17/12/2010
Mágico Vento #97 a #101
Gianfranco Manfredi (argumento)
Darko Perovic, Pasquale Frisenda, Bruno Ramella, Frederic Volante, Goran Parlov, Stefano Biglia e Giovani Talami(desenho)
Tomislav Tikulin (cor do #100)
Mythos Editora (Brasil, Julho a Novembro de 2010)
135x175 mm, 100 p. (132 p. no #101), pb (cor no #100), brochado, mensal
1. Recorrentemente apercebo-me que em cerca de ano e meio que este blog tem de vida, até hoje ainda não me debrucei nele sobre este ou aquele autor, personagem ou série.
2. Por motivos diferentes, conforme os casos, mas com um resultado comum: o esquecimento de algo que já devia ter divulgado.
3. Mágico Vento, apesar de ser presença regular entre as edições de banca disponíveis mensalmente, é um desses casos.
4. O seu criador é Gianfranco Manfredi, nascido em 1948, em Senigallia, Itália, formado em História da Filosofia e que, para além de argumentista de fumetti, é também cantor e escritor. No universo Bonelli, para além de Mágico Vento, assinou também argumentos para Dylan Dog, Nick Raider ou Tex.
5. Graficamente, como é normal na editora, para assegurar a periodicidade mensal das revistas, têm sido vários os desenhadores que têm passado pela sua série – normalmente escolhidos de forma a adequar o seu estilo ao tema específico de cada episódio, apesar de alguns pontos comuns que garantam uma certa homogeneidade.
6. Entre os nomes recorrentes contam-se José Ortiz, Giuseppe Barbati, Bruno Ramella, Corrado Mastantuono, Pasquale Frisenda, Goran Parlov, Paolo Raffaelli, Sicomoro, Giez, Stefano Biglia, Ivo Milazzo, Luigi Piccatto e Corrado Roi.
7. Quanto à personagem central, seguindo outra “tradição” Bonelli, fisicamente foi baseada no actor Daniel Day-Lewis.
8. Sendo – sem qualquer dúvida – um western, Mágico Vento distingue-se, no entanto, das outras abordagens que os quadradinhos têm feito ao Velho Oeste, por várias razões.
9. Desde logo, porque o seu protagonista é um antigo soldado – de nome Ned Ellis - ferido numa explosão de um comboio que lhe apagou a memória, que ele vai recuperando em fragmentos ao longo da trama, descobrindo quem era e o que fez ao mesmo tempo que o leitor.
10. Salvo por Cavalo Manco, um índio, após ser ferido, Mágico Vento acabaria por se tornar um xamã Sioux, passando a viver com e à maneira dos índios, embora sejam muitas as suas incursões no mundo dito civilizado.
11. Por esse motivo, grande parte da saga é sobre a história, os costumes, as tradições e as crenças dos peles-vermelhas, conferindo-lhe – pelo rigor empregue – um carácter de verdadeira etnologia.
12. Mas em Mágico Vento há também uma forte componente histórica – que reforça o seu tom realista -, encontrando o protagonista nomes míticos e famosos do Oeste como o general Custer, Cavalo Louco ou Nuvem Vermelha entre outros. Por isso, ao longo da saga, há o acompanhamento de momentos marcantes da História dos Estados Unidos.
13. Noutros episódios ainda, prevalece um registo fantástico e mesmo de terror, geralmente baseado na concretização de lendas e crenças indígenas. E um acentuado lado místico, porque o xamã Sioux tem com frequência visões que esclarecem o seu passado ou o deixam vislumbrar o futuro.
14. Em Mágico Vento há ainda uma outra temática, que diz respeito à procura do seu pai – que acabará por encontrar no seu maior inimigo, Howard Hogan, um dos cabecilhas de uma organização secreta com muitas ramificações e também responsável pela explosão que Ned foi ferido.
15. Finalmente, é também possível encontrar na criação de Manfredi, episódios que constituem “werterns puros”, fiéis ao mais tradicional no género.
16. Tudo isto em histórias auto-conclusivas que permitem uma leitura isolada mas que constituem apenas uma pequena parte de um todo bem maior, bem desenvolvido, consistente e credível que cativa e prende o leitor.
17. A par de Mágico Vento, está geralmente o jornalista Willy Richards, mais conhecido como Poe, dada a sua semelhança física com o célebre escritor fantástico, que privilegia a “pena à espada”, espécie de consciência crítica, embora sujeito a tentações como o álcool ou mulheres disponíveis.
18. Pese embora o que escrevi no início, esta abordagem mais alongada a Mágico Vento, tem uma justificação (desnecessária): a chegada às bancas portuguesas este mês da sua revista #97, que inicia uma longa história (mais de 500 pranchas) – ou diversos episódios auto-conclusivos encadeados, se preferirem – durante a qual podemos assistir à célebre batalha do Little Big Horn, em que os índios derrotaram os soldados brancos e na qual o (também) célebre General Custer encontrou a sua morte, e conhecer algumas das versões existentes (verídico) sobre o seu desfecho.
19. Nessa descrição – obviamente ficcionada -, que constitui uma bela súmula dos pontos fortes da saga já atrás descritos, é notável a forma como os movimentos, motivações e questões internas dos dois lados em confronto são apresentados, num relato pausado, desenvolvido num tom crescente que culminará na batalha – a que quase não assistimos embora vejamos as suas consequências ao longo de (pelo menos) mais duas edições.
20. A par disso, há uma correcta e credível caracterização dos diferentes intervenientes, bem diferentes dos “bons” e “maus” habituais nos westerns, antes seres profundamente humanos com (algumas) qualidades e (muitos) defeitos.
