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13/09/2024

Júlia #20

Equilíbrios


Podendo não parecer, conseguir num mesmo relato equilibrar o lado emocional, o sentimental, uma investigação policial e até a aventura, é algo extremamente difícil de conseguir para conseguir satisfazer os diferentes leitores que procuram especificamente um ou outro dos aspectos referidos.
Giancarlo Berardi, com Lorenzo Calza, consegue-o mais uma vez neste Júlia: A chantagem do passado.

20/10/2023

Tex #638-#644 + Júlia #9

(Sem) regras (n)e(m) princípios

Qualquer série de banda desenhada (o que me interessa no presente caso) obedece a um determinado número de regras e princípios.
São eles definem o que a série é, que lhe dão consistência e continuidade e que permitem ao leitor saber o que deve esperar quando se abeira dela - é isso que faz dele leitor fiel (ou não).
Paradoxalmente, a quebra dessas regras ou os desvios a esses princípios não são necessariamente negativos e, nalguns casos, até podem (e)levar a sua leitura a um outro nível.

13/04/2023

Júlia #6 + Tex #630/#631 + Tarzan #8/#9

Leituras populares

Há leituras que faço e acabam por não passar por aqui. Falta de tempo, de inspiração ou simples indolência deixam quem visita este blog privado de apontamentos de leitura que - acredito - podiam ser úteis.
De forma breve, registo de seguida três leituras (mais ou menos) recentes que sofreram do descrito acima. Para além disso, porquê juntá-las? Porque cada uma, à sua maneira, espelha e afirma o melhor da banda desenhada dita popular.

06/01/2023

Júlia #3

Zona de conforto


Há obras assim, a que regressamos regularmente - ou que seguimos religiosamente (de forma consciente, sem fanatismos) - sabendo o que nos espera. Raramente desiludem, por vezes surpreendem. Criamos laços com (o)s protagonista(s), conhecemos a sua vida, amigos, família, trabalho, gostos, anseios e inseguranças.
Para mim, Júlia - Julia, J. Kendall... - é um desses casos.

23/09/2022

J. Kendall #153

Grandes mudanças... inconsequentes






Demasiada proximidade de uma personagem de ficção - no caso de banda desenhada - tem um risco: perdermos (alguma) noção da realidade e deixarmos que ela, de alguma forma, entre na nossa vida e se torne quase parte da nossa família. Risco que se revela acrescido, quando começamos a fantasiar (com) situações da vida delas E que a nossa, de leitores empedernidos, já nos ensinou serem irrealizáveis.

29/08/2022

J. Kendall #151

Sem (a) protagonista



Nas histórias de Julia Kendall, é normal que ela partilhe o protagonismo com os criminosos que acabará por investigar. Menos normal, penso eu - confesso que não fui verificar - é que lhes entregue completamente a boca de cena, deixando-se ficar no fundo, quase na sombra.
Escrito de outra forma, nas duas histórias deste volume, Julia apenas aparece em 40 das 126 pranchas de A gangue e em 35 do segundo relato, O quarto de pânico.

20/04/2022

J. Kendall #148

O poder de uma capa



Costuma dizer-se que a capa é a porta de entrada num livro. É dela que, muitas vezes, depende a compra impulsiva de uma obra - ou, em sentido inverso, a recusa dessa compra. Mais a mais, numa publicação regular mensal como é Julia em Itália - e agora também no Brasil, travestida de Júlia - em que a capa pode ter papel preponderante na captação do leitor ocasional ou de passagem.

03/01/2022

J. Kendall #144

Ao contrário


Começo o ano - analítico… - com uma das minhas últimas leituras de 2021 e uma das minhas paixões - tranquilas… - da última década e meia: J. Kendall, aliás Julia - ou Júlia na nova vida da criminóloga no Brasil - a criação de Giancarlo Berardi.
Desta vez, trago-a - mais uma (de muitas) vez(es) - a este espaço, devido à inovação presente na segunda das narrativas, em que o caso começa com uma premissa bem original.

29/11/2021

Júlia #1

Regresso de corpo inteiro





Esta edição, de certa forma marca, o regresso de Júlia (ex-J. Kendall…) ao Brasil.
Um regresso de corpo inteiro, apetece vincar, mas um regresso, sem quebras, na continuidade.

