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10/06/2019

O Falcão #976

Retalhar, esquartejar...




Entre os milhares de páginas publicados em centenas de números na revista O Falcão, cujo objectivo principal era proporcionar um entretenimento ligeiro aos seus leitores nas décadas de 1960 a 1980, é possível mesmo assim encontrar algumas histórias que mereciam algum relevo mas que possivelmente passaram despercebidas.
Se O Falcão #1015 ostentava (anonimamente!) uma aventura do Major Alvega desenhada por Hugo Pratt, no caso presente a história é de Eduardo Teixeira Coelho. Ou nem tanto assim…

09/06/2019

ETC Mestre da BD portuguesa

(informação disponibilizada pela organização; clicar nas imagens para as aproveitar em toda a sua extensão)

05/04/2019

20/09/2016

A Lei da Selva





Corria o ano de 1949 e O Mosquito estreava mais uma banda desenhada, aliás, uma história aos quadradinhos, de Eduardo Teixeira Coelho.
História surpreendente e inovadora, protagonizada (quase) exclusivamente por animais, que por razões diversas se tornou um dos grandes clássicos da BD portuguesa e que agora está disponível (em excelente edição) em álbum.

13/09/2016

Leitura Nova: A Lei da Selva








Manuel Caldas tem o orgulho de apresentar a reedição de um dos maiores clássicos da banda desenhada portuguesa – originalmente publicado em 1949 n’ “O Mosquito” – num volume brochado de 64 páginas, formato 23 x 32 cm.

23/01/2016

Leitura Nova: Os Doze de Inglaterra








Pela primeira vez, os admiradores do grande mestre Eduardo Teixeira Coelho vão poder apreciar na íntegra uma das obras mais belas que desenhou, Os Doze de Inglaterra. Trata-se, seguramente, de uma obra-prima da literatura de quadradinhos mundial.

