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28/01/2020

Le Storie: Leonardo Da Vinci, La sombra de la conspiración

Lição



Lição de História. Lição de contar histórias. Lição de contar histórias com História. Com a História como pano de fundo da história que se pretende contar.
É isso que faz neste livro, de forma consistente e conseguida, Giuseppe De Nardo, que já tinha feito algo similar em Le Storie: ¡Matad a Caravaggio!, uma outra biografia romanceada, de um outro grande mestre italiano, outra leitura (já) recomendada por As Leituras do Pedro.

10/07/2019

Le Storie: ¡Matad a Caravaggio!

A História pelos olhos de outros





Apesar de anterior à versão de Milo Manara - e de ter uma abordagem bastante díspar - foi-me impossível ler esta obra sem ter em mente aquela, que já conhecia dos dois volumes - O Pincel e a Espada e O Indulto - da versão portuguesa da Arte de Autor.
O que, curiosamente, me fez valorizar ainda mais este Caravaggio de Giuseppe de Nardo e Giampiero Casertano.

28/05/2012

J. Kendall #84

Drama em Alto Mar








Giancarlo Berardi, Giuseppe De Nardo e Lorenzo Calza (argumento)
Mario Janni (desenho)
Mythos Editora (Brasil, Novembro de 2011)
135 x 178 mm, 132 p., pb, brochado, mensal
4,00 €

Resumo
Durante um cruzeiro de má memória, transformado num auxílio a Leo Baxter numa investigação, Julia Kendall acaba por se ver envolvida num sequestro.

Desenvolvimento
Menina-bonita deste blog, após uma (demasiado longa?) ausência, Julia Kendall está de volta, curiosamente não devido à história que Berardi (com De Nardo e Calza) conta na revista este mês disponível nos quiosques portugueses – e na qual, como é habitual, há vários motivos de interesse, a começar pela “deslocalização” da criminóloga para “águas” que não costumam ser as suas e pela forma como a (aparente) base inicial da narrativa muda (por duas vezes) surpreendendo sucessivamente o leitor – mas para meditar um pouco acerca da importância da capa numa edição de banda desenhada.
Arte narrativa fundamentalmente gráfica, a banda desenhada tem na imagem a sua principal arma, pelo menos no primeiro impacto – e essa seria uma outra discussão, que me levaria longe do tema que hoje trago aqui.
Por isso, tanto se louva a importância do desenho, embora geralmente fazendo-o para lá da capa. Que, no entanto, é a primeira imagem que o leitor vê.
Por isso, também, se compreende que em meios aos quadradinhos “mais industriais”, frequentemente o autor da capa seja diverso do que desenha a BD propriamente dita, como acontece na Marvel e na DC Comics, que tantas vezes recorrem a nomes de peso ou ao truque de capas alternativas, para valorizar as obras, ou, como no caso presente, na Bonelli. Nesta última, aliás, as capas de cada série – igualmente por uma questão de uniformização - estão geralmente entregues a um artista específico – Claudio Villa para Tex, Gallieno Ferri para Zagor ou Marco Soldi para Julia, são alguns dos exemplos possíveis.
Regressando à temática genérica “capa”, se é fundamental que ela seja chamativa para atrair o leitor, introduzindo-lhe a história, também não pode cair no erro crasso de desvendar o enredo ou de vender “lebre por gato”.
E é nesta sequência de ideias que entra esta capa de J. Kendall. Mas, antes de entrar na sua análise e adiantar demasiado sobre o argumento – algo que será inevitável – deixo o aviso a quem quiser parar por aqui e ler este “Drama em alto mar” antes de continuar a leitura das ideias que aqui alinhavo.

