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17/10/2019

Ricardo Tércio (1976-2019)









Ricardo Tércio faleceu ontem, aos 43 anos.
A sua arte pode ser vista em edições como a antologia Contos de Fadas Marvel (neste link com um texto que reproduz parte de uma entrevista com ele), Dofus Monster e Milagreiro ou no seu blog pessoal.

05/11/2015

Milagreiro












Pelo percurso recente do argumentista, pela pré-leitura do capítulo inicial – que não o era… - e pelo conjunto de desenhadores aqui reunidos, este era um dos títulos recém-lançados no Amadora BD 2015 que mais me despertava a atenção.

04/11/2015

Leitura Nova: Milagreiro



Na sequência da misteriosa morte do seu irmão Cyril, Aya desafia a mais poderosa e obscura organização do mundo para descobrir o que realmente aconteceu.
Com a ajuda de Heron, um assassino profissional à beira da reforma, e movida pela força da sua própria coragem, vai descer ao inferno... para perceber se afinal há ou não milagres.
“Milagreiro” é uma banda desenhada em cinco capítulos que cruza os universos da acção e do fantástico, através da arte de alguns dos mais talentosos ilustradores portugueses.

16/10/2014

Contos de Fadas Marvel








É distribuído hoje com o Público o 15.º tomo da colecção Universo Marvel, que merece destaque especial pelo facto de cerca de dois terços das suas páginas serem desenhados por portugueses.
Já a seguir descubra um pouco mais acerca deste projecto que levou os mais conhecidos super-heróis da Casa das Ideias a revisitar alguns dos mais famosos contos infantis, através de entrevistas com João Lemos e Nuno Plati, efectuadas aquando do lançamento original nos Estados Unidos, e de algumas páginas do livro.

