René Goscinny (argumento)
Morris (desenho)
ASA/Público
Portugal, 10 de Abril de 2013
215 x 285 mm, 48 p., cor, brochado com badanas
4,95 €
Chamada de urgência por Washington para tentar parar uma revolução índia eminente, Lucky Luke vai deparar com o rígido coronel Mac Straggle, um militar à moda antiga. É o reencontro do cowboy que dispara mais rápido que a própria sombra com uma classe recorrente nas suas histórias, a par dos bandidos (muitos vezes os Dalton), dos índios e dos políticos, os militares.
A foi a estes últimos que Goscinny, com o habitual talento e humor,
dedicou “O 20.º de Cavalaria”, uma crítica bem-disposta e satírica à
instituição militar, visando (certeira e) particularmente a sua disciplina,
tradição e protocolos, tendo como base a dupla relação
pai/filho//comandante/soldado que une o coronel MacStraggle e Grover.
Para além disso, há neste álbum uma série de outros factores
de interesse como a possibilidade de descobrir um Lucky Luke (ainda) fumador – em oposição
aos malefícios do tabaco índio (!) - ou a confirmação da existência de lojas
chinesas já no velho Oeste (ou Este, depende do ponto de partida…) a par de alguns gags memoráveis como a exploração
da linguagem de sinais de fumo índios ou as sucessivas transições de nome que
transformam Raposa Com Duas Penas em Raposa Nauseada…
De passagem, algumas alfinetadas aos políticos – veja-se a
importância dada à revolução índia logo no início - e o habitual – e genial! - recurso
a trocadilhos e situações recorrentes (o vendedor de chapéus, os efeitos do cachimbo
de paz índio, as quebras de protocolo militar) que provocam (pelo menos…) um
sorriso aberto.
Factores diversos que fazem deste Lucky Luke – depois de “Billy
the Kid” - mais um grande clássico da série e da BD franco-belga de leitura
obrigatória.
O que eu me diverti com este livro!
ResponderEliminarMorris e Goscinny em grande! (tal como muitas outras vezes)
Sim, Jorge,
EliminarE continua magnífico, sem acusar a passagem dos muitos anos que já tem!
Boas leituras!