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21/09/2020

Mundo de Aventuras (II série)


 

Colecção completa

Já o escrevi várias vezes: o Mundo de Aventuras foi a minha cartilha, foi nele que me formei como leitor de BD, que descobri séries, comparei géneros, avaliei autores, percebi a importância da (sua) heterogeneidade que, a um tempo, me divertiu, ensinou e forneceu uma larga base de leitura e conhecimento dos e aos quadradinhos.

A revista - então quase jornal, pelo formato e pelo papel - estreou-se a 18 de Agosto de 1949 e terminou a 15 de Janeiro de 1987, quase 48 anos depois. Fora os números especiais, contou 1841 edições.

17/09/2019

Mundo de Aventuras #774

 20142 dias depois





Consegui, finalmente obter aquela que é, aparentemente, a única edição de BD editada em Portugal no dia em que eu nasci - mas confesso que a procurava apenas há uma meia dúzia de anos e de forma descontraída…
Edição que que apresentava o atractivo extra de ser um número da revista - o Mundo de Aventuras - em que fiz a minha aprendizagem dos quadradinhos.

09/01/2017

Mundo de Aventuras #46

Fim de Ciclo






Já o escrevi várias vezes. Cresci com o Mundo de Aventuras, li nele (quase) todo o género de banda desenhada; para o bem (muito) e mal (que quase não identifico) foi a minha escola no que aos quadradinhos diz respeito.

07/03/2015

As vendas do Pedro – Mundo de Aventuras



Ao longo dos muitos anos que levo ligado à banda desenhada, por diversas razões (ofertas sem possibilidade de troca, compras em duplicado, substituição por edições mais recentes, mais completas ou em português...) acumulei revistas, livros, figuras e selos repetidos.
Para libertar espaço, estou agora a disponibilizá-los a quem me costuma ler.
Hoje, proponho vários números do Mundo da Aventuras (II série).

Todas as revistas já a seguir.

18/10/2014

Curiosidades: para mau entendedor...

...imagens e textos dos balões não são suficientes!


Mundo de Aventuras #762
Agência Portuguesa de Revistas (APR)
1964

19/09/2014

Curiosidades: V, B ou A?


À partida nada de anormal. O Fantasma evoca aos seus amigos uma quadrilha com quem teve confrontos recorrentes ao longo dos séculos.
Intitulada os Abutres, distinguia-se pelo facto de os seus membros terem tatuada na cabeça a letra V. V de vulture, claro, ou não fosse esta uma série norte-americana…

Só que, passadas algumas tiras, o leitor começa a sentir-se confuso. Perceba porquê já a seguir.

24/08/2014

Curiosidades: só com espelho...


   
Mundo de Aventuras (II série) #31
Agência Portuguesa de Revistas (APR)
2/05/1974

Curiosidades, parecenças e semelhanças, falhas de desenhadores e editores e atropelos à banda desenhada serão alguns dos motivos que irão preenchendo aleatoriamente esta rubrica
recorrente em As Leituras do Pedro e cujas entradas anteriores podem ser vistas aqui.

19/08/2014

Curiosidades: Clotilde ou Filomena?

  

Mais um mistério para o grande detective Rip Kirby resolver...


Mundo de Aventuras (II série) #34
Agência Portuguesa de Revistas (APR)
23/05/1974

Curiosidades, parecenças e semelhanças, falhas de desenhadores e editores e atropelos à banda desenhada serão alguns dos motivos que irão preenchendo aleatoriamente esta rubrica
recorrente em As Leituras do Pedro e cujas entradas anteriores podem ser vistas aqui.

18/08/2014

Mundo de Aventuras nasceu há 65 anos












A 18 de Agosto de 1949 chegava aos quiosques nacionais uma nova publicação infanto-juvenil: intitulava-se O Mundo de Aventuras e iria alimentar os sonhos de milhares de leitores de várias gerações.
A evocação vem já a seguir.

17/05/2014

Curiosidades: Resumir mas...


É evidente que a capa de uma revista deve resumir o seu conteúdo mas, não convém exagerar.
Confusos? Vejam a seguir ao salto.

03/05/2014

Curiosidades: publicidade que (a)paga a BD



Mundo de Aventuras #992
Agência Portuguesa de Revistas (APR)
26/09/1968




Curiosidades, parecenças e semelhanças, falhas de desenhadores e editores e atropelos à banda desenhada serão alguns dos motivos que irão preenchendo aleatoriamente esta rubrica recorrente em As Leituras do Pedro e cujas entradas anteriores podem ser vistas aqui.

