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25/01/2025
Gianfranco Manfredi (1948-2025)
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02/06/2023
Coney Island
Versões
“Quem conta um conto, acrescenta um ponto”, diz o provérbio e em Coney Island, são vários os narradores, orquestrados pelo ‘narrador supremo’, Gianfranco Manfredi (o mesmo de Mágico Vento).
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18/09/2020
Tex #601/#602
Bang!
Bang!
Há demasiado tempo afastado das minhas leituras, por razões diversas a que a pandemia e o cancelamento de alguns eventos de BD não são estranhos, regressei - de forma breve - a Tex neste díptico.
Tornado
ao longo dos anos um hábito (que acredito) salutar, num dos meus
géneros de eleição, este reencontro acabou por evocar a minha
imagem primordial do ranger.
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23/05/2019
Le Storie: El Inquisidor
A
sua proveniência
da
colecção Le
Storie,
o nome de Gianfranco Manfredi no argumento e a temática, a (dita)
Santa Inquisição, fizeram com que me aproximasse desta obra com
fundadas expectativas.
Saí
da leitura dividido - tal como está a narrativa.
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08/11/2018
Primavera del 68
Se há algo que se tem de reconhecer à actual direcção da Sergio Bonelli Editore, é a capacidade de diversificar a sua linha editorial, sem trair os seus princípios e as suas linhas mestras.
Os resultados, vão-se multiplicando à vista de todos.
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18/10/2018
Face Oculta
O outro lado Bonelli
Sigo (algumas) edições Bonelli há
anos mas, mesmo assim, a colecção
que a Levoir e o Público disponibilizaram este ano
(também) foi de descoberta para mim.
E criou apetência para novas
explorações, como este (aconselhável) Face
Oculta.
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12/10/2018
Tex: Desafio no Montana
Se um dos propósitos da colecção Tex Romanzo a Fumetti - no Brasil (muito mal) rebaptizada Tex Graphic Novel - era chegar ao mercado franco-belga, este álbum pode cumpri-lo perfeitamente.
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12/04/2018
A Lenda de Tex
Um outro Tex
A comemorar 70 nos de publicação ininterrupta este ano, Tex, ao longo deste tempo evoluiu de forma moderada e serena. Nos últimos anos, no entanto, surgiu ‘um
outro Tex’, aquele para que este volume abre a porta.
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29/04/2017
Leitura Nova: Tex – Ouro Negro
(nota informativa disponibilizada pela editora)
 “Ouro Negro”, de Gianfranco
Manfredi (argumento) e Leomacs (desenho) terá apresentação na 4ª Mostra do Clube
Tex Portugal, hoje, dia 29 de Abril (Sábado), às 16h00, no Auditório do Museu do
Vinho Bairrada – Anadia, com a participação de Leomacs, Rui Brito e Mário João Marques
e moderação de João Miguel Lameiras. Segue-se sessão de autógrafos.
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27/04/2017
Ouro Negro
Confronto perdido
Embora possa ser lida como uma história tradicional de Tex,
a existir uma cronologia ‘real’ do herói, Ouro Negro, que tem apresentação
pública no próximo sábado com a presença do desenhador, deveria ser um relato
do seu período final.
Nele, aqueles que actuam nos limites da lei - ou para lá deles
– têm por detrás um parceiro mais poderoso que transforma a (inevitável)
vitória de Tex num simples adiamento de uma derrota adivinhada, após um confronto
que tem lugar a três tempos.
24/11/2015
Tex Especial Colorido #4
Depois de ter inovado com a introdução da cor em Tex, esta
revista quebra agora uma outra ‘regra’, pois a tradicional opção por histórias
longas, deu lugar, neste quarto número, à inclusão de quatro narrativas de
apenas 32 pranchas.
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30/01/2014
Mágico Vento #131
(último número)
Por vezes gostava de poder parar o tempo, suspender
obrigações familiares e profissionais, dispensar o sono e a alimentação e
isolar-me.
Porquê? A explicação vem nas linhas que se seguem.
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20/08/2013
Mágico Vento #124
El Ciego
Manfredi
(argumento)
Perovic
(desenho)
Mythos
Editora
Brasil,
Outubro de 2012
135
x 170 mm, 132 p., pb, capa mole, mensal
R$
8,90 / 4,00 €
E de forma não programada, acabo por voltar a
Mágico Vento (muito) mais cedo do que contava.
