25/09/2013

Eles vêm aí! (V) – Passatempo


Eles vêm aí! Eles estão a chegar!
E, na verdade, falta apenas uma semana para os Ultra-Heróis chegarem a Portugal, nas páginas da Comix #44 – revista em que terminará a saga Mágicos de Mickey.
Hoje, depois do Superpato e do Superpateta, cabe a vez de ser apresentada a única integrante feminina deste super-grupo, a Superpata.

É uma super-heroína que esconde a identidade da Margarida, que surgiu para rivalizar com o Superpato e para mostrar ao mundo que as patas nunca ficarão para trás no que diz respeito à defesa da cidade de Patópolis. Girl Power!

E, como é uma pata que está em destaque hoje, As Leituras do Pedro em parceria com a Goody vão oferecer um exemplar da Comix #44 ao primeiro que escrever nos comentários deste texto:

O nome de 10 (dez) heroínas da BD Disney.

O primeiro a responder correctamente receberá a Comix #44 em sua casa – tem que ser um endereço português - quando ela chegar às bancas.
Boa sorte!


24/09/2013

Eles vêm aí! (IV)


Eles vêm aí! Eles estão a chegar!
São os Ultra-Heróis, como já todos sabem, que serão os convidados de honra da Comix #44, onde termina a saga dos Mágicos de Mickey e começa uma super-aventura Disney, também em capítulos.
Depois de ontem ter mostrado o Superpato, hoje cabe a vez ao Superpateta, que originalmente tinha esta aparência.


Alter-ego do Pateta, tem superpoderes muito parecidos com os do Super-Homem, que se manifestam quando come um super-amendoim, que nasce no seu quintal. Como o seu efeito é limitado, o Superpateta tem que andar sempre com vários amendoins dentro do seu chapéu, o que por vezes é fonte de inesperados problemas! 

Ao contrário do que tem acontecido nos textos desta série, hoje não há nenhuma Comix #44 para oferecer, mas não desesperem, pois amanhã, o super-herói de serviço trará uma oferta para os frequentadores de As Leituras do Pedro!

Meio século de Avengers











Quando um problema ou uma ameaça é demasiado grande para ser resolvido por um único super-herói, a solução é simples: cria-se um supergrupo. Dessa forma, há 50 anos a Marvel dava origem aos Avengers (ou Vingadores), “os mais poderosos heróis da Terra”.

