04/11/2012

AmadoraBD 2012 (VI)


Prémios Nacionais de BD


Melhor Álbum Português
“As Extraordinárias Aventuras de Dog Mendonça e PizzaBoy II - Apocalipse” (Tinta da China)
Filipe Melo e Juan Cavia


Melhor Argumento de Autor Português
David Soares
“o pEQUENO dEUS cEGO” (Kingpin Books)


Melhor Desenho de Autor Português
Ricardo Cabral
“Pontas Soltas: Cidades” (ASA)


Melhor Álbum Estrangeiro
“Blankets” (Devir)
Craig Thompson


Melhor Álbum de Tiras Humorísticas
“Os nossos Mutts vol. 5” (Devir)
Patrick MacDonnel


Melhor Ilustração de Livro Infantil
Madalena Matoso
Todos Fazemos Tudo (Planeta Tangerina)


Clássicos da 9ª Arte
“Sangue Violeta e outros contos” (El Pep)
Fernando Relvas


Melhor Fanzine
“Fábrica, baldios, fé e pedras atiradas à lama” (Oficina do Cego)
Coordenação de Tiago Baptista

03/11/2012

Mundo Fantasma expõe originais de Cyril Pedrosa


Data: 3 de Novembro a 16 de Dezembro de 2012
Local: Galeria Mundo Fantasma, loja 509/510, Centro Comercial Brasília, Avenida da Boavista, 267, Porto
Horário: de 2ª a sábado, das 10h às 20h: Domingos e feriados, das 15h às 19h


  


A livraria portuense Mundo Fantasma inaugura hoje, às 17 horas, uma exposição de originais do livro “Portugal”, de Cyril Pedrosa. Logo de seguida terá lugar uma conversa aberta sobre esta obra que a ASA acaba de editar em português.
De contornos autobiográficos, “Portugal” conta a história de Simon Mucha, um autor a atravessar uma crise criativa e de relacionamentos que durante uma visita a um festival de BD em Portugal se sente estranhamente à-vontade num país que conheceu em criança mas onde não regressava há 25 anos.
Luso-descendente como Pedrosa, Simon parte então à (re)descoberta das suas origens, da sua família e de si próprio, numa obra densa com quase 300 páginas, assente num soberbo trabalho de cor.
Distinguido por diversas vezes em França e já traduzido na Alemanha, Itália e Holanda, “Portugal” foi fruto de três anos de trabalho, que incluíram uma estadia de três meses no nosso país para escrita do argumento, preparação de esboços e fotografia de muitos dos lugares que depois são nele retratados.
Uma outra obra de Cyril Pedrosa, que esteve presente no passado fim-de-semana no AmadoraBD, acaba também de ser editada em Portugal. Intitulada “Três sombras” (Polvo), aborda a temática da morte infantil de forma terna, poética e tocante.

(Versão revista do texto publicado no Jornal de Notícias de 3 de Novembro de 2012)


02/11/2012

Entrevista com Cyril Pedrosa


"Este livro ajudou a mudar muita coisa na minha vida"









Depois do texto que publiquei aqui no blog aquando da edição original de "Portugal" e do que fiz sobre esta obra para o catálogo do 23º AmadoraBD 2012, não penso fazer uma terceira abordagem ao livro que a ASA acaba de editar em português – e cuja compra e leitura aconselho vivamente.
Entretanto como no sábado passado tive a oportunidade de conversar com o autor, Cyril Pedrosa, no AmadoraBD, fica o registo de algumas questões que lhe coloquei, como complemento da entrevista que fiz quando da edição original francófona de Portugal.