21. Esperando ter escrito o suficiente para isso, deixo um conselho final: se nunca leu Mágico Vento, esta é uma boa oportunidade para o descobrir. Sabendo que corre o risco de, depois, querer conhecer toda a restante saga.
22. Como ponto final, em jeito de informação, fica a referência ao facto de o episódio #100 ser a cores – como é habitual nos números centenários Bonelli – e de a partir do #101, a revista aumentar de 100 para 132 páginas, permitindo a Manfredi explorar e explanar melhor os seus argumentos.
Leituras relacionadas
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opinião,
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16/12/2010
Sete histórias em busca de uma alternativa
Álvaro Àspera e Marta Portela (argumentos)
Pedro Serpa, Pedro Colaço, António Brandão, Pedro Alves, João Martins e Ricardo Cabrita (desenho)
GRAL - Gabinete para a Resolução Alternativa de Litígios (Portugal, Outubro de 2010)
208 x 297 mm, 52 p., cor, brochado
Resumo
A Resolução Alternativa de Litígios é hoje um dos pilares em que assenta o futuro dos Sistemas de Justiça.
Contudo, a resolução alternativa de litígios carece ainda de uma imagem pública junto dos seus potenciais utentes. O desconhecimento de boa parte dos serviços públicos disponíveis nesta área motivou o GRAL a encontrar novas formas de chegar aos cidadãos, no intuito de dar a conhecer a oferta existente.
Considerando as características da Banda Desenhada, forma de arte que permite aliar a inteligência do texto à criatividade do desenho, o GRAL lançou um repto a vários autores portugueses de banda desenhada, no sentido de criarem histórias em torno dos serviços públicos de resolução alternativa de litígios. (texto da responsabilidade do GRAL)
Desenvolvimento
Este é um daqueles projectos curiosos que de tempos em tempos surgem na banda desenhada nacional.
Projecto institucional, primordialmente com uma função didáctica e informativa, consegue diluir essa faceta, proporcionando não só uma boa legibilidade em termos de banda desenhada como também, nalguns casos, histórias bem conseguidas e mesmo divertidas, que cumprem o outro propósito do álbum: homenagear autores (Luís Louro, António Simões, Nuno Saraiva, Fernando Relvas, José Carlos Fernandes) e personagens (Corvo, Jim del Monaco, Zé Inocêncio, Inspector Acácio. A Pior Banda do Mundo, o Barão Wrangel) da banda desenhada portuguesa.
É verdade que há desequilíbrios evidentes, quer em termos narrativos (apesar de o argumentista ser quase sempre Álvaro Àspera) quer (mais notoriamente) em termos gráficos, com alguns autores a revelarem-se demasiado imaturos para um projecto desta envergadura.
No entanto, a forma como as temáticas habituais e o espírito próprio de cada um dos heróis (será que se pode designá-los assim?) citados são “adaptados” à “resolução de litígios” nalgumas das histórias, consegue justificar, por si só, a leitura do álbum. Refiro-me a narrativas que seguem o caminho mais evidente, como “O Caso do Desenhador que não conseguia desenhar porque uma Vizinha andava Nua pelos Telhados perseguida por um Estranho Homem numa Bicicleta”, que herda do Corvo o tom a um tempo ingénuo e absurdo, ou de “O Caso Extra Ordinário do Jeep que caiu pela Falésia Abaixo num Magnífico pôr-do-sol”, com uma situação de divórcio eminente entre Del Monaco e Gina. Ou a “O Caso Inacreditável da Rocambolesca Conspiração para Revelar ao Mundo os Mistérios da Mediação e dos Julgados de Paz”, em que se descobre que o Espião Acácio foi o responsável por todos os percalços sofridos pelo Barão Wrangel, sendo esta, sem dúvida, a melhor história do álbum, onde um argumento bem conseguido anda a par com uma história muito bem desenhada por Ricardo Cabrita, em sucessivos flash-backs evocativos da obra de J.C. Fernandes.
Informação
- O álbum é comercializado pela FNAC e pelos CTT.
- Uma exposição de originais da obra está actual-mente patente na estação dos CTT dos Restauradores, em Lisboa. A mostra, itinerante, irá de seguida até Coimbra, Porto, Santa Maria da Feira e Óbidos, regressando depois a Lisboa, estando previsto o seu encerramento na Amadora.
Pedro Serpa, Pedro Colaço, António Brandão, Pedro Alves, João Martins e Ricardo Cabrita (desenho)
GRAL - Gabinete para a Resolução Alternativa de Litígios (Portugal, Outubro de 2010)
208 x 297 mm, 52 p., cor, brochado
Resumo
A Resolução Alternativa de Litígios é hoje um dos pilares em que assenta o futuro dos Sistemas de Justiça.
Contudo, a resolução alternativa de litígios carece ainda de uma imagem pública junto dos seus potenciais utentes. O desconhecimento de boa parte dos serviços públicos disponíveis nesta área motivou o GRAL a encontrar novas formas de chegar aos cidadãos, no intuito de dar a conhecer a oferta existente.
Considerando as características da Banda Desenhada, forma de arte que permite aliar a inteligência do texto à criatividade do desenho, o GRAL lançou um repto a vários autores portugueses de banda desenhada, no sentido de criarem histórias em torno dos serviços públicos de resolução alternativa de litígios. (texto da responsabilidade do GRAL)
Desenvolvimento
Este é um daqueles projectos curiosos que de tempos em tempos surgem na banda desenhada nacional.
Projecto institucional, primordialmente com uma função didáctica e informativa, consegue diluir essa faceta, proporcionando não só uma boa legibilidade em termos de banda desenhada como também, nalguns casos, histórias bem conseguidas e mesmo divertidas, que cumprem o outro propósito do álbum: homenagear autores (Luís Louro, António Simões, Nuno Saraiva, Fernando Relvas, José Carlos Fernandes) e personagens (Corvo, Jim del Monaco, Zé Inocêncio, Inspector Acácio. A Pior Banda do Mundo, o Barão Wrangel) da banda desenhada portuguesa.