07/06/2013

Superman: 75 anos













Há 75 anos, o número inaugural da revista Action Comics, com data de Junho de 1938, ficava marcado pela estreia de um dos mais icónicos heróis dos quadradinhos: o Super-Homem.

Criação de Jerry Siegel (1914-1996) e Joe Shuster (1914-1992), era apresentado como único sobrevivente de um planeta distante, enviado num foguetão pelos seus pais quando o planeta explodiu. Ao atingir a idade adulta descobriu que podia saltar sobre prédios de 20 andares, erguer enormes pesos, correr mais depressa do que um comboio expresso e que nada conseguia perfurar a sua pele. Tomando a decisão de usar os seus poderes para “beneficiar a humanidade”, tornou-se “o campeão dos oprimidos” e “jurou dedicar a sua existência a ajudar os necessitados”, utilizando um uniforme caracterizado pela cor azul, com as “cuecas” vermelhas – como a capa – por fora!
Nas treze curtas páginas da primeira aventura libertava uma inocente condenada à cadeira eléctrica, salvava uma mulher vítima de violência doméstica, enfrentava um bando de facínoras e ameaçava um senador corrupto, não hesitando em ameáça-los ou passar mesmo a vias de facto.
A sua identidade de super-herói era oculta sob a pele de Clark Kent, um jornalista do “Daily Star” (mais tarde transformado em “Daily Planet”) que representava o papel de fraco e cobarde perante a sua colega Lois Lane. Na sua dupla identidade de Clark e de Super-Homem, formaria com Lois um original triângulo amoroso, que só viria a (de)compor-se em 1996, quando os dois repórteres finalmente casaram.
Se este arranque trouxe sucesso imediato, esteve longe de obedecer a uma inspiração do momento. Na verdade, Siegel escrevera um conto similar, já ilustrada por Shuster, em 1931, mas protagonizado por um vilão vítima de experiências científicas. Três anos depois, os dois amigos ofereciam, sem sucesso, a sua criação, sob a forma de tiras diárias, aos diários norte-americanos. Finalmente, em 1938, com o advento dos comic-books (revistas de BD) a proposta era finalmente aceite pela National Comics (mais tarde DC Comics) e as tiras originais eram remontadas para o novo formato.

Despedidos pela editora em 1940, na sequência de um processo em que tentaram, infrutiferamente, obter a posse da sua criação, Siegel e Shuster viram o herói ser assinado por diversos autores que contribuíram para estabelecer a sua mitologia e, apesar de ser um extraterrestre, transformá-lo na personificação dos valores do ideal norte-americano.
Passou a ter pais adoptivos – Jonathan e Martha Kent -, os seus poderes – que passaram a incluir capacidade de voo, visão raio-X e de calor e super-audição - ficaram a dever-se à exposição à luz amarela do nosso Sol, cresceu em Smalville, no Kansas, onde viveu aventuras como o adolescente Superboy, mudou-se na idade adulta para Metrópolis, a cidade que o elegerá como seu defensor, viu o círculo jornalístico alargado com o aparecimento do editor Perry White e do repórter fotográfico Jimmy Olsen, protagonizou relatos a meias com Batman (nascido um ano mais tarde), encontrou a prima Supergirl e o cão Krypto (ambos sobreviventes de Krypton) e conquistou também inimigos à sua altura, destacando-se entre todos Lex Luthor, um génio do mal, que muitas vezes o tentou vencer expondo-o à kriptonite, o metal oriundo do seu planeta natal que o torna vulnerável.
A par da “Action Comics”, estrearia um título próprio e tiras diárias de jornal logo em 1939, chegaria aos desenhos animados dois anos depois e ao cinema em 1948. A participação no esforço de guerra americano enfrentando os nazis ajudou a cimentá-lo como o herói americano por excelência.
Atravessando as décadas, ao sabor da inspiração dos seus autores, a sua popularidade foi decaindo e, apesar do sucesso da interpretação no cinema de Christopher Reeves, em 1978, a sua aura foi-se apagando, decidindo a editora consumar a sua morte em 1992. A história, escrita por Dan Jurgens, arrastou-se ao longo de meses num pouco credível combate pugilístico com o vilão Apocalipse, que culminaria com a morte de ambos na revista “Superman” #75, que vendeu mais de quatro milhões de exemplares e foi alvo de uma atenção mediática sem paralelo até à data. Seguiu-se o funeral, a que assistiram amigos e inimigos, e surgiram quatro seres que se reclamavam herdeiros do Super-Homem. Este acabaria por ressuscitar após um período conturbado, que rendeu milhões à editora e repôs a sua fama e popularidade.

