Passagem por Portugal
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21/03/2021
Howard Flynn
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William Vance
11/11/2012
Selos & Quadradinhos (90)
Stamps & Comics / Timbres & BD (90)
Tema/subject/sujet:
1º Salão dos Humoristas – Centenário
1912-2012
1st Hall of Humorists – Centenary 1912-2012
1er Salon des Humoristes –
Centenaire 1912-2012
País/country/pays:
Portugal
Data
de Emissão/Date of issue/date d'émission: 16/10/2012
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Portugal,
Selos e Quadradinhos
18/07/2012
Dampyr #147
Tributo di Sangue
Giovanni Eccher
(argumento)
Maurizio Dotti
(desenho)
Sergio Bonelli
Editore (Itália, Junho de 2012)
160x210 mm, 100 p.,
pb, brochado, mensal
2,90 €
Resumo
Em viagem de turismo pelo Norte de Portugal, Maud, durante uma
visita a umas caves de vinho do Porto, em Vila Nova de Gaia, avista um fantasma
que parece querer entrar em contacto com ela.
Abalada pela experiência chama Harlan Draka (Dampyr) para
investigar o fenómeno, o que os levará até Miranda do Douro e ao confronto com
um velho conhecido.
Desenvolvimento
Se a trama e a génese desta história já foram suficientemente
dissecadas no anúncio prévio da sua publicação e nas entrevistas a Giovanni Eccher
e Maurizio Dotti, confesso que a sua leitura foi uma agradável surpresa.
Desde logo porque a localização da trama em Vila Nova de
Gaia e em Miranda do Douro não foi um mero capricho “turístico”, mas faz todo o
sentido na forma como a história se desenrola, havendo uma muito conseguida
apropriação de algumas das especificidades físicas (caves, zona ribeirinha, eléctrico
#1 para o Infante…) e históricas (vinhos, perseguições da inquisição, dialecto
mirandês…) dos locais para o desenvolvimento da narrativa.
Que, como é normal na série, é uma história de terror, que
tem por base as perseguições aos judeus pela inquisição portuguesa no século
XVI, construída de forma competente e bem balizada, com alguma acção mas em que
predomina o terror psicológico e um clima de ansiedade que acaba por contagiar
o leitor.
Graficamente, Dotti, embora “queixando-se” de ter apenas
trabalhado a partir de fotografias, cumpre com distinção a sua missão, não
fazendo da banda desenhada uma colectânea de bilhetes-postais mas tornando
perfeitamente reconhecíveis os locais escolhidos como cenário da acção (ribeira
de Gaia, ponte Luiz I, caves, Miranda do Douro, zona vinhateira) e credíveis os
que recriou com base em (outros) elementos reais, como acontece com o fictício Mosteiro
de Madalena.
A reter
- O equilíbrio entre os factos e locais reais e a narrativa
ficcionada, que resulta numa história interessante e credível.
03/06/2012
Michel Vaillant (vence) em Portimão
O piloto
automóvel Michel Vaillant, célebre personagem de banda desenhada, corre este fim-de-semana
na etapa do Campeonato do Mundo de Carros de Turismo (WTCC), que tem lugar em
Portimão.
Ou melhor,
nesta corrida estará presente um Chevrolet, que será conduzido pelo piloto
suíço Alain Menu, equipado e caracterizado para se aproximar do visual do herói
da BD. O carro de competição, bem como o camião de transporte e os respectivos mecânicos,
ostentarão as cores (azul e vermelho) da equipa Vaillant.
Se ao longo
da sua carreira Michel Vaillant, que os leitores portugueses acompanharam em
especial nas páginas da revista Tintin e nos muitos álbuns editados entre nós,
sempre defrontou pilotos reais (como Fangio, Lauda, Prost, Senna, Schumacher ou
mesmo Pedro Lamy), numa aproximação da ficção à realidade, desta vez o percurso
faz-se em sentido inverso, com Tiago Monteiro como um dos adversários, com o intuito de preparar algumas cenas do novo álbum
do herói, que deverá estar disponível em Novembro deste ano, com uma nova equipa
criativa: o argumentista Philippe Graton e os desenhadores Denis Lapière, Marc
Bourgne e Benjamin Benéteau.
