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07/05/2021

Le Storie: Sangue e gelo

Estigmas




Por vezes há obras, séries, autores que, aos olhos de um leitor - de um grupo de leitores - ficam estigmatizados. As razões nem sempre são fáceis de explicar, raramente o bom senso e o sentido crítico imperam e, dessa forma, perdem-se – no que a este blog interessa - boas leituras.

Foi o caso, durante muitos anos, das produções da Sergio Bonelli Editore, em Portugal.

03/09/2020

Deadwood Dick: Entre Texas y el inferno

Humor... negro




E quando podíamos pensar que o western era um género tematicamente encerrado, do velho Oeste puro e duro ao tom humanista, do humor caricatural ao relato centrado no índio, do histórico à miscelânea com outros géneros... eis que surge Deadwood Dick.
Ou nem tanto porque, as suas aventuras desenhadas não são mais do que a adaptação aos quadradinhos das novelas originais de Joe R. Lansdale.

10/05/2018

Le Storie: Sangue e Gelo

A atracção pelo desconhecido

E agora, se isto fosse uma história num livro, o leitor exigiria uma explicação... mas ao mesmo tempo, fugiria dela como da peste.”
In Le Storie: Sangue e Gelo

Cheguei a Le Storie - excepção para mim, juntamente com Dragonero, nesta colecção Bonelli - como a maioria dos leitores: sem conhecer (nada d)a série que, a exemplo da mítica Un Uomo, Un'Avventura, utiliza contextos históricos reais para narrar aventuras ficcionadas. Mas cheguei com grandes expectativas, geradas pelas boas críticas que lhe fui conhecendo.
A leitura confirmou-as.

08/05/2015

Leitura Nova: Tex Gigante Patagónia




A Polvo tem o grato prazer de anunciar a edição daquela que é considerada como uma das mais emblemáticas aventuras de Tex: Patagónia.

O lançamento terá lugar pelas 15 horas de sábado, dia 09 de Maio, no auditório do Museu do Vinho Bairrada, na cidade de Anadia, integrado na 2.ª Mostra do Clube Tex Portugal, e contará com a participação de Pasquale Frisenda, o desenhador.

2.ª Mostra do Clube Tex Portugal – Programa







Fica de seguida o programa oficial da 2.ª Mostra do Clube Tex Portugal, que decorre amanhã, sábado, e domingo, no Museu do Vinho da Bairrada, na Anadia, com a presença dos desenhadores italianos Pasquale Frisenda e Stefano Biglia e o lançamento da edição portuguesa do Tex Gigante Patagónia, pela Polvo.

04/05/2015

Pasquale Frisenda na 2.ª Mostra do Clube Tex Portugal




O autor italiano Pasquale Frisenda, desenhador do Tex Gigante #23 – Patagônia, é um dos convidados da 2.ª Mostra do Clube Tex Portugal, que decorre no próximo fim-de-semana, dias 9 e 10 de Maio, na Anadia.
Já a seguir, uma breve apresentação do autor fornecida pela organização.

25/03/2015

Tex, Lucky Luke e o juiz Roy Bean







O acaso fez-me ler quase de seguida duas bandas desenhadas que têm, se não como protagonista, pelo menos como personagem central, uma das velhas lendas do Oeste, o juiz Roy Bean, que se considerava “a única lei a oeste de Pecos”.

19/02/2015

09/08/2011

Tex Gigante #23

Patagônia
Mauro Boselli (argumento)
Pasquale Frisenda (desenho)
Mythos Editora (Brasil, Outubro de 2009)
182 x 277 mm, 242 páginas, preto e branco, capa brochada
9,00 €

Resumo
A pedido de Mendonza, um antigo ajudante de Montales, Tex e o seu filho Kit deslocam-se à Argentina para servirem de intermediários entre o governo e os índios locais, tentando manter a paz numa zona conturbada.