E, curiosamente, no registo menos habitual na
série: o western puro e duro, num relato em que as conspirações e o lado
místico e fantástico da personagem foram postos deliberadamente de lado.
A história é simples de resumir e de contornos
tradicionais: uma aldeia de índios pacíficos e pobres é apanhada entre a
opressão e os sonhos de glória de outro bando de apaches e um grupo de
bandoleiros mexicanos.
A galeria de personagens compõe-se com um rancheiro
pouco escrupuloso e o dono de um saloon, que esconde segredos de crimes e de (não
menos) tragédias, com todos estes elementos a surgirem progressivamente e a
deixarem antever um (inevitável) confronto final (muito) sangrento, com o
(des)equílibrio de forças alterado pela chegada ocasional de Mágico Vento, que
desempenha involuntariamente o papel de “pistoleiro” de serviço, mas que, mais
do que elemento preponderante da mudança (de atitudes…), funciona como gatilho
da mudança interior que leva os (que pareciam) mais fracos a superarem-se e a
assumirem o controle do seu destino e os (aparentemente) mais fortes a
experimentarem a derrota e a humilhação.
O relato, em largas sequências sem outros sons
que os da região semi-desértica em que a história decorre ou o dos tiros que se
perpetuam em ecos longínquos, tem alguns elementos distintivos que lhe retiram
parte da linearidade que parecia inevitável e introduzem uma certa componente
de surpresa. Bem construído, num crescendo que encaminha para a apoteose final,
recheada de tiros, violência e adrenalina, tem tudo para agradar aos
apreciadores de uma boa história de cowboys – por muito nostálgica que esta
frase possa soar… - constituindo um fresco que ilustra algumas das facetas que
pode assumir a ambição desmedida do ser humano.
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25/07/2013
Mágico Vento #117 a #122
Manfredi
(argumento)
Perovic,
Barbati, Spadoni, Ramella, Siniscalchi, Bliglia, Talami (desenho)
Mythos
Editora
Brasil,
Março a Agosto de 2012
135
x 170 mm, 132 p., pb, capa mole, mensal
 R$ 8,90 / 4,00 €
Por vezes, quem escreve regularmente sobre um
tema – aqui, a BD - acaba por cometer injustiças, esquecendo, mesmo que
involuntariamente, títulos que mereciam uma outra atenção.
No meu caso, penso que Mágico Vento é uma delas.
Leitura mensal regular, que em breve estará de volta às bancas nacionais para o
seu “grande final”, apenas duas vezes marcou presença neste blog.
A principal razão, penso eu, a posteriori, será o facto de não ter
(muitas) grandes histórias nos 132 volumes que constituem esta saga, apesar da
sua grande unidade e coerência, que obrigam – e justificam – uma leitura
integral mais do que dar atenção a determinada narrativa – e convém desde já
frisar que a maior parte dos volumes são autoconclusivos e permitem a leitura
isolada.
Após a participação de Mágico Vento - o
protagonista, um ex-soldado que se tornou xamã índio – na luta destes últimos
contra as tropas do General Custer (link) e antes da sua presença ao lado dos
que combateram o general Cook a caminho do seu ocaso, este punhado de revistas que
hoje destaco narra o seu confronto final com Hogan – embora este, de certa
forma, que não vou desvendar para não estragar o prazer da leitura, lhe
sobreviva.
Enfrentamento místico, de duas personalidades
fortes que personificam a luta do bem contra o mal, da autodeterminação contra
o domínio, do ser humano contra entidades que o querem subjugar, conclui de
forma épica, no seguimento de uma perseguição ao longo de boa parte dos Estados
Unidos, recheada de pequenos episódios que solidificam o retrato realista e
histórico que esta saga (também) constitui e reforçam as características
intrínsecas das personagens com que nos habituamos a conviver.
A par disto – e talvez esse facto tenha tido
algum peso subconsciente – para este destaque – neste último embate há a participação
de mortos vivos (embora ligados ao culto vudu), uma temática hoje em dia actual
e mediática por via do incontornável The Walking Dead, o que poderá ser um chamativo
para (mais) alguns leitores.
Capaz de agradar a admiradores de western, de
registos históricos, de narrativa fantásticas e das teorias da conspiração,
Mágico Vento merece, pelo menos, o benefício da dúvida e é nesse sentido que
deixo aqui esta chamada de atenção, que pecando por tardia, ainda não vem tarde
demais.
