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13/01/2021

Pulp

Capa enganadora



Uma capa deve reflectir o conteúdo de um livro. Deve dizer o máximo possível sobre ele, revelando um mínimo de pormenores. Deve aguçar a curiosidade do leitor para a narrativa.

Mas, por razões diversas, há capas que são enganadoras. A deste livro é uma delas. De forma redutora, vende Pulp como um western, esquecendo assim boa parte do que Brubaker e Phillips nos contam.

20/05/2020

Criminal Livro Três

O passo em frente




Disseram-me antecipadamente que este era o melhor volume de Criminal.
Neste momento, não consigo confirmar. Nem desmentir. Precisarei de algum distanciamento e que passe algum tempo, para repetir leituras e poder comparar. Embora, com sinceridade, esteja pouco interessado numa análise racional dos volumes Dois e Três da série porque, o que realmente me interessa, é que ambos - Dois e Três, portanto - me proporcionaram excelentes leituras.

19/02/2020

Criminal Livro Dois

Em expansão







Um dos livros do ano para As Leituras do Pedro, segundo a mesma fonte integrante de uma das séries que todos deviam acompanhar, Criminal Livro Dois, mantendo - potenciando até - tudo aquilo que fazia do primeiro volume uma obra incontornável, revela um universo em constante expansão.

27/08/2019

Criminal

O policial negro com todo o seu brilho






Ed Brubaker, um dos convidados da Comic Con 2019, agora como quando esteve presente no Salão Internacional de BD do Porto, tem-se distinguido como escritor de policiais negros e duros, mesmo quando o género são os super-heróis, e “Criminal” é um dos seus mais brilhantes exercícios naquela temática.

02/06/2016

Kingpin: Todos los hombres del rey










Não vem em livros, mas é do senso comum: quando um filão está a render, há que o explorar até ao fim – até à exaustão...

06/04/2016

Marvel Zombies






Muitas vezes, as ideias mais parvas são as que funcionam melhor.
Pelo menos funcionam melhor quando colocadas nas mãos certas. Entregar o Universo Marvel Zombie a Robert Kirkman, criador de The Walking Dead, deu origem a uma das mais divertidas – mas nojentas? - bandas desenhadas que li desde há muito, mas não indicada para leitores de estômago fraco…

06/11/2014

Leitura Nova: Fatale #1: A morte persegue-me











Fatale é uma combinação explosiva e brilhante de policial noir e pulp com terror sobrenatural, que mistura mulheres fatais, cultos secretos, detectives empedernidos e monstros lovecraftianos!
Descubra o restante da nota de imprensa já a seguir, de uma obra que As Leituras do Pedro já destacaram aqui.

18/09/2013

Fatale #1

La muerte me persigue









Ed Brubaker (argumento)
Sean Philips (desenho)
Dave Stewart (cor)
Panini Comics
Espanha, Abril de 2013
185 x 260 mm, 136 p., cor, cartonado
15,00 €


Aclamado (justamente) com um dos melhores argumentistas de comics (de super-heróis) da actualidade, para mim, Ed Brubaker é – antes de mais – um excelente argumentista de histórias policiais e/ou espionagem.
Géneros que, aliás, em muitos momentos – e a isso se deve também o seu sucesso… - tem transposto para o registo de super-heróis com os resultados conhecidos em histórias do Capitão América ou do Winter Soldier.
“Fatale”, na qual trabalha com o desenhador Sean Philips – tal como fizera, por exemplo, em “Project Overkill” - é mais uma prova (desnecessária) da qualidade da sua escrita.
Partindo da descoberta de um manuscrito inédito de um escritor famoso anonimamente falecido, alia ao registo de policial negro inicial, a pouco e pouco, um (surpreendente) tom fantástico e de terror que, como o decorrer da narrativa se vai tornando mais e mais presente. 
Porque Brubaker, em vez de avançar de frente para o terror puro com sangue a rodos, opta por uma versão mais subliminar, psicológica e apenas intuída pelo leitor com um acrescento de incómodo digno de registo, devido às ameaças desconhecidas, às sombras omnipresentes e à necessidade de enfrentar algo que se adivinha terrífico mas que permanece - durante largas páginas – desconhecido, numa linha narrativa com pontos de contacto com H. P. Lovercraft.
Em contraste com o que atrás descrevi, surge a bela Josephine, a tal femme fatale que há décadas desgraça os homens que se deixaram por ela seduzir e arrastar para uma vida repleta de sexo, terror e morte.
Sean Philips, demonstra mais uma vez como o seu desenho sóbrio consegue caracterizar ambientes díspares, sejam os encontros quentes com a bela Josephine, sejam as cenas mais sombrias ou os momentos de puro terror, numa conseguida simbiose com o texto – escrito ou não – de Brubaker.