A ideia nem era original. Três anos antes, a DC Comics reunira as suas figuras mais populares – Superman, Batman, Mulher Maravilha, Flash, Green Lantern… - na Liga da Justiça da América, que se tornou um imenso sucesso. Por isso, Martin Goodman, editor da Marvel, pediu a Stan Lee que fizesse algo semelhante. Só que havia um problema: a falta de super-heróis populares na editora, que publicava maioritariamente comics de terror e suspense.
A criação do Quarteto Fantástico, em 1961, foi uma primeira resposta de Lee mas, só dois anos depois, após a criação de Hulk, Homem de Ferro ou Thor é que o supergrupo ganhou forma, sendo “Avengers” #1 posto à venda em Setembro de 1963, com argumento de Lee e arte de Jack Kirby.
Na história original um plano do vilão Loki obrigava o Homem de Ferro, Thor, Homem-Formiga, Vespa e Hulk a unirem esforços e poderes para o derrotar. O enredo desta e das histórias que se seguiram davam enfâse também aos constantes choques entre os vários super-heróis devido ao convívio próximo de seres com grandes egos e à forma como cada um lidava com os seus problemas pessoais, então a imagem de marca da Marvel.
Logo no segundo número da revista, Hulk abandonava o grupo para se unir a Namor, o príncipe submarino, e o inevitável confronto entre eles e os Vingadores levaria estes a descobrirem o Capitão América, desaparecido anos antes, em plena Segunda Guerra Mundial, preso nos gelos do Ártico. A sua entrada provocou um aumento sensível nas vendas da revista e em breve o Capitão tornou-se o líder dos Vingadores.
Kirby deixou a revista ao fim de 8 números, sendo substituído por Don Heck, primeiro, e, depois, por John Buscema. Quanto a Lee escreveu as histórias dos primeiros 35 números, deixando depois a tarefa a Roy Thomas, um dos grandes argumentistas de super-heróis.
Nos anos 70, Neal Adams, George Pérez, Jim Shooter ou John Byrne, foram nomes em destaque à frente dos destinos dos Vingadores, fazendo desta década uma das mais apreciadas pelos fãs.
Nos anos seguintes, a formação dos Vingadores continuou a sofrer alterações sucessivas, consoante os autores responsáveis pela sua criação, enquanto enfrentavam vilões, crises e mortes que marcaram as várias épocas, tendo por ela passado igualmente o Visão, Pantera Negra, Mulher-Hulk, Namor ou mesmo Reed e Sue Richards (do Quarteto Fantástico) ou o Homem-Aranha.
Os Vingadores chegaram a governar o planeta sob mandato da ONU, mas acabaram por ser banidos, decidindo auto-extinguir-se durante a saga “A Queda”, da autoria de Michael Bendis e David Finch. Mas, como no universo Marvel nada é duradouro, regressariam rapidamente pela mão dos mesmos autores, agora como Novos Vingadores, numa fase interessante, com uma nova formação que integrava o Capitão América, Homem de Ferro, Homem-Aranha,  Mulher-Aranha, Luke Cage, Sentinela e Demolidor, embora este último rapidamente fosse substituído por Wolverine..
Quanto ao filme “Avengers” (2012), fazendo a ponte com as histórias a solo que o grande ecrã tem contado, elegeu como seus integrantes o Homem de Ferro, Capitão América, Thor, Gavião Arqueiro, Hulk e Viúva Negra.
O sucesso do filme, levou a que de imediato se começasse a preparar uma sequela, cujo título já é conhecido: “The Avengers: Age of Ultron”. A trama acompanha uma fase recente da BD e, como o título indica, os Vingadores terão de enfrentar o robot Ultron, que apareceu pela primeira vez em 1968.
Os Vingadores 2, que tem estreia prevista para Maio de 2015, tal como o primeiro filme, será dirigido por Joss Whedon, que também assina o argumento.
No elenco, deverão estar Robert Downey Jr. (Homem de Ferro), Chris Evans (Capitão América), Chris Hemsworth (Thor), Scarlett Johansson (Viúva Negra), Jeremy Renner (Gavião Arqueiro), Samuel L. Jackson (Nick Fury) e Mark Ruffalo (Hulk).
De notar a ausência do Homem-Formiga – compensada pelas entradas da Feiticeira Escarlate e de Mercúrio – pois este deverá protagonizar um filme a solo a estrear posteriormente.
Agora, para assinalar os 50 anos dos Vingadores, o comic-book Uncanny Avengers #19, à venda este mês nos Estados Unidos, terá cinco capas variantes, todas desenhadas por John Cassaday, que evocarão as principais formações dos Vingadores em cada uma das suas cinco décadas de existência. 

(Versão revista do texto publicado no Jornal de Notícias de 2 de Setembro de 2013)

23/09/2013

Valérian et Laureline #22: Souvenirs de Futurs










Christin (argumento)
Mezières (desenho)
Dargaud
França, 20 de Setenbro de 2013
225 x 295 mm, 48 p., cor, cartonado
11,99 €


Há uma velha máxima que diz que os heróis nunca morrem.
No que diz respeito aos quadradinhos, isto pode ser verdade a diversos níveis.

Eles vêm aí! (III) - Passatempo


Eles vêm aí! Eles estão a chegar!
São os Ultra-Heróis, como já foi divulgado algures nos comentários deste (e doutros) blogs.
Trata-se de um grupo de super-heróis muito especial, cujo primeiro membro é hoje mostrado.

Trata-se do Superpato, a identidade secreta criada pelo Donald como meio de combater as injustiças perpetuadas pelos seus familiares Gastão e Tio Patinhas.
Na altura, estava longe de imaginar que acabaria a combater o crime e a criar muitos outros adversários, de índole muito mais maléfica. É ele o líder carismático dos Ultra-Heróis!

