14/02/2011

Homem-Aranha substitui Tocha Humana

Com as cinzas do Tocha Humana ainda quentes (!) – a sua morte aconteceu no final de Janeiro - a Marvel já tratou de lhe arranjar um substituto, tendo anunciado que o seu lugar no Quarteto Fantástico será ocupado pelo Homem-Aranha.
Isto acontecerá na estreia da revista FF (que será lançada a 23 de Março), na qual aquela sigla deixa de corresponder a Fantastic Four (Quarteto Fantástico) passando a designar a Future Foundation (Fundação Futuro), que terá por missão salvar o universo Marvel de grandes ameaças. Este título (que no seu número inaugural terá o dobro das páginas habituais e quatro capas diferentes, assinadas por Steve Epting, Daniel Acuña, Stan Goldberg e Marko Djurdjevic), vem substituir a revista Fantastic Four, que terminará este mês, no nº 588, com uma história que de alguma forma antecipa o futuro agora desvendado, numa conversa entre o Homem-Aranha e Franklin Richards, filho do Sr. Fantástico e da Mulher Invisível.
Na história inaugural de FF #1 escrita por Jonathan Hickman e desenhada por Steve Eptin, a entrada do Homem-Aranha no grupo fica também assinalada pela estreia de novos uniformes de cor branca, que substituem os tradicionais fatos azuis com o número 4.
Curiosamente, o Homem-Aranha tinha-se oferecido para integrar o Quarteto Fantástico logo nos seus primórdios, na revista “Amazing Spider-Man” #1 (1963), tendo na altura sido recusado.
Esta notícia surge ao mesmo tempo que chega às livrarias especia-lizadas portu-guesas a edição #587 de Fantastic Four, a tal em que o Tocha Humana perde a vida no decorrer de uma enorme batalha, que foi alvo de uma grande campanha de marketing desde Agosto de 2010, chegando às bancas envolta num saco plástico preto, para não ser possível saber antecipadamente qual dos super-heróis perderia a vida. Campanha que obteve os resultados pretendidos, quer mediaticamente, quer em volume de vendas pois a revista foi a mais vendida nos EUA no mês de Janeiro, ultrapassando os 115 mil exemplares e recolocando a Marvel no topo.
Sem aquela expressão, este número especial – que muitos consideram um bom investimento tendo em vista uma eventual futura valorização – teve um número de encomendas bem superior ao habitual também nas lojas especializadas portuguesas, como é o caso da Mundo Fantasma, no Porto.

(Texto publicado no Jornal de Notícias de 12 de Fevereiro de 2011)

13/02/2011

Selos & Quadradinhos (25)

Stamps & Comics / Timbres & BD (25)
Tema/subject/sujet: Snoopy
País/country/pays: Estados Unidos da América / United States / États Unis
Data de Emissão/Date of issue/date d'émission: 2001

Charles Schulz: 26-11-1922 – 12.02.2000

12/02/2011

Selos & Quadradinhos (24)

Stamps & Comics / Timbres & BD (24)
Tema/subject/sujet: O Snoopy nos correios / Snoopy in the mail / Snoopy dans la poste
País/country/pays: Portugal
Data de Emissão/Date of issue/date d'émission: 2006

Charles Schulz: 26-11-1922 – 12.02.2000

11/02/2011

Score the Goals

Droit aux Buts / Anota los Goles
United Nations Office on Sport for Development and Peace
(Janeiro de 2011)