Desenvolvimento
Fosse a bibliografia de Tex constituída apenas pelas edições gigantes (os italianos Textone) e o mais antigo western da BD mereceria igualmente um lugar de destaque na História das histórias aos quadradinhos, embora por motivos diferentes.
Apresentando um retrato (algo) diferente do ranger em cada número, não só graficamente mas também pela adequação (contida…) do herói ao estilo – gráfico, narrativo, temático - do autor convidado, esta colecção reúne algumas das suas melhores histórias e também algumas excelentes bandas desenhadas.
É o caso deste “Patagônia” – convém dizê-lo pois a introdução já vai longa – que se inicia com uma das melhores sequências a preto e branco que vi nos últimos meses: o ataque nocturno a um posto fortificado, com os intervenientes muitas vezes apenas silhuetas, mergulhadas numa neblina que os torna quase invisíveis, com a tensão crescente que vai culminar logo de seguida com a aparição atroadora dos cavaleiros e no massacre de uma aldeia indígena.
Mas, se este início é, a um tempo, surpreendente, pela localização da acção – a pampa argentina -, e prometedor para o resto do relato, de imediato vem o que eu considero o ponto mais fraco da história: o motivo para Tex deixar o seu território habitual para se deslocar ao outro lado do mundo, o que soa pouco credível, seja qual for o ângulo pelo qual se considere.
Mas, ultrapassada esta questão (que não é só de pormenor numa BD de tanta qualidade), mergulhamos num épico magnífico e intenso, no qual vamos assistir à luta de um povo pela sua sobrevivência, à custa de muita tenacidade, determinação, heroísmo, vontade de viver livre, sacrifício, sangue e (muitos) mortos.
Um épico – com uma forte componente histórica e realista - no qual Tex, embora tendo um papel importante, é muito menos interveniente do que é habitual, lutando contra forças superiores às suas, mesmo que para vencer elas utilizem métodos menos limpos e estratagemas pouco sérios, quando a sede de glória (?) se sobrepõe à justiça e quando os imperativos militares são mais fortes do que a amizade e a honra.
E se é verdade que nada disto é novidade em BD, nem sequer em Tex, a força, o carácter, a determinação que Boselli conferiu aos índios das pampas faz a diferença, transformando mais um western – porque o é, apesar da sua deslocalização! – num western diferente e marcante cuja leitura, com toda a certeza, não deixará ninguém indiferente.
Até porque, a o seu final – a batalha contra as tropas governamentais mas estreitas gargantas andinas atravessadas pelos indígenas na sua fuga pela liberdade rumo ao Chile - apresenta, de novo, páginas notáveis, passíveis de entrar em qualquer galeria de quadradinhos a preto e branco ao mesmo tempo que são das páginas mais violentas que eu já vi em Tex, pese o facto – ou exactamente por isso – de não conterem qualquer texto.

A reter
- A força do relato.
- A caracterização dos índios argentinos: fortes, determinados, dispostos a tudo pelos seus ideais.
- O limitado protagonismo de Tex, que deixa à narrativa tempo para respirar e desenvolver-se (quase) à sua revelia.
- O traço de Frisenda, soberbo nas sequências inicial e final, muito bom em quase todos os restantes episódios.

Menos conseguido
- O pretexto que leva Tex e Kit até à Argentina.
- O facto de a sua fama o ter precedido junto dos índios locais.

A ter em atenção
- Este álbum está actualmente disponível nas bancas e quiosques nacionais. Aconselho seriamente a sua compra. Aos fãs de Tex e – principalmente – aos que não o são.

(Texto publicado originalmente no Tex Willer Blog)