Na Comix #44 vamos vê-lo em acção com o uniforme que utiliza como integrante dos Ultra-Heróis mas, para já, podem ganhar um exemplar daquela revista quando ela for lançada, bastando para isso que utilizem os comentários deste texto para indicarem:

Um dos números da Comix em que já foram publicadas histórias do Superpato
(o original, com o uniforme negro que podem ver já a seguir)


O primeiro a responder correctamente receberá a Comix #44 em sua casa – tem que ser um endereço português - quando ela chegar às bancas.

Boa sorte!

22/09/2013

Selos & Quadradinhos (102)

Stamps & Comics / Timbres & BD (102)


Tema/subject/sujet:
100 anos da travessia aérea do Mediterrâneo / 100 years of crossing the Mediterranean / 100 ans de la traversée de la Méditerranée

País/country/pays:
França/France

Autor/author/auteur:
Romain Hugault

Data de Emissão/Date of issue/date d'émission:
23/09/2013

21/09/2013

Leituras Novas – Setembro de 2013

Os textos, quando existem, são da responsabilidade das editoras, com alteração para a grafia pré-Acordo Ortográfico da responsabilidade de As Leituras do Pedro.
Algumas das edições aqui apresentadas podem ter sido editadas anteriormente,
mas só agora tomei conhecimento delas.

Âncora Editora
João de Deus – A magia das letras
José Ruy
O novo álbum de banda desenhada de José Ruy dedica-se à vida e obra de João de Deus. Poeta, pedagogo e humanista, João de Deus deu origem a um método de aprendizagem de grande difusão com a sua Cartilha Maternal, tornando-se numa importante, senão a principal, referência pedagógica do século XIX. Actualmente, a obra de João de Deus é detentora de 55 centros educativos, entre eles um museu, uma casa-museu e uma Escola Superior de Educação.


Associação Juvemédia
JuveBêDê #54 



Bizâncio
Pérolas a Porcos #9 - 50 milhões de fãs não podem estar enganados
Stephan Pastis
Pérolas a Porcos, de Stephan Pastis, é o relato, tira a tira, da história de dois amigos: o Rato, arrogante e egocêntrico, e o Porco, lento de cabeça, penosamente ingénuo, um «ursinho de peluche».
Acompanham-nos a Zebra, activista dos direitos herbívoros; o Bode, um crânio relutante que gosta de ser tratado com o devido respeito; e os Crocs obsessivamente carnívoros.
Com esta trupe diversa, Pérolas traça uma caricatura deliciosa dos defeitos e limitações da natureza humana.
Senhoras e Senhores, o espectáculo continua…


Kingpin Books
Palmas para o Esquilo
David Soares e Pedro Serpa
PALMAS PARA O ESQUILO, escrito por David Soares e desenhado por Pedro Serpa, consiste numa observação sobre a distância que separa a imaginação da loucura e como a primeira pode transformar-se na segunda.
Passado numa instituição para doentes mentais, Palmas Para o Esquilo recusa os lugares-comuns associados aos asilos para apresentar os loucos numa luz positiva e compassiva, numa abordagem que parte da loucura como alegoria para a condição humana.
O asilo é um mundo, mas a loucura é uma anti-linguagem, porque não permite a comunicação. Isolados dentro das suas próprias mentes, só a imaginação pode libertar a alma.
Dos mesmos autores de "O Pequeno Deus Cego", vencedor em 2012 do Prémio Nacional de BD para o Melhor Argumento, atribuído pelo Amadora BD.
Ler mais sobre este livro aqui.


