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03/02/2022

Dylan Dog #1: A Despedida

Capas


Uma capa pode dizer tanto ou tão pouco - mas ser igualmente (des)interessante.
Esta reflexão, surgida a propósito dos dois últimos inquéritos de Dylan Dog que li - este e O número 200, que A Seita editou entre nós há pouco - pode não passar de uma verdade de La Palisse, mas a verdade é que a capa de um livro é a sua primeira porta de entrada e tanto pode seduzir o leitor como afastá-lo de imediato.
Independentemente disso, esta edição confirmou a genialidade permanente (ou quase) que sempre rodeia Dylan Dog.

21/12/2021

Dylan Dog: O número duzentos

Olhar para trás


Se é verdade que a maior parte das histórias de Dylan Dog - e de boa parte das das outras criações Bonelli - são auto-conclusivas e conhecer o passado da personagem não é necessário, com certeza muitos dos leitores (habituais) do Detective do Pesadelo já se interrogaram sobre as suas relações com Groucho ou com o inspector Bloch, sobre as origens da sua casa em Craven Road ou da interminável miniatura do galeão em que se empenha tanto, ou sobre o momento em que decidiu abandonar o consumo de álcool.
Para estes, esta é uma edição fundamental. Para os outros, é mais um belo caso policial - e humano.

17/05/2021

Dampyr & Dylan Dog: O Detective e o Caçador

Reunião de universos

Para quem lê banda desenhada regularmente - de forma aficionada, compulsivamente - há edições especiais que, mesmo podendo não ser substancialmente relevantes, marcam e permanecem na memória ao longo dos tempos, como uma lembrança agradável - algumas vezes correspondendo a sonhos tidos, outras inimaginadas. São os famosos crossovers, encontros de heróis e universos, geralmente compatíveis, outras tão díspares que a sua junção acaba por se revelar uma agradável surpresa.
Cabem neste (largo) intróito, os famosos emparelhamentos entre a Marvel e a DC - mais famosos ainda pela sua raridade -, a combinação pontual entre a ficção e a realidade -, os recentes encontros entre a Turmada Mônica ou os heróis Bonelli e os super-heróis da DC Comics, a chegada de Conan ao seio dos Vingadores (para relevar aqui um caso recentemente analisado) ou, para não me alongar demasiado e começar a abordar os livros de hoje, o acasalamento pontual entre os rostos mais importantes da Casa das Ideias italiana.

04/06/2019

Tex: Os predadores do deserto

No deserto como no oceano






Lançado pela Polvo no final de Abril último, para aproveitar a presença do seu desenhador, Bruno Brindisi, na 6.ª Mostra do Clube Tex Portugal, na Anadia, Os Predadores do Deserto tem uma particularidade que o liga à obra de um dos nomes maiores da banda desenhada, como podem descobrir a seguir, no texto que escrevi como introdução à edição portuguesa.

13/02/2013

Tex Especial Colorido #1

E chegou o dia











Mauro Boselli (argumento)
Bruno Brindisi (desenho)
Mythos Editora
(Brasil, Abril de 2012)
160 x 210 mm, 164 p., cor, brochada
R$ 18,90 / 9,50 €



Resumo
Convocado para receber uma herança. Kit Carson sofre uma emboscada. Dias depois, Tex recebe um telegrama anunciando a descoberta do cadáver do seu parceiro de muitos anos. Decidido a vingá-lo, parte em perseguição dos seus assassinos.

Desenvolvimento
A vitalidade de uma criação vê-se (também) pela capacidade de, sem se desvirtuar, evoluir e acompanhar os novos tempos. No conteúdo e na forma.
Esta nova colecção – Color Tex no original italiano – é um dos sinais de que o ranger – ao contrário do que Sergio Bonelli algumas vezes previu – ainda está para durar por muitos (mesmo que eventualmente não tão bons) anos.
Nascida como consequência do enorme êxito que foi, em Itália, a reedição colorida de todas as aventuras do ranger, esta nova colecção, de periodicidade anual, acrescenta ao é tradicional no ranger a cor que geralmente só aparecia nas edições centenárias.
A história – a primeira que Boselli escreveu mas cujo final não lhe agradava, só agora tendo encontrado uma melhor solução - surpreende pela sua temática base e também pelo longo intróito que decorre quando Kit e Tex eram (bem) mais novos.
Bem construída e desenhada, consegue surpreender o leitor mais do que uma vez e cumpre de forma competente o seu propósito.
Curiosamente, aquele que seria o seu grande trunfo – a cor – acaba por desiludir (o leitor habituado aos tons franco-belgas ou dos comics de super-heróis norte-americanos) pois é o mesmo colorido mecânico habitual nas edições Bonelli.
E é pena, porque uma colecção deste género, apenas anual, nascida de origem para ser colorida, poderia ter sido pretexto para deixar o desenhador – ou um colorista por ele aconselhado – trabalhar uma cor mais personalizada e mesmo consequente com o nível que o relato apresenta, o que permitiria, fazer dela não apenas uma curiosidade, mas também um marco capaz de conquistar leitores habituados a (outras) cores…
Desta forma, sinto-me obrigado a concordar com Sergio Bonelli, quando preferia “as páginas em branco e preto que destacavam a qualidade” do desenhador…

A reter
- Apesar das limitações apontadas, registe-se o aproximar às novas gerações, sinal da tal vitalidade apontada no início do texto.
- Quanto à edição da Mythos em si, há que louvar a opção pelo formato original italiano, que faz toda a diferença.

Menos conseguido
- A cor mecânica habitual; o desperdício de uma boa oportunidade para criar um Tex a cores de prestígio, capaz de ombrear, a seu modo, com os Tex Gigante…


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