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22/07/2020

TLS Series #4: Raízes

Raízes e ramos


Quando crescer não vai acabar a ganhar a vida desenhando ordinarices, pois não?”
Nuno Saraiva in Sem cuecas nem soutien, TLS Series Raízes

Infelizmente não, em muitos casos. Possivelmente sim, nalguns. Felizmente sim, no caso do Nuno Saraiva.
…e de outros que estão com ele neste quarto e último - porquê?! - TLS Series que nos leva numa viagem às raízes. As dos autores e às outras porque, na BD - como na vida - nem sempre o que se lê - ouve, vê… - é o que parece.

17/07/2018

Viagens

De partida

Abrir um livro é partir em viagem. Uma viagem sem sair do lugar, com ponto de partida mas sem destino pré-definido, por percursos inesperados, abertos às surpresas que possa conter, aos desconhecidos que vamos descobrir - às vezes ao reencontro de velhos conhecidos.
Viagens, terceiro tomo das The Lisbon Studio Series é tudo isto - e mais - a multiplicar exponencialmente pelos autores nele incluídos.

30/05/2017

Cidades

Em jeito de passeio




Ruas, avenidas, praças, travessas, becos.
Casas, prédios, vivendas.
Jardins, centros comerciais, lojas.
Paragens de autocarro, cabines telefónicas, paragens de táxis.
Cidades...
… e as pessoas que lá vivem.

05/11/2015

Milagreiro












Pelo percurso recente do argumentista, pela pré-leitura do capítulo inicial – que não o era… - e pelo conjunto de desenhadores aqui reunidos, este era um dos títulos recém-lançados no Amadora BD 2015 que mais me despertava a atenção.

04/11/2015

Leitura Nova: Milagreiro



Na sequência da misteriosa morte do seu irmão Cyril, Aya desafia a mais poderosa e obscura organização do mundo para descobrir o que realmente aconteceu.
Com a ajuda de Heron, um assassino profissional à beira da reforma, e movida pela força da sua própria coragem, vai descer ao inferno... para perceber se afinal há ou não milagres.
“Milagreiro” é uma banda desenhada em cinco capítulos que cruza os universos da acção e do fantástico, através da arte de alguns dos mais talentosos ilustradores portugueses.

26/09/2015

Ricardo Cabral na Casa da Cerca




A exposição “Viagem Desenhada”, de Ricardo Cabral, inaugura este sábado, 26 de Setembro, às 17h30, na Casa da Cerca (Almada) marcando, assim, o início da programação satélite do Amadora BD 2015 – Festival Internacional de Banda Desenhada, que acontece de 23 de Outubro a 8 de Novembro, no Fórum Luís de Camões (Amadora).

12/12/2014

Ricardo Cabral e João Amaral na Dr. Kartoon


Este sábado, 13 de Dezembro, pelas 14h00, vai ter lugar na Livraria Dr Kartoon - Rua Manutenção Militar r/c, 3000-259 Coimbra - uma sessão de autógrafos com dois autores que apresentam os seus mais recentes livros: Ricardo Cabral, autor de Pontas Soltas: Lisboa, e João Amaral, com A Viagem do Elefante, baseado na obra de José Saramago.

27/10/2014

Pontas Soltas – Lisboa








Noutras latitudes e longitudes (editorais, entenda-se), é normal fazer a recolha em álbum de bandas desenhadas originalmente publicadas em revistas ou outros suportes.
Em Portugal, tal facto é uma excepção e este álbum de Ricardo Cabral só vem confirmar o estatuto que o autor conseguiu graças ao seu trabalho regular e à exploração de temáticas/projectos que vão para lá da banda desenhada em si.
Continuem a ler, já a seguir.

24/10/2014

Leitura Nova: Pontas Soltas – Lisboa











Chega esta semana às livrarias nacionais o novo livro do ilustrador Ricardo Cabral. Chama-se Pontas Soltas – Lisboa e revela, através do traço e do génio de um dos mais importantes artistas da actualidade, diferentes visões da capital portuguesa. O lançamento decorrerá no dia 9 de Novembro, pelas 16 horas no Festival de BD da Amadora.
Mais pormenores já a seguir.