As Leituras do Pedro – O desenho, os materiais e o formato das pranchas originais, vão mudando ao longo do livro. Porquê?
Cyril Pedrosa – Em Portugal há três formas diferentes de desenhar, uma para cada capítulo, correspondente a cada um dos pontos de vista da história.
No primeiro, segundo Simon, fiz uns esquissos ligeiros que passei depois a caneta bic; de seguida empreguei a técnica de aguada para criar pranchas monocromáticas e mais sombrias.
No segundo capitulo, segundo Jean, o pai, há um grande trabalho de base a lápis, para dar um ar mais pesado, foi duro de desenhar…
Finalmente, no terceiro e último, segundo Abel, o avô, usei aguarela, numa técnica de cor directa, cores mais quentes e um desenho muito livre…
Isso teve a ver com a evolução da personagem principal, com a forma como ele vai mudando; para o acompanhar, eu quis ter cada vez maior liberdade criativa.

ALP – Abel Mucha, o avô de Simon era espanhol. O seu também?
CP – Sim, o meu avô era espanhol; aliás, parte da minha família ainda se chama Pedrosa Muchacho. Esse era o nome de um rapaz que um dia foi trazido de Espanha por três cavaleiros que o deixaram numa aldeia perto da Figueira da Foz.
Quando descobri isto, achei perturbadora a coincidência com os três cavaleiros que surgem em Três Sombras [livro recém-editado pela Polvo em Portugal]...

ALP – A edição de Portugal, já traduzido em Itália, Alemanha e Holanda – e também de Três Sombras – em Portugal é importante para si?
CP – Sim, estou muito contente. O Três Sombras já era para ter sido publicado há alguns anos e na altura fiquei muito frustrado por a edição não se ter concretizado. Para mim é muito importante os meus livros serem editados em Portugal para que os meus familiares de cá e os meus amigos portugueses possam ver e ler o que eu faço.

ALP – Aquando da sua estadia em Portugal para preparar o livro, também esteve no CNBDI a pesquisar sobre a BD portuguesa…
CP – Eu tenho uma antologia sobre a banda desenhada feita em Portugal mas, como luso-descendente quis conhecer melhor a BD que se faz neste país com o qual sinto tantas afinidades.

ALP - No final de Portugal, Simon Mucha encontrou o seu caminho, o Cyril Pedrosa também?
CP – Sim. Este livro ajudou a mudar muita coisa na minha vida. Coloquei a mim próprio muitas questões, encontrei algumas respostas. Os livros não são uma forma de resolver problemas mas sim de dar respostas a perguntas.
Por outro lado, o sucesso do livro, que me surpreendeu pois via-o como uma obra muito pessoal com a qual os leitores teriam pouca afinidade, abre-me portas para abraçar projectos que de outra forma seria muito difícil.

ALP – Em que está a trabalhar agora?
CP – O momento de transição entre dois livros é muito complicado. Fazer um livro implica uma grande perda de energia, que depois é necessário recuperar. Para avançar tenho que saber as perguntas que vou colocar. Depois de o fazer, então posso seguir em frente para um novo livro. Possivelmente a minha próxima obra será sobre as relações entre os seres humanos e a vida em sociedade.












Portugal
Cyril Pedrosa
ASA (Portugal, Outubro de 2012)
235 x 330 mm, 272 p., cor, cartonado
35,90 €

01/11/2012

AmadoraBD 2012 (V)


Um balanço
Feriado e segundo fim-de-semana











Se mais abaixo está a lista das sessões de autógrafos e das actividades previstas para hoje, feriado e também para o próximo fim-de-semana - quando estarão presentes Antonio Altarriba, Carol Tyler, Edmond Baudoin, Fabrice neaud e Justin Green - e aqui pode ser visto todo o programa, depois de ter estado no AmadoraBD 2012 no passado sábado, é altura de explanar as minhas impressões.
Que, quero dizê-lo desde já, globalmente são boas. Quer porque o nível atingido pelas exposições do festival é muito alto, quer porque houve este ano (coincidência ou opção assumida?) um passo no sentido de ultrapassar algumas das críticas que há anos lhe vinham a ser feitas.
Refiro-me, claro está, às duas exposições mais importantes (pelo menos no espaço ocupado): A Autobiografia: os vários rostos do Eu e Homem-Aranha, 50 anos de um mito. A primeira pelo potencial de atrair um público diferente, que por norma não lê BD, e a segunda por dedicar um espaço digno aos comics de super-heróis.
Passo então a analisar o festival deste ano sob diversos primas.