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28/06/2011
Mágico Vento
#102 – O retorno de Aiwass
Barbati (desenho)
Di Vicenzo (arte-final)
#103 – Encontro em Providence
Manfredi (argumento)
Barbati (desenho)
Volante (arte-final)
#104 – Fugindo do Inferno
Manfredi (argumento)
Perovic (desenho)
Mythos Editora (Brasil, Dezembro de 2010, Janeiro e Fevereiro de 2011)
135x175 mm, 132 p., pb, brochado
4,00 €
O roubo de um antigo artefacto – uma garra dourada - do Museu Smithsoniano de Washington, descoberto durante escavações arqueológicas Serpent Mound, desperta o interesse dos serviços secretos ao descobrirem que por detrás dele está a Cúpula Negra.
Poe é convidado a participar na investigação ao mesmo tempo que uma perturbadora visão põe Mágico Vento também no seu encalço, pois trata-se da chave que abre a porta do Inferno.
Já o escrevi de alguma forma, Mágico Vento é uma longa saga cuja base é o western – e alguns episódios são western puro – mas que deambula por vezes – ou, especificando melhor, também – por outros registos como o ficcional histórico, a exploração das lendas indígenas, o tom conspirativo e o fantástico.
O ciclo narrado nos números #102 (actualmente nas bancas portuguesas) a #104 é um bom exemplo do último género citado, levando Mágico Vento a outra realidade – o Inferno…? – para evitar que Aiwass consiga regressar dos mortos. Ao mesmo tempo, o seu amigo Poe, por um lado, e Henry e Boris, agentes do serviço secreto norte-americano, por outro, perseguem, mais uma vez, os membros da Cúpula Negra tentando evitar que concretizem aquele as suas intenções.
Se o resumo acima escrito pode soar estranho para quem não está familiarizado com Mágico Vento – o que é uma pena, deixem-me referi-lo, pela qualidade da escrita de Manfredi e pela forma como ele tem desenvolvido este extenso fresco sobre o oeste americano – a verdade é que o desconhecimento do que está para trás, podendo originar algumas dúvidas, não impede a fruição da obra, podendo até funcionar como alavanca para levar o (novo) leitor a descobrir mais sobre Ned Ellis e o seu passado.
Maioritariamente passado num mundo fantástico, povoado de demónios – uns mais do que outros – em busca de redenção ou do castigo final, levantando uma série de questões sobre o que nos espera depois da morte e podendo ser lido como relato de pura acção, este ciclo – de quase 400 páginas – beneficia ainda do facto de a narração se situar a vários tempos: a vivenciada pelo protagonista e as que têm como epicentro a acção de Poe e a de Henry e Boris, concorrendo todas – sem que eles saibam – para um final – não apoteótico mas quase catastrófico – comum.E Manfredi, tirando bom partido do aumento de páginas de que a edição beneficiou recentemente, gere com mestria estes diversos momentos, deixando sucessivamente a acção em suspenso num momento crucial – e com ela o leitor – para retomar a narrativa noutro local, aumentando assim o suspense e o seu tom dramático, explorando sentimentos e emoções.
Ao registo ficcional, o argumentista alia ainda uma base (por vezes …) histórica ao citar diversos casos inexplicados e lendas da época em que se situa a acção de Mágico Vento, contando várias histórias ao longo da história (!), aproveitando igualmente para citar e homenagear um dos mestres da literatura fantástica, H. P. Lovecraft.
Graficamente, embora reúna quatro assinaturas – Barbati, Di Vincenzo, Volante e Perovic – o relato não sofre com esse facto, revelando-se homogéneo, perfeitamente dinâmico e legível, com as personagens bem definidas, servindo o uso abundante de manchas de negro para acentuar o tom sombrio e fantástico do relato.
O conjunto assim criado revela-se denso, apelativo e bastante interessante e pode funcionar como uma boa porta de entrada num universo que aconselho a descobrir.
A reter
- A forma como Manfredi explora e equilibra os diversos locais em que o relato decorre.
- A interligação entre o tom fantástico e a base histórica.