Para a
preparação deste regresso, cinco anos após o álbum anterior, em que as pistas
de Fórmula 1 serão trocadas pelas do WTTC, também estará presente em Portimão
Philippe Graton, filho do criador do piloto, Jean Graton, hoje já com 88 anos.
Cinquenta e
cinco anos (Michel Vaillant estreou-se em 1957) e 70 álbuns depois, esta será a
terceira vez que o mais célebre piloto dos quadradinhos visitará o nosso país,
depois de “Rali em Portugal” (1971) e de “O Homem de Lisboa” (1984).
(Versão revista do texto publicado no Jornal de Notícias de
3 de Junho de 2012)
Vitória de Michel Vaillant
(Actualização)
Em nova analogia entre a ficção
aos quadradinhos e a vida real, o “Michel Vaillant” de carne e osso” triunfou hoje
na segunda corrida do WTTC realizada em Portimão, possibilitando assim a
Philippe Graton experimentar a sensação de subir ao pódio.
Alain Menu, que personificou o
piloto da BD, ao volante de um Chevrolet, igualou assim o feito do seu colega
de equipa, o francês Yvan Muller, vencedor da primeira corrida, enquanto que o
português Tiago Monteiro, em Seat, se limitou a um 7º e um 8º lugares.
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Graton,
Michel Vaillant,
Portugal
23/04/2012
Dampyr regressa a Portugal
A zona
vinícola do Douro e a zona ribeirinha do Porto e de Vila Nova de Gaia vão ser
palco de uma aventura aos quadradinhos de Dampyr, “Tributo di sangue”, a
publicar em Junho, em Itália, no número 147 da revista mensal com o seu nome,
cuja capa e duas pranchas são aqui apresentadas em estreia mundial.
A história,
que “faz parte do ciclo dedicado a
Thorke, um demónio da Dimensão Negra que leva os seus seguidores ao
canibalismo”, segundo o argumentista, Giovanni Eccher, “faz referência a vários
aspectos histórico-geográficos do local em que é ambientada: o vinho do Porto e
as caves de Vila Nova de Gaia, a especificidade cultural de Miranda do Douro e
as perseguições aos judeus perpetradas pela população cristã e pela Inquisição portuguesa no século XVI”.
A escolha desses locais fica a dever-se,
segundo Eccher, ao facto de ter ficado “impressionado com eles durante uma
belíssima viagem a Portugal”. Apesar de só conhecer a zona ribeirinha “como
turista que passou ali alguns dias”, considera-a “espectacular do ponto de
vista cenográfico”, tendo imaginado “no local uma cena de acção na ponte Luís
I”, que depois inseriu no seu argumento, que inclui diversas personagens
portuguesas e mesmo “um fantasma que se manifesta com um traje típico
mirandense”.
O desenho esteve a cargo de Maurizio
Dotti, que confessou nunca ter tido “o prazer de visitar a zona ribeirinha do Douro”, embora a considere
“certamente belíssima, a julgar pelas fotos” cedidas pelo argumentista, nas
quais se baseou para a desenhar, tendo sido a sua maior dificuldade “tornar os
lugares e itinerários reconhecíveis”.
Protagonista
de histórias fantásticas de terror, cujas primeiras 12 revistas foram
distribuídas em Portugal, na versão brasileira da Mythos Editora, em 2005, Dampyr
(designação de um filho de uma humana e de um vampiro) é uma personagem da Sergio
Bonelli Editore, responsável também pelos grandes sucessos dos fumetti (BD
popular italiana) que dão pelo nome de Tex e Zagor.
De seu nome
Harlan Draka, foi criado por Mauro Boselli e Maurizio Colombo em 2000, dedicando-se
a caçar vampiros e demónios, sendo a segunda vez
que isso o traz até Portugal, pois em 2006, em "Lo sposo della vampira" (Dampyr #75), já tinha passado por
Trás-os-Montes.