Depois, sucederam-se as actualizações, mudanças de origem e de uniforme - actualmente usa calças de ganga e tem uma relação quente com a Mulher Maravilha - vivências díspares em universos paralelos, o planeta Kripton ressurgiu e instalou-se nas proximidades da Terra, Lex Luthor chegou a presidente dos EUA, em sucessivas reconversões do universo da DC Comics que tornam difícil estabelecer uma cronologia sustentável do percurso daquele que continua a ser o maior super-herói de todos os tempos.

Action Comics #1
Um exemplar em óptimo estado de conservação, da revista em que o Super-Homem estreou, foi vendido por 2,1 milhões de dólares em 2011, tornando-se a mais cara revista de BD de sempre.

Siegel e Shuster
A perda dos direitos de Superman durante um processo na década de 1940 levou ao seu despedimento pela DC Comics que só nos anos 80, pressionada por um movimento encabeçado por Neal Adams e outros autores, decidiu atribuir-lhe uma pensão vitalícia. Os seus herdeiros continuam a defrontar a editora nos tribunais.

Mundo de Aventuras
O Super-Homem, divulgado entre nós em edições brasileiras, surgiu pela primeira vez em português no “Mundo de Aventuras #125”, em Janeiro de 1952, que publicou tiras diárias desenhadas por Wayne Boring. Na mesma época, o “Condor”, o “Condor Popular” e o “Ciclone” também publicaram bandas desenhadas com a mesma origem.
Só 30 anos depois seriam publicadas pela primeira vez no nosso país histórias oriundas dos comic-book, em “A Revista dos Super-Heróis”, da Agência Portuguesa de Revistas, e foi preciso esperar até 1995 para a Abril Morumbi editar uma revista com o seu nome. Esta editora lançou igualmente algumas edições especiais, incluindo aquela que narra a sua morte.
Em tempos mais recentes, as colecções “Clássicos da BD” e “Série Ouro”, editadas pela Devir com o jornal “Correio da Manhã”, dedicaram um tomo ao Super-Homem, que surgiu também em diversas edições da Devir, tendo a Vitamina BD editado os quatro tomos de “Kingdom Come”, de Alex Ross.

Novo filme
“O Homem de Aço” estreia em Portugal a 27 de Junho, duas semanas após a estreia mundial. Protagonizado por Henry Cavill, é dirigido por Zach Snyder que prepara também uma curta-metragem de animação com Bruce Timm, que homenageará os momentos mais marcantes dos 75 anos de vida do Super-Homem.
(Versão revista do texto publicado no Jornal de Notícias de 4 de Junho de 2013)



