28/03/2013

Lucky Luke – Billy The Kid








  
Colecção Lucky Luke #8
René Goscinny (argumento)
Morris (desenho)
ASA/Público
Portugal, 27 de Março de 2013
215 x 285 mm, 48 p., cor, 
brochado com badanas
4,95 €



Esta semana distribuído com o jornal Público, este é para mim, um dos melhores títulos do “cowboy que dispara mais rápido que a própria sombra”, que no meu subconsciente tinha ganho contornos quase míticos.
Li-o pela primeira vez há muitos – muitos! – anos nuns quantos fascículos da revista Tintin que alguém me emprestou – é verdade, embora tendo-a lido toda, não coleccionei esse título tão marcante da BD nacional – e não me lembro de o ter voltado a reler, embora tenha ficado com uma fortíssima memória dele.


O reencontro com Billy The Kid (personagem histórico do velho Oeste), o adolescente malcriado e birrento que aterrorizava Fort Weakling, teve, por isso, contornos especiais para mim.
E o primeiro facto que me apraz registar – o que nem sempre tem acontecido em casos semelhantes - é que as minhas memórias se revelaram acertadas e a (re)leitura do álbum, misto de descoberta e recordação, constituiu um momento de grande prazer.
Nesta época – o álbum data originalmente de 1953 – Morris prosseguia a sua rápida ascensão enquanto criador gráfico de eleição, com um traço muito expressivo e de um dinamismo notável, recebendo um excelente contributo de Goscinny: um argumento particularmente inspirado, consistente e certeiro, recheado de gags muito divertidos, em que Lucky Luke se vê obrigado a passar para o lado errado da lei para conseguir finalmente o seu propósito: vencer o jovem Billy e convencer a população (aterrorizada) a depor contra ele.
Uma espécie de terapia de choque – incrementar o terror, para o mal parecer menos sofrível – que surgindo como um elemento divertido – até pelos contornos de que se reveste – não deixa de fazer pensar e de se tornar incómodo por serem recorrentes na Histórias – aos mais diversos níveis – tantos exemplos semelhantes.
E, qual cereja no topo do bolo, antes do envio do fora-da-lei para cumprir a justa pena, Lucky Luke não deixa de lhe aplicar o correctivo devido a todos que, como ele, são birrentos e malcriados: um belo par de surras no rabo, por muito que isto possa soar herético em termos do (doentio) politicamente correcto que hoje se vive.


27/03/2013

Leituras Novas - Março


Os textos, quando existem, são da responsabilidade das editoras.
Algumas das edições aqui apresentadas podem ter sido editadas anteriormente,
mas só agora tomei conhecimento delas.

ASA
Astérix - A Rosa e o Gládio
(reedição: miolo com novas cores)
Goscinny e Uderzo

Há uma revolução na Aldeia de Astérix!
Esta história gira em torno da condição feminina, com várias peripécias com as mulheres no centro da acção. É talvez o único dos livros da Astérix em que as mulheres são protagonistas!
O primeiro episódio leva ao abandono da aldeia pelo bardo, farto de bárbaros e vexado pelas senhoras da aldeia que, não contentes com a educação ministrada pelo ele aos seus filhos, contratam Maestria, uma mulher bardo de Lutécia, para o substituir.
Maestria incentiva as suas irmãs gaulesas a dizer não à tirania masculina. A revolta instala-se, as aldeãs usam bragas, e Boapinta quer ter assento no Conselho da Aldeia. Até o exército romano submete as suas legiões às regras da paridade...
A lendária galanteria gaulesa posta à prova, vista por um Albert Uderzo mais inspirado do que nunca!

Astérix – O Grande Fosso
(reedição: miolo com novas cores)
Goscinny e Uderzo

Entre os Gauleses, o caldo entorna-se!
Numa pequena aldeia semelhante à de Astérix, sucedem-se as querelas. Giradix e Segregacionix reivindicam ambos o lugar de chefe. Não conseguindo chegar a consenso, a solução escolhida é radical: a aldeia é dividida ao meio por um grande fosso, que torna cada metade, administrada por um dos dois chefes, inacessível à outra!
Isto é uma autêntica tragédia para Comix, o corajoso filho de Giradix, e para Fanzine, a encantadora filha de Segregacionix, cuja bela história de amor está condenada pelas rivalidades dos respetivos pais. No entanto, a desgraça de alguns faz a alegria de outros, neste caso a do ignóbil Acidonitrix, um sinistro manipulador com cabeça de arenque em salmoura, que já se imagina casado com a bela Fanzine...
Para Comix, isto é a gota de água, e lá vai ele para a Aldeia de Astérix em busca da ajuda dos Irredutíveis Gauleses.