Barbati (desenho)
Di Vicenzo (arte-final)
#103 – Encontro em Providence
Manfredi (argumento)
Barbati (desenho)
Volante (arte-final)
#104 – Fugindo do Inferno
Manfredi (argumento)
Perovic (desenho)
Mythos Editora (Brasil, Dezembro de 2010, Janeiro e Fevereiro de 2011)
135x175 mm, 132 p., pb, brochado
4,00 €
O roubo de um antigo artefacto – uma garra dourada - do Museu Smithsoniano de Washington, descoberto durante escavações arqueológicas Serpent Mound, desperta o interesse dos serviços secretos ao descobrirem que por detrás dele está a Cúpula Negra.
Poe é convidado a participar na investigação ao mesmo tempo que uma perturbadora visão põe Mágico Vento também no seu encalço, pois trata-se da chave que abre a porta do Inferno.
Já o escrevi de alguma forma, Mágico Vento é uma longa saga cuja base é o western – e alguns episódios são western puro – mas que deambula por vezes – ou, especificando melhor, também – por outros registos como o ficcional histórico, a exploração das lendas indígenas, o tom conspirativo e o fantástico.
O ciclo narrado nos números #102 (actualmente nas bancas portuguesas) a #104 é um bom exemplo do último género citado, levando Mágico Vento a outra realidade – o Inferno…? – para evitar que Aiwass consiga regressar dos mortos. Ao mesmo tempo, o seu amigo Poe, por um lado, e Henry e Boris, agentes do serviço secreto norte-americano, por outro, perseguem, mais uma vez, os membros da Cúpula Negra tentando evitar que concretizem aquele as suas intenções.
Se o resumo acima escrito pode soar estranho para quem não está familiarizado com Mágico Vento – o que é uma pena, deixem-me referi-lo, pela qualidade da escrita de Manfredi e pela forma como ele tem desenvolvido este extenso fresco sobre o oeste americano – a verdade é que o desconhecimento do que está para trás, podendo originar algumas dúvidas, não impede a fruição da obra, podendo até funcionar como alavanca para levar o (novo) leitor a descobrir mais sobre Ned Ellis e o seu passado.
Maioritariamente passado num mundo fantástico, povoado de demónios – uns mais do que outros – em busca de redenção ou do castigo final, levantando uma série de questões sobre o que nos espera depois da morte e podendo ser lido como relato de pura acção, este ciclo – de quase 400 páginas – beneficia ainda do facto de a narração se situar a vários tempos: a vivenciada pelo protagonista e as que têm como epicentro a acção de Poe e a de Henry e Boris, concorrendo todas – sem que eles saibam – para um final – não apoteótico mas quase catastrófico – comum.
Ao registo ficcional, o argumentista alia ainda uma base (por vezes …) histórica ao citar diversos casos inexplicados e lendas da época em que se situa a acção de Mágico Vento, contando várias histórias ao longo da história (!), aproveitando igualmente para citar e homenagear um dos mestres da literatura fantástica, H. P. Lovecraft.
Graficamente, embora reúna quatro assinaturas – Barbati, Di Vincenzo, Volante e Perovic – o relato não sofre com esse facto, revelando-se homogéneo, perfeitamente dinâmico e legível, com as personagens bem definidas, servindo o uso abundante de manchas de negro para acentuar o tom sombrio e fantástico do relato.
O conjunto assim criado revela-se denso, apelativo e bastante interessante e pode funcionar como uma boa porta de entrada num universo que aconselho a descobrir.
A reter- A forma como Manfredi explora e equilibra os diversos locais em que o relato decorre.
- A interligação entre o tom fantástico e a base histórica.
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04/01/2011
Tex #487 – A Grande Sede e #488 - Jogos de Poder
Manfredi (argumento)Civitelli (desenho)
Mythos Editora (Brasil, Maio e Junho de 2010)
135x175 mm, 114 p., pb, brochado, mensal
A principal nota deste Tex, é o facto de ter juntado um bom argumentista, um bom desenhador e um herói clássico. O que à partida não é – nunca foi, nunca será - garantia de uma boa BD.
Por um lado, temos o argumentista, Gianfranco Manfredi, criador da saga de Mágico Vento, que usou para esta narrativa protagonizada por Tex uma sólida base histórica, invulgar nas histórias do ranger.
