta à segunda questão, que servia apenas em caso de desempate, se necessário, os quatro estão de parabéns e desejo-lhes boas leituras!
Peço que indiquem para o e-mail pedro.cleto64@gmail.com o endereço para onde desejam que a Goody envie a revista Comix #23 que ganharam.


Recordo que este passatempo se insere numa campanha publicitária mais vasta, que visa uma maior divulgação das novas edições portuguesas de BD Disney – as revistas Comix e Hiper. Por esse motivo, as edições #23 (à venda a partir de hoje, dia 8 de Maio) e #24 (15 de Maio) serão divulgadas nas bancas com posters, destaques de prateleira e faixas nas montras e através de um spot que passará na SIC. Terão uma tiragem excepcional de 90 mil exemplares e habilitarão os seus leitores a participar num sorteio cujo prémio é uma semana de férias em Palma de Maiorca, com tudo pago, para 4 pessoas.
Para participar, os leitores deverão aceder a este link e inserirem os seus dados bem como o código que encontram nas páginas da Comix #23 e #24.



Lucky Luke – A Escolta











René Goscinny (argumento)
Morris (desenho)
ASA/Público
Portugal, 1 de Maio de 2013
215 x 285 mm, 48 p., cor, brochado com badanas
4,95 €



Uma das coisas que surpreende nesta colecção que a Asa e o Público dedicaram a Lucky Luke, é o facto de os álbuns terem entre 45 e 60 anos (!) e, apesar disso, manterem (quase todos) uma frescura e um humor a toda a prova, como se o tempo não tivesse passado sobre eles.
Se a contribuição de Goscinny, no argumento, é fundamental para isto, será injusto ignorar ou menosprezar o trabalho gráfico de Morris, cujo traço muito legível, dinâmico, ágil e expressivo foi sempre uma mais-valia na série que, recorde-se ele criou a solo.
“A Escolta” recupera Billy The Kid – uma notável caricatura de um dos bandidos mais famosos do Velho Oeste – 13 anos depois da sua estreia no álbum com o seu nome - pois Lucky Luke tem que o levar da prisão, onde cumpre uma pena de 1247 anos de trabalhos forçados, a um estado vizinho para ser julgado por outros crimes.
A alfinetada mordaz ao complexo – e por vezes incongruente - sistema judicial norte-americano – de que o final é a cereja no topo do bolo – é um dos aspectos maiores desta divertida história, em que também se destacam os retratos das sucessivas cidades que o duo atravessa na sua viagem.
A recuperação do terror que Billy the Kid inspira nos locais do Texas que já tinha assolado – em delicioso contraste com a forma como é tratado no Novo México onde vai ser agora julgado – a inépcia total de Bert Malloy a quem Billy alicia para o tentar libertar, a fleuma de Lucky Luke – no rodeo, na viagem, em tribunal, nas situações perigosas… - e os pequenos apontamentos com os Dalton e Rantanplan, pouco mais do que meros figurantes neste álbum, são mais razões que justificam a leitura de mais um clássico de Lucky Luke e da BD franco-belga. 


07/05/2013

Passatempo Comix Disney










As Leituras do Pedro em colaboração com a editora Goody promovem um passatempo relacionado com o lançamento, amanhã, da revista Comix #23.
Este passatempo insere-se de alguma forma numa campanha publicitária mais vasta, que visa uma maior divulgação das novas edições portuguesas de BD Disney – as revistas Comix e Hiper.
Por esse motivo, as edições #23 (à venda a 8 de Maio) e #24 (15 de Maio) serão divulgadas nas bancas com posters, destaques de prateleira e faixas nas montras e através de um spot que passará na SIC. Terão uma tiragem excepcional de 90 mil exemplares e habilitarão os seus leitores a participar num sorteio cujo prémio é uma semana de férias em Palma de Maiorca, com tudo pago, para 4 pessoas.


