Chega hoje às livrarias portuguesas, numa edição da Arcadia, O Estrangeiro, uma adaptação de Jacques Ferrandez, da obra original de Albert Camus.
Ferrandez assina uma magistral adaptação do
romance, onde o absurdo pretendido por Camus sobressaiu na perfeição. (L’Amour
des livres)
O que da sua parte foi mais bem conseguido é ter
dado a Meursault, esse estrangeiro de si próprio e do mundo, um rosto e um
olhar que questionam as certezas sobre as quais são fundadas as nossas próprias
comunidades humanas: a moral, Deus, o amor, a família. (Le Point)
Num dia quente, Meursault apanha o autocarro que
o conduz de Argel ao asilo, onde vai ao enterro da mãe. Mais tarde, no velório,
aceita um café que lhe oferecem, tem vontade de fumar um cigarro e não chora.
Encontra Marie com quem se envolve porque a deseja. Num dia quente, Raymond –
um amigo que se envolveu numa quezília com o irmão de uma amante –, Mersault e
Marie vão à praia. E é nesse cenário que Mersault se desnorteia com o calor,
puxa do gatilho e dispara cinco tiros que se revelam fatais para outro homem. É
de imediato acusado de assassinato e preso.
Nesta obra, Camus apresenta-nos um homem estrangeiro
a si próprio e que assiste, indiferente, ao seu próprio julgamento e condenação
à morte.
Biografia do autor
Jacques Ferrandez nasceu em 1955 em Argel.
Depois de ter frequentado a Escola de Artes Decorativas de Nice, vira-se para a
ilustração e banda desenhada. Em 1987 inicia Carnets d’Orient, um fresco sobre
a história da presença francesa na Argélia, obra que acabará 20 anos mais
tarde. Especialista incontestado na questão algeriana, adapta, em 2009, a
novela O Hóspede, de Camus. Os seus livros são objecto de inúmeras exposições,
nomeadamente em França e na Argélia. Em 2012, e para a obraCarnets d’Orient, recebeu
o prémio especial do júri Historia 2012.
Formato:
210 x 288
Páginas:
136
ISBN:
978-989-28-0081-3
PVP:
22,50€
(Texto e imagem fornecidos pela editora)
(Texto e imagem fornecidos pela editora)
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