Por isso, como trama central desta aventura surge a disputa da água na zona de Phoenix, entre uma companhia gerida pelo pouco escrupuloso Lansdale e os agricultores locais, brancos, índios e mexicanos (ou seja, o inevitável choque entre a tradição e o progresso fomentado pela cupidez, com algum racismo e preconceito à mistura). E, para além disso, humaniza de alguma forma o protagonista, que surge aqui mais astuto (veja-se, o estratagema final para devolver a água aos agricultores) e menos dependente dos seus punhos e da sua capacidade de atirador, tornando mais credível a história, sem no entanto descaracterizar o herói.

Por outro lado, o artista escolhido, Fabio Civitelli, sem dúvida o “grande desenhador” de Tex dos últimos anos, apresenta mais uma história trabalhada de forma superior, com o seu traço fino e detalhado, o recurso a sombras, tramas e pontilhados, uma planificação diversificada, com a utilização de diferentes pontos de vista, rostos expressivos e a soberba representação dos cavalos, o que origina algumas cenas antológicas, com destaque para a emboscada organizada por Lansdale (Tex #488, pp. 54-80).
No caso presente, no final da leitura de mais um western bem delineado e definido, se não estamos face a uma obra-prima e se ambos os autores – e também Tex – já foram mais felizes, a verdade é que o saldo é positivo e o leitor tem motivos suficientes para se sentir satisfeito. Embora seja verdade que as premissas iniciais permitiam aspirar a mais.(Texto publicado originalmente a no Tex Willer Blog)
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17/12/2010
Mágico Vento #97 a #101
Gianfranco Manfredi (argumento)
Darko Perovic, Pasquale Frisenda, Bruno Ramella, Frederic Volante, Goran Parlov, Stefano Biglia e Giovani Talami(desenho)
Tomislav Tikulin (cor do #100)
Mythos Editora (Brasil, Julho a Novembro de 2010)
135x175 mm, 100 p. (132 p. no #101), pb (cor no #100), brochado, mensal
1. Recorrentemente apercebo-me que em cerca de ano e meio que este blog tem de vida, até hoje ainda não me debrucei nele sobre este ou aquele autor, personagem ou série.
2. Por motivos diferentes, conforme os casos, mas com um resultado comum: o esquecimento de algo que já devia ter divulgado.
3. Mágico Vento, apesar de ser presença regular entre as edições de banca disponíveis mensalmente, é um desses casos.
4. O seu criador é Gianfranco Manfredi, nascido em 1948, em Senigallia, Itália, formado em História da Filosofia e que, para além de argumentista de fumetti, é também cantor e escritor. No universo Bonelli, para além de Mágico Vento, assinou também argumentos para Dylan Dog, Nick Raider ou Tex.
5. Graficamente, como é normal na editora, para assegurar a periodicidade mensal das revistas, têm sido vários os desenhadores que têm passado pela sua série – normalmente escolhidos de forma a adequar o seu estilo ao tema específico de cada episódio, apesar de alguns pontos comuns que garantam uma certa homogeneidade.
6. Entre os nomes recorrentes contam-se José Ortiz, Giuseppe Barbati, Bruno Ramella, Corrado Mastantuono, Pasquale Frisenda, Goran Parlov, Paolo Raffaelli, Sicomoro, Giez, Stefano Biglia, Ivo Milazzo, Luigi Piccatto e Corrado Roi.
7. Quanto à personagem central, seguindo outra “tradição” Bonelli, fisicamente foi baseada no actor Daniel Day-Lewis.
8. Sendo – sem qualquer dúvida – um western, Mágico Vento distingue-se, no entanto, das outras abordagens que os quadradinhos têm feito ao Velho Oeste, por várias razões.
9. Desde logo, porque o seu protagonista é um antigo soldado – de nome Ned Ellis - ferido numa explosão de um comboio que lhe apagou a memória, que ele vai recuperando em fragmentos ao longo da trama, descobrindo quem era e o que fez ao mesmo tempo que o leitor. 
10. Salvo por Cavalo Manco, um índio, após ser ferido, Mágico Vento acabaria por se tornar um xamã Sioux, passando a viver com e à maneira dos índios, embora sejam muitas as suas incursões no mundo dito civilizado.
11. Por esse motivo, grande parte da saga é sobre a história, os costumes, as tradições e as crenças dos peles-vermelhas, conferindo-lhe – pelo rigor empregue – um carácter de verdadeira etnologia.