04/07/2011

Portugueses na Marvel

Em tempos recentes – leia-se nos últimos 2, 3 anos – o facto de alguns desenhadores portugueses estarem a trabalhar – (embora) de forma (ir)regular – para a Marvel tem sido (de forma relativa) recorrentemente mediatizado entre nós (e eu me penalizo, se for caso disso, pela minha contribuição, consciente, para esse facto), podendo empolar ou dar dessa realidade uma dimensão que na verdade ela (ainda?) não tem.Mas, para início de conversa, por assim escrever, vamos esclarecer de que se fala quando falamos de Portugueses na Marvel. Ou melhor, vamos um pouco mais atrás, à pré-História dessa relação.
Até há pouco tempo, era necessário recorrer ao luso-americano Joe Madureira – filho de pais portugueses – para conseguir uma assinatura lusa (ou perto disso…) na Marvel, apesar dos sobrenomes familiares de alguns dos autores, que geralmente se descobria serem brasileiros, espanhóis, latinos ou mesmo filipinos…
Madureira, responsável pelo título Uncanny X-Men entre 1994 e 1997, dedicou-se depois a Battle Chasers (Wildstorm), uma criação pessoal que se arrastou no tempo e ficou incompleta. Trocando a BD pelos jogos, Madureira teve algumas passagens pontuais pelos quadradinhos já no final da década de 2000, tendo recentemente anunciado o regresso à editora norte-americana, num projecto para já mantido em segredo.
Depois dele, surgiu Miguel Montenegro que, entre vários trabalhos para outras editoras norte-americanas, em 2004 se tornou o primeiro português a desenhar uma capa para a Marvel, mais concretamente para a edição 51 da revista Espantosos X-Men, da Devir nacional.
Seguiu-se nova travessia do deserto (dos super-heróis com problemas) até que, em 2007, Ricardo Tércio desenhava o primeiro número de Spider-Man Fairy Tales, participando igualmente na mini-série Marvel Fairy Tales, no ano seguinte. Ambos os projectos revisitavam fábulas infantis, agora protagonizadas pelos super-heróis da Marvel, sendo que, nesta última, três dos quatro números eram assinados por autores nacionais: o já citado Ricardo Tércio e ainda João Lemos e Nuno Plati Alves.
Curiosamente, esta oportunidade surgiu – quase por acaso, daqueles que se pensa que só existem nos quadradinhos - durante uma passagem de Lemos por Angoulême, onde encontrou casualmente Joe Quesada a quem entregou o seu portefólio, o que lhe valeu receber mais tarde o convite para o projecto.
Depois disso, estes três nomes, a que se juntou, em 2010, Filipe Andrade (no seguimento de uma análise de portefólios por C.B. Cebulski), têm surgido com alguma regularidade nas fichas técnicas de diversos títulos Marvel, como pode ser verificado na relação abaixo apresentada.
Dirão alguns que foi uma questão de sorte, por estarem no lugar certo, no momento exacto – o que é inegável – mas, a esse factor aleatório, juntaram, posteriormente, a capacidade de trabalho – e o talento - que lhes permitiu responder à primeira solicitação e responder a novos desafios.
E se é verdade que os primeiros projectos eram muito específicos e até marginais na produção normal da Marvel, a verdade é que aos poucos Ricardo Tércio, João Lemos, Nuno Plati e Filipe Andrade, foram subindo e trabalhando com alguns dos principais super-heróis: Capitão América, Wolverine, Spider-M.an, Iron Man… Tem sido um percurso progressivo, em crescendo, iniciado com histórias curtas – algumas estreadas em formato digital – passando depois a projectos de outro fôlego como as one-shots X-23, Marvel Girl e a que Plati desenha actualmente com Spider-Man ou a mini-série Onslaught Unleashed, de Andrade e Tércio, ainda em curso. A par disso, há que acrescentar ainda um argumento escrito por João Lemos para Wolverine e a capa que Plati desenhou para Amazing Spider-Man Family.
Projectos ainda discretos, é verdade, mas cada vez menos.
E se a sua entrada no universo Marvel de alguma forma implica (pelo menos) uma cedência do factor artístico (durante muitos anos defendido pelos autores portugueses que tentaram publicar fora de portas) à vertente mais comercial dos heróis Marvel, a verdade é que Lemos, Plati, Tércio e Andrade não abdicaram de um traço pessoal e personalizado que, se é cedo para afirmar como uma mais-valia, é, no entanto, já, um factor distintivo.
Se o seu trabalho para a Marvel não faz ou não progredir os quadradinhos nacionais, poderá ser outra questão. No actual contexto lateral e secundária. Mas a verdade é que a sua participação na Marvel serviu para mediatizar a BD nacional. Levando-a – mais exactamente levando os seus autores – a suportes (jornais, TV, rádio…) que geralmente não lhes prestam atenção. Caberá a eles, às editoras, aos festivais – no presente (acredito que Beja vai beneficiar com esta mostra) e no futuro – tirar partido deste facto. Promovendo-os com base neles, promovendo-se à custa deles. Haja capacidade, haja visão.
Agora, o que está em destaque é este quarteto, com percursos, opções e ambições diferentes, que chegaram onde os autores nacionais nunca tinham chegado. E o sucesso (mesmo que relativo, possivelmente à medida da nossa realidade) de cada um, pelo menos para eles é positivo. Principalmente porque – cumprindo, talvez, sonhos de infância ou adolescência – já viram o seu talento e trabalho dar frutos.

