Os
heróis nunca morrem. Podemos passar algum tempo sem eles, podem
parecer desaparecidos ou fora do combate mas, a verdade é que,
quando são necessários, voltam a aparecer, qual Fénix por entre as
cinzas, renascidos realmente ou apenas de forma simbólica, reacendem
o fogo da paixão, gritam vivas aos ideais de liberdade e justiça e
guiam os necessitados no caminho da revolução e da recuperação do
que era seu, dando de novo sentido às suas vidas.
O
Zorro - tal como Tarzan, o
único exemplo equiparável que me ocorre agora
- embora tenha nascido na literatura, graças à imaginação de
Johnston McCulley, tornou-se parte integrante do imaginário popular
ao longo de décadas, graças aos bons serviços prestados pelo
cinema e pela banda desenhada, artes nas quais se sucederam as
abordagens que contribuíram para o alcandorar - a ambos, aliás - ao
estatuto de mito(s). O
acaso, deixem-me escrever assim, juntou (quase simultaneamente)
nas minhas leituras, duas antologias da personagem que estavam na
minha lista de desejos há algum tempo.