12. Mas em Mágico Vento há também uma forte componente histórica – que reforça o seu tom realista -, encontrando o protagonista nomes míticos e famosos do Oeste como o general Custer, Cavalo Louco ou Nuvem Vermelha entre outros. Por isso, ao longo da saga, há o acompanhamento de momentos marcantes da História dos Estados Unidos.
13. Noutros episódios ainda, prevalece um registo fantástico e mesmo de terror, geralmente baseado na concretização de lendas e crenças indígenas. E um acentuado lado místico, porque o xamã Sioux tem com frequência visões que esclarecem o seu passado ou o deixam vislumbrar o futuro.
14. Em Mágico Vento há ainda uma outra temática, que diz respeito à procura do seu pai – que acabará por encontrar no seu maior inimigo, Howard Hogan, um dos cabecilhas de uma organização secreta com muitas ramificações e também responsável pela explosão que Ned foi ferido.
15. Finalmente, é também possível encontrar na criação de Manfredi, episódios que constituem “werterns puros”, fiéis ao mais tradicional no género.
16. Tudo isto em histórias auto-conclusivas que permitem uma leitura isolada mas que constituem apenas uma pequena parte de um todo bem maior, bem desenvolvido, consistente e credível que cativa e prende o leitor.
17. A par de Mágico Vento, está geralmente o jornalista Willy Richards, mais conhecido como Poe, dada a sua semelhança física com o célebre escritor fantástico, que privilegia a “pena à espada”, espécie de consciência crítica, embora sujeito a tentações como o álcool ou mulheres disponíveis.
18. Pese embora o que escrevi no início, esta abordagem mais alongada a Mágico Vento, tem uma justificação (desnecessária): a chegada às bancas portuguesas este mês da sua revista #97, que inicia uma longa história (mais de 500 pranchas) – ou diversos episódios auto-conclusivos encadeados, se preferirem – durante a qual podemos assistir à célebre batalha do Little Big Horn, em que os índios derrotaram os soldados brancos e na qual o (também) célebre General Custer encontrou a sua morte, e conhecer algumas das versões existentes (verídico) sobre o seu desfecho.
19. Nessa descrição – obviamente ficcionada -, que constitui uma bela súmula dos pontos fortes da saga já atrás descritos, é notável a forma como os movimentos, motivações e questões internas dos dois lados em confronto são apresentados, num relato pausado, desenvolvido num tom crescente que culminará na batalha – a que quase não assistimos embora vejamos as suas consequências ao longo de (pelo menos) mais duas edições.
20. A par disso, há uma correcta e credível caracterização dos diferentes intervenientes, bem diferentes dos “bons” e “maus” habituais nos westerns, antes seres profundamente humanos com (algumas) qualidades e (muitos) defeitos.
21. Esperando ter escrito o suficiente para isso, deixo um conselho final: se nunca leu Mágico Vento, esta é uma boa oportunidade para o descobrir. Sabendo que corre o risco de, depois, querer conhecer toda a restante saga.
22. Como ponto final, em jeito de informação, fica a referência ao facto de o episódio #100 ser a cores – como é habitual nos números centenários Bonelli – e de a partir do #101, a revista aumentar de 100 para 132 páginas, permitindo a Manfredi explorar e explanar melhor os seus argumentos. 
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23/11/2009
As Leituras dos Heróis – Nick Raider
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11/11/2009
As Leituras dos Heróis – Tex
(segundo Gianfranco Manfredi*)Pergunta - Se lesse banda desenhada quais seriam as preferidas de Tex? 
Resposta – Não me parece que Tex seja um grande leitor. Nem de livros, nem de banda desenhada. Os homens de acção não se divertem a "olhar as imagens".
* Com a preciosa intermediação de José Carlos Pereira Francisco
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09/11/2009
As Leituras dos Heróis – Mágico Vento e Poe
(segundo Gianfranco Manfredi*)Pergunta - Se lesse banda desenhada quais seriam as preferidas de Mágico Vento?
Pergunta – E Poe?
Resposta - Poe lê de tudo, a começar por Edgar Allan Poe, obviamente. Se pudesse ler uma BD contemporânea, acho que “Jonah Hex” lhe agradaria, mas seguramente não perderia por nada os contos de Poe adaptados em banda desenhada por Battaglia.
* Com a preciosa intermediação de José Carlos Pereira Francisco
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