03/09/2012

X Troféus Central Comics


Melhor Publicação Nacional (TCCN)
 

Melhor Publicação Estrangeira (TCCE)
Blankets (Devir Edições)

 
Melhor Publicação Clássica (TCCC)

 
Melhor Publicação Humor (TCCH)
Há Piores! (Polvo)
 

Melhor Publicação Técnica (TCCT)
BDjornal #28 (Pedranocharco)
 

Melhor Publicação Independente (TCCI)
Venham +5 vol.8 (Bedeteca de Beja)


Melhor Obra Curta (TCCO)
 

Melhor Argumento (TCCArg)
 

Melhor Arte (TCCArt)

02/09/2012

Melhores Leituras

Agosto 2012


Hän Solo (Polvo)
Rui Lacas

 
Heróis Marvel #2 - X-Men: Filhos do Átomo (Levoir/Público)
Joe Casey, Stan Lee, Steve Rude, Esad Ribic e Jack Kirby
 

Giancarlo Berardi, Maurizio Mantero e Laura Zuccheri

 
La peau de l'ours (Dargaud)
Oriol e Zidrou
 

Daredevil - La sonrisa del diablo (Panini Comics Espanha)
Mark Waid, Paolo Rivera, Marcos Martín, Joe Rivera, Muntsa Vicente e Jaime Rodríguez

 
Lance #4 (de 4) (Libri Impressi)
Warren Tufts
 

Murena #6/#7 – O Sangue das Feras/Vida dos Fogos (ASA)
Dufaux e Delaby
 

Claudio Nizzi e Claudio Villa
 

Thor - Dioses Errantes (Panini Comics Espanha)
J. Michael Straczynski , Olivier Coipel, Mark Morales e Laura Martin
 

Jodorowsky e Boucq
 

Crematorium (KSTR/Casterman)
Borg e Gomont
 

01/09/2012

Portusaki

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O Portusaki 02, um evento de entretenimento que      celebra a     animação, jogos, banda desenhada, música, cinema e TV, com      especial      interesse no universo da Fantasia, Terror e Ficção-Cientifica, está de regresso ao Porto este fim-de-semana, após a primeira edição que teve lugar em Fevereiro último.
Hoje e amanhã, entre as 11 horas e as 20 horas, o Hard Club, no Mercado Ferreira Borges, acolhe uma programação vasta e diversificada que inclui torneios de videojogos e de mikado, projecção de filmes, oficinas de origami, música ou karaoke.
Neste sábado o destaque vai para o Concurso de Cosplay, a partir das 18 horas, no qual os participantes se disfarçam e actuam como as suas personagens de BD ou de desenhos animados favoritos, e cujo vencedor ficará apurado para participar na final do concurso Eurocosplay, que contará com representantes de 23 países e terá lugar em Outubro, em Londres.
Amanhã, domingo, o ponto alto será a cerimónia de entrega dos X Troféus Central Comics, que distinguem os principais autores e publicações de BD editados em Portugal em 2011.
O Portusaki, que conta com uma zona de restauração que privilegia a cozinha japonesa e uma zona comercial com várias editoras e distribuidoras de BD e lojas de artigos orientais, tem anunciada a presença de diversos autores de quadradinhos como o brasileiro Sama e os portugueses Fernando Relvas, Pepedelrey, Derradé, Jorge Coelho, Filipe Melo, Fil, Carla Rodrigues e Pedro Oliveira.
Para informação mais detalhada consultar a página oficial do Portusaki.
 
(Versão revista do texto publicado no Jornal de Notícias)

31/08/2012

Bouncer #6/#7

A Viúva Negra/Coração Dividido
 
 
 
 
 
Jodorowsky (argumento)
Boucq (desenho)
ASA (Portugal, Julho de 2012)
240 x 320 mm, 118 p., cor, cartonado
23,20 €
 
 
 