É verdade que há desequilíbrios evidentes, quer em termos narrativos (apesar de o argumentista ser quase sempre Álvaro Àspera) quer (mais notoriamente) em termos gráficos, com alguns autores a revelarem-se demasiado imaturos para um projecto desta envergadura.
No entanto, a forma como as temáticas habituais e o espírito próprio de cada um dos heróis (será que se pode designá-los assim?) citados são “adaptados” à “resolução de litígios” nalgumas das histórias, consegue justificar, por si só, a leitura do álbum. Refiro-me a narrativas que seguem o caminho mais evidente, como “O Caso do Desenhador que não conseguia desenhar porque uma Vizinha andava Nua pelos Telhados perseguida por um Estranho Homem numa Bicicleta”, que herda do Corvo o tom a um tempo ingénuo e absurdo, ou de “O Caso Extra Ordinário do Jeep que caiu pela Falésia Abaixo num Magnífico pôr-do-sol”, com uma situação de divórcio eminente entre Del Monaco e Gina. Ou a “O Caso Inacreditável da Rocambolesca Conspiração para Revelar ao Mundo os Mistérios da Mediação e dos Julgados de Paz”, em que se descobre que o Espião Acácio foi o responsável por todos os percalços sofridos pelo Barão Wrangel, sendo esta, sem dúvida, a melhor história do álbum, onde um argumento bem conseguido anda a par com uma história muito bem desenhada por Ricardo Cabrita, em sucessivos flash-backs evocativos da obra de J.C. Fernandes.
Informação
- O álbum é comercializado pela FNAC e pelos CTT.
- Uma exposição de originais da obra está actual-mente patente na estação dos CTT dos Restauradores, em Lisboa. A mostra, itinerante, irá de seguida até Coimbra, Porto, Santa Maria da Feira e Óbidos, regressando depois a Lisboa, estando previsto o seu encerramento na Amadora.
15/12/2010
Leituras de Banca - Dezembro 2010
Títulos que já estão ou estarão em breve disponíveis nas bancas portuguesas:
Mythos Editora
Almanaque Tex #1 - Vendetta Navajo (reedição)
Este é o destaque das edições da Mythos este mês, a reedição do número inaugural desta colecção, com uma banda desenhada escrita por Claudio Nizzi e desenhada por Giovanni Ticci, não no (pequeno) tamanho habitual nas edições Bonelli brasileiras, mas no mesmo formato que o original italiano, ou seja, com uns mais generosos 16 x 21 cm, e com artigos actuais.
Tex #462 - Plano de Fuga
Tex Colecção #253 254 - O Rio da Morte
Os Grandes Clássicos de Tex #23 - Perseguição em Nevada / Os Cavaleiros da Noite
Tex Ouro #40 - A Pousada dos Fantasmas / A Carta Queimada
Tex Edição em Cores #6 - O Rei do Gatilho
Zagor Extra #75 - O Cemitério Indígena
Zagor #111 - O Forte da Traição
Zagor Especial #26 – Viagem sem volta
J. Kendall – Aventuras de uma criminóloga #68 - Quem Matou Norma Jeane?
Mágico Vento #97 - A Guerra de Todas as Guerras
Panini Brasil
As revistas da DC Comics e da Marvel que agora chegam às nossas bancas, são as primeiras abrangidas pela chamada “revolução editorial” que a Panini levou a cabo em Maio deste ano no Brasil.
E que na prática se resumiu ao cancelamento de alguns títulos, ao lançamento de outros novos e à diminuição ou aumento do número de páginas das revistas (que passaram a incluir três ou seis histórias por edição em vez de quatro) e o consequente ajustamento dos preços. Este mês, será já o caso de Batman, Superman, Homem-Aranha e X-Men, com apenas 76 páginas e o preço de capa reduzido para 2,80€.
Almanaque Tex #1 - Vendetta Navajo (reedição)
Este é o destaque das edições da Mythos este mês, a reedição do número inaugural desta colecção, com uma banda desenhada escrita por Claudio Nizzi e desenhada por Giovanni Ticci, não no (pequeno) tamanho habitual nas edições Bonelli brasileiras, mas no mesmo formato que o original italiano, ou seja, com uns mais generosos 16 x 21 cm, e com artigos actuais.
Tex #462 - Plano de Fuga
Tex Colecção #253 254 - O Rio da Morte
Os Grandes Clássicos de Tex #23 - Perseguição em Nevada / Os Cavaleiros da Noite
Tex Ouro #40 - A Pousada dos Fantasmas / A Carta Queimada
Tex Edição em Cores #6 - O Rei do Gatilho
Zagor Extra #75 - O Cemitério Indígena
Zagor #111 - O Forte da Traição
Zagor Especial #26 – Viagem sem volta
J. Kendall – Aventuras de uma criminóloga #68 - Quem Matou Norma Jeane?
Mágico Vento #97 - A Guerra de Todas as Guerras
Panini Brasil
As revistas da DC Comics e da Marvel que agora chegam às nossas bancas, são as primeiras abrangidas pela chamada “revolução editorial” que a Panini levou a cabo em Maio deste ano no Brasil.
E que na prática se resumiu ao cancelamento de alguns títulos, ao lançamento de outros novos e à diminuição ou aumento do número de páginas das revistas (que passaram a incluir três ou seis histórias por edição em vez de quatro) e o consequente ajustamento dos preços. Este mês, será já o caso de Batman, Superman, Homem-Aranha e X-Men, com apenas 76 páginas e o preço de capa reduzido para 2,80€.