Wilfried Lemke , o Conselheiro Especial do Secretário Geral das Nações Unidas (ONU) para o desporto ao serviço do desenvolvimento e da paz, apresentou no final de Janeiro uma banda desenhada que pretende sensibilizar para os Objectivos do Milénio para o Desenvolvimento (OMD), especialmente vocacionada para as crianças e adolescentes entre os 8 e os 12 anos.
A história de “Score the goals” começa com o naufrágio de um veleiro, a bordo do qual seguiam 10 futebolistas famosos, todos eles embaixadores das Nações Unidas, que iam participar num jogo amigável a favor da ONU. Trata-se de Luís Figo, Emmanuel Adebayor, Roberto Baggio, Michael Ballack, Iker Casillas, Didier Drogba, Raúl, Ronaldo, Patrick Vieira e Zinédine Zidane que, chegados a uma ilha deserta, terão que fazer face a uma série de situações novas e desconhecidas, auxiliando os restantes náufragos.
Dessa forma, ao longo do relato, vão sendo introduzidos e explicados de forma simples e directa os oito Objectivos do Milénio para o Desenvolvimento até 2015: erradicar a pobreza extrema e a fome, alcançar o ensino primário universal, promover a igualdade de género e autonomização da mulher, reduzir a mortalidade infantil, melhorar a saúde materna, combater o VIH/SIDA, a malária e outras doenças, garantir a sustentabilidade ambiental e criar uma parceria global para o desenvolvimento.
Iker Casillas, guarda-redes do Real Madrid, durante a apresentação declarou-se “muito honrado por participar nesta banda desenhada, pois é um meio ao mesmo tempo lúdico e pedagógico que permite sensibilizar as crianças do mundo inteiro para os OMD, ensinando valores como a tolerância, o respeito e o espírito de equipa. Como diz a BD: juntos podemos conseguir!”.
Lemke realçou que “ainda há poucas pessoas no mundo que conhecem os OMD, por isso é primordial chamar a atenção para eles, em especial junto dos mais jovens”.
Embora vá ter uma primeira edição impressa com uma tiragem de 10 mil exemplares que vão ser distribuídos pela ONU junto dos seus parceiros, a banda desenhada pode ser descarregada no formato pdf em inglês, francês e espanhol. Traduções noutras línguas, entre as quais o árabe, o chinês e o russo, serão disponibilizadas em breve.


(Texto publicado no Jornal de Notícias de 4 de Fevereiro de 2011)

10/02/2011

Os Amigos do Luca

#1 – Tim adora os seus amigos
#2 – Zeca está apaixonado

Stephan Valentin (argumento)
Laurent Houssin (desenho)
Sinais de Fogo (Portugal, Janeiro de 2011)
120 x 180 mm, 48 p., cor, cartonado, 9,00€


1. Em Portugal, apesar de considerada (ainda…) um produto infanto/juvenil, raramente a banda desenhada foi editada enquanto tal.
2. Por um lado, houve/há as chamadas “grandes” editoras de BD (Bertrand, Meribérica, ASA…); por outro, editoras que edita(va)m alguma BD, raramente com mais algum propósito para lá da busca do lucro (ilusório…) imediato.
3. Por isso, também, esta entrada da Sinais de Fogo na edição de histórias aos quadradinhos, merece referência e atenção.
4. Porque, integrada no seu selo “juvenil”, soube escolher uma série – Os Amigos do Luca - clara e correctamente vocacionada para o seu público-alvo, crianças e adolescentes na casa dos 8/12 anos (digo eu…).
5. Série que, tendo claramente um propósito didáctico/educativo, alia-lhe um grande sentido lúdico, surgindo aquele diluído em histórias bem narradas e desenhadas, equilibradas e divertidas.
6. Claro que, do simples ponto de vista narrativo da banda desenhada em si, o apêndice final (umas poucas pranchas, igualmente em BD) eram desnecessárias, mas elas tornam-se compreensíveis e fazem sentido como um resumo (será necessário?) que contextualiza e explica o relato.
7. Em “Tim adora os seus amigos”, a chegada à escola de um rapaz que vive num circo que está de visita à cidade, se por um lado desperta a atenção e potencia novas amizades, por outro faz (re)nascer ciúmes e dúvidas (em relação a/ao que é diferente), provocando segregação e comportamentos (ligeiramente…) racistas.
8. Já “Zeca está apaixonado”, aborda os amores juvenis, com toda a sua ilusão e ingenuidade, de uma forma simples e acessível, ajudando a desmistificar algo natural.
9. Em ambos os casos, destaca-se a forma como a abordagem é feita, integrada num quotidiano normal para qualquer adolescente da sociedade ocidental, o assinalável equilíbrio entre os propósitos que norteiam as obras e o humor que os atenua ficcionalmente, a utilização de uma linguagem acessível e própria da faixa etária em questão, a legibilidade do conjunto…
10. … e o traço de Houssin (bem mais do que simples “ilustrador”, como consta nos livros…), ágil, agradável, expressivo e dinâmico (efeito obtido também a partir da fluidez proporcionada pela “desproporcionalidade” dos corpos) que juntamente com a planificação diversificada e as cores vivas tornam o todo bastante atraente.
11. E se o formato, próximo do dos manga - que os seus leitores-alvo possivelmente consomem - é simpático, a rapidez com que as obras se lêem dada a sua dimensão pode fazer pensar nos nove euros (justificados pela cor e a encadernação – e, claro, pelo conteúdo em si) que cada livrinho custa…