15/02/2014

Ricardo Cabral na El Pep Store & Gallery





A El Pep Store & Gallery tem o prazer de o convidar, para a inauguração da exposição individual do ilustrador Ricardo Cabral, no Imaviz Underground, Lisboa, dia 19 de Fevereiro de 2014 às 18h30.

Estarão presentes para sessão de autógrafos a ilustradora Marta Teives, autora do livro Ink, Lisbon Tattos, editado este ano pela editora Choco Com Tinta, e Patrícia Furtado, autora do livro Café Patita, editado o ano passado, estará presente com alguns dos seus doces.
Estarão também à venda diversos títulos de algumas das mais significantes editoras independentes nacionais: Ave Rara, Choco com Tinta, Chili com Carne, El Pep e Polvo.

(Informação recolhida na página do Facebook do evento)

03/07/2012

Web Trip











De saída de Lyon, em busca de inspiração e de si próprio, Jules, na véspera de um périplo por diversas cidades europeias, conhece a bela Romane e decidem partir juntos.
Este é o ponto de partida de “Web Trip”, uma banda desenhada digital colaborativa, actualizada semanalmente com um novo episódio.

É um projecto do festival francês Lyon BD, que convidou uma dúzia de autores de nacionalidades diferentes para a desenvolverem, entre eles o português Ricardo Cabral, cujo episódio, o sétimo, já está online. Como única imposição surge a obrigação de cada criador localizar a acção do seu episódio na sua cidade natal e no seu ambiente próprio, surgindo por isso Lisboa como um dos locais visitados pelo casal, bem como Lyon (retratado por Jerome), Barcelona (Efa), Varsóvia (Krzysztof) ou Lausanne (Becquelin).

A par da deambulação pela Europa, encontros com antigos conhecimentos e a procura da arte que ambos apreciam e praticam, entre os dois vai-se desenvolvendo uma relação com avanços e recuos – bem à imagem dos tempos actuais – enquanto ambos procuram a sua verdadeira identidade.
O tratamento dado a cada episódio é diferente, de acordo com a sensibilidade, opções estéticos e estilos narrativos de cada um dos autores empenhados no projecto, o que o torna algo desequilibrado e revela algumas descontinuidades, quando lido de enfiada, mas não retira mérito a cada uma das abordagens consideradas de forma independente.
Os originais e os desenhos preparatórios de alguns dos episódios estiveram expostos em Lyon até 29 de Junho, mas o projecto não se esgota aqui, pois os autores – profissionais ou não – que o desejarem poderão propor novos episódios protagonizados por Jules e Romane ou por qualquer das personagens secundárias com quem se vão cruzando, desde que ambientados nas suas cidades natais.

(Versão revista do texto publicado no Jornal de Notícias de 18 de Junho de 2012)


06/02/2012

Pontas Soltas - Cidades













Ricardo Cabral
ASA (Portugal, Outubro de 2011)
200 x 280 mm, 92 p., cor, cartonado
17,95 €


Resumo
Colectânea que compila diversas histórias soltas de Ricardo Cabral, inicialmente publicadas em diferentes locais, unidas pela temática Cidades: “5 jours – parte I” (em Marselha), “Da Cidade” (Portimão), “The Lisbon Studio” (Lisboa), “Lágrimas de Elefante” (Lódz), “Barcelona, Kosovo, Barcelona” (Barcelona) e “5 jours – parte II” (de novo Marselha).

Desenvolvimento
Nota prévia: a edição de um álbum deste género – com narrativas curtas, não inéditas – entre nós, não sendo caso único, é bastante raro, merecendo, só por isso, destaque. Porque significa uma aposta séria da editora no autor e porque significa – também – que ele já tem o seu público, o que, de alguma forma, garante aquela aposta.