17/12/2010

Mágico Vento #97 a #101

Gianfranco Manfredi (argumento) Darko Perovic, Pasquale Frisenda, Bruno Ramella, Frederic Volante, Goran Parlov, Stefano Biglia e Giovani Talami(desenho) Tomislav Tikulin (cor do #100) Mythos Editora (Brasil, Julho a Novembro de 2010) 135x175 mm, 100 p. (132 p. no #101), pb (cor no #100), brochado, mensal 1. Recorrentemente apercebo-me que em cerca de ano e meio que este blog tem de vida, até hoje ainda não me debrucei nele sobre este ou aquele autor, personagem ou série. 2. Por motivos diferentes, conforme os casos, mas com um resultado comum: o esquecimento de algo que já devia ter divulgado. 3. Mágico Vento, apesar de ser presença regular entre as edições de banca disponíveis mensalmente, é um desses casos. 4. O seu criador é Gianfranco Manfredi, nascido em 1948, em Senigallia, Itália, formado em História da Filosofia e que, para além de argumentista de fumetti, é também cantor e escritor. No universo Bonelli, para além de Mágico Vento, assinou também argumentos para Dylan Dog, Nick Raider ou Tex. 5. Graficamente, como é normal na editora, para assegurar a periodicidade mensal das revistas, têm sido vários os desenhadores que têm passado pela sua série – normalmente escolhidos de forma a adequar o seu estilo ao tema específico de cada episódio, apesar de alguns pontos comuns que garantam uma certa homogeneidade. 6. Entre os nomes recorrentes contam-se José Ortiz, Giuseppe Barbati, Bruno Ramella, Corrado Mastantuono, Pasquale Frisenda, Goran Parlov, Paolo Raffaelli, Sicomoro, Giez, Stefano Biglia, Ivo Milazzo, Luigi Piccatto e Corrado Roi. 7. Quanto à personagem central, seguindo outra “tradição” Bonelli, fisicamente foi baseada no actor Daniel Day-Lewis. 8. Sendo – sem qualquer dúvida – um western, Mágico Vento distingue-se, no entanto, das outras abordagens que os quadradinhos têm feito ao Velho Oeste, por várias razões. 9. Desde logo, porque o seu protagonista é um antigo soldado – de nome Ned Ellis - ferido numa explosão de um comboio que lhe apagou a memória, que ele vai recuperando em fragmentos ao longo da trama, descobrindo quem era e o que fez ao mesmo tempo que o leitor. 10. Salvo por Cavalo Manco, um índio, após ser ferido, Mágico Vento acabaria por se tornar um xamã Sioux, passando a viver com e à maneira dos índios, embora sejam muitas as suas incursões no mundo dito civilizado. 11. Por esse motivo, grande parte da saga é sobre a história, os costumes, as tradições e as crenças dos peles-vermelhas, conferindo-lhe – pelo rigor empregue – um carácter de verdadeira etnologia. 12. Mas em Mágico Vento há também uma forte componente histórica – que reforça o seu tom realista -, encontrando o protagonista nomes míticos e famosos do Oeste como o general Custer, Cavalo Louco ou Nuvem Vermelha entre outros. Por isso, ao longo da saga, há o acompanhamento de momentos marcantes da História dos Estados Unidos. 13. Noutros episódios ainda, prevalece um registo fantástico e mesmo de terror, geralmente baseado na concretização de lendas e crenças indígenas. E um acentuado lado místico, porque o xamã Sioux tem com frequência visões que esclarecem o seu passado ou o deixam vislumbrar o futuro. 14. Em Mágico Vento há ainda uma outra temática, que diz respeito à procura do seu pai – que acabará por encontrar no seu maior inimigo, Howard Hogan, um dos cabecilhas de uma organização secreta com muitas ramificações e também responsável pela explosão que Ned foi ferido. 15. Finalmente, é também possível encontrar na criação de Manfredi, episódios que constituem “werterns puros”, fiéis ao mais tradicional no género. 16. Tudo isto em histórias auto-conclusivas que permitem uma leitura isolada mas que constituem apenas uma pequena parte de um todo bem maior, bem desenvolvido, consistente e credível que cativa e prende o leitor. 17. A par de Mágico Vento, está geralmente o jornalista Willy Richards, mais conhecido como Poe, dada a sua semelhança física com o célebre escritor fantástico, que privilegia a “pena à espada”, espécie de consciência crítica, embora sujeito a tentações como o álcool ou mulheres disponíveis. 18. Pese embora o que escrevi no início, esta abordagem mais alongada a Mágico Vento, tem uma justificação (desnecessária): a chegada às bancas portuguesas este mês da sua revista #97, que inicia uma longa história (mais de 500 pranchas) – ou diversos episódios auto-conclusivos encadeados, se preferirem – durante a qual podemos assistir à célebre batalha do Little Big Horn, em que os índios derrotaram os soldados brancos e na qual o (também) célebre General Custer encontrou a sua morte, e conhecer algumas das versões existentes (verídico) sobre o seu desfecho. 19. Nessa descrição – obviamente ficcionada -, que constitui uma bela súmula dos pontos fortes da saga já atrás descritos, é notável a forma como os movimentos, motivações e questões internas dos dois lados em confronto são apresentados, num relato pausado, desenvolvido num tom crescente que culminará na batalha – a que quase não assistimos embora vejamos as suas consequências ao longo de (pelo menos) mais duas edições. 20. A par disso, há uma correcta e credível caracterização dos diferentes intervenientes, bem diferentes dos “bons” e “maus” habituais nos westerns, antes seres profundamente humanos com (algumas) qualidades e (muitos) defeitos. 21. Esperando ter escrito o suficiente para isso, deixo um conselho final: se nunca leu Mágico Vento, esta é uma boa oportunidade para o descobrir. Sabendo que corre o risco de, depois, querer conhecer toda a restante saga. 22. Como ponto final, em jeito de informação, fica a referência ao facto de o episódio #100 ser a cores – como é habitual nos números centenários Bonelli – e de a partir do #101, a revista aumentar de 100 para 132 páginas, permitindo a Manfredi explorar e explanar melhor os seus argumentos.

23/12/2009

As Leituras dos Heróis – Mágico Vento (II)

(segundo Pasquale Frisenda *)

Pergunta - Se lesse banda desenhada quais seriam as preferidas de Mágico Vento?

Resposta – Bem… Mágico Vento leria, talvez, os quadradinhos de Tex, Zagor, Blueberry ou McCoy, que são próximos dos heróis típicos das Dime Novel (revistas populares) da época, ou então Dylan Dog ou Hellblazer… mas também Zora, a vampira, em minha opinião…

* com a preciosa intermediação de José Carlos Pereira Francisco

21/12/2009

As Leituras dos Heróis – Ken Parker (II)

(segundo Pasquale Frisenda *)

Pergunta - Se lesse banda desenhada quais seriam as preferidas de Ken Parker?

Resposta – Ken Parker, para além dos westerns (Tex, Zagor e sobretudo Blueberry) creio que também leria muito de Barks, Pratt, Oesterheld, Micheluzzi, Prado, Battaglia… 
Mas provavelmente, também uma personagem “exótica” e anti-conformista como Mr. No seria do seu agrado.

* com a preciosa intermediação de José Carlos Pereira Francisco
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