09/02/2011

Zona Negra #2

Adelina Menaia, André Adonis, André Oliveira, Carla Rodrigues, Carlos Páscoa, Catarina Guerreiro, César Évora, Diana David, Diogo Campos, Fil, Gabriel Martins, JB Martins, João Figueiredo, João Raz, LLL, Locato Buscaglia, Manuel Alves, Miguel Gabriel, Miguel Santos, Pedro Carvalho, Ricardo Correia, Ricardo Reis, Rodolfo Buscaglia, Rui Alex, Sónia Brochado, Sónia Oliveira, Véte, Z! (argumento e/ou desenho)
Associação Tentáculo (Portugal, Novembro de 2010)
190 x 270 mm, 98 p., pb, brochada com badanas, 11,50 €


1. A simples existência de um projecto como o Zona já é para mim extremamente positivo.
2. Pelo espírito de iniciativa, pela continuidade (6 números em menos de 2 anos), pela sua qualidade média, por ser um espaço disponível para os jovens autores publicarem.
3. Esse é aliás o seu propósito base: “O projecto Zona, fundado em 2009, tem como objectivo principal o desenvolvimento e divulgação da banda desenhada e ilustração em Portugal. Encontra-se no entanto aberto a participações de outras áreas artísticas, tais como fotografia ou prosa, por exemplo.”
4. O que faz da sua principal qualidade (a abertura a todos) também a sua principal pecha. Porque – em minha opinião, vinco bem – algumas das obras publicadas não reúnem a qualidade mínima necessária para a dimensão que o projecto entretanto atingiu, em termos gráficos e de divulgação.
5. Tanto foi assim, que os seus responsáveis – Fil e André Oliveira – sentiram a necessidade de criar a Associação Tentáculo, para gerirem satisfatoriamente o projecto.
6. Por tudo isso, quase 2 anos e 6 números depois, penso que se imporá em breve a necessidade de uma escolha:
7. Manter o actual esquema, já testado e funcional, que assenta muito bem em números temáticos que ajudam a dar uma linha condutora a cada publicação e facilitam a sua associação a outro tipo de eventos, mesmo para lá da BD, e potenciam a sua divulgação…
8. … ou dar um passo em frente. O que significará, na prática, evoluir para uma publicação mais profissionalizada, eventualmente pagando aos autores publicados, de certeza tendo uma malha mais apertada na sua selecção (e eu sei por experiência própria do Comicarte, do Quadrado, da colecção Quadradinho…, os problemas que isso acarreta). Malha que agora não é tão evidente porque, se é verdade que alguns autores revelam já uma apreciável maturidade – gráfica e/ou narrativa – que justifica sem dúvida a publicação, outros teriam ainda muito caminho a percorrer antes de chegarem a um projecto como o Zona.
9. Ambas as escolhas são possíveis, ambas as escolhas são válidas.
10. A primeira, mais simples e já testada, manterá a Zona no rumo actual.
11. A segunda, sem qualquer dúvida, é mais arriscada e complicada: em termos organizativos, financeiros, na recolha de material com a qualidade mínima exigível, para mais num mercado (inexistente) como é o português…
12. Mas será, sem dúvida também, mais estimulante para quem ler a Zona e, acredito, para quem encabeça o projecto, podendo deixar marca e marcar realmente a diferença.
13. Qualquer que seja a opção, longa vida à Zona!
14. Longa vida que passa por ir lendo os números já publicados, (re)descobrindo, potenciais valores da banda desenhada nacional.