Divulgação
Este ano foi feita com mais tempo e reforçada regularmente, o que permitiu uma melhor divulgação do evento até à sua abertura. Falhou, no entanto, após a inauguração, quando devia haver um reforço junto dos meios de comunicação social, em especial destacando os convidados estrangeiros.

Estrutura
É a mesma do ano passado, o que não traz qualquer mal ao mundo, uma vez que é definida antes dos conteúdos que lá são colocadas e esta opção deve ter servido para poupar bom dinheiro. A questão é que assim, persistem os problemas do piso inferior: lojas demasiado fechadas, zona de autógrafos claustrofóbica e exposições escondidas.

Exposições
São o belo cartão-de-visita do AmadoraBD. Globalmente revelam um elevado grau de profissionalismo por parte dos responsáveis, combinando o lado espectacular da montagem e da cenografia e a exploração de cenas/objectos em 2D ou 3D, que agrada ao visitante comum, com os (muitos) originais expostos, que fazem a delícia dos amantes dos quadradinhos.
No conjunto, para além das três que pormenorizo a seguir, destaco as dedicadas a Ricardo Cabral, Victor Mesquita, Ana Afonso, Zep e Cyril Pedrosa.

Autobiografia: os vários rostos do Eu
Vocacionada para um público específico e mais conhecedor ou para quem procura leitura adulta na banda desenhada, apresenta um retrato bastante completo de uma temática que tem proporcionado algumas das obras mais estimulantes dos últimos anos. Baliza o nascimento do género com Justin Green e exemplifica múltiplas abordagens a aspectos tão diversos como a pessoa, o corpo, a família, a memória histórica ou os diários de viagem, num conjunto bastante apelativo, que poderia ter sido enriquecido (digo eu!) com uma referência mais consistente a obras recentemente editadas entre nós. Até para as divulgar.
Menos positiva foi a necessidade (apesar de tudo compreensível) do recurso a impressões digitais, em vez de originais, em muitos casos.

Homem-Aranha, 50 anos de um mito
Consegue congregar o aspecto espectacular da montagem, mais chamativo para o grande público, com a componente didáctica do friso cronológico do Aranha e com uma bela selecção de originais dos John Romita, Sr. e Jr., Larry Lieber, Sal Buscema, Mike Deodato, Keith Giffen, Humberto Ramos ou Klaus Janson, bem como dos portugueses Nuno Plati e Filipe Andrade (neste caso com originais inéditos!). Como cereja no topo do bolo, a presença de um exemplar da rara e valiosa Amazing Fantasy #15, onde o Homem-Aranha se estreou, guardado à vista por uma tarântula real!
Falta-lhe uma exposição a solo de Mike Deodato, justificada pela sua presença no passado fim-de-semana, e no pouco merchandising exposto.
A existência de (pelo menos) mais um convidado desta área temática teria sido igualmente uma boa opção.

Paulo Monteiro: autor em destaque
Esta é, possivelmente, a melhor exposição do 23º AmadoraBD. Assenta numa cenografia simples mas consistente com o registo íntimo do autor, e inclui muitos originais, material preparatório e objectos pessoais que permitem espreitar um pouco a pessoa existente sob o autor.

Convidados
Foi bom reencontrar tantos autores nacionais, embora muitos apenas de passagem. Gostei de conhecer Cyril Pedrosa. Sapin foi de uma enorme simpatia. Lamento não ter conseguido chegar a Mike Deodato. Gostaria de viver mais perto para estar com António Altarriba, Baudoin e Zep.
Sendo compreensível a aposta nos que estão ligados à autobiografia – Justin Green, carol Taylor, Fabrice Neaud, Caeto, Dominique Goblet… - faltou, mais uma vez, um daqueles nomes grandes, capaz por si só de atrair visitantes e mais atenção mediática.