Nuno Plati Alves
• Avengers Fairy Tales #2 – Created equal, 2008, desenho, arte-final e cor; argumento de C. B. Cebulski
• Amazing Spider-Man Family #8, 2009, capa
• Women of Marvel #2 – Shanna the She Devil, 2010, desenho, arte-final e cor; argumento de Mary HK Choi
• Iron Man Titanium #1 – Killer Commute, 2010, desenho, arte-final e cor; argumento de Mark Haven Britt
• X-23, 2010, desenho, arte-final e cor; argumento de Marjorie Liu
• Marvel Girl #1, 2011, desenho, arte-final e cor; argumento de Josh Fialkov
• Amazing Spider-Man #657 – Torch Song, 2011, desenho, arte-final e cor; argumento de Dan Slott

Filipe Andrade
• I am an Avenger #5 - Ant-Man: Growing, 2010, desenho e arte-final; argumento de B. Clay Moore
• Iron Man Titanium #1 - Hack, 2010, desenho e arte-final; argumento de Tim Fish
• X-23, 2010, desenho e arte-final; argumento de Marjorie Liu
• Captain America #608 a #614 - Nomad, 2010, arte-final; argumento de Ed Brubaker, desenho de Butch Guice
• Onslaught Unleashed #1 a #4, 2011, desenho e arte-final; argumento de Sean McKeever
• Avengers (American Troops), desenho e arte-final;
• Iron Man (Tony Stark), desenho e arte-final;

João Lemos
• Avengers Fairy Tales #1 – Once upon a Time…, 2008, desenho e arte-final; argumento de C. B. Cebulski
• Wolverine #1 - The Dust From Above, 2010, argumento; desenho de Francesca Ciregia
• Wolvernie #1000 – The Adamantium Diaries, 2011, desenho e arte-final; argumento de Sarah Cross

Ricardo Tércio
• Spider-Man Fairy Tales #1 – Off the beaten path, 2007, desenho, arte-final e cor; argumento de C. B. Cebulski
• Avengers Fairy Tales #4, 2008, desenho, arte-final e cor; argumento de C. B. Cebulski
• Onslaught Unleashed #1 a #4, 2011, cor; argumento de Sean McKeever
• Marvel Adventures Super Heroes #11, 2011, capa

(Texto inicialmente publicado no Splaft – Caderno da Bedeteca de Beja #08, que serviu de catálogo ao VII Festival Internacional de BD de Beja)

19/04/2011

Onslaught Unleashed #1 e #2

Mini-série em 4 edições
Sean McKeever (argumento)
Filipe Andrade (desenho)
Ricardo Tércio (cores)
Dave Lanphear (legendas)
Humberto Ramos, Morry Hollowell, Rob Liefeld (capas)
Marvel Comics (EUA, Fevereiro e Março de 2011)
170 x 210 mm, 32 p., cor, comic-book, mensal, $3,99 US

Resumo
O rapto de Toro, um dos Young Allies, leva este grupo de super-heróis (de que também fazem parte Nomad, Spider-Girl, Gravity e Firestar) e também os Secret Avengers (Steve Rogers/Captain America, Black Widow, Moon Knight, Beast, Ant-man e Sharon Carter) até à Colômbia, onde terão de enfrentar o renascido vilão Onslaught.


Desenvolvimento
Se os comics de super-heróis não são a minha BD de eleição, são-no ainda menos quando envolvem um grande número de protagonistas, como é o caso, e argumentos com múltiplas referências cruzadas que me deixam (e a muitos mais, acredito) completamente perdido. Foi o que aconteceu com esta mini-série, sendo que terminei a leitura do primeiro número volume com a sensação de que praticamente nada se passara…
Sensação que se atenuou no segundo número, com o enredo a ganhar contornos mais nítidos, estando na sua base o regresso de Onslaught, um obscuro vilão da vasta galeria Marvel, que é a encarnação do lado negro do Professor Xavier, e que, como não podia deixar de ser, pretende vingança.
Por isso, a minha atenção – ao contrário do que é habitual – prendeu-se mais nos aspectos gráficos, entregues a dois portugueses: Filipe Andrade e Ricardo Tércio.
E, por este lado, confesso, valeu a pena. Andrade tem um traço dinâmico, com personagens com corpos longilíneos e capazes de estranhas contorções que parecem por vezes desprovidos de esqueleto interno, o que, se soa estranho lido, permite uma mobilidade extrema que faz toda a diferença neste tipo de narrativa. É verdade que os rostos são menos precisos nos detalhes, por vezes mesmo inexpressivos, mas a verdade é que o conjunto funciona bem.
Mais a mais, porque está enquadrado por uma planificação diversificada, muitas vezes com vinhetas sobrepostas ou inseridas dentro doutras, capaz de, em simultâneo, detalhar pormenores e mostrar o conjunto, o que dota a narrativa com o ritmo vivo desejado.
Quanto à cor de Ricardo Tércio, adapta-se bem ao traço de Andrade e às inflexões do argumento de McKeever, utilizando tons (geralmente escuros) diferentes para identificar a actuação das diversas personagens e contribuindo para uma maior legibilidade da história. Pessoalmente, acredito que vale a pena perder (ganhar…) algum tempo a apreciar como ele consegue destacar (quase) em cada vinheta os pontos fulcrais da acção ou os protagonistas apenas com a variação dos tons.