NetCom 2
Caroline Baldwin #1 – Moon River
Andre Taymans
Bonita, inteligente, desportista e solteira, Caroline Baldwin trabalha para a Wilson Investigation. Encarrega-se de resolver os enigmas mais díficeis. No momento em que a conhecemos, a sua missão é encontrar Frank White, um brillante astronauta, veterano na conquista da Lua. 
White é administrador da multinacional Kristal, especializada em material de vanguarda de exploração espacial e tem de assinar um importante contrato com uma empresa japonesa. Sem White, não há contrato. Caroline segue as pistas para descobrir o seu paradeiro e é então que começam os problemas. Quem tem interesse em encontrar o astronauta?
Taymans criou a personagem de uma mulher forte, moderna, muito independente, tanto no seu trabalho como no amor, mas também carinhosa e sensível. Com uma boa dose de suspense, muita nostalgia, um pouco de fantasia e paixão, Moon River é o primeiro título das investigações de Caroline Baldwin.

Keos #3 – O bezerro de ouro
Jacques Martin e Jean Pleyers
Keos é um jovem que nasceu entre os milagres e as tempestades do Antigo Egipto. 
Companheiro fiel do faraó Mineptah, recebeu a protecção do deus Osíris sob a forma de um anel mágico que dá um poder salvador da humanidade.
Keos é emissor de paz entre os povos egípcio e hebreu, que se massacram pelos seus deuses e pelas suas terras.


Polvo
Ar puro e água fresca
Pero
Filho de caçador, Joshua vê-se brutalmente órfão após o ataque à casa familiar por um grupo de índios. Terá então de aprender a sobreviver sozinho e a tornar-se adulto no ambiente vasto e rude das Montanhas Rochosas de meados do século XIX.
Nesta história, o autor coloca o seu traço elegante ao serviço de uma fábula inteiramente muda que conta a natureza selvagem dos grandes espaços e a natureza não menos frustrada dos homens.
Este é um western iniciático, trágico, com toques de humor, um romance que alia uma radicalidade gráfica e de argumento, que se mantém de uma extraordinária fluidez de fio a pavio, pois Pero escolheu o silêncio para deixar exprimir a força das ilustrações.

Originário de Grenoble, França, Pero, pseudónimo de Olivier Peret, começou por estudar Desporto antes de ingressar na Academia de Belas-Artes de Tournai. Acabados os estudos, dedicou-se de corpo e alma à criação e animação da revista “Cheval de Quatre”. Vive em Lille.
Com “Ar puro e água fresca”, a sua primeira obra enquanto autor completo, Pero aceita o desafio de uma história muda, onde revela um belo domínio gráfico e narrativo.


Edições Online

A Filactera
Calafrios #1
Tenho o prazer de vos apresentar a Calafrios!, uma revista de BD dedicada a histórias de terror da década de 1950. Contém histórias curtas ilustradas por autores de renome como Alex Toth e Basil Wolverton, anteriores ao famigerado selo da Comics Code Authority que veio impôr restrições acerca do que se podia mostrar ou dizer nos comics dos E.U.A. Isso permitia algumas ousadias visuais para a época, como podem ver pela capa deste primeiro número.
O objectivo da Calafrios! é divulgar em português algumas obras praticamente desconhecidas do lado de cá do Atlântico mas que fazem parte da História dos horror comics.
Podem ler a revista online (ISSUU) ou transferi-la para o vosso computador ou tablet num dos formatos disponíveis (PDF ou CBR) clicando aqui.
Espero que gostem e que passem uns bons momentos a ler estas histórias “horrorosas”. 
Partilhem, ofereçam, divulguem e dêem as vossas opiniões, sugestões e críticas.