Sessões de Autógrafos
Era tempo de as sessões de autógrafos levarem uma volta. Obrigação de apresentação de livro e não de folhas avulsas seria uma medida que potenciaria a leitura; a existência de uma banca com os livros dos autores em presença junto destes seria outro aspecto a considerar, no sentido de divulgar essas mesmas obras.
E, claro, colocar os autores numa zona aberta onde teriam maior visibilidade.

Zona comercial
Por muito que se goste e defenda tudo o resto, como lembrava o Nuno Amado em conversa no sábado, para haver BD – e autores, e festivais - é necessário haver livros e quem os compre. O festival tem falhado sucessivamente na promoção dos livros. A zona comercial devia ser mais aberta e ter maior visibilidade. Os autógrafos deviam implicar a compra de livros. Os livros deviam estar à venda junto dos autores que os autografam. Sei que estou a repetir-me, mas não acho que seja demais.
Posto tudo isto, posso estar enganado, mas a oferta pareceu-me menor este ano em quase todos os stands…

Visitantes
Foram poucos no sábado e, segundo li, ainda menos no domingo. Pode ser apenas da habitual inacção lusa, à espera dos últimos dias, mas é pena. O AmadoraBD 2012 merece e justifica mais. Hoje é um bom dia para ir lá. Porque sim.

Apresentações e encontros
Quinta-feira, 1 de Novembro
16h00
Lançamento do livro Iron Man: Extremis, da colecção Heróis Marvel Série II, com histórias de Nuno Plati e Filipe Andrade, com Filipe Andrade, João Miguel Lameiras, José de Freitas e responsável da Editora Levoir

Sábado, 3 de Novembro
15h00
Apresentação de As Aventuras Interactivas de Dog Mendonça e das histórias de Dog Mendonça e Pizza Boy para a editora Dark Horse, com a presença de Filipe Melo e João Miguel Lameiras

16h00
Apresentação do livro Zona Desenha, Associação Tentáculo, com a presença de diversos autores

Domingo, 4 de Novembro
15h00
Encontro/debate sobre o tema BD, Arte Urbana e Património com Sílvia Câmara, da Galeria de Arte Urbana da CMLx e Nelson Dona, director do AmadoraBD.

16h00
A BD Portuguesa e a Iniciativa 2013, com André Oliveira (Zona), Inês Fonseca Santos (Câmara Clara), Maria José Pereira (ASA), Mário Freitas (Kingpin Books) e Nuno Amado (Leituras de BD)

17h00
Encontro/debate com Edmond Baudoin, moderado por Pedro Mota

18h00
Encontro/debate com Victor Mesquita, sobre o Processo Criativo dos livros Eternus 9 - Filho do Cosmos e A Cidade dos Espelhos, moderado por Pedro Mota


Visitas Guiadas
Quinta, 1 de Novembro
10h30 — 11h30
A Cenografia da exposição Paulo Monteiro, com Catarina Pé-Curto

11h30 – 12h30
A Cenografia da exposição de Victor Mesquita, com Carlos Farinha

17h00 — 18h30
O 23º AmadoraBD, com Pedro Mota

18h30 — 19h30
A exposição Eternus 9, com Victor Mesquita, por Pedro Mota

Domingo, 4 de Novembro
10h30 — 13h00
O 23º AmadoraBD, com Nelson Dona, Director do Festival

16h00 – 17h00
A exposição Paulo Monteiro, autor em destaque, com Paulo Monteiro, por Pedro Mota

18h00 — 19h30
Exposição Os Vários Rostos do Eu, com Justin Green, por Pedro Mota

Sessões de autógrafos
Quinta-feira, 1 de Novembro
15h00
António Gomes de Almeida
Artur Correia
Fernando Relvas
Filipe Andrade
João Amaral
Sama
Victor Mesquita