Posto isto, quero marcar a coincidência de, num curto espaço de tempo, depois de “Sábado dos meus amores , trazer a As Leituras do Pedro nova colectânea de bandas desenhadas curtas, género actualmente com existência difícil, na ausência de revistas onde possam ser (pré-)publicadas.
Com o álbum referido, este “Pontas Soltas” – título bem significativo e invulgarmente feliz -  tem vários pontos de contacto bem como diferenças fundamentais. Ambos têm espaços urbanos como ponto de partida e ambos adoptam tons de crónica, é verdade, mas enquanto naquele, Marcello Quintanilha envereda por uma abordagem bem realista, o tom de Cabral é mais solto e disperso.
Enquanto Quintanilha opta por um retrato rigoroso do quotidiano, Cabral faz a ponte entre as suas sensações e as experiências que viveu em diversas cidades.
Onde Quintanilha traça retratos rigorosos de vidas menos bafejadas pela sorte, em Cabral são as cidades que ocupam (as vinhetas, as páginas,) o protagonismo, transformando “Pontas Soltas” se não num guia de viagem, pelo menos numa porta entreaberta convidando à descoberta dessas cidades por cada um de nós.
Cidades que são aqui omnipresentes – às vezes as únicas presenças - no enquadramento dos apontamentos – rápidos, de passagem, momentâneos - do quotidiano anónimo de gente com quem ele se cruzou por acaso, ou dos encontros e conversas que teve com quem conviveu.
Apontamentos soltos do seu próprio quotidiano – adivinha-se Cabral, por vezes (semi-)visível sempre por detrás da câmara – real ou imaginária – no traçado destes “pequenos encontros” de que “a vida é feita”, quais “pontas soltas” que nunca encontraremos para atar, que nunca se encontrarão…
Por isso, porque a narrativa, assim, se torna secundária, instintivamente o leitor atenta mais no desenho, nas técnicas utilizadas. Entre elas “a câmara” fotográfica que citei atrás, porque é ela – a par de esboços – a base do trabalho gráfico do autor português, na preparação destas bandas desenhadas, cujas técnicas chega a partilhar com os amigos – e connosco, leitores – numa cumplicidade que chega ao ponto de reproduzir páginas “em curso” ou esboçadas em suportes como… sacos de papel!
São abordagens diferentes, sim, não exclusivas nem obrigatoriamente complementares, pois nelas (quase tudo) é diferente, reforço-o, mas que revelam (outr)as potencialidades narrativas da BD.

11/03/2010

A noiva que o rio disputa ao mar + Portimão – Como se faz uma cidade

A noiva que o rio disputa ao mar
João Paulo Cotrim (argumento)
Miguel Rocha (desenho)
Câmara Municipal de Portimão (Portugal, Dezembro de 2009)
172 x 250 mm, 128 p., cor, cartonado

Portimão – Como se faz uma cidade
João Paulo Cotrim (argumento)
Alex Gozblau, Daniel Lima, Filipe Abranches, Jorge Mateus, Pedro Brito, Ricardo Cabral, Susa Monteiro e Zé Manel (desenho)
Câmara Municipal de Portimão (Portugal, Dezembro de 2009)
172 x 250 mm, 152 p., cor, cartonado

Num país em que muitas autarquias continuam a apostar na banda desenhada para contarem a sua História ou as suas histórias, esta edição da C. M. Portimão merece destaque duplo. Não pelo facto (relevante) de se tratar de dois livros – é esse o seu formato – mas pela aposta numa utilização dos quadradinhos moderna e atraente, que foge às narrativas habituais, mais ou menos monocórdicas e pouco estimulantes, que se limitam a debitar informação (mais ou menos bem) ilustrada.
Não que ela esteja ausente destas obras, mas encontra-se (muito) diluída, só limitada ao essencial, surgindo Portimão como cenário e pano de fundo e, na realidade, único protagonista dos dois livros.
Isto acontece mais no primeiro título, sobre a génese da cidade – bela amante dividida entre as carícias do rio e do mar – devido à escolha de um fotógrafo (intemporal, para cobrir cerca de 500 anos de história…) cujos instantâneos fotográficos vão marcando os momentos destacados – um casamento, a construção de naus, a chegada do comboio, a atribuição do foral… - e também pelo facto de estes tanto serem reais como fictícios, históricos como anónimos, dando corpo(s) e alma(s) ao relato. Tudo assinado com cores fortes mas difusas, apropriadas aos diversos aspectos abordados, mas sempre com o azul (forte) da água como tom predominante, por um Miguel Rocha na posse de todas as suas (muitas) qualidades gráficas.
Mas o protagonismo de Portimão é mais evidente em “Como se faz uma cidade”, em que alguns dos mais relevantes ilustradores e autores de BD nacionais contemporâneos, com os seus traços, técnicas e estilos personalizados, mostram diversos aspectos daquela localidade algarvia, cosmopolita mas humana, com belezas naturais e artificiais, que servem de referência e preenchem as memórias (de férias) de tantos e que é local onde vivem e se cruzam tantas pessoas, tantas vivências, tantas (outras) histórias…
Neste conjunto – desculpem-me os outros… - quero destacar em especial os trabalhos de Filipe Abranches, Ricardo Cabral e Pedro Brito, que considero especialmente conseguidos.
No (bom) resultado final, pesa João Paulo Cotrim, escolhido para coordenar e escrever os argumentos, já que é marcante o tom poético que costuma pontuar a sua escrita em que mais do que o que diz, deixa no ar hipóteses, sugestões, dúvidas, desafios que pedem ao leitor várias (re)leituras e abrem a porta a interpretações diversas. E que no todo apresentam Portimão pelo que é mais do que por aquilo que foi ou lá aconteceu.