Corto Maltese – A Juventude (Capa Dura)
Hugo Pratt

Em 1981, o jornal francês Le Matin encomendou a Pratt uma banda desenhada, a ser publicada em episódios ao longo desse ano.
Pratt começa por narrar os bastidores da guerra entre a Rússia e o Japão, na Manchúria de 1905. Desenha as trincheiras escavadas pelos soldados japoneses e o orgulho dos oficiais, a debandada das tropas russas e a loucura de uma situação na qual alguns continuam a massacrar-se apesar de a guerra ter acabado. Ele fez de Jack London, o escritor americano e correspondente de guerra, o artesão do encontro e da amizade entre Rasputine e Corto Maltese.
E quando a história de Pratt termina antes do tempo, em consequência de um desentendimento com o editor, a história como que por magia não ficará inacabada, mas passa a ser uma outra história. "A Juventude" será um relato sobre a amizade e a honra, sobre a liberdade, a loucura e o rigor.

Corto Maltese - Helvéticas (Capa mole)
Hugo Pratt

"O percurso de Corto Maltese na Suíça parece ser apenas um sonho; na verdade, é uma autêntica viagem iniciática que Corto realiza com a aparente simplicidade divertida e descontraída de um Pratt que consegue pairar entre os mitos e as mensagens esotéricas.
Existirá realmente uma fronteira entre a vida e a morte?
Por quantas provas é preciso passar, quantos degraus é preciso subir, quantas portas é preciso abrir para ter o "dom de vida"?
Parsifal, Klingsor, Kundry e Hermann Hesse cruzam o caminho que conduz Corto ao conhecimento do Graal, no qual poderá finalmente beber da nascente."


Associação Turbina
“Crónicas de Arquitectura”
Pedro Burgos

Durante o triénio de 2009-2012, Pedro Burgos publicou a sua “Crónica Desenhada” no JA – Jornal Arquitectos, publicação oficial da Ordem dos Arquitectos – ao ritmo trimestral de 1 página. Respondendo ao convite do arquitecto. Manuel Graça Dias, que então assumiu a direcção editorial do JA, esta crónica constituiu uma colaboração regular sob a forma de banda desenhada, transformando os sucessivos temas lançados pela revista em pequenos “ensaios” gráficos, o que permitiu abordar as convenções, ambições e frustrações do meio arquitectónico num registo aparentemente “lúdico” e naturalmente autocrítico visto Pedro Burgos ser arquitecto de formação e profissão. Nesta compilação das pranchas produzidas para o JA, ganha-se agora uma crónica inédita – especialmente escrita por Manuel Graça Dias – e juntam-se os esboços que antecederam o desenho final de cada uma das páginas.

Bertrand Editora
Paco Roca

«Durante muitos anos confinada ao gueto da BD, a novela gráfica vem conquistando cada vez mais autonomia como género literário e espaço de experimentação narrativa.» José Mário Silva, Expresso
Emílio, um bancário reformado, sofre de Alzheimer e é internado num lar de terceira idade. Rodeado de vários outros idosos, cada um com um quadro «clínico» distinto e com uma personalidade bem vincada, vai aprendendo as diversas estratégias para combater o tédio e a erosão da rotina.
Ao mesmo tempo, Emílio e os seus companheiros vão tentando introduzir, num quotidiano marcado por medicamentos, refeições, «terapias ocupacionais» e sestas de duração indefinida, alguns vislumbres de encanto e alegria de viver.
«Paco Roca trata este tema com grandeza. Um livro que encanta, atrai e entretém… um puro feitiço melancólico, desde a magistral capa até à última página.» Público
«Rugas é uma narrativa acerca da batalha contra o envelhecimento. Uma batalha sem armas, mas não isenta de lágrimas.» Le Monde
«É de destacar o talento com que Paco Roca aborda o tema do envelhecimento, evitando o melodrama e com pinceladas de um humor delicioso.» El País
Premio Nacional de Cómic do Ministério da Cultura Espanhol
Prémio Melhor Obra e Melhor Guião do Saló Internacional del Cómic de Barcelona