Este texto e as respectivas entrevistas não
teriam sido possíveis sem a inestimável colaboração de José Carlos Pereira
Francisco, para os contactos com os autores e a Sergio Bonelli Editore, e de
Julio Schneider, para a tradução das questões e das respectivas respostas. A
ambos o meu muito obrigado.
(Versão
revista e aumentada do texto publicado no Jornal de Notícias de 14 de Abril de
2012)
Entrevista a Maurizio Dotti
“Sinto-me fascinado pelas cidades cheias de
história”
A edição em Junho próximo, na revista Dampyr #147,
da história “Tributo di sangue”, que traz aquele herói da Sergio
Bonelli Editore de novo a terras portuguesas, foi o pretexto para uma pequena
conversa com o seu desenhador, o italiano Maurizio Dotti.
As
Leituras do Pedro - De que trata esta história de Dampyr?
Maurizio
Dotti - A trama, ambientada entre a
cidade do Porto, Vila Nova de Gaia e Miranda do Douro, começa com a aparição de
um fantasma inquieto, testemunha de um terrível passado distante, do século
XVI, feito de inquisição e minoria judaica, que aparece à boquiaberta e
sensitiva Maud Nightingale, que fica bastante curiosa. Na tentativa de
descobrir quem é a pessoa que se esconde por trás da aparição fantasmagórica,
os nossos heróis conhecerão a terrível verdade ligada a Torke e aos seus
truculentos rituais antropofágicos que, como uma aura de morte, paira sobre uma
importante e antiga cave vinícola. É o que eu posso dizer, o resto é um
mistério.
ALP
– Conhece as cidades de Porto e Vila Nova de Gaia?
MD - Não! Infelizmente nunca tive o prazer de visitá-las, mas pelo que as
fotos me mostraram, são certamente cidades belíssimas.
ALP
- Que documentação utilizou para as retratar na BD?
MD - Eu recebi do óptimo Giovanni Eccher uma grande quantidade de imagens
realmente muito bonitas, escolhidas com o gosto formal de um realizador de um
filme, coisa que afinal ele é.
ALP
- Quais as maiores dificuldades que enfrentou para a desenhar?
MD - Uma dificuldade é a de tornar os lugares e itinerários reconhecíveis.
Nem sempre as fotos, por mais bonitas que sejam, mostram com clareza o que se
deve desenhar. Eu tenho uma certa dificuldade em realizar graficamente as
figuras fantásticas, por isso sou sempre muito crítico e hesitante, quando
tenho de as fazer.
ALP
- Que relação existe na história entre os produtores de vinho e os
extraterrestres?
MD - Mais que de extraterrestres, eu falaria de figuras evanescentes,
aparições fantasmagóricas. De todo modo, eu não posso responder a essa
pergunta, seria como revelar quem é o assassino num romance policial, não acha?
ALP
- Que outra cidade portuguesa gostaria de desenhar?
MD - Certamente Lisboa. Eu creio que ali há
muitos lugares interessantes para reproduzir. Eu sinto-me fascinado pelas
cidades cheias de história. Eu tive a oportunidade de visitar muitas delas no
meu distante passado de actor teatral andarilho e, naquelas ocasiões, eu
gostava de captar os melhores ângulos com papel e aquarela. Odeio desenhar as
cidades modernas: eu sou um verdadeiro dinossauro!
Esta
entrevista não teria sido possível sem a inestimável colaboração de José Carlos
Pereira Francisco, para o contacto com o autor e a Sergio Bonelli Editore, e de
Julio Schneider, para a tradução das questões e das respectivas respostas. A
ambos o meu muito obrigado.