Qual Albatroz
Buterfly Chronicles – Crónica primeira: Hanako
João Mascarenhas
O mais recente trabalho de João Mascarenhas chama-se Butterfly Chronicles, será multilingue e terá edição ex­clusiva em formato digital. A primeira das dez crónicas da série já pode ser descarre­gada gratuitamente no site da editora Qual Albatroz.
O autor João Mascarenhas, conhecido pela sua personagem e alter ego Menino Triste, acaba de iniciar um novo projecto editorial intitulado Butterfly Chronicles. Terá periodicidade bimestral e estão previstas, no total, dez crónicas, que serão publicadas durante este e o próximo ano, em três línguas diferentes: português, inglês e japonês.
A acção de Butterfly Chronicles passa-se num univer­so alternativo em que a investigação científica no domínio da robótica e da inteligência artificial estão prestes a entrar numa nova era, e irão alterar o modo como seres humanos e máquinas coexistem. É no seio deste novo mundo tecnológico que surge Hanako, uma jovem com um poder muito especial e cuja personalidade se começa a desenhar nesta primeira crónica.
Butterfly Chronicles é uma banda desenhada de inspiração manga, estilo que tem conquistado grande popularidade sobretudo graças aos leito­res de e-books e tablets de sete polegadas, que se adequam perfeitamente a este formato de banda desenhada.
Como um dos objectivos do autor é mergulhar por completo nesta cultura da BD japonesa, seja no universo e no estilo do desenho, seja nas for­mas de divulgação, o livro foi pensado, desde o início, como uma edição exclusiva para e-book. Neste momento, estão disponíveis versões em PDF de alta resolução e em MOBI (o formato do Kindle da Amazon).
A Qual Albatroz aprimorou a experiência de leitu­ra para aparelhos Kindle, fazendo uso das novas potencialidades específicas para livros de banda desenhada que só este formato oferece. Se tiver um Kindle, poderá alternar entre a leitura por prancha ou por vinhetas. Em aparelhos de tinta electrónica, a última opção torna a leitura muito mais confortável.
Butterfly Chronicles já está disponível e pode ser descarregado gratuitamente da loja online da QualAlbatroz. Venha conhecer a Hanako.


Não é BD mas…
Booksmile
Tommy Fiasco #1 – Sempre a meter água
Stephan Pastis
Eis o "detetive" Timmy Fiasco, estrela do livro cómico do ano.
Ele é o fundador, presidente e administrador da agência de detectives com o seu nome: Fiasco, Lda. A Fiasco, Lda. é a melhor agência de detectives da terra e, provavelmente, da região. Talvez até de todo o mundo.
Mas quando ele passa a ter um sócio, um enorme urso polar chamado Total, o resultado passa a ser Fiasco Total, Lda.
Com personagens irresistíveis e um humor visual que decorre num ritmo perfeito, este livro vai deixar-te a roncar de tanto rir. Um livro e um herói que se distinguem claramente dos seus rivais.

Stephan Pastis é um dos mais conhecidos cartoonistas dos EUA, brilhando com a aclamada BD Pearls Before Swine, publicada em mais de 600 jornais, entre os quais o New York Times.
Ainda que se tenha licenciado em Direito, a sua paixão desde pequeno era desenhar. Durante a infância fechava-se no quarto a criar histórias em BD, e os seus desenhos faziam sucesso no jornal da escola.
Já a exercer advocacia, Stephan Pastis decidiu finamente mostrar os seus desenhos a diversas editoras e, depois de algumas rejeições,Pearls Before Swine fez saltar o autor para a ribalta, com milhares de publicações online, jornais e em muitos livros bestsellers. Em 2013 decidiu arriscar no mundo da literatura infantil, e assim nasceu Timmy Falhado, bestseller do New York Times.


A Booksmile disponibiliza os primeiros capítulos grátis, aqui.

19/09/2013

MediaEntity.01











Simon (argumento)
Émilie (desenho e cor)
Delcourt
França, 28 de Agosto de 2013



Não sou especialmente adepto de ler banda desenhada online – bem pelo contrário. Não consigo usufruir do mesmo prazer que tenho com a leitura em papel e, embora compreenda algumas das razões que podem levar a essa opção – em especial a vantagem económica ou o acesso a clássicos de outra forma indisponíveis – é leitura que raramente me seduz.

