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18/03/2022

Moonshine #4: Embarrilado

Predadores e presas


É uma das imutáveis leis da natureza: haverá sempre predadores e presas, mesmo que uns e/ou outros mudem de territórios.
Moonshine espelha isso, mesmo que a natureza seja pouco para aqui chamada. Deixando para trás a América rural profunda, Lou Pirlo e Tempest Holt estão agora na citadina Cleveland, mas nos bairros de lata ou nos bairros chiques, a sua natureza animal vem sempre ao de cima: a de predadores impiedosos e incontroláveis em busca das suas presas.

27/07/2021

Moonshine #3: Querer a Lua

Orientações




Nascido como história de gangsters no tempo da Lei Seca, Moonshine migrou definitivamente para relato fantástico em que magia negra, vudu e possessão marcam os avanços e recuos do relato.
É verdade que, pessoalmente, preferia o registo original, mas também não posso negar que estou rendido à opção plasmada por Azarello e Risso.

06/11/2019

Moonshine #2 Comboio do Tormento

Afinal continua… e bem!




Se quando li o primeiro volume de Moonshine: Sangue e Whisky, me convenci que era uma - boa! - história fechada, o saber que teria continuação deixou-me de pé atrás - tantas vezes desiludido por o sucesso de uma narrativa desencadear sequelas menores…
Não aconteceu desta vez - não se trata sequer de uma sequela, mas sim da continuação de um arco de história, agora fechado - e Azzarello e Risso saíram-se bem da empreitada.

09/01/2019

Moonshine #1: Sangue e Whisky

Temas de cabeceira


Não sei se é uma questão geracional ou advém da minha (de)formação enquanto leitor, e sinto que vai soar estranho e haverá certamente vozes discordantes, mas a verdade é que há temáticas de base, tradicionais, recorrentes - escolham o adjectivo que preferirem - que são meio caminho andando para uma banda desenhada me agradar. Como (n)este Moonshine.

20/09/2018

100 Balas: Primeiro disparo, última rodada

À prova de bala

100 Balas é um daqueles títulos emblemáticos da produção contemporânea (deixem-me escrever assim) norte-americana em quadradinhos.
Assenta num princípio simples: o protagonista de cada arco - foram diversos ao longos dos 100 comics que a série contou - recebe uma pistola não rastreável e uma mala com 100 balas, e a garantia de total imunidade, que pode utilizar para se vingar de alguém ou fazer justiça pelas suas próprias mãos.

08/03/2018

Torpedo 1972


Velho








Envelhecer é uma treta - e a questão da 'arte' outra treta, não controlamos (praticamente) nada. Envelhecer conscientemente pode ser assustador. Envelhecer é algo que nenhum de nós quer, mas que - no fundo - todos nós desejamos - porque a alternativa é ainda mais assustadora.
Torpedo envelheceu bem. Ou mal. Ou ambos. Torpedo envelheceu mau.

21/07/2017

Uma história verdadeira do Batman

Os títulos iludem




Apesar do Batman surgir no título, ele não é o protagonista; apesar de ele referir que esta é uma história real do Homem-Morcego, também não é verdade.
O título, neste caso, é como as aparências: ilude!
Quem não gosta de super-heróis não se deixe enganar e compre o livro. Vai valer a pena.

02/08/2016

Parque Chas



“Todas as cidades têm um bairro (...) onde desaparecem as regras da geometria euclidiana, a lei da gravidade, as mentiras da lógica e todas as outras muletas do pensamento.
Em Buenos Aires, essa área é o Parque Chas - procura-a no mapa, Robinson urbano, e não a encontrarás - ali, o possível separa-se do provável, juntam-se o antes e o agora, fantasia e realidade cruzam-se, numa esquina que amanhã, à luz do sol, terá outro nome...”
- Eduardo Barreiro

Parque Chas ilustra uma das formas de narrar em que muitos autores argentinos se especializaram: histórias curtas, que funcionam autonomamente, mas que, lidas em conjunto, revelam um todo maior do que as partes.

28/07/2016

Nas bancas: Parque Chas








Esta semana o volume 7 da colecção Novela Gráfica, Parque Chas, de Ricardo Barreiro e Eduardo Risso, a compilação da série originalmente publicada na revista Fierros por dois dos grandes nomes dos comics.

10/01/2016

Leitura Nova: Wolverine – Logan





Wolverine viaja até uma misteriosa montanha no Japão, para tentar conseguir fazer as pazes com os fantasmas de um terrível incidente do seu passado quase esquecido, um momento no tempo que o recriou, nas chamas do amor, da morte e da destruição. Mas se ele não tiver cuidado, esses fantasmas podem continuar a assombrá-lo para sempre...

08/01/2016

Wolverine: Origem I e II e Logan





Há segredos que existem para ser contados. Outros, deviam ser guardados para sempre. Alguns, só deviam ser contados em grande. Wolverine: Origem, corresponde – em parte… - a um destes últimos casos.

15/12/2015

Batman Noir: Eduardo Risso










Introdução
Este volume compila as três (únicas) histórias de Batman da autoria da dupla Brian Azzarello/Eduardo Risso: Cicatrizes (publicada em Batman: Gotham Knights #8), Cidade Destroçada (Batman #620-#625) e Noite da Vingança (Flashpoint: Batman – Knight of Vengeance #1-#3).
E fá-lo da melhor forma: a preto e branco.

