Didier
Conrad, autor francês de 53 anos, foi escolhido por Albert Uderzo para desenhar
o novo álbum de Astérix, que deverá chegar às livrarias no Outono de 2013.
Conrad, que
publicou a sua primeira BD aos 14 anos e se notabilizou nas páginas da revista
belga “Spirou”, a partir da década de 1980, e onde publicou séries como “Les
Innnommables”, “Bob Marone” ou “La Tigresse Blanche”, vai substituir Frédéric
Mébarki, anteriormente designado.
Mébarki, há
vários anos colaborador de Uderzo na área do merchandising, não terá aguentado
a pressão de desenhar o 35º álbum com as aventuras do pequeno guerreiro gaulês e
terá saído do projecto por iniciativa própria.
Conrad irá
fazer equipa com Jean-Yves Ferri, o novo argumentista das aventuras de Astérix,
que é colaborador regular da revista satírica “Fluide Glacial”. Uderzo, a quem
o Festival de BD de Angoulême, em Janeiro próximo, vai dedicar uma grande exposição,
fará a supervisão de todo o processo criativo, apesar dos seus 85 anos.
Ao jornal
francês “Le Figaro”, Didier Conrad afirmou que “desenhar Astérix é uma
aventura extraordinária, é um sonho de criança que se realiza”. Acrescentou
ainda que “esta oportunidade é um teste” às suas capacidades de desenhador e
que espera “estar à altura do desafio”.
Este
anúncio foi feito uma semana antes da estreia de “Astérix e Obélix: Ao serviço
de Sua Majestade”, que chega aos cinemas nacionais no próximo dia 18, com Edouard
Baer e Gérard Depardieu como Astérix e Obélix. Quarto filme com actores reais com
as aventuras dos gauleses, teve como ponto de partida o álbum “Astérix entre os
Bretões”, que a ASA acaba de reeditar com nova capa e cores restauradas
digitalmente.
(Versão revista do texto publicado no Jornal de Notícias de
17 de Outubro de 2012)
Estranho o Frédéric Mébarki ter saído assim. Seja como fôr, o importante é os gauleses ficarem bem servidos à semelhança do que se está a passar com o Lucky Luke. É claro que os tempos do Goscinny e do Uderzo não voltam, mas se estes autores o fizerem correctamente, nada nos diz que não podemos ter uma nova época de ouro do Astérix. E só os leitores é que ficam a ganhar :)
ResponderEliminarOlá Luís,
EliminarA pressão deve ser enorme e nem todos os desenhadores nasceram para fazer BD...
O actual Lucky Luke está bem conseguido e é possível fazer o mesmo com Astérix, sem dúvida. Mas não será fácil... como o Uderzo repetidamente comprovou.
Boas leituras... dos Astérix de Goscinny!
"o álbum “Astérix entre os Bretões”, que a ASA acaba de reeditar com nova capa e cores restauradas digitalmente."
ResponderEliminar--- Na verdade, não se trata de cores restauradas mas antes de um novo colorido, feito com o Photoshop. Obviamente, o colorido original, genuino, continuará a ser o primeiro, feito a pincel e tinta e provavelmente pelo próprio Uderzo.
Caro Caldas,
EliminarClaro que tens razão - como poderia ser de outra forma numa questão como esta? - reconheço, por isso corrigi o texto original...
Boas leituras!
O erro não é teu, Pedro. Trata-se de uma falácia da edição "La Grande Collection" de Astérix. De facto, a linha nos primeiros volumes está restaurada, mas a cor é simplesmente outra (ainda que muito parecida com a original) e a rotulação também (substituiram a original, feita manualmente, claro, por outra, feita em computador).
ResponderEliminar;)!
EliminarBoas leituras... atentas!