Sempre a mesma piada
Existe um sem número de anedotas que ao longo dos anos ouvi contar. Conforme as épocas e as vítimas de ocasião, foram escolhendo como alvos espanhóis, franceses ou ingleses (em comparação com a excelência ou a esperteza saloia dos portugueses), Samora Machel em particular ou os negros em geral, alentejanos, loiras... E sempre a mesma piada, só mudavam os protagonistas.
Se ao longo desses anos sempre as encarei apenas como uma forma - apesar de tudo carinhosa - de brincar com as diferenças ou de 'picar' uma determinada 'categoria' de pessoas, nos nossos dias penso que serão vistos por muitos (de mentes obtusas) de forma mais radicalizada e ofensiva. E, com certeza, em função dos alvos, serão consideradas xenófobas, racistas, sexistas, descriminadoras... e sei lá que mais.
Reencontrar muitas delas neste álbum, em forma de banda desenhada, na estreia no formato de Les Blondes, sem grandes exigências gráficas e com a facilidade do argumento pré-existente, serviu acima de tudo para recordar momentos passados e para esboçar alguns sorrisos ou soltar mesmo uma ou outra gargalhada.
Termino com um conselho: já sabem ao que vão, se não sabem rir, passem ao lado.
Les
Blondes
#01
Gaby
(argumento)
Dzack
(desenho)
Soleil
França,
2005
215
x 297
mm, 48
p., cor, capa dura
10,95
€
(imagens disponibilizadas pela Soleil; clicar nelas para as aproveitar em toda a sua extensão)
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