16h00
Fernando Relvas
João Amaral
João Mascarenhas
João Miguel Tavares
Nuno Saraiva
Sama
Victor Mesquita

17h00
Fernando Relvas
Filipe Andrade
João Amaral
João Mascarenhas
João Miguel Tavares
Miguel Peres
Nuno Saraiva
Sama
Victor Mesquita

18h00
Fernando Relvas
Filipe Andrade
João Amaral
João Mascarenhas
João Miguel Tavares
José Ruy
Miguel Peres
Nuno Saraiva
Sama

Sábado, 3 de Novembro
15h00
Carol Tyler
Daniel Henrique
Daniel Maia
Edmond Baudoin
Fabrice Neaud
Fernando Relvas
José Garcês
José Matos-Cruz
Marco Mendes
Justin Green
Miguel Santos
Paulo Marques
Pedro Brito
Sama
Susana Resende

16h00
Carol Tyler
Catherine Labey
Daniel Henrique
Daniel Maia
Edmond Baudoin
Fabrice Neaud
Fernando Relvas
Filipe Melo
João Mascarenhas
José Garcês
José Matos-Cruz
Justin Green
Marco Mendes
Miguel Santos
Pedro Brito
Sama
Susana Resende

17h00
Carol Tyler
Catherine Labey
Daniel Henrique
Daniel Maia
Fabrice Neaud
Fernando Relvas
Filipe Melo
Geral & Derradé
João Mascarenhas
Jorge Magalhães
José Matos-Cruz
Justin Green
Sama
Susana Resende


Domingo, 4 de Novembro
15h00
António Jorge Gonçalves
Bruno Ma
Edmond Baudoin
Fernando Relvas
João Amaral
João Maio Pinto
José Ruy
Marco Mendes
Paulo Marques
Paulo Monteiro
Sama
Victor Mesquita

16h00
António Jorge Gonçalves
Bruno Ma
Carol Tyler
Edmond Baudoin
Fabrice Neaud
Fernando Relvas
João Amaral
João Maio Pinto
João Mascarenhas
José Ruy
Justin Green
Marco Mendes
Rui Lacas
Sama
Victor Mesquita

17h00
Carol Tyler
Fabrice Neaud
Fernando Relvas
João Amaral
João Maio Pinto
João Mascarenhas
José Ruy
Justin Green
Marco Mendes
Miguel Peres
Paulo Monteiro
Rui Lacas
Sama
Victor Mesquita
Yara Kono

18h00
Fabrice Neaud
Fernando Relvas
João Amaral
João Mascarenhas
José Ruy
Miguel Peres
Rui Lacas
Sama
Yara Kono

AmadoraBD Júnior
Pinturas Faciais e Modelagem de balões
Sábados, domingos e feriado
das 10h30 às 12h30 e das 16h00 às 18hh00

Oficina de Origami
Pretende-se com esta oficina iniciar os formandos na arte ancestral japonesa de dobragem de papel: entender o conceito de origami e conseguir executar diferentes tipos de origami.
Sábados, domingos e feriado
das 10h30 às 12h30 e das 15h00 às 18h00

Atelier de Cinema de Animação
Dar a conhecer as técnicas de cinema de animação, dando a oportunidade da experimentação aos participantes produzindo um pequeno filme.
Descrição:
Jogos ópticos:
- Exercício 1: Animação em tiras de papel para Zootrópio (desenho)
- Exercício 2: Animação em pixilação
- Exercício 3: Animação directa sob a câmara, com recortes e objectos
3 e 10 de Novembro, das 10:30 às 12:30

Hora do Conto
28 de Outubro e 4 de Novembro
10h30
O Macaco do Rabo Cortado, de António Torrado e Maria João Lopes (Civilização Editora)