DC Comics
Liga da Justiça #89
Batman #90
Superman #90Marvel
Homem-Aranha #101
Os Novos Vingadores #76
X-Men #101
Avante Vingadores #40
Universo Marvel #58
Wolverine #67
Liga da Justiça #89
Batman #90
Superman #90Marvel
Homem-Aranha #101
Os Novos Vingadores #76
X-Men #101
Avante Vingadores #40
Universo Marvel #58
Wolverine #67
Turma da Mónica
Mônica #42
Cebolinha #42
Cascão #42
Chico Bento #42
Magali #42
Ronaldinho Gaúcho e Turma da Mônica #42
Turma da Mônica – Uma aventura no parque #40
Almanaque da Magali #21
Almanaque do Chico Bento #21
Revista da Turma da Mônica – Uma aventura no parque #42
Turma da Mônica – Clássicos do Cinema #20 – Transfofos
Turma da Mónica – Saiba mais #33 – Futebol
Turma da Mônica Jovem #24
Mônica #42
Cebolinha #42
Cascão #42
Chico Bento #42
Magali #42
Ronaldinho Gaúcho e Turma da Mônica #42
Turma da Mônica – Uma aventura no parque #40
Almanaque da Magali #21
Almanaque do Chico Bento #21
Revista da Turma da Mônica – Uma aventura no parque #42
Turma da Mônica – Clássicos do Cinema #20 – Transfofos
Turma da Mónica – Saiba mais #33 – Futebol
Turma da Mônica Jovem #24
14/12/2010
Sin City – Copos, Balas, & Gajas
Frank Miller (argumento e desenho)
Devir (Portugal, Junho de 2010)
168 x 258 mm, 160 p., pb, cartonada com badanas
1. Regresso a Sin City mais cedo do que esperava.
2. Não fugido das autoridades ou em busca de prazeres inconfessáveis, embora confesse que regressar à Cidade do Pecado é sempre um prazer. Duplo: para a mente e para os olhos.
3. Antes, neste caso, porque um novo livro da Devir – será este mesmo um regresso para durar? - está já disponível nas bancas e livrarias nacionais e constitui (mais) uma alternativa (muito) válida para as tradicionais prendas natalícias.
4. Um novo livro – que mantém no título a invulgar vírgula antes do “&” herdada da edição original norte-americana - algo diferente do habitual, porque é uma colectânea de histórias curtas, publicadas ao longo dos anos, em diferentes revistas – e é pena que o volume não indique data e local original de publicação.
5. O que permitiria, desde logo, analisar a evolução da série e a procuras de diferentes soluções gráficas como o um traço mais caricatural, a aplicação cirúrgica da cor (azul, rosa, vermelho…), a alternância entre pranchas predominantemente negras e outras mais luminosas…
6. Isto, feito a par da introdução (experimental) de novas personagens ou o regresso pontual a figuras mais marcantes, como o brutamontes Marv, infeliz protagonista do primeiro tomo de Sin City.
7. … e do trabalhar de forma breve registos diferentes, sendo que o humor (negro, muito negro, claro), geralmente por introdução de um final inesperado e surpreendente, tem aqui uma predominância maior do que nos relatos longos.
8. Isto tudo não invalida que continuem presentes (ou tenham nascido aqui…) os elementos fundamentais da série: o fabuloso preto e branco altamente contrastado, o pesado tom de registo policial negro, violência e sangue a rodos, mulheres belas, perigosas e sensuais, protagonistas de moral duvidosa, muita adrenalina e uma planificação altamente cinematográfica, com constante mudança de enquadramentos.
9. A terminar, deixo uma curiosidade em jeito de adivinha: alguém desconfia – são poucos os que sabem… – qual destes contos curtos esteve para marcar a estreia de Sin City em Portugal, há muitos anos atrás e onde? A resposta, há-de surgir, nos comentários abaixo, dentro de alguns dias…
Devir (Portugal, Junho de 2010)
168 x 258 mm, 160 p., pb, cartonada com badanas
1. Regresso a Sin City mais cedo do que esperava.
2. Não fugido das autoridades ou em busca de prazeres inconfessáveis, embora confesse que regressar à Cidade do Pecado é sempre um prazer. Duplo: para a mente e para os olhos.
3. Antes, neste caso, porque um novo livro da Devir – será este mesmo um regresso para durar? - está já disponível nas bancas e livrarias nacionais e constitui (mais) uma alternativa (muito) válida para as tradicionais prendas natalícias.
4. Um novo livro – que mantém no título a invulgar vírgula antes do “&” herdada da edição original norte-americana - algo diferente do habitual, porque é uma colectânea de histórias curtas, publicadas ao longo dos anos, em diferentes revistas – e é pena que o volume não indique data e local original de publicação.
5. O que permitiria, desde logo, analisar a evolução da série e a procuras de diferentes soluções gráficas como o um traço mais caricatural, a aplicação cirúrgica da cor (azul, rosa, vermelho…), a alternância entre pranchas predominantemente negras e outras mais luminosas…
6. Isto, feito a par da introdução (experimental) de novas personagens ou o regresso pontual a figuras mais marcantes, como o brutamontes Marv, infeliz protagonista do primeiro tomo de Sin City.
7. … e do trabalhar de forma breve registos diferentes, sendo que o humor (negro, muito negro, claro), geralmente por introdução de um final inesperado e surpreendente, tem aqui uma predominância maior do que nos relatos longos.