O blog As Leituras do Pedro oferece cinco exemplares da Comix #23, que também habilitam os vencedores à viagem, num passatempo cujo regulamento é o seguinte:

1. O passatempo terá a duração de 24 horas, desde as 12h13 do dia 7 de Maio de 2013 até às 12h12 do dia 8 de Maio de 2013.
2. Os prémios são cinco exemplares da revista Comix #23, que a Goody enviará para a morada dos cinco vencedores.
3. Poderão participar todos aqueles que indicarem uma morada válida em Portugal Continental ou nas Regiões Autónomas dos Açores ou da Madeira.
4. Os participantes terão de responder às perguntas seguintes:
4.1. Qual a personagem que já apareceu mais vezes nas capas da revista Comix, considerando apenas as edições 1 a 22, lançadas pela Goody em Portugal?
4.2. Quantas capas de edições Disney – editadas ou não pela Goody – já foram mostradas no blog As Leituras do Pedro até dia 30 de Abril de 2013?
4.3. (questão facultativa) Qual a capa da revista Comix de que mais gostaram até ao momento?
5. As respostas deverão ser dadas através dos comentários desta mensagem.
6. Os vencedores serão os cinco participantes que respondam correctamente à primeira pergunta. A segunda serve apenas como critério de desempate, se necessário. Neste caso, serão vencedores os cinco participantes que se aproximem mais, em valor absoluto, da resposta à segunda questão. Se se mantiver o empate, os vencedores serão os que primeiro tiverem respondido correctamente às duas questões.
7. As respostas correctas às duas questões e o nome dos vencedores serão divulgados aqui, no blog As Leituras do Pedro, no dia 8 de Maio, às 14 horas.
8. A participação neste passatempo pressupõe a aceitação integral deste regulamento.

Não era necessário dizê-lo, mas as respostas às duas questões obrigatórias encontram-se sem grande dificuldade aqui no blog As Leituras do Pedro.
Por isso, pesquisem um pouco e toca a responder!
Boa sorte a todos!

06/05/2013

Keos #2: A Cobra









Jacques Martin (argumento)
Jean Pleyers (desenho)
NetCom 2 Editorial
Portugal, Abril de 2013
210 x 297 mm, 48 p., cor, cartonado
15,00 €


Continuando a cumprir o programa editorial previamente traçado – o que podendo parecer natural não deixa de ser assinalável no que à BD diz respeito em Portugal – a NetCom2 – que agora também tem distribuição na FNAC - já disponibilizou o segundo tomo de Keos, cuja história base é certamente familiar à maioria dos seus potenciais leitores.
Apesar das diferenças introduzidas por Martin, são evidentes os acontecimentos que, no tempo de Moisés e do faraó Mineptah, levaram à saída dos escravos hebreus do Egipto, pela acção do primeiro: as dez pragas (que Martin reduziu a três e cujos efeitos devastadores tornou pouco visíveis, o que constitui o ponto menos conseguido da história) e a travessia do Mar Vermelho, que os fugitivos atravessaram a pé mas onde os perseguidores pereceram afogados.
Se o relato bíblico inspira o criador de Alix, não o impede de o alterar à medida das necessidades da sua narrativa, que cruza a história de Moisés com as do Faraó, de Keos, o príncipe protegido do deus Osíris, da bela Tara e do pérfido Roy, o grande sacerdote do deus Amón.
Com a vantagem de explanar uma história conhecida – o que capta mais facilmente a atenção do leitor - embora desenvolvida com toda a liberdade ficcional, o relato, entre intrigas, conspirações, amores juvenis, lealdade e intervenções divinas, apresenta uma consistência assinalável, uma credível e aparatosa reconstrução histórica dos cenários e edifícios do Antigo Egipto, algumas sequências bem conseguidas, cenas que surpreendem pela violência que lhes está inerente - seja esta visível ou não - e mantém uma forte e interessante componente fantástica – pouco comum em Martin - que já assinalei aquando da análise do primeiro volume http://asleiturasdopedro.blogspot.pt/2013/01/keos-1-osiris.html, o que faz desta série, mais do que uma bem agradável surpresa, já uma confirmação.


05/05/2013

A arte de... Filipe Teixeira





Sindbad, Rogue of Mars #2
Scott Philips (argumento)
Filipe Teixeira (desenho)
Pedro Poitier (capa)
Blue Water Productions
USA
Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...