(nota informativa
disponibilizada pela editora)
Da autoria do argumentista e ilustrador brasileiro André
Diniz, a última novela gráfica desta colecção O Idiota, é um lançamento
com estreia mundial em Portugal. André Diniz adaptou à BD o romance clássico do
escritor russo Fiódor Dostoiévski, publicado em 1869.
André Diniz é um dos mais premiados autores brasileiros, tendo ganho mais de uma dezena de prémios, entre eles o de melhor graphic novel, melhor guionista, melhor edição de quadradinhos, melhor site de quadradinhos, entre outros. Em 2012 venceu o conceituado prémio HQ MIX, como melhor guionista nacional, com a obra Morro da Favela. O autor reside desde 2016 em Portugal.
André Diniz é um dos mais premiados autores brasileiros, tendo ganho mais de uma dezena de prémios, entre eles o de melhor graphic novel, melhor guionista, melhor edição de quadradinhos, melhor site de quadradinhos, entre outros. Em 2012 venceu o conceituado prémio HQ MIX, como melhor guionista nacional, com a obra Morro da Favela. O autor reside desde 2016 em Portugal.
A narrativa gira em torno do príncipe Míchkin, um homem
criado longe da Rússia devido a graves crises de epilepsia. Após longo período
internado na Suíça, o príncipe então com vinte e sete anos decide reinserir-se
na sua sociedade natal, sem que tenha a menor ideia do que o aguarda. Sincero,
bondoso e complacente, o príncipe é atirado com rapidez surpreendente para
situações sobre as quais pouco entende e nas quais as suas elevadas qualidades
mais causam tumulto do que solução.
O Idiota usa uma linguagem quase exclusivamente contada
por imagens, num registo em que o texto está praticamente ausente (das mais de
400 páginas, pouco menos de 30 contêm curtos diálogos).
Com prefácio do jornalista brasileiro Sidney Gusman,
editor da Mauricio de Sousa Produções e editor-chefe do site Universo HQ.
“O resultado é uma adaptação, tão original como
conseguida, de um clássico da literatura mundial, publicada em Portugal antes
de sair no Brasil e em França, que vem provar que é perfeitamente possível
fazer “literatura desenhada” termo que Hugo Pratt preferia para designar a BD -
contando com a força das imagens e com a sua articulação sequencial, por contar
uma história (quase) sem palavras.” João Miguel Lameiras nas Iniciativas
Público, 30 de Setembro de 2017.
Características:
Nº de páginas – 416
Formato – 160 x 240 mm
P/B
Publicação: 6 de Outubro
(imagens disponibilizadas pela editora; clicar nelas para as
apreciar em toda a sua extensão)
pena que o texto de introdução tenha sido editado sem tradução para português...
ResponderEliminarPelo que li é em português mesmo. Qualquer dia vão querer traduções de Jorge Amado e Machado de Assis.
ResponderEliminaroi, leoN... cê é do brasil, cara?... é que, em português de PT, independentemente pós ou pré AO, escreve-se "prémio" e não "prêmio", "facto" e não "fato"... daí a necessidade da "tradução". valeu, bicho? ;)
ResponderEliminarEste Esgar é a prova da velha questão de que ter muitos livros editados não é sinónimo de leitores cultos. Cabe na cabeça de alguém "traduzir" Jorge Amado? Ou pegar no Dan Brown e adaptar para inglês britânico? Arranjar um espanhol para converter Garcia Marquez? O autor é brasileiro e escreve segundo as regras do dialecto local, perfeitamente compreensível para o português médio. O facto de haver uns Esgares a achar que tem o direito, ou mais grave o dever, de subverter a obra do autor apenas porque não gostam de ver prêmio escrito com acento circunflexo reflete uma preguiça intelectual e um comodismo rançoso que mostra o quanto ainda temos de andar para ser um grupo de nível. Agora, quando for para discutir o conteúdo, chamem-me.
ResponderEliminarkalu, é preciso ter cuidado quando se escrevem certas coisas...
ResponderEliminaro meu reparo vai para o texto de introdução, não para a banda-desenhada em si... cito o que escrevi "pena que o texto de introdução tenha sido editado sem tradução para português..." já que teve preguiça de o ler antes de comentar.
as edições das levoir / público tem um perfil bem definido; são feitas em português PT pré AO. O que estava à espera do texto de introdução é que respeitasse esses princípios (assim como no volume anterior, com texto de introdução pós AO).
Já agora, uma perguntinha, kalu... e em relação a Camões, Gil Vicente ou mesmo Eça... não sei se terá obras suas em casa... tem na grafia original, ou adaptada? ou será que é daqueles que reflectem "uma preguiça intelectual e um comodismo rançoso" e vai pelo mais fácil?