 
1.       Sexo, religião, misticismo, violência, relacionamentos ambíguos, superação, são algumas características sempre presentes nas obras assinadas pelo chileno Alejandro Jodorowsky. Tenham elas fundo histórico ou sejam ficção pura, mergulhem no passado, decorram num presente mais ou menos próximo ou antecipem futuros tão maravilhosos quanto utópicos…
2.      E embora isso possa dar a sensação que o argumentista reconta sempre a mesma história – e é evidente que o faz muitas vezes - conforme a dose de cada um daqueles elementos, o cenário temático escolhido e a inspiração do momento, proporciona aos leitores obras (que pouco mais são do que) medianas ou títulos marcantes e incontornáveis.
3.      Bouncer, deve classificar-se nestas últimas, pois é um western exemplar sob vários aspectos: duro, violento, amoral, profundamente realista apesar do traço semi-caricatural que lhe confere a imagem, sem verdadeiros heróis, com repugnantes facínoras…
4.      E porque conjuga tudo isto com os temas habituais do género – pistoleiros, perseguições, tiroteios, militares corruptos, indígenas oprimidos, cidades sem lei, bares, cadeias, extensas pradarias, montanhas desoladoras e agrestes… - e o toque de originalidade que Jodorowsky lhe conferiu.
5.      A surpreendente associação com Boucq, então conotado com banda desenhada humorística e caricatural, se inicialmente surpreendeu, de tomo para tomo revela-se cada vez mais acertada, com o desenhador a afastar-se suficientemente do tom caricatural sem perder o seu registo próprio e a demonstrar o seu talento num retrato realista e credível dos locais onde a acção tem lugar, sejam eles largos espaços selvagens (pradarias e montanhas que imperam neste relato) ou confinados interiores de bares, prostíbulos, grutas ou tendas índias.
6.      Neste tomo duplo, auto-conclusivo - embora possa ajudar (a compreender) conhecer o passado do protagonista - Bouncer vê-se a braços (passe a expressão, porque aplicada a um maneta…) com um assassino louco (devido ao gume de machado que tem enterrado na cabeça) e a sua prole sanguinária, um destacamento militar composto por mercenários apostados em exterminar os índios da região, uma viúva rica que não olha a meios para possuir todos os terrenos em torno de Barrio City e a nova professora, acabada de chegar à cidade. Com a agravante de desejar as duas últimas e de todos eles se cruzarem a diversos níveis e em situações díspares.
7.      Se é verdade que no final tudo, de alguma forma, se resolve e Bouncer vê todos os seus problemas resolvidos, o caminho para lá chegar não será isento de perigos, confrontos e de um longo rasto de mortos, paredes meias com muitas surpresas, a principal das quais (que por razões óbvias não vou referir) contribui para conferir a este relato o tal toque de originalidade que o distingue de outros westerns similares mas banais.
 
8.     A terminar.
9.      A edição deste álbum duplo – como aconteceu recentemente com tomos de Murena e de O Gato do Rabino – parece querer mostrar que é possível editar álbuns “integrais” em Portugal.
10.  Se a iniciativa é louvável, pela qualidade da obra em si e da edição, por compilar uma história completa e por permitir fechar uma colecção até agora em curso, e se pouco há a apontar-lhe – a ausência da capa de um dos tomos é um desses aspectos (menores) – fica a dúvida se o preço final justifica a opção. Porque, apesar de inferior ao de dois tomos separados, continua a ser elevado para o nosso nível de vida, mais a mais no período de crise que se atravessa.
11.   Não me parecendo que esta seja uma forma de teste ao nosso reduzido mercado, terá a editora razões que eu desconheço? Espero que sim e que esta venha a ser uma aposta ganha.
 
 

30/08/2012

O Hobbit

 
 
 
 
 
 
 
  
Baseado na obra homónima de J. R. R. Tolkien
Charles Dixon e Sean Deming (argumento)
David Wenzel (desenho)
Devir (Portugal, Agosto de 2012)
195 x 285 mm, 140 p., cor, cartonado
24,99 €
 
 
A propósito da recente reedição por parte da Devir da adaptação em banda desenhada de “O Hobbit”, recordo o texto que escrevi no Jornal de Notícias, a propósito da primeira edição portuguesa desta obra, em 2002, intitulado “Adaptações(1)”. 
 
Uma adaptação, para ser conseguida, tem, a meu ver, que cumprir dois requisitos: ser fiel ao original e funcionar de forma autónoma, consistente e credível na nova forma narrativa à qual foi adaptada. Isto porque cada género narrativo – literatura, banda desenhada, cinema de animação, cinema – tem características e regras próprias que importa seguir.
Na maior parte dos casos, as adaptações originam obras inferiores às originais, podendo surgir excepções quando a adaptação, mais do que seguir ao detalhe o seu modelo, se mantém fiel ao seu espírito, mas recria-o totalmente de acordo com as características inerentes à nova forma narrativa adoptada. Foi isto que foi ignorado durante muitos anos, nas transposições da literatura para a banda desenhada (as mais comuns), resultando daí romances (mal) ilustrados, nalguns casos com a transposição integral do texto original sob as ilustrações, numa prática que demonstra claramente ignorância acerca da forma narrativa escolhida.
 