Prix de la Critique da ACBD, França


Edições Culturais da Marinha
A Primeira Travessia Aérea do Atlântico Sul
A. Vassalo


Chili Com Carne
Kassumai
David Campos

Segundo volume da colecção LowCCCost - porque é realmente barato viajar lendo estes livros de viagens.
Depois de uma "Boring Europa", a Associação Chili Com Carne, edita agora uma experiência mais excitante e exótica na Guiné-Bissau pela mão de David Campos.
Kassumai (saudação Felupe): uma palavra para designar: Liberdade, Paz e Felicidade...
David Campos visitou a Guiné-Bissau entre Novembro de 2006 e Maio de 2007 no âmbito de um projecto de apoio à população de S. Domingos, numa parceria entre uma O.N.G., a Acção para o Desenvolvimento, e a Câmara Municipal do Montijo. Durante a sua estadia apaixonou-se pelas pessoas que conheceu e este livro, mais que um relato de viagens neste país africano, é um diário fragmentado de vivências e contactos humanos feitos pelo autor entre o seu trabalho como voluntário e os seus tempos livres.
O autor nasceu em 1979 em Medons La Florett (França) mas veio para Portugal aos 4 anos, crescendo no Montijo. Tirou o curso de Formação Profissional de Desenho Animado (ETIC) e também o de Escrita para Multimédia e Audiovisuais, e na Ar.Co o curso de Ilustração e BD. Trabalhou em Cinema de Animação, têm editado alguns fanzines e participado em algumas antologias da Associação Chili Com Carne, nomeadamente Destruição ou bandas desenhadas sobre como foi horrível viver entre 2001 e 2010 e Futuro Primitivo.

Gradiva
Estar Morto é o Contrário de Estar Vivo
Jerry Scott e Jim Borgman

Um novo álbum da família já conhecida dos leitores, que retrata a angústia, as contrariedades e as alegrias vividas pelos pais de adolescentes.
Uma colecção imperdível, das mais criativas e originais da actualidade, considerada duas vezes como Best Newspaper Comic Strip pela National Cartoonists Society norte americana. Não vai querer perder mais esta série de tiras que, com muito humor e imaginação, nos dá em directo as aventuras e desventuras da família Duncan!

Saída de Emergência
O Cavaleiro de Westeros #2 – A espada ajuramentada
George R. R. Martin, Dunk, Egg

Uma história fascinante sobre honra, violência e amizade no mundo de: A Guerra dos Tronos
O continente de Westeros é o cenário onde se desenrola a saga de George R. R. Martin, as Crónicas de Gelo e Fogo. A Espada Ajuramentada decorre cem anos antes de A Guerra dos Tronos, com o reino em paz e a dinastia Targaryen no auge do seu poder.
Dois anos após provar o seu valor no torneio de Vaufreixo e determinado em tornar-se um grande cavaleiro, Sor Dunk faz-se à estrada junto com o seu companheiro Egg e chegam ao feudo de Sor Eustace, um cavaleiro idoso cuja glória sobrevive apenas na memória de feitos há muito realizados. Perante um feudo assolado pela seca, Dunk e Egg envolvem-se numa disputa de território entre Sor Eustace e a Senhora Rohanne, mais conhecida como a Viúva Vermelha tal é o rasto que deixa de maridos e irmãos falecidos. Dunk vê a sua lealdade perigosamente testada ao deixar-se seduzir pela beleza de Rohanne, mas para evitar o derrame de sangue e a morte, tudo deverá fazer para alcançar a paz entre ambos os lados que parecem estar condenados à guerra…


Sanktio Comix
MiniZine Nº2
Chaka Sidyn, Armando Mártires, Peebo Mondia, Rafael Desquitado e Quico Nogueira

Após alguns atrasos inesperados o MiniZine Nº02 está finalmente disponível.
Após um primeiro número onde predominava o drama urbano o segundo número apresenta também duas histórias de ficção-científica e acção.
Pode ser literal ou só sentimental, mas o luto é algo que todos fazemos, e em alguns casos, várias vezes. Os pormenores podem variar, mas o essencial permanece sendo esses aspectos que são explorados em as 5 fases do luto, uma história ilustrada por Armando Mártires.
Os invasores do Espaço, como o próprio título indica é uma história de ficção científica ilustrada por Peebo Mondia que evoca o espirito das histórias da EC Comics da década de 50.
Depois de séculos de subserviência, obediência e exploração os escravos
de D€U$ pegaram em armas clamando pelos seus direitos em Revolução, um história ilustrada por Rafael Desquitado.
Os argumentos e balonagem das 3 histórias é da responsabilidade de Chaka Sidyn, sendo a ilustração da capa da autoria de Quico Nogueira.
O Minizine número dois de momento encontra-se disponível só em formato digital e gratuito, sendo possível ler clicando na imagem acima ou efectuando download.