28/04/2010

Incognito #1 - Projet Overkill

Ed Brubaker (argumento)
Sean Phillips (desenho)
Val Staples (cor)
Delcourt (França, Abril de 2010)
173 x 264 mm, 160 p., cor, cartonado


Resumo
Zack Overkill é um ex-super-criminoso, hiperviolento e amoral, que após a morte do seu irmão gémeo, Xander, decidiu denunciar os seus chefes à polícia, em troco de imunidade total e da participação num programa de protecção de testemunhas. Para isso, teve de se sujeitar a um tomar um medicamento que o priva das suas capacidades extraordinárias (força, impulso, desprezo pela morte…) devidas a um perigoso soro, e de assumir um emprego como arquivista num escritório banal.
No entanto, uma experiência com drogas, fá-lo recuperar os seus poderes, mas desta vez direccionando-os para fazer combater pequenos criminosos, como ladrões e violadores. Só que o seu regresso não passa despercebido às autoridades nem aos seus antigos empregadores, iniciando-se então uma caçada impiedosa na qual as vitimas colaterais não são importantes nem contadas.

Desenvolvimento
Escritor de (merecido) sucesso no meio dos comics de super-heróis, Brubaker tem aqui uma história que, podendo ser incluída no género, devido a alguns dos seus pressupostos – seres com super-poderes, embora sem nenhum protagonista conhecido, sociedades secretas, conspirações, sábios loucos - apresenta algumas diferenças fundamentais que a empurram mais para os terrenos do romance negro.
Desde logo pelo tom sombrio da narrativa e de (quase) todos os cenários em que ela se desenrola, para o que contribuem sobremaneira os tons escuros utilizados por Val Staples para pintar o traço agreste e duro de Phillips, não especialmente agradável mas eficaz e muito adequado ao contexto.
Depois, pela inclusão de cenas de sexo, moderadas quando avaliadas pelos padrões da BD europeia, mas nada habituais nos comics, e também pela violência extrema de algumas sequências, como a que surge logo na segunda vinheta, quando Overkill esmaga a cabeça de um homem contra uma parede.
Mas acima de tudo, o que marca a diferença e faz deste livro uma obra aconselhável, independentemente do género em que a queiramos classificar, é a forma como Brubaker coloca questões sobre a natureza humana, sobre o que leva um homem a tornar-se um criminoso, partindo da dualidade com que Overkill se debate, dividido entre a sua nova existência e a possibilidade de regressar ao passado, hesitante em manter a sua existência anónima e anódina ou regressar às primeiras páginas dos media, dividido entre continuar subjugado às forças que o controla(ra)m ou tentado a marcar o seu próprio percurso. E fá-lo especialmente através do uso da voz-off com que o protagonista narra grande parte da história, ao mesmo tempo que revela o seu interior torturado e tortuoso e o caos que a sua vida sempre foi.
Ao longo do relato, que avança a uma velocidade trepidante, sem tempos mortos nem momentos de reflexão, Zack Overkill vai-se cruzar com antigos aliados e inimigos e reviver acontecimentos (alguns dolorosos…) que julgava esquecidos para sempre, e vai ser obrigado a fazer escolhas, ao mesmo tempo que descobre segredos perturbadores sobre o seu passado e a sua origem, menos “normal” do que ele pensava.
Até ao final, incómodo, com algo de redentor mas também de passo em frente para o abismo, no qual a vitória do bem (?) fica ligada à sua incapacidade de controlar os seus impulsos violentos e destrutivos…
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