19/04/2010

Quadradinhos que valem milhares

Se em Portugal não há edições que atinjam o milhão e meio de dólares pagos há dias pela Action Comics #1 onde nasceu o Super-Homem, colecções de títulos marcantes como o Papagaio, o Mosquito, ou o Cavaleiro Andante podem render alguns milhares de euros.
Para fazer uma estimativa desses valores, o Jornal de Notícias contactou alguns dos principais livreiros do sector, que desde logo salvaguardam as devidas (e enormes) distâncias existentes entre o meio nacional e o norte-americano, a todos os níveis. O que não quer dizer que alguns títulos não façam alguns perder a cabeça em negócios que podem chegar às dezenas de milhares de euros. Por isso um coleccionador, para além de ter sempre disponíveis “uns trocos no bolso”, o que é complicado em tempos de crise, tem de ser dotado de grande paciência num negócio em que não há cotações fixas, pois estão dependentes do estado de conservação das peças, da oferta e da procura.
Assim, por exemplo, uma colecção completa do Papagaio (722 números), bastante difícil de se encontrar, pode valer uns 5 mil euros, revelou José Manuel Vilela, da Livraria do Duque, em Lisboa. No entanto, como esta revista, dirigida por Adolfo Simões Müller, foi a primeira a publicar em todo o mundo as aventuras de Tintin a cores, os números em que o repórter aparece na capa, muitas vezes desenhado por autores nacionais, ou com o colorido criado em Portugal e nunca mais utilizado, têm grande procura por parte de belgas e franceses de Hergé (uma procura potenciada por uma referência feita à revista por Durão Barroso numa entrevista a uma estação de televisão belga), podendo ser transaccionados por 20 ou 30 euros cada um, acrescenta Alberto Gonçalves da Timtimportimtim, no Porto. Nos últimos anos, são também bastante valorizados, por pessoas que vêm de fora da BD, de áreas como o design ou a pintura, as revistas que incluem histórias aos quadradinhos criadas por artistas agora conceituados como Júlio Resende, Stuart Carvalhais ou Júlio Gil. Aliás, geralmente, vendem-se mais números soltos para completar colecções ou substituir edições em pior estado, do que colecções completas, cada vez mais difíceis de aparecer, como refere a livraria Chaminé da Mota, no Porto, tornando mais difícil satisfazer as listas de pedidos em espera dos seus clientes. Por isso um coleccionador, para alem de ter “uns trocos no bolso”, o que é mais complicado em tempos de crise, tem de ser dotado de grande paciência. E, claro está, neste tipo de negócio não há cotações fixas, pois estão dependentes do estado de conservação das peças, da oferta e da procura.
Outras revistas das décadas de 30, 40 e 50 do século passado, a Época de Ouro das publicações infanto-juvenis em Portugal, atingem também valores considerados interessantes: é o caso do Diabrete (887 números) e do Cavaleiro Andante (556), transaccionados por cerca de 3000 €, ou do Camarada (194) por metade daquele valor. O Mundo de Aventuras, espalhado por quase quatro décadas, cinco séries e mais de 2 mil números é, por isso, difícil de cotar. Mais valorizada, é a mítica revista Mosquito (1412 edições), que fez as delícias dos miúdos nas décadas de 30 e 40, cujas cerca de 50 colecções existentes no país, na estimativa de José Vilela, podem valer até 7500 euros. Mas, segundo José Oliveira, do site BDPortugal, que tem listados cerca de metade dos 60 mil títulos de BD editados desde sempre no nosso país, estas colecções têm vindo a perder valor. Isto acontece porque grande parte dos coleccionadores procura os títulos que leu na sua infância e juventude e a geração do Mosquito, por exemplo, tem hoje para cima de 70 anos…
Por isso, compreende-se quando a livraria Paraíso dos Livros revela que as colecções mais procuradas actualmente são as do Tintin (728 números, cujo valor pode chegar aos 1500 €) e do Jornal do Cuto (174 números, 500 €), datadas dos anos 70; ou seja, correspondentes à geração que conta hoje 40 anos.
Claro que, quando se fala de colecções que por vezes duraram mais de uma dezena de anos e atingiram centenas de números, há exemplares mais raros do que outros, normalmente, os primeiros números, mais antigos, e os últimos, correspondentes à fase de declínio, de tiragem menor.
Mas há excepções como, por exemplo, o número de Natal de 1938 do Papagaio, devido à separata com uma BD completa de Júlio Resende, os Mundos de Aventuras #1 a #44, da 1ª série, devido ao seu formato tablóide de difícil conservação, ou o quinto volume da Colecção Audácia que, por razões desconhecidas, triplica os 500 € dos quatro tomos iniciais.
Mas para além destes, há dois casos paradigmáticos citados por todos. O mais antigo corresponde às edições #73 e #74 do Gafanhoto, dos anos 40, que foram impressos mas não distribuídos, por terem sido alvos de um auto de apreensão (cujas causas são desconhecidas) executado pela Polícia Judiciária e de que se conhecem pouquíssimos exemplares que, por esse motivo, não têm cotação. Outro exemplo é o da Fagulha #391, que deveria ter seguido para os quiosques logo após o dia 25 de Abril de 1974. Como era uma publicação da Mocidade Portuguesa, foi destruída juntamente com muitas outras edições, existindo apenas os exemplares que já tinham seguido por correio para os assinantes. Desta forma, se os números #1 a 390# são cotados em cerca de 1000 €, a colecção completa já foi vendida por 1500 euros. Valores semelhantes a estes podem ser encontrados na Internet, quer em sites especializados, quer nos de leilões, onde com alguma regularidade surgem números soltos destas e de outras revistas.
Numa época em que as revistas praticamente desapareceram, os valores atingidos pelos álbuns hoje tão em voga estão longe de ser tão atractivos. Mesmo assim, há alguns da Meribérica (Blueberry, Valérian), dos anos 80, que já ultrapassam os 100 euros, e as poucas edições do Camarada (anos 60) estão cotadas próximas dos 300 euros, pertencendo a uma desses álbuns – Clorofila e os Quebra Ossos – o recorde de venda de um livro de BD em Portugal: 575 euros.

(Versão revista e alargada do texto publicado no Jornal de Notícias de 14 de Abril de 2010)
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