18/07/2011

O Western na BD portuguesa

Fernando Bento - O cavaleiro misterioso
Há 70 anos, era publicado no Pim-Pam-Pum, “O cavaleiro Misterioso”, que alguns consideram o primeiro autêntico western português, pelo tom realista da sua narrativa, apesar do traço ainda semi-caricatural do seu autor, Fernando Bento.Não que antes, não tivesse havido outras incursões neste género, mas eram todas de carácter humorístico. Entre elas, João Paiva Boléo, estudioso da BD portuguesa, destaca “A grande fita americana” (ABC, 1920, de Cottinelli Telmo), “As estupendas façanhas do Cow-boy façanhudo” (ABC-zinho, 1926, de António Cristino) ou “Aventuras de Tom Migas e do seu cavalo Caralinda” (Senhor Doutor, 1934, de Oskar Pinto Lobo). A estes, Jorge Magalhães, possivelmente o maior especialista do género em Portugal, acrescenta “Aventuras do Cow-Boy Jim Boy” (ABC-zinho, 1927, de Carlos Botelho) e, já mais tarde, “Arrepiado e Freitas cow-boys” (Papagaio, 1942), uma das muitas incursões na BD do mestre Júlio Resende.
Júlio Resende - Arrepiado e Freitas cow-boys
O género teve grande importância entre nós nas décadas de 40 e 50 – acompanhando a relevância que também teve no cinema – para depois, aos poucos ir perdendo popularidade. Não surpreende por isso que os grandes títulos do jornalismo infanto-juvenil português – Papagaio, Mosquito, Diabrete, Camarada, Cavaleiro Andante, Mundo de Aventuras – e os grandes autores da época tenham dado (pelo menos) uma voltinha… a cavalo! Mesmo quando este género não tem “uma incidência muito grande no conjunto de bonecos que tenho feito”, como reconhece José Ruy.
Por isso, dessa época, ficaram títulos que fizeram sonhar gerações de leitores: “Falsa Acusação”, “O Juramento de Dick Storm”, “Três balas”, “A vingança do jaguar” (todos de Vítor Péon), “O rei da Campina” (António Barata), “Falcão Negro, o filho de Jim West”, “Lobo Cinzento”, “O Grande Rifle Branco” (de E.T. Coelho), “O Vale da Morte” (Jayme Cortez), “O segredo das águas do rio” (José Garcês) ou “Os Cavaleiros do Vale Negro” (José Ruy).
ET Coelho
Falcão Negro: Tempestade no Forte Benton
Dos autores citados, dois – Coelho e Péon - destacaram-se pela qualidade e quantidade da sua produção, sendo também responsáveis pelos dois maiores heróis regulares que os westerns portugueses nos legaram. Coelho desenhou Falcão Negro, protagonista de quatro aventuras, publicado também em Espanha e no Brasil.
Vítor Péon
Tomahawk Tom - O Aventureiro
Péon, deu vida a Tomahawk Tom, que viveu treze histórias, depois de saltar (literalmente) da prancha de Péon, em 1950, no Mundo de Aventuras. Com um visual marcante assente no poncho franjado, faca à cintura e mocassins índios nos pés, teve versão francesa com o nome invertido (Tom Tomahawk) e uma tentativa frustrada de venda ao King Features Syndicate, distribuidor das principais bandas desenhadas norte-americanas.
Augusto Trigo - A sombra do Gavião
Péon, depois de longo período emigrado em França e Inglaterra, após o 25 de Abril regressou a Portugal, tendo auto-editado um álbum – “O regresso de Tomahawk Tom” – e 3 números do “Vítor Péon Magazine”. Nessa mesma década de 70, o seu herói seria recuperado pelo Jornal do Cuto e o Mundo de Aventuras, sendo justamente consagrado em 2004 numa emissão filatélica dos CTT, dedicada aos “Heróis Portugueses da BD”.
José Pires - Will Shanon
Mais tarde, os anos 70 e 80 assistiram ao recrudescer do género, destacando-se então Augusto Trigo, com “A sombra do gavião” e “Wakantanka”, centrado na vida e crenças dos índios, e José Pires, com “Homens do Oeste”, “Will Shanon” ou “Irigo”, este último com sete aventuras publicadas no Tintin belga e holandês mas inéditas em português.
Nesta evocação do western, duas obras aos quadradinhos merecem uma referência à parte, uma vez que a sua acção se situa em Portugal.
Pedro Massano - Mataram-no duas vezes
A primeira é “A lei do trabuco e do punhal - Mataram-no duas vezes”, de Luís Avelar e Pedro Massano, primeiro (e único) tomo de uma biografia (incompleta) de João Brandão, uma espécie de Zé do Telhado que viveu nas Beiras, que Paiva Boléo considera “um western bem português”.
João Amaral - O fim da linha
O segundo, publicado originalmente na revista Selecções BD, é “O Fim da Linha”, “uma homenagem a O Comboio Apitou Três Vezes, de Fred Zinneman”, revela João Amaral, o seu autor, que acrescenta “que a acção se passa numa aldeia portuguesa, no último dia do ano 2000, mas em tudo é um western, apesar da época ser a actual”.
Agora, tantos anos depois de “O cavaleiro Misterioso”, se muitos cowboys “portugueses” ficaram por relembrar neste texto, a quem com eles viveu grandes aventuras em pradarias ensolaradas, desertos tórridos ou canyons profundos, defendendo belas mulheres, perseguindo bandidos ou fugindo dos índios, aconselha-se a (re)leitura dos quadradinhos que há décadas os fizeram sonhar, se bem que a maior parte deles não seja fácil de encontrar…
Nota: sendo esta abordagem obrigatoriamente breve - e por essa razão nela só foram referidos os desenhadores, sendo esta uma injustiça para os argumentistas que reconheço - a quem quiser aprofundar o tema aconselha-se a leitura de “O Western na BD portuguesa” e “Vítor Péon e o Western” (ambos editados pela Câmara Municipal de Moura, no âmbito do Salão de BD local, integrados no esforço louvável que esta autarquia tem feito no sentido de recuperar algum do património português aos quadradinhos), dois estudos profusamente ilustrados e da autoria de Jorge Magalhãdes, possivelmente o maior especialista português no género. E de onde foram retiradas, aliás, com a devida vénia, muitas das imagens que acompanham o presente texto.

Sobre o mesmo tema ler também:
- O Western da BD portuguesa: depoimentos de Jorge Magalhães e João Paulo Paiva Boléo
- O Western da BD portuguesa: depoimentos de José Ruy e João Amaral (dia 20 de Julho)

Galeria
António Barata - O Rei da Campina

António Ruivo - Shannon

Augusto Trigo
Wakantanka: O bisonte negro

Augusto Trigo
Wakantanka: O povo serpente


Caelos Botelho - aventuras do Cow-boy Jim Boy


ET Coelho - O Grande Rifle Branco

ET Coelho - Falcão Negro

Jayme Cortez - O vale da morte

José Garcês - O segredo das águas do rio

José Ruy - os Cavaleiros do Vale Negro

José Pires - Homens do Oeste

José Pires - Irigo

José Pires - Will Shanon

Oskar Lobo
Aventuras de "Tom Migas" e do seu cavalo "Caralinda"

Pedro Massano - Mataram-no duas vezes

Vítor Péon - A Vingança do Jaguar

Vítor Péon - A Vingança do Jaguar

Vítor Péon - O juramento de Dick Storm


Vítor Péon - Três balas

Vítor Péon - Jerry Colt: o bando da cidade perdida

Vítor Péon - Tomahawk Tom

Vítor Péon - esboço de Tomahawk Tom


(Versão revista do texto publicado no Jornal de Notícias de 17 de Julho de 2011)
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