03/12/2015

Comic Con 2015 – Brian Azzarello e Eduardo Risso

Um autor, um livro
Sugestão de leitura para conhecer a obra dos convidados da Comic Con Portugal, que terá lugar na Exponor, em Matosinhos, de 4 a 6 de Dezembro.

 
Brian Azzarello e Eduardo Risso são convidados da Comic Con Portugal

05/07/2011

Fulù

Les Intégrales
Carlos Trillo (argumentista)
Eduardo Risso (desenho)
Glénat (França, Maio de 2011)
180 x 243mm, 248 p., pb, cartonado
15,00€

Resumo
Publicado inicialmente em 5 tomos coloridos, entre 1989 e 1992, a saga de Fulù, uma negra raptada em África e vendida como escrava no Brasil, surge agora pela primeira vez em versão integral e a preto e branco, um registo em que Trillo e Risso dão cartas.

Desenvolvimento
Esta é uma longa história – longa de 5 anos em tempo real da acção, longa de 5 tomos “tradicionais” franco-belgas, longa de mais de 240 pranchas. A história de Fulù, uma jovem africana levada do seu país para ser escrava no Brasil e a sua longa luta pelo regresso à sua terra natal.
A história de uma jovem negra, bela e sensual, dona de estranhos poderes – mágicos, místicos – que aos poucos vai descobrindo, desenvolvendo e aprendendo a usar em proveito do seu sonho: regressar à terra que a viu nascer e – sabê-lo-á apenas mais tarde – ao seu prometido.
Ao longo desta saga, desta longo périplo pelo Brasil e pela América Central, por terra e por mar, como cativa e como fugitiva, conta com Nder Saba, o seu espírito protector, que a vai guardando e guiando.
Guiando-a até ao seu destino, apesar dos múltiplos obstáculos e problemas que tem que enfrentar e vencer.
Guardando-a da luxúria dos homens – pois ela está reservada para alguém especial – e do ódio das mulheres – invejosas por verem o que ela faz aos homens -, guardando do medo, do rancor, do despeito, da vingança daqueles com quem se vai cruzando, daqueles cujo destino vai alterando, dando-lhes por vezes o que desejam, outras mostrando-lhes o que lhes está destinado.
Esta é uma saga em crescendo – de dúvidas, de intensidade, de mistérios, de respostas também – que Trillo vai desenvolvendo, dando ao tom aventuroso inicial (também) um tom místico e fantástico que se vai sobrepondo aquele à medida que o relato avança, prendendo o leitor à medida que o surpreende, envolvendo-o em dúvidas e curiosidade – da mesma forma que Fulù usa os seus poderes (e o seu corpo) para “enfeitiçar”, “controlar”, “dispor” daqueles que a rodeiam ou que a sua aura atraiu.
Ao mesmo tempo, Trillo traça um fresco cru e violento da época da caça aos escravos, em que negros e brancos eram diferentes, uns objectos outros senhores, e de uma forma de vida no Brasil, nas Américas, também em África, enquanto mostra como a Humanidade evoluiu tão pouco naquilo que a move e faz avançar (?): ódio, cobiça, desejo, luxúria, vingança…
Para isso criou uma vasta galeria de personagens, algumas obedecendo aos estereótipos esperados, outras ricas e interessantes, bem para lá de convenções, que dão o seu contributo – tantas vezes único, original e inesperado, para o desenvolvimento do todo.
A arte de Risso, neste integral a preto e branco despojada das cores da edição original que em nada beneficiaram o desenho, surge na sua pureza, depurada, mais rica, mais intensa, em pranchas de claro contraste entre brancos límpidos e luminosos e negros profundos e sombrios, através dos quais traça personagens, cenários, adereços, tudo aquilo que serve para contar e fazer avançar a história.

A reter
- A forma como a arte de Risso se desenvolve ao longo da trama, soltando-se, (re)descobrindo-se, explodindo frequentemente em pranchas intensas e belíssimas!
- O crescendo do enredo de Trillo, com inflexões que surpreendem e prendem o leitor, mesmo que o ponto de chegada da narrativa seja algo díspar daquele em que ela se iniciou.
- A edição, magnifica e barata, ideal para descobrir o final de quem comprou os dois volumes editados em português.

Menos conseguido
- Alguns exageros caricaturais na caracterização – gráfica e psicológica – de algumas personagens…
- … em contraste com o facto de a maior parte delas fugir aos estereótipos que poderiam ser esperados, o que leva a lamentar o seu abandono, ou melhor a sua intervenção limitada, ao longo do relato

Em Portugal
Fulú foi uma das muitas séries iniciadas e nunca concluídas pela Meribèrica/Líber. Os dois primeiros tomos – O Sortilégio e A Dança dos Deuses - foram publicados em 1992 e 1994, respectivamente, a cores, nas variantes de capa brochada e capa cartonada e ainda hoje se encontram com alguma facilidade nas muitas feiras de saldos que actualmente se realizam um pouco por toda a parte.
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