Toda esta introdução vem a propósito do recente lançamento de “Bilbo, o Hobbit” (Devir) que se baseia na obra homónima de J. R. R. Tolkien, que serve de prelúdio à trilogia “O senhor dos anéis”.
Contando mais de 60 anos, mantém uma frescura invejável, graças à coerência e à riqueza do mundo imaginado por Tolkien, e conta como o pequeno Bilbo é convencido pelo feiticeiro Gandalf a acompanhar um bando de anões na busca de um mítico tesouro, o que o levará a ter de enfrentar um terrível dragão. E mais do que um tesouro, o hobbit que protagoniza a história acaba por se descobrir a si mesmo, após uma busca iniciática em que descobre facetas e capacidades que ignorava possuir.
A adaptação, assinada por Charles Dixon, atinge bons momentos quando se consegue libertar do texto original e funcionar como uma verdadeira banda desenhada. Quando isso não acontece, se a trama ganha em densidade, perde em ritmo narrativo e afasta-se das características próprias de uma BD.
Os desenhos, num estilo realista que combina técnicas clássicas de desenho e aguarela, são de David Wenzel e devem ter servido de referência a Peter Jackson para a recente adaptação cinematográfica de “O senhor dos anéis”, dada a semelhança entre os personagens comuns às duas obras.
 
(Texto publicado originalmente no Jornal de Notícias de 12 de Junho de 2002)

29/08/2012

Leituras Novas

Agosto de 2012
 
ASA
Os Piratas do Deserto
Fernando Santos Costa
Nos fins do século XIX, o coronel Flatters realizou uma expedição ao norte de África para fazer estudos dos caminhos de ferro, tendo esta sido dizimada pelos bandidos do deserto. Desconhecendo-se o que terá acontecido ao coronel, o Marquês de Sartena, um corso de temperamento aventureiro, vai organizar uma caravana com o fim de descobrir o seu paradeiro. Para concretizar o seu objectivo terá de atravessar o deserto do Sara e passar por muitas peripécias recheadas de combates extraordinários, tempestades de areia e muitas outras aventuras empolgantes, onde também não faltam traições e paixões...
 
O Paraíso Terrestre/Jerusalém de África
Joann Sfar
O Paraíso Terrestre
Durante uma viagem a Oran, o gato acompanha o Malka dos Leões na sua marcha pelo deserto. Nesta viagem, participam também o velho leão que acompanha o Malka há já trinta anos. Ao gato e ao leão junta-se ainda uma serpente que com eles conversa sobre a vida, a religião, a velhice e sobre os atributos do Malka como sedutor e contador de histórias…
Jerusalém de África
O gato percebe que a sua dona Zlabya não é feliz com o marido que dedica mais tempo aos livros do que a ela. Quando recebe uma encomenda vinda da Rússia, descobre que entre os livros está também um homem morto. São chamados rabinos, alunos, curiosos, mas ninguém sabe o que fazer. Tudo isto enquanto o gato tenta explicar-lhes, sem sucesso,
que aquele homem afinal esta vivo… 
 
Devir
The Walking Dead
#3 - Segurança na prisão
Robert Kirkman, Charlie Adlard e Cliff Rathburn
O mundo tal como o conhecíamos desapareceu.
O mundo do comércio e das necessidades frívolas foi substituído por um mundo de sobrevivência e de responsabilidade.
Uma epidemia de proporções apocalípticas varreu o globo, fazendo com que os mortos se animem e se comecem a alimentar dos vivos.
Num mundo governado pelos mortos, somos forçados a finalmente começar a viver.
 
O Zen de Steve Jobs
Caleb Melby e Jess3
Zen de Steve Jobs conta a história da relação de Jobs com Kobun Chino Otogawa.
Kobun era um monge Zen Budista que emigrou do Japão para aos EUA no início dos anos 70 a 2011. Era um inovador, sentia pouca simpatia por regras e tinha uma paixão por arte e design. Kobun era para o Budismo o que Jobs era para o mundo do negócio de computadores: um dissidente e um espírito independente. Não demorou muito a ficarem amigos, e mantiveram uma relação cheia de encontros e desencontros.
Esta novela gráfica é um reimaginar dessa amizade. A história anda para a frente e para trás no tempo, dos anos 1970 a 2011, mas está centrada no período após o exílio de Jobs da Apple em 1985, quando se dedicou a estudar intensivamente com Kobun. O seu tempo juntos foi um componente subjacente aos enormes saltos que a Apple deu mais tarde no design dos seus produtos e na sua estratégia de negócio.
Narrado através do uso de diálogos depurados e imagens inspiradas pela caligrafia,
O Zen de Steve Jobs explora como Jobs poderia ter afinado a sua estética de design através do estudo da religião oriental, mas no final ele apenas retiraria do Zen o que precisava e deixaria o resto para trás. Ilumina aspectos da vida de Jobs pouco focados na biografia de Jakobson, sendo uma leitura estimulante para amantes do empreendorismo empresarial, criativos e fãs da Apple em geral.
 