"Com prefácio do jornalista brasileiro Sidney Gusman". Vou assumir que o resto do seu primeiro parágrafo é uma autocrítica à sua distração.
ResponderEliminarÉ totalmente diferente adaptar um grafismo passado ou subverter as intenções de um dialecto. É aceitável porque o grafismo de 1800 pura e simplesmente não existe nos dias de hoje, em nenhum lado do mundo. Outra coisa é chegar a um autor brasileiro e dizer-lhe "vou-te traduzir porque não falas português". É insultuoso. Nunca vi nenhum brasileiro defender a tradução de Saramago ou Pessoa, mas gostava de ver a reacção do português trolha.
E já que perguntou, tenho ambas as grafias em casa.
Boas a todos. O (pouco) texto da BD foi adaptado ao português pré-AO, como é norma das colecções da Levoir. Mas entendeu-se que o texto do Sidney Gusmán, que aliás é uma personalidade bedéfila que MUITOS portugueses seguem no facebook ou no UniversoHQ em brasileiro normalmente, seria editado tal qual, como aliás já tinha sido feito com o prefácio de Bando de Dois, na primeira colecção de Novelas Gráficas.
ResponderEliminarkalu, eu não dou para esse peditório... ao ver escrito "prêmio" leio exactamente como a grafia me obriga a ler, o que me provoca uma certa urticária... desde miudo que não suporto telenovelas nem MBP. e essa cena do tropicalismo então... blerghhhhhh!!!!
ResponderEliminara voz na minha cabeça não tem sotaque brasileiro, lamento. o texto em questão, e que eu gostaria que tivesse sido "traduzido" é uma mera nota informativo, pelo que não via necessidade de manter a grafia original; não há lá valor literário a preservar! suponho que pelo menos nisso estejamos de acordo.
quanto à tradução de autores portugueses no brasil... bem, são traduzidos, sim, salvo raras excepções cada vez mais incomuns... os filmes portugueses são lá legendados. mas o pior, pasme-se, por vezes, autores nacionais escrevem de forma mais ligeira, "abrasileirada", para poupar custos em eventuais edições do outro lado do atlântico. aquelas coisas tipos gerúndios, e tal... é só ir estando atento que essas coisas entram pelos olhos dentro...
pronto, não é mesmo a mesma cena! espero não lhe perturbar a digestão, homem!
Há uma razão para os filmes portugueses serem "legendados". O Som do Português de Portugal é extremamente difícil (a não ser com prática) de ser entendido pelos Brasileiros. E na verdade, se falar com estrangeiros (exceptuando os que vêm da zona da lingua Russa) que tenham aprendido Português de Portugal e/ou Português do Brasil, quase todos lhe dirão que o Português de Portugal é muito máis dificil de ser percebido que o Português do Brasil.
EliminarNão é nenhum "preconceito".
É a realidade da vida.
sim, sei isso perfeitamente. não me incomoda que o façam, não percebo é que se insista cá que não há necessidade de o fazer.
EliminarHã?
EliminarPorque no Brasil se legenda o Português de Portugal, como contrapartida também Portugal deveria legendar o Português do Brasil?
Sendo de notar, que os comentários já se estão a afastar da BD e do livro em questão, comento que fiquei agradavelmente surpreendido com o tamanho físico do livro. Comparando APENAS o tamanho deste com qualquer do dois do Paco Roca ou mesmo com o dois juntos, é uma diferença bem grande.
E isso faz-nos compreender como uma economia de escala (coleção em conjunto com jornal), permite este tipo de edições a este preço excelente.
não! onde é que afirmo isso?!... só acho disparatado afirmar-se que é português na mesma e que só por uma questão de preguiça ou diminuição intelectual se pode desejar a sua tradução.
Eliminarestava precisamente a pensar se me estaria a afastar do essencial, mas creio que não. para mim a edição perfeita teria esse texto de introdução traduzido - ok, digamos antes adaptado - , para português de pt pré AO.
ainda só folheei o livro, ainda é cedo para me referir a outros aspectos.
"a voz na minha cabeça não tem sotaque brasileiro"
ResponderEliminarDecisões editoriais não giram em torno do seu umbigo, meu caro amigo.
E sim: você (e uns tantos outros aí) estão mesmo PRECISANDO aprender a ser mais respeitoso com o português do Brasil.
Tanto pra se discutir acerca da cena editorial em Portugal... e o senhor a mandar ironias e piadinhas baratas com um outro jeito de se falar e escrever uma mesma língua?
Sinceramente.
A serem mais respeitosos...(correção)
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