Atelier Baralho de Contos
27 de Outubro, 3 e 10 de Novembro
das 10h30 às 12h30
Vamos explorar o universo dos contos infantis e juntar os ingredientes necessários à criação de uma história. Aqui podemos reinventar o mundo!
Escolhemos o cenário e as personagens, podemos pôr pinguins numa floresta ou camelos no polo norte. Escolhemos a acção e o final. Registamos a ideia no papel e, para terminar, vamos ver a nossa história em movimento. Até parece magia.
Baseado no livro O Lobo Prateado, de Isabel Alçada, Ana Maria Magalhães e Ana Afonso (Caminho)

Atelier(es) Picassa-te!
28 de Outubro, 4 e 11 de Novembro
das 10h30 às 12h30
Pablo Picasso esteve na origem do movimento cubista. Através do desenho, experimentou registar no plano (2d) o movimento e o volume do que é tridimensional (3d).
Tens curiosidade de perceber como é que ele o fazia? Gostavas de saber mais sobre a vida deste grande mestre? Vamos conhecer um pouco mais este artista.
Baseado no livro Paris na Primavera com Picasso,
de Joan Yolleck e Marjorie Priceman (Gradiva)

31/10/2012

Melhores Leituras

Outubro 2012

Golias #1 Le Roi Perdu  (Le Lombard)
Serge Le Tendre e Jêrome Lereculey

O gato do rabino #4/#5 – Paraído Terrestre/Jerusálem de África (ASA)
Joann Sfar

12 - A doce (ASA)
François Schuiten

Captain América - El hombre que compró América
(Panini Comics Espanha)
Ed Brubaker, Steve Epting, Mike Perkins, Roberto de la Torre, Rick Magyar, Fabio Laguna e Frank D’Armata

Bruce J. Hawker - Intégrale #1 (Le Lombard)
William Vance

Punisher - El invierno morto (Panini Comics Espanha)
Greg Rucka, Marco Checchetto, Matthew Clark, Mathew Southworth, Michael Lark, Mirko Colak, Max Fiumara e Stefano Gaudiano

Daytripper (Panini Comics Brasil)
Gabriel Bá e Fábio Moon

Un printemps à Chernobyl (Futuropolis)
Emmanuel Lepage

Três sombras (Polvo)
Cyril Pedrosa

30/10/2012

Auto Grafia – O nome do pai













Topedro
Ar.Ed (Portugal, 2012)
150 x 230 mm, 60 p., pb, brochado
7,00 €



Este é um relato sobre a(s) memória(s) (da infância…) – sobre o pouco que recordamos delas… - e sobre a forma como essas vivências – cujas memórias são escassas… - nos marcaram de forma indelével e fizeram de nós (quase tudo) o que somos hoje.
Memórias quantas vezes mitificadas, transformadas pelo passar do tempo e a nossa imaginação, despojadas dos pormenores incómodos ou então carregadas com o que de mais negativo retivemos.
Memórias, neste caso, associadas a deslocações e viagens: a pé e de bicicleta, numa primeira parte mais conseguida e sólida – mais emotiva; depois ao ritmo dos muitos automóveis conduzidos, numa segunda parte mais etérea, talvez porque mais próxima.
Memórias narradas por António Pedro na primeira pessoa, de forma directa, com economia de meios, com texto e vinhetas distribuídos de forma harmónica pelas páginas.
E que, apesar de serem um exercício pessoal, assumem em paralelo um tom documental pela forma como o percurso do narrador se cruza com o retrato sequencial deste país em que vive(u), o que possibilita que algumas dessas memórias – carros a pedais, a casada avó, as visitas à terra, a escola, as idas à missa, a passagem pela Mocidade Portuguesa, os excessos libertários do pós-25 de Abril… - sejam comuns a alguns dos  potenciais leitores, em especial aos nascidos nas décadas de 1950/1960.
Por tudo isto e, também porque é tempo de autobiografia no AmadoraBD, esta é uma leitura aconselhável de um autor que se tem desdobrado numa ânsia criativa e na multiplicação de edições próprias, cuja descoberta pode proporcionar algumas boas surpresas.




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