O Hobbit
Charles Dixon, Sean Deming e David Wenzel
Publicado pela primeira vez no Reino Unido há mais de setenta anos, O HOBBIT de J. R. R. TOLKIEN tornou-se num dos mais populares livros de todos os tempos.
A sua adaptação gráfica acabou por se transformar também num clássico da banda desenhada, agora com novas digitalizações que apresentam os tons das aguarelas originais em todo o seu esplendor.
O HOBBIT, a prequela de O Senhor dos Anéis, conta a história de Bilbo Baggins, um hobbit pacífico e amante dos confortos do lar, cuja vida é virada de pernas para o ar pela aparição de um feiticeiro, Gandalf, e de um grupo de anões, que o arrastam para uma arriscada aventura, em busca de um tesouro fabuloso.
Excelente livro para cativar crianças e jovens com a leitura, e para os leitores mais velhos com preguiça de reler o Hobbit ou com vontade de partilhar um gosto de juventude com os seus filhos. 
 
Lemon
Os Voos da Águia Vitória
A Glória Europeia
Nuno Manalvo
 
 
Levoir/Público
Heróis Marvel
Stan Lee, Gerry Conway, Lee Weeks, John Romita e Gil Kane
 
#6 “Vingadores - Confiança Mundial”
Geoff Johns, Kieron Dwyer e Ivan Reis
 
#7 “Vingadores - Zona Vermelha”
Geoff Johns, Gary Frank, Ivan Reis e Olivier Coipel
 
#8 “Hulk - Tempest Fugit”
Peter David, Lee Weeks e Jae Lee
 
#9 “Wolverine - Madripoor”
Chris Claremont e John Buscema (desenho)
 
(Os textos, quando existem, são da responsabilidade das editoras)

28/08/2012

Heróis Marvel #6

Vingadores – Confiança Mundial










Geoff Johns (argumento)
Kieron Dwyer e Ivan Reis (desenho)
Levoir+Público (Portugal, 9 de Agosto de 2012)
170 x 260 mm, 200 p., cor, cartonado
8,90 €



Resumo
Este volume compila as revistas “The Avengers” vol. 3, #57 a #60 e a mini-série “The Avengers Icons: The Vision” #1 a #4.
Na primeira história, “Confiança Mundial”, o surpreendente desaparecimento das principais capitais mundiais leva a ONU a entregar o governo do planeta aos Vingadores e, na segunda, “Visão”, é contada a origem deste vingador.

Nota Prévia
Sejamos claros: a diversidade e riqueza do universo Marvel permitem-no à saciedade – tornam mesmo quase inevitável – que para cada volume desta colecção Heróis Marvel – ou de qualquer outra colecção similar – haja sempre vozes a questionar os critérios editoriais que levaram à selecção das histórias nela incluídas. Que muitas vezes são tão simples como utilizar o único material disponível. E que, não custa relembrá-lo, foi feita muito a montante da actual colecção em distribuição em Portugal.

Desenvolvimento
Dito isto, avancemos então… questionando o porquê da inclusão da mini-série sobre o Visão neste volume e não do segundo arco da BD dos Vingadores – que, refira-se a propósito, foi o prato forte do tomo seguinte desta colecção, “Vingadores – Ameaça Vermelha”- porque, os únicos pontos comuns a ambas as histórias são o argumentista Geoff Johns e a presença do Visão.