Porque – e até hoje nunca o tinha sentido de forma tão evidente – esta capa de Julia tem um spoiler evidente: a protagonista, sumariamente vestida – despida? – está numa cabine de um barco, deitada numa cama, com as mãos amarradas atrás das costas, de olhar receoso e perdido face ao homem musculoso e mal encarado que entra na cabine e cujas intenções lascivas não deixam dúvidas.
A sua visualização, enquanto imagem forte, provocou desde logo em mim dois efeitos: por um lado levou-me a perceber que a estadia de Julia no iate, apercebido pela primeira vez apenas por volta da prancha 40, seria tudo menos pacífica – ficando assim desvendada parte da trama; por outro, criou a expectativa sobre quando teria lugar a tal cena – e o desenvolvimento da narrativa possibilitou-a mais do que uma vez antes que realmente se concretizasse. E, finalmente, quando tal aconteceu, ela mostrou-se ainda mais denunciadora, pois a cena que intui é fundamental para o desfecho e resolução do caso – ao mesmo tempo que revela uma Julia desconhecida para o leitor, empurrada (?) para perigosos limites pela situação extrema que vivia.
Ou seja, esta capa, se cumpriu o propósito primário de estimular o interesse pela história, também desvendou parte do argumento e antecipou mesmo o seu momento capital.
Sei, sem sombra de dúvida, que – como sempre neste blog - esta é apenas a minha leitura e que cada leitor, após a sua leitura personalizada, terá (poderá ter) sobre ela uma opinião díspar, e o que para mim pode ser defeito, para outros será virtude.
Fica o desafio para leituras (mais) atentas… das capas!


28/10/2010

J. Kendall #66

Giancarlo Berardi, Giuseppe De Nardo e Lorenzo Calza (argumento) 
Mario Janni (desenho) 
Mythos Editora (Brasil, Maio de 2010) 
135 x 178 mm, 132 p., pb, brochado, mensal

Resumo O cadáver de um jovem, encontrado no apartamento que partilhava com um amigo, leva a polícia de Garden City a recorrer mais uma vez aos préstimos da criminóloga Julia Kendall.

07/03/2010

J. Kendall – Aventuras de uma criminóloga #58

Giancarlo Berardi, Giuseppe De Nardo e Lorenzo Calza (argumento) 
Marco Soldi (desenho) 
Mythos Editora (Brasil, Setembro de 2009) 
135 x 178 mm, 132 p., pb, brochado, mensal 

 Resumo O assassínio de um polícia em simultâneo com o aparecimento de uma série de mafiosos mortos desencadeia mais uma investigação da polícia de Garden City que, como habitualmente, recorre à consultoria de Júlia. 

Desenvolvimento
Esta é mais uma história policial bem contada, com a investigação e os momentos de acção intercalados com aspectos banais do quotidiano ou com um registo mais intimista em que a protagonista se expõe, dando voz às suas dúvidas, sentimentos, desejos e ansiedades, num todo como habitualmente bem escrito e ritmado, com protagonistas credíveis e bem definidos. E em que nada acontece por acaso. Veja-se como exemplo a interligação entre a cena em que a gata Toni liga inadvertidamente a televisão assustando Júlia e Emily – aparentemente um fait-divers - e, mais à frente, como ela influencia a reacção inicial da protagonista à intrusão do mafioso “John Smith” em sua casa. Desta vez, Berardi aproveita o relato para levantar duas questões muitas vezes associadas à actuação policial. Por um lado – com um curioso toque romântico, porque o inacessível parece sempre exercer uma grande atracção sobre nós – se é legítimo o recurso – com custos… - a informadores ou a acordos de legalidade duvidosa com criminosos, mesmo quando os fins a atingir o parecem justificar. Por outro, a existência de vigilantes, que se colocam acima da lei face à (aparente?) inutilidade/incapacidade dela. Graficamente – embora a edição nem sempre possibilite uma boa apreciação – a arte mantém a qualidade média que este título costuma apresentar mensalmente, com um traço realista, não excessivamente detalhado mas funcional, equilibrado no tratamento do ser humano, com especial atenção nos rostos, e eficiente no retrato de interiores e exteriores, nas cenas mais calmas como nas de acção. Uma referência ainda para a excelente cena do tiroteio na rua, nas páginas 25 a 31, credibilizada pela utilização de enquadramentos variados e o recurso a grandes (e expressivos) planos dos rostos dos intervenientes.
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