Primeiras respostas, mais perguntas
A um bom ritmo narrativo - e de publicação: um álbum por semana, durante 4 semanas - a mini-série U-Boot neste segundo tomo começa já a dar as primeiras respostas - embora levante outras (tantas - ou mais) questões.
Por um lado, descobrimos a identidade - descobrimos até, duplamente (!), essa identidade - do sobrevivente do submarino nazi que atravessou o Atlântico em 1945, o que o movia e qual o seu objectivo. Por outro, ficamos a conhecer a ligação entre este passado - a viagem do U-Boot e os cartógrafos da Amazónia - com a Veneza futurista de 2059.
Mas, sob outro prisma, surgem outros palcos temporais, como Zurique, Nova Iorque ou Israel, entre 1956 e 1968 que, para já, mesmo esclarecendo alguns pontos, continuam a colocar mais interrogações.
De qualquer forma, o modo como a trama vai avançando e recuando - inclusive com as acções num mesmo local a não surgirem cronologicamente aos olhos do leitor - obrigam este a uma leitura mais atenta e, dessa forma, mais proveitosa no embrenhar na história concebida por Delitte, o que lhe permite fruir dela a um outro nível.
Graficamente, se engenhos e paisagens continuam mais credíveis e interessantes do que o tratamento dado aos seres humanos, muitas vezes com um deficiente acabamento ao nível dos rostos, o conjunto continua a funcionar bem.
Como se usava noutros tempos: (continua)
U-Boot
#2
Herr
Himmel
Jean-Yves
Delitte
ASA/Público
Portugal,
6
de Julho
de 2022
240
x 320 mm,
48
p.,
cor,
capa dura
10,90
€
(imagens disponibilizadas pela ASA; clicar nesta ligação para apreciar mais pranchas ou nas aqui reproduzidas para as aproveitar em toda a sua extensão)
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