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06/10/2022

Zorro + Zorro


Marcas

O Zorro - tal como Tarzan, o único exemplo equiparável que me ocorre agora - embora tenha nascido na literatura, graças à imaginação de Johnston McCulley, tornou-se parte integrante do imaginário popular ao longo de décadas, graças aos bons serviços prestados pelo cinema e pela banda desenhada, artes nas quais se sucederam as abordagens que contribuíram para o alcandorar - a ambos, aliás - ao estatuto de mito(s).
O acaso, deixem-me escrever assim, juntou (quase simultaneamente) nas minhas leituras, duas antologias da personagem que estavam na minha lista de desejos há algum tempo.

30/01/2014

Mágico Vento #131

(último número)














Por vezes gostava de poder parar o tempo, suspender obrigações familiares e profissionais, dispensar o sono e a alimentação e isolar-me.
Porquê? A explicação vem nas linhas que se seguem.

15/09/2010

Tex Edição de Ouro #45 – O Passado de Kit Carson

Mauro Boselli (argumento) Marcello (desenho) Mythos Editora (Brasil, Novembro de 2009) 135 x 177 mm, 332 p., pb, brochado

Resumo Após 25 anos de separação, os sobreviventes da temível quadrilha conhecida como Os Inocentes voltam a reunir-se, para levarem a cabo uma vingança há muito ansiada. Ao mesmo tempo, Tex Willer e o seu filho, Kit, chegam a Tucson para se encontrarem com Kit Carson, mas descobrem que este partiu para Bannock, após ter liquidado um elemento daquela quadrilha. Enquanto seguem no encalço do seu amigo, Tex aproveita para contar ao filho um episódio do passado daquele, recheado de crime, violência e ódio, evocando as razões para tudo voltar a despertar agora, um quarto de século volvido. Nesse episódio está incluída uma relação romântica de Kit Carson, da qual pode ter nascido uma bela jovem. 

Desenvolvimento
1. Soa a contradição – é-o sem dúvida – mas um dos segredos da longevidade de Tex – mais de 60 anos e algumas centenas de histórias – é, por um lado, a fidelidade a um modelo (estereotipado) o western puro e duro e, por outro lado, a capacidade regular de inovação e renovação dentro desse modelo em histórias que geralmente destoam (para melhor) da média habitual da série. O Passado de Kit Carson é um desses casos. 
2. Habituados, na banda desenhada clássica, a heróis mais ou menos eternos, descobrir que têm um passado – ou que passaram a tê-lo… - é sempre uma surpresa. Mas também uma forma de o autor dar consistência à criação, tornando-a mais credível, mais humana, mais próxima dos leitores que seguem as suas andanças. É isso que acontece em O Passado de Kit Carson, com o aliciante de incluir uma antiga relação romântica do ranger. 
3. Curiosamente, o escritor de O Passado de Kit Carson é Mauro Boselli, mais conhecido como argumentista do (menos interessante) Zagor, que nesta data (1994) fazia a sua estreia em Tex.
4. Uma estreia que tem de ser qualificada como de luxo, em que construiu uma das mais interes-santes histórias do ranger e dos seus amigos, em que alterna a acção no presente com longos flashbacks que ajudam o leitor a entender as razões do que se passa no tempo actual. Este recurso, dá também um menor protagonismo aos heróis, ausentes nalgumas dezenas de páginas da longa história, ajudando a narrativa a respirar e a ganhar consistência. 
5. Os vários elementos presentes – a origem e intenções da quadrilha dos inocentes, no passado e no presente; a relação de Kit com o xerife Ray Clemonds e a bela Lena, que constituem um autêntico triângulo amoroso; a trágica história da cidade de Bannock; a força dos diversos sentimentos presentes: amor, ódio, amizade, coragem, raiva, vingança;, o papel relevante das figuras femininas; a longa e bem caracterizada galeria de personagens, a aproximação de Tex e do filho ao momento presente; o clímax final - são bem geridos e doseados, com diálogos, acção, suspense e surpresas q.b., originando um relato interessante, denso, bem urdido e explanado, com tudo o que é necessário para agradar aos amantes do western em particular e aos de banda desenhada de aventuras em geral. 
6. Sei que muitos vão discordar, mas pessoal-mente lamento que tenha sido Carlo Marcello (1929-2007) o escolhido para a desenhar. Ou pelo menos que o seu desenho não tenha estado sempre ao melhor nível que demonstra em diversas páginas, pois os desequilíbrios gráficos são demasiados para se explicarem apenas pela extensão do relato e pelos prazos a cumprir. Porque se há alturas em que os rostos, corpos humanos, animais, cenários e jogos de luz e sombras se revelam primorosos, noutras páginas a escassez de tempo (ou o recurso a assistentes?) é por demais notória. (Texto publicado originalmente no Tex Willer Blog)
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