8. Isto tudo não invalida que continuem presentes (ou tenham nascido aqui…) os elementos fundamentais da série: o fabuloso preto e branco altamente contrastado, o pesado tom de registo policial negro, violência e sangue a rodos, mulheres belas, perigosas e sensuais, protagonistas de moral duvidosa, muita adrenalina e uma planificação altamente cinematográfica, com constante mudança de enquadramentos.
9. A terminar, deixo uma curiosidade em jeito de adivinha: alguém desconfia – são poucos os que sabem… – qual destes contos curtos esteve para marcar a estreia de Sin City em Portugal, há muitos anos atrás e onde? A resposta, há-de surgir, nos comentários abaixo, dentro de alguns dias…
13/12/2010
Margot La Folle
Muriel Blondeau (argumento e desenho)
Glénat (França, Novembro de 2010)
300 x 300 mm, 56 p., cor, cartonado
Resumo
Bokko, Marinus e Margot foram os únicos sobreviventes da epidemia de peste que dizimou a pequena aldeia onde moram.
Só que – já afectado pela febre ou apenas como dano colateral? – Bokko decide matar os outros dois para não o poderem contaminar. Animado por este intento, trespassa o coração de Marinus com uma flecha. Decidida a não perder o seu homem, que viu ser levado por alguns esqueletos, Margot parte em sua perseguição, não hesitando em procurá-lo até aos infernos, num conto medieval entre a poesia, a loucura e o delírio febril.
Desenvolvimento
Tal como Dulle Griet (Vitamina BD), de Hermann e Yves H., este álbum baseia-se – muito livre-mente, claro – num quadro (repro-duzido no final do post) com aquele título de Peter Bruegel, dito o Velho, um pintor do século XVI, natural da Flandres, célebre pelos seus quadros de paisagens e cenas campestres.
Se Hermann e o seu filho optaram por uma abordagem mais clássica, incluída na série “A Herança de Bois-Maury”, Muriel Blondeau optou por um registo de (quase) pura loucura, deixando o leitor permanentemente na dúvida se está perante um conto fantástico ou apenas a assistir ao delírio de uma Margot também já atingida pela febre.
De uma forma ou outra, a verdade é que a procura pelo seu homem, feita de entrega, abnegação e querer, revela muito de iniciático e leva a prota- gonista a cruzar-se com seres estranhos e bizarros, ao mesmo tempo que luta contra o inevitável, o horror e o que para ela é inaceitável.
Estando longe, graficamente, de ser uma obra que atraia de imediato, dado o seu traço rápido e pouco pormenorizado, e não sendo também um registo de leitura linear, ou não estivesse no limite do surreal e do absurdo, a verdade é que “Margot la Folle” (outra designação do quadro de Bruegel), possui um ritmo narrativo, uma construção dinâmica e uma grande dose de emotividade, que arrastam o leitor, juntamente com a protagonista, por infernos mais estranhos e curiosos do que assustadores, ávido(s) de saber onde o(s) levará a busca.
A reter
- O tamanho (leiam “o formato”) importa? Não é tudo, mas é marcante. Inserido na colecção “Carrement BD”, este álbum dispõe de uns generosos 30 x 30 centímetros o que, sem dúvida, faz a diferença e dá uma outra dimensão (literalmente) à obra, possibilitando diferentes recursos gráficos, graças à (maior) mancha disponível. O que a autora soube aproveitar, diversificando bastante a planificação das pranchas, alternando entre modelos mais tradicionais e outras soluções bem conseguidas, entre pranchas duplas, vinhetas sucessivamente sobrepostas ou cenas sem mais delimitação física do que os limites do próprio livro.
Menos conseguido
- Com a acção passada na Flandres, os diálogos incluem diversos termos em flamengo, devidamente traduzidos logo no início do álbum. O que obriga o leitor a avançar e recuar constan-temente, quebrando o ritmo de leitura e podendo mesmo perder o fia à meada. Fica um conselho: ignore-os; o seu contributo para a compreensão da narrativa na verdade é diminuto.
Glénat (França, Novembro de 2010)
300 x 300 mm, 56 p., cor, cartonado
Resumo
Bokko, Marinus e Margot foram os únicos sobreviventes da epidemia de peste que dizimou a pequena aldeia onde moram.
Só que – já afectado pela febre ou apenas como dano colateral? – Bokko decide matar os outros dois para não o poderem contaminar. Animado por este intento, trespassa o coração de Marinus com uma flecha. Decidida a não perder o seu homem, que viu ser levado por alguns esqueletos, Margot parte em sua perseguição, não hesitando em procurá-lo até aos infernos, num conto medieval entre a poesia, a loucura e o delírio febril.
Desenvolvimento
Tal como Dulle Griet (Vitamina BD), de Hermann e Yves H., este álbum baseia-se – muito livre-mente, claro – num quadro (repro-duzido no final do post) com aquele título de Peter Bruegel, dito o Velho, um pintor do século XVI, natural da Flandres, célebre pelos seus quadros de paisagens e cenas campestres.
Se Hermann e o seu filho optaram por uma abordagem mais clássica, incluída na série “A Herança de Bois-Maury”, Muriel Blondeau optou por um registo de (quase) pura loucura, deixando o leitor permanentemente na dúvida se está perante um conto fantástico ou apenas a assistir ao delírio de uma Margot também já atingida pela febre.
De uma forma ou outra, a verdade é que a procura pelo seu homem, feita de entrega, abnegação e querer, revela muito de iniciático e leva a prota- gonista a cruzar-se com seres estranhos e bizarros, ao mesmo tempo que luta contra o inevitável, o horror e o que para ela é inaceitável.