Curiosidades
- O livro “Portimão – Como se faz uma cidade” inclui no seu miolo um caderno intitulado “Como se vive esta cidade” com pranchas de 19 jovens que participaram num workshop de BD conduzido por Pedro Brito, merecendo algumas delas um olhar atento.

(Versão revista e aumentada do texto publicado originalmente a 6 de Março de 2010, na página de Livros do suplemento In’ da revista NS, distribuída aos sábados com o Jornal de Notícias e o Diário de Notícias)

03/12/2009

Israel - Sketchbook

Ricardo Cabral (texto e desenhos)
ASA (Portugal, Outubro de 2009)
172 x 236 mm, 214 p., cor, cartonado


Este é um livro sem histórias, um livro que desfia – em belos desenhos presos no papel - lembranças, sensações, instantâneos, pequenos momentos banais, daqueles pequenos momentos banais que, todos juntos, formam horas, dias, meses, uma vida.
É um livro com muitas histórias, tantas as que possamos imaginar relacionadas com cada lugar que nos mostra, tantas as que possamos adivinhar em cada rosto que retrata, tantas quantas as que possamos intuir na vida de cada pessoa que cruza as suas páginas.
É um livro com uma única história, a vivida por Ricardo Cabral ao longo de várias viagens a Israel, porque esta é uma obra pessoal: – são as suas impressões, as suas sensações, é o seu olhar transmitido pelos seus desenhos e pelas suas (poucas) palavras.
Um Israel menos mediático, onde não encontramos o país “vencedor da Guerra dos Seis Dias” nem o “opressor dos palestinianos”, mas onde ainda há o Muro das Lamentações, a Igreja do Santo Sepulcro ou a fronteira com Gaza. Mas, acima de tudo, o Israel anónimo, desconhecido, ignorado, tão mais real, feito de paisagens diferentes mas vulgares, de ruas e quiosques, de desertos e praias, habitado por gente diferente, que fala uma língua diferente, mas que é igual àquela com quem nos cruzamos todos os dias. Um Israel que Ricardo Cabral nos revela com os seus desenhos, quase sempre de base fotográfica, mas cujo traço ganha maior espontaneidade, mais vida, mais força quando usa (só ou também?) o esboço do momento.
E se o desenho é agradável, revelador, se prende e dá vontade de mergulharmos nele, o que mais se salienta é a cor, as cores - que o fundo negro das páginas faz sobressair, num contraste bem conseguido - que em muitas páginas parecem bem mais do que tintas aplicadas num papel, transmitindo, quase, o calor abrasador ou a brisa do fim da tarde, que nos fazem procurar o sol que projecta esta ou aquela sombra ou os elementos que as provocam.

(Artigo publicado originalmente 28 de Novembro de 2009, na secção de Livros do suplemento In’ da revista NS, distribuída aos sábados com o Jornal de Notícias e o Diário de Notícias)
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