Edição de Autor
Agonia Sampaio
Fantasia



26/03/2013

Oliver Rameau #5 – Le grand voyage en Absurdie











Greg (argumento)
Dany (desenho)
Éditions du Lombard *
Bélgica, Março de 1984
220 x 295 mm, 48 p., cor, cartonado


Mesmo sabendo que Greg escreveu e/ou desenhou mais de 350 álbuns de BD ao longo da sua carreira aos quadradinhos – vi-os todos expostos, num imenso mural, numa retrospectiva que o Festival de Bd de Angoulême lhe dedicou há já alguns anos – não hesito em afirmar que este é um dos seus argumentos mais conseguidos.
Pelo humor, a ironia e a mordacidade de que dá provas para arrasar a (absurda forma de) vida em Absúrdia, o nome dado pelos seus heróis a este nosso “mundo-em-que-todos-nos-aborrecemos”.
A mobilização de um poeta, Aimé Detousse – que se vê assim impedido de se tornar cidadão de Rêverose – leva Oliver Rameau a partir à cabeça de um “comando” para o resgatar do mundo real, avesso à sua poesia e à sua imaginação (apesar da indicação em contrário que o seu nome pode dar…)
Esse é o pretexto para uma sucessão de conseguidos gags que questionam e ridicularizam diversos aspectos da nossa vida quotidiana, onde avultam a saída recorrente dos membros do comando da cabine telefónica, a conversa com a porteira de Detousse, a explicação sobre o uso de dinheiro, a substituição dos elementos da banda e, principalmente, a desconstrução arrasadora da estrutura e da vida militar que preenche cerca de um terço desta belíssima narrativa, onde imperam o absurdo, a poesia e uma fantástica capacidade imaginativa.

*Se é verdade que possuo os 10 tomos das aventuras de Oliver Rameau “espalhados” por diversas edições de várias editoras, elas actualmente estão integralmente disponíveis em quatro tomos editados pelas Éditions Joker.

25/03/2013

Leituras nas bancas - Março

Edições periódicas de banda desenhada este mês disponíveis nas bancas portuguesas.


Este mês estreiam nas bancas e quiosques portugueses
seis títulos com Os Novos 52.


Manga
 Este mês não há títulos de manga nas bancas e quiosques portugueses.





Bonelli em Abril

(Mythos Editora)
Por decisão da distribuidora VASP, os títulos de Tex disponíveis mensalmente,
serão distribuídos em duas fases, com intervalo de duas semanas, a primeira das quais no final deste mês.

Almanaque Tex #44

Tex Coleção #277

Tex #485

Tex Ouro #56

Tex Ouro #57

DC Comics em Março


DC Comics (Panini Comics)

Início dos Novos 52

A Sombra do Batman #1

Batman #1

Lanterna Verde #1

Liga da Justiça #1

Superman #1

Universo DC #1

Marvel em Março


Marvel (Panini Comics)

Avante Vingadores #55

Homem-Aranha #127

Os Novos Vingadores #102

Universo Marvel #25

Wolverine #91

X-Men #127

Turma da Mônica em Março


Turma da Mónica (Panini Comics)

Almanaque da Mônica #35

Almanaque do Cascão #35

Almanaque do Cebolinha #35

Almanaque Temático Turma da Mônica #23 – No Parque

Cascão #69

Cebolinha #69

Chico Bento #69

Colecção Histórica Turma da Mônica #31

Magali #69

Mônica #69

Mónica Joven #5

Monica Teen #5

Mónica y su Pandilla - Turma da Mónica em Espanhol #18

Monica’s Gang - Turma da Mónica em Inglês #18

Ronaldinho Gaúcho e Turma da Mônica #69

Turma da Mónica – Saiba mais #60 – Pelé

Turma da Mônica – Uma aventura no parque #69

Turma da Mônica Jovem #51


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