Estando longe, graficamente, de ser uma obra que atraia de imediato, dado o seu traço rápido e pouco pormenorizado, e não sendo também um registo de leitura linear, ou não estivesse no limite do surreal e do absurdo, a verdade é que “Margot la Folle” (outra designação do quadro de Bruegel), possui um ritmo narrativo, uma construção dinâmica e uma grande dose de emotividade, que arrastam o leitor, juntamente com a protagonista, por infernos mais estranhos e curiosos do que assustadores, ávido(s) de saber onde o(s) levará a busca.
A reter
- O tamanho (leiam “o formato”) importa? Não é tudo, mas é marcante. Inserido na colecção “Carrement BD”, este álbum dispõe de uns generosos 30 x 30 centímetros o que, sem dúvida, faz a diferença e dá uma outra dimensão (literalmente) à obra, possibilitando diferentes recursos gráficos, graças à (maior) mancha disponível. O que a autora soube aproveitar, diversificando bastante a planificação das pranchas, alternando entre modelos mais tradicionais e outras soluções bem conseguidas, entre pranchas duplas, vinhetas sucessivamente sobrepostas ou cenas sem mais delimitação física do que os limites do próprio livro.
Menos conseguido
- Com a acção passada na Flandres, os diálogos incluem diversos termos em flamengo, devidamente traduzidos logo no início do álbum. O que obriga o leitor a avançar e recuar constan-temente, quebrando o ritmo de leitura e podendo mesmo perder o fia à meada. Fica um conselho: ignore-os; o seu contributo para a compreensão da narrativa na verdade é diminuto.
12/12/2010
Selos & Quadradinhos (9)
Stamps & Comics / Timbres & BD (9)
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11/12/2010
Selos & Quadradinhos (8)
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09/12/2010
O amor infinito que te tenho e outras histórias
Paulo Monteiro (argumento e desenho)
Polvo (Portugal, Outubro de 2010)
165 x 225 mm, 70 p., pb, brochado com badanas
Conheci o Paulo Monteiro há seis anos, no 1º Festival de Beja – director de um festival e também autor de BD, uma dualidade que raras vezes tem funcionado bem entre nós. Depois de uns parcos mails e alguns telefonemas trocados ao longo destes anos, reencontrei-o em Maio último, no mesmo local.
A impressão que tinha dele fortaleceu-se. Alguém dedicado, empenhado no mais estimulante festival de BD do país – isto sou eu que afirmo – mas que não gosta das luzes do estrelato, mesmo que elas sejam apenas os pirilampos que alumiam a BD neste país.
Agora, com a biografia inserida neste seu primeiro livro, descubro que também escreveu para a rádio e jornais, passou filmes de terra em terra, compôs música, tocou guitarra, foi professor de Geografia, participou em escavações arqueológicas, fez teatro de sombras e de fantoches e mais um largo etc. Mas de que destaco novamente: é director do Festival de BD de Beja e autor de BD. Mas agora com uma variante, ligeira mas fundamental: sensível. Um autor de BD sensível; de uma sensibilidade e uma capacidade de transmitir aos seus relatos um tom poético, íntimo, frágil, que raras vezes tenho encontrado em BD. De uma sensibilidade única que as poucas histórias desenhadas que tinha lido dele, soltas e esparsas em publicações diversas, não me tinham permitido descobrir, confesso.
Por isso, o meu obrigado à Polvo, do Rui Brito, pela edição deste livro.
E, claro, ao Paulo, também, por não ter desistido em nenhuma das muitas vezes que isso lhe passou pela cabeça, como desvenda – expondo-se duplamente – nos (poucos…) excertos do seu diário que concluem o livro e que permitem intuir, sentir a sensação de angústia que tantas vezes o atacou face ao papel em branco ou já rabiscado.
Volto ao livro, justificação destas linhas, para dizer que sim, Paulo; ele, o livro, faz todo o sentido, a sua linha condutora é forte e perfeitamente perceptível, feita do amor, da ternura, dos sentimentos fortes e nobres que nutre pelos que lhe são próximos. E que o Paulo soube expressar magnificamente – e, sim, sem ser lamechas! - numa linguagem mista de texto e desenho que poucas vezes vi assim (tão bem) usada neste registo.
E volto ao livro, mais uma vez, para destacar, porque é de inteira justiça fazê-lo, entre a dezena de histórias incluídas, a que dedicou ao pai – “Porque este é o meu ofício” – súmula do que atrás ficou escrito, dedicatória em vida a alguém que lhe é muito importante, exposição extrema (mas pudica e contida, como tudo no livro) do autor perante o pai, perante os leitores. Uma narrativa que toca, que mexe com os sentimentos e que faz pensar o que fazemos nós com os nossos pais, com aqueles que amamos.
Polvo (Portugal, Outubro de 2010)
165 x 225 mm, 70 p., pb, brochado com badanas
Conheci o Paulo Monteiro há seis anos, no 1º Festival de Beja – director de um festival e também autor de BD, uma dualidade que raras vezes tem funcionado bem entre nós. Depois de uns parcos mails e alguns telefonemas trocados ao longo destes anos, reencontrei-o em Maio último, no mesmo local.
A impressão que tinha dele fortaleceu-se. Alguém dedicado, empenhado no mais estimulante festival de BD do país – isto sou eu que afirmo – mas que não gosta das luzes do estrelato, mesmo que elas sejam apenas os pirilampos que alumiam a BD neste país.
Agora, com a biografia inserida neste seu primeiro livro, descubro que também escreveu para a rádio e jornais, passou filmes de terra em terra, compôs música, tocou guitarra, foi professor de Geografia, participou em escavações arqueológicas, fez teatro de sombras e de fantoches e mais um largo etc. Mas de que destaco novamente: é director do Festival de BD de Beja e autor de BD. Mas agora com uma variante, ligeira mas fundamental: sensível. Um autor de BD sensível; de uma sensibilidade e uma capacidade de transmitir aos seus relatos um tom poético, íntimo, frágil, que raras vezes tenho encontrado em BD. De uma sensibilidade única que as poucas histórias desenhadas que tinha lido dele, soltas e esparsas em publicações diversas, não me tinham permitido descobrir, confesso.