04/03/2012
Selos & Quadradinhos (74)
Stamps & Comics /
Timbres & BD (74)
Tema/subject/sujet:
O Menino Triste
País/country/pays:
Portugal (selo personalizado – emissão de João Mascarenhas)
Data
de Emissão/Date of issue/date d'émission: 2008
Leituras relacionadas
2008,
João Mascarenhas,
O Menino Triste,
Portugal,
Selos e Quadradinhos
18/07/2011
O Western na BD portuguesa
Fernando Bento - O cavaleiro misterioso |
Júlio Resende - Arrepiado e Freitas cow-boys |
Por isso, dessa época, ficaram títulos que fizeram sonhar gerações de leitores: “Falsa Acusação”, “O Juramento de Dick Storm”, “Três balas”, “A vingança do jaguar” (todos de Vítor Péon), “O rei da Campina” (António Barata), “Falcão Negro, o filho de Jim West”, “Lobo Cinzento”, “O Grande Rifle Branco” (de E.T. Coelho), “O Vale da Morte” (Jayme Cortez), “O segredo das águas do rio” (José Garcês) ou “Os Cavaleiros do Vale Negro” (José Ruy).
ET Coelho Falcão Negro: Tempestade no Forte Benton |
Vítor Péon Tomahawk Tom - O Aventureiro |
Augusto Trigo - A sombra do Gavião |
José Pires - Will Shanon |
Nesta evocação do western, duas obras aos quadradinhos merecem uma referência à parte, uma vez que a sua acção se situa em Portugal.
Pedro Massano - Mataram-no duas vezes |
João Amaral - O fim da linha |
Agora, tantos anos depois de “O cavaleiro Misterioso”, se muitos cowboys “portugueses” ficaram por relembrar neste texto, a quem com eles viveu grandes aventuras em pradarias ensolaradas, desertos tórridos ou canyons profundos, defendendo belas mulheres, perseguindo bandidos ou fugindo dos índios, aconselha-se a (re)leitura dos quadradinhos que há décadas os fizeram sonhar, se bem que a maior parte deles não seja fácil de encontrar…
Nota: sendo esta abordagem obrigatoriamente breve - e por essa razão nela só foram referidos os desenhadores, sendo esta uma injustiça para os argumentistas que reconheço - a quem quiser aprofundar o tema aconselha-se a leitura de “O Western na BD portuguesa” e “Vítor Péon e o Western” (ambos editados pela Câmara Municipal de Moura, no âmbito do Salão de BD local, integrados no esforço louvável que esta autarquia tem feito no sentido de recuperar algum do património português aos quadradinhos), dois estudos profusamente ilustrados e da autoria de Jorge Magalhãdes, possivelmente o maior especialista português no género. E de onde foram retiradas, aliás, com a devida vénia, muitas das imagens que acompanham o presente texto.
Sobre o mesmo tema ler também:
- O Western da BD portuguesa: depoimentos de Jorge Magalhães e João Paulo Paiva Boléo
- O Western da BD portuguesa: depoimentos de José Ruy e João Amaral (dia 20 de Julho)
Galeria
António Barata - O Rei da Campina |
António Ruivo - Shannon |
Augusto Trigo Wakantanka: O bisonte negro |
Augusto Trigo Wakantanka: O povo serpente |
Caelos Botelho - aventuras do Cow-boy Jim Boy |
ET Coelho - O Grande Rifle Branco |
ET Coelho - Falcão Negro |
Jayme Cortez - O vale da morte |
José Garcês - O segredo das águas do rio |
José Ruy - os Cavaleiros do Vale Negro |
José Pires - Homens do Oeste |
José Pires - Irigo |
José Pires - Will Shanon |
Oskar Lobo Aventuras de "Tom Migas" e do seu cavalo "Caralinda" |
Pedro Massano - Mataram-no duas vezes |
Vítor Péon - A Vingança do Jaguar |
Vítor Péon - A Vingança do Jaguar |
Vítor Péon - O juramento de Dick Storm |
Vítor Péon - Três balas |
Vítor Péon - Jerry Colt: o bando da cidade perdida |
Vítor Péon - Tomahawk Tom |
Vítor Péon - esboço de Tomahawk Tom |
(Versão revista do texto publicado no Jornal de Notícias de 17 de Julho de 2011)
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Augusto Trigo,
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