A reter
- O trabalho gráfico de Filipe Andrade, que assina nesta mini-série o primeiro trabalho de algum fôlego de um autor português para a Marvel.
- A cor de Ricardo Tércio.
- O bom trabalho editorial da Marvel que incluiu, no primeiro comic, oito páginas com um resumo da saga de Onslaught e, no segundo, uma entrevista com Sean McKeever.


Menos conseguido
- O argumento, algo confuso.
- As capas de Ramos e Liefeld. Sei que devem ser um contributo importante para aumentar as vendas da mini-série, mas confesso que gostaria de ver como Filipe Andrade responderia se tivesse tido a oportunidade de as fazer.

07/03/2011

Portugueses na Marvel

Lançados em meados de Fevereiro nos Estados Unidos, chegam no início desta semana, às lojas nacionais especializadas em banda desenhada importada, dois comics de super-heróis com participação portuguesa na sua autoria.
Um deles é o primeiro dos quatro números previstos de “Onslaught Unleashed”, que fica como a primeira mini-série desenhada por um artista português, no caso Filipe Andrade. Esta narrativa de Sean McKeever, um argumentista de primeira linha, que reúne o Capitão América, a Mulher-Aranha e alguns dos X-Men em novo confronto com o vilão Onslaught, conta com outro português na sua ficha técnica, Ricardo Tércio, como responsável pelas cores da publicação. Como é normal em projectos de alguma relevância da Marvel, foram feitas tiragens com capas alternativas, desenhadas por dois grandes autores da Casa das Ideias, Humberto Ramos e Rob Liefeld.
Ao mesmo tempo, chegará também “Marvel Girl #1”, uma história completa de Josh Fialkov, desenhada e colorida por Nuno Plati Alves, que narra como os poderes psíquicos da mutante Jean Grey se manifestaram após o seu namorado falecer num acidente automóvel, sendo necessária a intervenção do professor Xavier, dos X-Men, para a ajudar a controlá-los.
Entretanto, Nuno Plati Alves que, tal como Filipe Andrade, tem multiplicado as suas colaborações com a Marvel, terminou recentemente uma história curta do Homem-Aranha, estando agora a trabalhar num one-shot com o mesmo herói. A BD, de 8 páginas, será incluída na revista “Amazing Spider-Man” #657, em que, na sequência do recente desaparecimento do Tocha Humana e a sua substituição pelo Homem-Aranha, várias personagens evocam episódios que partilharam com aquele membro fundador do Quarteto Fantástico.
A participação de autores portugueses em revistas Marvel, que tem vindo a crescer nos últimos anos, geralmente leva a uma maior procura desses títulos nas lojas portuguesas, como aconteceu na Mundo Fantasma, no Porto, com “Onslaught Unleashed” e Marvel Girl #1, revelou ao JN Vasco Carmo.

(Versão revista do texto publicado no Jornal de Notícias de 27 de Fevereiro de 2011)
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