Por isso, o meu obrigado à Polvo, do Rui Brito, pela edição deste livro.
E, claro, ao Paulo, também, por não ter desistido em nenhuma das muitas vezes que isso lhe passou pela cabeça, como desvenda – expondo-se duplamente – nos (poucos…) excertos do seu diário que concluem o livro e que permitem intuir, sentir a sensação de angústia que tantas vezes o atacou face ao papel em branco ou já rabiscado.
Volto ao livro, justificação destas linhas, para dizer que sim, Paulo; ele, o livro, faz todo o sentido, a sua linha condutora é forte e perfeitamente perceptível, feita do amor, da ternura, dos sentimentos fortes e nobres que nutre pelos que lhe são próximos. E que o Paulo soube expressar magnificamente – e, sim, sem ser lamechas! - numa linguagem mista de texto e desenho que poucas vezes vi assim (tão bem) usada neste registo.
E volto ao livro, mais uma vez, para destacar, porque é de inteira justiça fazê-lo, entre a dezena de histórias incluídas, a que dedicou ao pai – “Porque este é o meu ofício” – súmula do que atrás ficou escrito, dedicatória em vida a alguém que lhe é muito importante, exposição extrema (mas pudica e contida, como tudo no livro) do autor perante o pai, perante os leitores. Uma narrativa que toca, que mexe com os sentimentos e que faz pensar o que fazemos nós com os nossos pais, com aqueles que amamos.
08/12/2010
Selos & Quadradinhos (6)
Stamps & Comics / Timbres & BD (6)
Tema/subject/sujet: X-Men
País/country/pays: 1995
Data de Emissão/Date of issue/date d'émission: 1995
Nota: Estes selos – como outras que irei mostrando aqui – na verdade não circularam na Mongólia. Trata-se, isso sim, de uma emissão para coleccionadores, da responsabilidade do IGPC - Inter-Governmental Philatelic Corporation, entidade que durante cerca de duas décadas emitiu selos com personagens Disney, a que os correios da Mongólia deram o aval, tal como fizeram os serviços postais de diversos outros países asiáticos, africanos e das Antilhas, entre outros.
Note: These stamps - as others that I will show here – haven’t really circulated in Mongolia. They’re, rather, an issue for collectors, of the responsibility of the IGPC - Inter-Governmental Philatelic Corporation, an organization that for nearly two decades has issued stamps with Disney characters; in this case the Mongolian post office have the endorsement, as in other times, postal services of many other Asian, African and West Indies countries.
Note: Ces timbres – comme d’autres que j’irai montrer ici – sont pas vraiment diffusé en Mongolie. Ils sont, plutôt, une émission pour les collectionneurs, de la responsabilité de l'IGPC - Inter-Governmental Philatelic Corporation, une organisation qui pendant près de deux décennies a émis des timbres avec des personnages Disney; cette fois, c’était le bureau de poste en Mongolie qui a donné son aval pour l’émission, comme l'ont fait, dans autres occasions, plusieurs services postaux des pays d'Asie, d'Afrique et des Antilles.
País/country/pays: 1995
Data de Emissão/Date of issue/date d'émission: 1995
Nota: Estes selos – como outras que irei mostrando aqui – na verdade não circularam na Mongólia. Trata-se, isso sim, de uma emissão para coleccionadores, da responsabilidade do IGPC - Inter-Governmental Philatelic Corporation, entidade que durante cerca de duas décadas emitiu selos com personagens Disney, a que os correios da Mongólia deram o aval, tal como fizeram os serviços postais de diversos outros países asiáticos, africanos e das Antilhas, entre outros.
Note: These stamps - as others that I will show here – haven’t really circulated in Mongolia. They’re, rather, an issue for collectors, of the responsibility of the IGPC - Inter-Governmental Philatelic Corporation, an organization that for nearly two decades has issued stamps with Disney characters; in this case the Mongolian post office have the endorsement, as in other times, postal services of many other Asian, African and West Indies countries.
Note: Ces timbres – comme d’autres que j’irai montrer ici – sont pas vraiment diffusé en Mongolie. Ils sont, plutôt, une émission pour les collectionneurs, de la responsabilité de l'IGPC - Inter-Governmental Philatelic Corporation, une organisation qui pendant près de deux décennies a émis des timbres avec des personnages Disney; cette fois, c’était le bureau de poste en Mongolie qui a donné son aval pour l’émission, comme l'ont fait, dans autres occasions, plusieurs services postaux des pays d'Asie, d'Afrique et des Antilles.
Leituras relacionadas
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Selos e Quadradinhos,
X-Men
07/12/2010
Dicionário Universal da Banda Desenhada – Pequeno Léxico Disléxico
Leonardo de Sá
Pedranocharco (Portugal, Outubro de 2010)
160 x 230 mm, 202 páginas, pb, brochada com badanas
Sabe a origem de termos como gibi, fumetti, tebeo ou mosquito? Sabe que são todos sinónimos e foram ou são utilizados para designar a banda desenhada em diversos países? E tem ideia de há quantos anos esta expressão – banda desenhada – é usada em Portugal? E quando terá sido publicado o primeiro álbum de BD? Ou imagina que a primeira bedeteca (biblioteca especializada em banda desenhada) portuguesa, foi criada no Porto?
Estas e outras dúvidas e/ou curiosidades podem agora ser esclarecidas ou descobertas no “Dicionário Universal da Banda Desenhada – Pequeno Léxico Disléxico”, um livro com duas centenas de páginas que acaba de ser lançado pela Pedranocharco.
