

Apesar disso, o Fantasma não tinha super-poderes, que entrariam na BD apenas um par de anos mais tarde com o Superman, servindo-se das duas pistolas que usava à cintura, da força, da agilidade física e do seu aspecto amedrontador para derrotar gangsters e tiranos, que marcava indelevelmente com uma caveira socando-os com o anel com uma que usava na mão direita (o da mão esquerda, com dois sabres cruzados, significava protecção para quem ostentasse a sua marca). E ainda da lenda que o afirmava imortal, contando mais de 400 anos, sendo por isso conhecido entre os pigmeus com quem vive como “o espírito que caminha” ou “o homem que nunca morre”.


O Fantasma inicialmente foi desenhado por Ray Moore (1905-1982), sucedendo-lhe Wilson McCoy (1902-1961) e Sy Barry (1928-). À tira diária juntar-se-ia uma prancha dominical colorida, em Maio de 1939, ano em que também se estreou em revista autónoma,

Na sua primeira aparição o Fantasma salvava de apuros a bela Diana Palmer, por quem se apaixonou e que seria a sua noiva durante mais de meio século, até finalmente casarem, em 1977, nascendo um ano depois os gémeos Kit e Heloise.


Do universo da série faz parte igualmente a paradisíaca Ilha do Éden, onde todos os animais vivem em harmonia e onde o Fantasma por vezes recupera as suas forças.
O sucesso da BD, especialmente notório na Suécia (onde a Egmont edita Fantomen, uma revista com produção local, ininterruptamente desde 1950)



Em Portugal, a estreia do herói deu-se em 1952, no Condor Mensal #18 (ver correcção nos comentários no final deste texto), tendo depois passado por inúmeras revistas (Mundo de Aventuras, Audácia, Ciclone, Chico Zumba, Jornal do Cuto…) e até por títulos próprios e álbuns.

A título de curiosidade, refira-se uma breve passagem do herói pelo traço do português Eliseu Gouveia (Zeu), nos números #20 e #26 da edição da Moonstone Books, em 2007/08.