Há – possivelmente há cada vez mais – algumas excepções e uma delas é este MediaEntity.01 que, refira-se, tem também existência – diferenciada - no formato álbum desde o passado dia 28 de Agosto.
O motivo principal para esta obra me ter conquistado, é a sua apresentação, que vai (bem) mais longe do que a visualização estática das pranchas originais, assentando numa apresentação dinâmica sequencial de vinhetas e/ou balões, com alguns avanços e recuos e o recurso a grandes planos ou cenas de conjunto. O que, se por um lado pode levantar alguns pruridos a leitores mais conservadores – pela dificuldade de se fazer uma leitura sequencial tradicional – por outro, não sendo mais que uma pobre animação, consegue transmitir um ritmo de leitura e um encadeamento impossíveis de conseguir na leitura em papel, apesar do grande dinamismo do traço de Émilie.
A trama – que embora não seja original, está bem construída e estruturada, graças à existência de sucessivos momentos de suspense – tem como base o piratear da identidade virtual de Éric Magoni, um dos principais traders de um grande banco, seguida da destruição da sua reputação e de uma acusação de desvio de fundos. Após ser preso e conseguir fugir, é recrutado à força por uma organização que, na sombra, tenta lutar contra a globalização… ou algo mais?
A resposta, ainda está por dar mas, desafio os que tiveram a paciência de me ler até aqui, a descobrirem a versão online de MediaEntity e - se quiserem – a compararem-na com a sua versão em papel ou em videojogo pois esta apresenta-se como a primeira BD transmédia da história.

Eles vêm aí! (II) - Passatempo


Eles vêm aí!
Já tinha dito, é verdade, mas repito!
Ainda não posso dizer quem são, mas a imagem de hoje já permite identificá-los … Ou não?
O que interessa é que estão a chegar (mas ainda não posso nomeá-los…) e por isso As Leituras do Pedro em parceria com a Goody têm para oferecer aos leitores deste blog mais um exemplar da Comx #44 que marcará a sua estreia.
Para ganhar, basta ser o primeiro a responder à seguinte questão, no espaço para comentários deste texto:

Na silhueta acima, encontram-se 7 (sete) heróis Disney.
Identifique três deles.

O primeiro a responder correctamente receberá a Comix #44 em sua casa quando ela for lançada.
Boa sorte! 

P.S.: Se não forem os vencedores não desanimem. Ao longo dos próximos dias haverá outras oportunidades para ganhar a Comix #44.

18/09/2013

Fatale #1

La muerte me persigue









Ed Brubaker (argumento)
Sean Philips (desenho)
Dave Stewart (cor)
Panini Comics
Espanha, Abril de 2013
185 x 260 mm, 136 p., cor, cartonado
15,00 €


Aclamado (justamente) com um dos melhores argumentistas de comics (de super-heróis) da actualidade, para mim, Ed Brubaker é – antes de mais – um excelente argumentista de histórias policiais e/ou espionagem.
Géneros que, aliás, em muitos momentos – e a isso se deve também o seu sucesso… - tem transposto para o registo de super-heróis com os resultados conhecidos em histórias do Capitão América ou do Winter Soldier.
“Fatale”, na qual trabalha com o desenhador Sean Philips – tal como fizera, por exemplo, em “Project Overkill” - é mais uma prova (desnecessária) da qualidade da sua escrita.
Partindo da descoberta de um manuscrito inédito de um escritor famoso anonimamente falecido, alia ao registo de policial negro inicial, a pouco e pouco, um (surpreendente) tom fantástico e de terror que, como o decorrer da narrativa se vai tornando mais e mais presente. 
Porque Brubaker, em vez de avançar de frente para o terror puro com sangue a rodos, opta por uma versão mais subliminar, psicológica e apenas intuída pelo leitor com um acrescento de incómodo digno de registo, devido às ameaças desconhecidas, às sombras omnipresentes e à necessidade de enfrentar algo que se adivinha terrífico mas que permanece - durante largas páginas – desconhecido, numa linha narrativa com pontos de contacto com H. P. Lovercraft.
Em contraste com o que atrás descrevi, surge a bela Josephine, a tal femme fatale que há décadas desgraça os homens que se deixaram por ela seduzir e arrastar para uma vida repleta de sexo, terror e morte.
Sean Philips, demonstra mais uma vez como o seu desenho sóbrio consegue caracterizar ambientes díspares, sejam os encontros quentes com a bela Josephine, sejam as cenas mais sombrias ou os momentos de puro terror, numa conseguida simbiose com o texto – escrito ou não – de Brubaker.



Galeria Abysmo: abertura com Álvaro Siza Vieira

17/09/2013

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...