O seu autor é Leonardo de Sá, formado em Arquitec-tura pela École d’Archi-tecture de Grenoble, em França, e um dos maiores especialistas europeus em histórias aos quadradinhos, responsável por diversas obras e exposições, em Portugal e no estrangeiro. Parcialmente pré-publicado no BDJornal, uma publicação semestral dedicada à BD, este “glossário enciclopédico”, nas palavras do seu autor, “comporta várias centenas de termos internacionais comentados e, quando relevante, colocados no seu contexto histórico”. Por isso, se esta não é uma obra sobre autores ou heróis, muitos deles acabam por ser citados, como momentos marcantes da História das histórias aos quadradinhos. Ou “em quadra-dinhos”, “variante usada também no Norte do país”.
E se, como se lê no prefácio do jornalista Carlos Pessoa, “esta não é, obvia-mente, uma obra destinada a leitura corrida”, a verdade é que a forma descontraída e até bastante bem-humorada – sem que isso signifique menos rigorosa – como está escrita, transforma qualquer consulta pontual num bem mais longo exercício de leitura, pela forma prática como estão interligadas as 378 entradas, de “A4” até “zine”, nele incluídas.
(Texto publicado originalmente no Jornal de Notícias de 5 de Dezembro de 2010)
Pedranocharco (Portugal, Outubro de 2010)
160 x 230 mm, 202 páginas, pb, brochada com badanas
Sabe a origem de termos como gibi, fumetti, tebeo ou mosquito? Sabe que são todos sinónimos e foram ou são utilizados para designar a banda desenhada em diversos países? E tem ideia de há quantos anos esta expressão – banda desenhada – é usada em Portugal? E quando terá sido publicado o primeiro álbum de BD? Ou imagina que a primeira bedeteca (biblioteca especializada em banda desenhada) portuguesa, foi criada no Porto?
Estas e outras dúvidas e/ou curiosidades podem agora ser esclarecidas ou descobertas no “Dicionário Universal da Banda Desenhada – Pequeno Léxico Disléxico”, um livro com duas centenas de páginas que acaba de ser lançado pela Pedranocharco.
O seu autor é Leonardo de Sá, formado em Arquitec-tura pela École d’Archi-tecture de Grenoble, em França, e um dos maiores especialistas europeus em histórias aos quadradinhos, responsável por diversas obras e exposições, em Portugal e no estrangeiro. Parcialmente pré-publicado no BDJornal, uma publicação semestral dedicada à BD, este “glossário enciclopédico”, nas palavras do seu autor, “comporta várias centenas de termos internacionais comentados e, quando relevante, colocados no seu contexto histórico”. Por isso, se esta não é uma obra sobre autores ou heróis, muitos deles acabam por ser citados, como momentos marcantes da História das histórias aos quadradinhos. Ou “em quadra-dinhos”, “variante usada também no Norte do país”.
E se, como se lê no prefácio do jornalista Carlos Pessoa, “esta não é, obvia-mente, uma obra destinada a leitura corrida”, a verdade é que a forma descontraída e até bastante bem-humorada – sem que isso signifique menos rigorosa – como está escrita, transforma qualquer consulta pontual num bem mais longo exercício de leitura, pela forma prática como estão interligadas as 378 entradas, de “A4” até “zine”, nele incluídas.
(Texto publicado originalmente no Jornal de Notícias de 5 de Dezembro de 2010)
Leituras relacionadas
Dicionário,
Leonardo de Sá,
pedranocharco
06/12/2010
The Walking Dead #1 - Dias Passados
Robert Kirkman (argumento)
Tony Moore (desenho)
Devir (Portugal, Outubro de 2010)
170 x 255 mm, 144 p., pb, brochado
Resumo
Este é o primeiro tomo de The Walking Dead, que reúne os primeiros seis comics desta série de culto.
Passada na região de Atlanta, o seu protagonista é Rick Grimes é um ajudante de xerife que acorda de um coma provocado por um ferimento de bala e, sozinho no hospital, constata que o mundo tal como o conhecia desapareceu, com a humanidade, reduzida a alguns pequenos grupos esparsos, destroçada por um estranho mal que faz os mortos ressuscitarem. Parte então em busca da mulher Lori e do filho Carl, que desapareceram da sua casa, num mundo povoado de zombies que se alimentam de sangue humano.
Tony Moore (desenho)
Devir (Portugal, Outubro de 2010)
170 x 255 mm, 144 p., pb, brochado
Resumo
Este é o primeiro tomo de The Walking Dead, que reúne os primeiros seis comics desta série de culto.
Passada na região de Atlanta, o seu protagonista é Rick Grimes é um ajudante de xerife que acorda de um coma provocado por um ferimento de bala e, sozinho no hospital, constata que o mundo tal como o conhecia desapareceu, com a humanidade, reduzida a alguns pequenos grupos esparsos, destroçada por um estranho mal que faz os mortos ressuscitarem. Parte então em busca da mulher Lori e do filho Carl, que desapareceram da sua casa, num mundo povoado de zombies que se alimentam de sangue humano.
Leituras relacionadas
Devir,
Kirkman,
Moore,
The Walking Dead,
TV
05/12/2010
Selos & Quadradinhos (5)
Stamps & Comics (5) / Timbres & BD (5)
Tema/subject/sujet: The Simpsons
País/country/pays: Austrália/Australia/Australie
Data de Emissão/Date of issue/date d'émission: 2005
País/country/pays: Austrália/Australia/Australie
Data de Emissão/Date of issue/date d'émission: 2005
Leituras relacionadas
Austrália,
Selos e Quadradinhos,
The Simpsons
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