18/02/2021

J. Kendall #142

Ciao, amore...


De novo à volta com os (sub-)títulos, a escolha hoje recaiu num que tem uma tripla leitura: para mim, para Julia e para Myrna, no meu regresso - graças a mão (muito) amiga - à criminóloga de Garden City, em mais uma edição (dupla) em que o foco de Berardi está mais nas relações - voluntárias ou não - da sua protagonista do que propriamente nos enredos policiais que apresenta.

10/03/2020

J. Kendall #141

Inevitavelmente





Inevitavelmente, Julia Kendall voltou às minhas leituras.Voltou às minhas leituras, da mesma forma que a noite sucede ao dia ou após a chuva regressa o sol. Mesmo que possa demorar. [Mas, confesso, no caso de Julia, luto contra mim próprio para dosear esses regressos, de forma a não devorar todas as edições de uma vez, querendo ter sempre - quase sempre - edições por ler…].

08/11/2019

J. Kendall #139

À espera de Myrna


É indiscutível que Julia Kendall, enquanto personagem de BD, vai bem além da bidimensionalidade do papel, assumindo-se a várias dimensões: mulher, criminóloga, professora, neta, irmã, amante…
Por isso se entende que os sucessivos casos que investiga apresentem sempre criminosos ‘novos’ sem qualquer tipo de recorrência. Ou quase.
É por tudo isto, no entanto, que se tornam especiais os poucos confrontos que em 20 anos de existência teve com a sua ‘besta negra’, o que faz com que os leitores estejam sempre à espera de Myrna.

18/06/2019

J. Kendall #136

20 anos depois




Em Outubro de 1998, estreava nas bancas italianas uma nova revista da Sergio Bonelli Editore: Julia. Esta edição brasileira, datada de Outubro do ano passado, pese embora as distorções de calendário que a afirmação a seguir implica, assinala os 20 anos de vida editorial da criminóloga de Garden City.
Porque é uma senhora e porque é costume dizê-lo, apetece escrever que Julia está na mesma. Sendo verdade, também não o é.

07/02/2019

Julia: La convención ensangrentada

Forma e conteúdo





O que é mais importante: a forma ou o conteúdo?
Se a questão é recorrente, a resposta é menos evidente, desenganem-se aqueles que de imediato responderam 'conteúdo'.

14/01/2019

J. Kendall #132

Actualidade por antecipação



No meu regresso a Julia - finalmente!, preenchendo um vazio que (me) é difícil de explicar - percebi, ao ler o resumo da contracapa, que uma das histórias desta edições da Mythos abordava uma temática que está na ordem do dia. Actualidade por antecipação, pois a edição original data de 2011.

03/05/2018

Julia: O Eterno Repouso

Julia, finalmente




E ao quarto volume da Colecção Bonelli finalmente chega Julia.
Quem segue este blog, sabe que já lhe dediquei muitos textos - quase quatro dezenas, na verdade! - por isso esta edição é duplamente agradável para mim. Pela edição em si e, acessoriamente, porque tive a oportunidade de a traduzir - e dessa forma entrar mais profundamente na escrita de Berardi.

Nas bancas: Julia - O Eterno Repouso

 

08/11/2017

J. Kendall #129

Bom vício



(Semi-)escrito no mês passado, este texto só agora chega aos (meus) leitores. Entretanto, saltou uma edição mas adapta-se também à primeira ideia: J. Kendall, a criminóloga Julia, está de regresso às minhas leituras – desculpem a inveja que causo a tantos portugueses - satisfazendo um vício incontornável – que reconheço, mas não tenho intenção de tratar - e nunca serei suficientemente grato aos meus ‘fornecedores’!

18/05/2017

J. Kendall #126

Cinzentos


Uma das características evidentes na escrita de Berardi para Julia, são os retratos credíveis que traça de cada interveniente e, através deles, a forma como reconstrói perante os olhos dos leitores a sociedade.
Com ele, os protagonistas - como o mundo - estão longe de ser a preto e branco. Mais, a verdade são os tons intermédios de cinzento que imperam, pois todos têm defeitos, segredos, medos, qualidades…
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