O que custa a perceber - mesmo tendo em conta a sua extensão - para além da óbvia estratégia comercial, pois os Vingadores são no actual momento, com certeza, um bom chamariz e o final em aberto convida a ler o tomo seguinte (embora falha a inexistência de uma referência a essa possibilidade no final de “Confiança Mundial”).
Tudo isto, não invalida a qualidade desta história – que (re)conta a origem deste vingador – muito bem estruturada, combinando de forma coerente e credível em diversos flashbacks o momento da sua criação no tempo da II Guerra Mundial com o momento presente, explorando de forma interessante a dualidade homem/máquina inerente à personagem e equilibrando as cenas de acção com outras menos vivas mas talvez mais importantes para a definição do carácter e dos propósitos dos diferentes intervenientes. A tudo isto, há que acrescentar o excelente traço realista do brasileiro Ivan Reis, actualmente um dos nomes grandes da DC Comics.
Quanto a “Confiança Mundial”, que abre o volume, embora menos espectacular do ponto de vista gráfico, pese embora o competente trabalho de Kieron Dwyer e a sua planificação variada com um bom recurso a vinhetas de página inteira ou mesmo de página dupla, apresenta as principais características das histórias dos Vingadores.
Por um lado, mostra a razão pela qual foram criados: resolver em conjunto problemas que nenhum super-herói conseguiria resolver sozinho. O desaparecimento das capitais com o consequente estado de crise e a entrega do poder mundial a este grupo de super-heróis encaixa às mil maravilhas naquele pressuposto (embora eu gostasse de ter visto melhor exploradas as questões burocráticas inerentes a qualquer governo, apenas afloradas no relato).
Depois, a existência de tantos protagonistas – Capitão América, Homem de Ferro, Thor, Feiticeira Escarlate, Mulher Hulk, Vespa, Pantera Negra… - ajuda a variar temática e graficamente a história, conferindo-lhe uma outra dimensão e torna (ainda mais) espectaculares muitas das cenas de acção.
Como aspecto menos interessante, surge a dispersão provocada por tantos heróis, pois a participação de cada um deles acaba por ser algo reduzida e limitada e fica a sensação que há diversos momentos que mereciam ter sido melhor explorados e/ou desenvolvidos.

A reter
- Mais uma vez há que evidenciar nesta colecção a boa edição, mais a mais se considerada numa perspectiva de relação qualidade/preço.
- As melhorias evidentes, em relação a tomos anteriores, ao nível da tradução e da revisão.
- A forma exemplar como “Confiança Mundial” exemplifica as razões da criação dos Vingadores.
- A mini-série do Visão, no seu todo, embora com destaque para o trabalho gráfico de Ivan Reis…

Menos conseguido
- … embora se possa questionar a sua inclusão num tomo que devia ter como protagonistas os Vingadores e não apenas um dos seus componentes.
- Os problemas de distribuição que continuam a manifestar-se.


27/08/2012

Thor: um deus há 50 anos entre super-heróis














No universo Marvel, povoado de seres fantásticos (e quantas vezes inacreditáveis) alguns há que mesmo assim se distinguem pelos seus poderes ou origem. É o caso do poderoso Thor, que fez a sua estreia há 50 anos, na revista “Journey into Mistery2 #83, de Agosto de 1962.

Filho do todo-poderoso Odin, o rei dos deuses nórdicos, o jovem Thor, seu herdeiro natural, devido à sua impulsividade e teimosia quase provocou uma guerra entre os deuses de Asgard e os gigantes de Jotunheim. Como castigo, o seu pai baniu-o para a Terra, com a memória apagada e aprisionado no corpo de Donald Blake, um médico deficiente físico, para o jovem aprender a lutar contra a adversidade, a ser humilde, perseverante e a ajudar os outros.
Mais tarde, convencido que Thor estava mudado, Odin induziu-o a viajar até uma caverna na Noruega, onde reencontrou o seu martelo místico Mjolnir, símbolo do poder do deus do trovão. Para além de arma de ataque, o martelo serve também para Thor alternar entre a forma divina e a humana.
Só que os deuses também são falíveis e Odin nunca imaginara que o tempo que Thor passara na terra o levasse a querer permanecer aqui, para ajudar os seus habitantes, encontrando-se para sempre dividido entre dois mundos.
Os criadores de Thor, foram Stan Lee e Jack Kirby, quando o universo Marvel explodia em todos os sentidos e formava as bases que o sustêm até hoje. A inclusão de um ser sobre-humano, permitiu uma abordagem diferente, em grande parte assente na mitologia nórdica. Na sua cronologia não faltam, por isso, confrontos com Loki, o seu meio-irmão maligno que aspira ao seu trono, combates épicos com outros seres sobrenaturais, a par de façanhas mais terrestres, inclusive como membros dos Vingadores que integrou desde a sua formação.
Com o passar dos anos, como é habitual, a sua história tornou-se cada vez mais complexa, com relações amorosas, outras identidades secretas, substituição temporária por clones e outros seres e inimagináveis combates que culminariam com a sua morte, já no actual século.
Mas, como os deuses – tal como os super-heróis Marvel – são imortais, Thor voltaria poucos anos depois, para retomar o seu lugar no panteão da casa das ideias, a tempo de aproveitar o impacto do filme de 2011, que teve Chris Hemsworth como protagonista, que veio trazer novo folego à sua existência.

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