08/02/2011

L’Île aux Cent Mille Morts

Fabien Vehlmann (argumento)
Jason (desenho)
Glénat (França, 19 de Janeiro de 2011)
240 x 320 mm, 56 p., cor, cartonado, 15,00 €

Resumo
Há cinco anos, depois de partir à procura de um tesouro, após encontrar um mapa numa garrafa que deu à costa, o pai de Gweny nunca mais deu notícias.
Desde essa altura, ela deseja ir à sua procura, o que se torna possível no dia em que encontra nova garrafa na praia. Reúne uma equipagem de piratas, desejosos de se livrarem dela na primeira oportunidade, e parte em busca do lendário tesouro da Ilha dos Cem Mil Mortos.
Desconhece que as garrafas com mensagens não passam de uma artimanha para atrair curiosos à ilha onde funciona uma escola de carrascos…

Desenvolvimento
É assim que um relato que parecia ser uma história típica de piratas, com ilhas desertas, tesouros e traições a par da busca de um pai desaparecido por uma filha que “dourou” a sua imagem, resvala rapidamente para uma história negra e absurda, ao mesmo tempo que é cruel e melancólica.
Crueldade e melancolia que nem sequer o aparente final feliz (sê-lo-á mesmo?) consegue iludir, já que o cumprir de objectivos de Gweny resultam em desilusão e Tobias, o amigo e aliado que há-de encontrar no decorrer do relato, é um falhado, desiludido com a vida que leva e incapaz de a tentar mudar.
Por isso, também, realce na história para o humor, negro, por vezes muito negro, e para o absurdo que Vehlmann claramente se diverte a espalhar pelo argumento, por vezes em pequenos pormenores que, no entanto, fazem toda a diferença, pois surpreendem e dispõem bem o leitor, dispondo para seguir a leitura, mesmo que aquele ande a par de uma violência, menos gráfica do que mental mas incómoda, que, não sendo gratuita, também não conhece grandes limites. Deixo alguns exemplos: a emulação dos velhos de “Astérix na Córsega” que, comentando a acção, originam um flashback que tem por base a doença de Alzheimer! (página 4); o desentendimento entre a mãe (louca) e a filha (tão ou mais louca?) (p.5-6); a referência escatológica no diálogo de Gweny com o chefe dos piratas (p. 8); o estratagema daquela para conseguir um aliado no barco (p. 11); quase todas as “aulas” (de tortura e morte) na original “escola de carrascos”, etc., etc…
A par destes pormenores que elevam a qualidade e aumentam o interesse da narrativa, esta demonstra ainda uma grande legibilidade e uma boa cadência, pese embora a planificação tradicional de Jason, praticamente imutável no formato de 3 tiras de 3 vinhetas por prancha. O que é contrabalançado pela diversidade de pontos de vista utilizados, sem grandes audácias gráficas, sim, mas que ajudam a transmitir a sensação de movimento e “puxam” pelo leitor por páginas tornadas bastante agradáveis, devido ao uso de cores lisas cujos tons ajudam a definir os diferentes momentos e locais da acção.
Em jeito de conclusão, para que não haja ilusões: esta história deve ser lida como um (simples…) divertimento, bem conseguido, não tão ligeiro no entanto quanto (em especial o traço de Jason) pode aparentar, o que não lhe retira méritos nem ambições. Pelo contrário.

A reter
- Os pormenores negros e absurdos do relato.
- A forma divertida e inventiva como os (aparentes) pressupostos iniciais são completamente subvertidos.
- A legibilidade do conjunto.

Menos conseguido
- O olhar vazio e inexpressivo das personagens de Jason (uma das suas “marcas pessoais”), devido aos seus olhos serem completamente brancos.

Curiosidades
- A parceria entre Vehlmann, um dos argumentistas em crescendo no meio franco-belga, e o norueguês Jason, autor alternativo que é presença assídua no catálogo da Fantagraphics Books. - Esta é uma das obras que pode ser lida em entregas semanais, online, no site gratuito Comix 8.

07/02/2011

Leituras para Janeiro e Fevereiro

Títulos que já estão ou estarão em breve disponíveis nas livrarias portuguesas

ASA
YU-GI-OH! 1 – O Puzzle do Milénio
Kasuki Takahashi

Yugi, o personagem principal, mora com o seu avô que é dono de uma loja de jogos. Como é um miúdo pacato, tem poucos amigos e é constantemente perseguido na escola. Mas, quando encontra uma caixa com o Puzzle do Milénio, a sua vida muda radicalmente…



Dragon Ball #4 – O Torneio dos Melhores
Akira Toriyama

Continuam as eliminatórias no Torneio de Artes Marciais. Krillin e Yamcha são vencidos por Jackie Chun, (um participante desconhecido, que é nem mais nem menos que o Tartaruga Genial disfarçado). Goku vence o monstro Giran, o índio Nam e consegue chegar à final. Ficam frente a frente Goku e o seu mestre. Será que Goku vai descobrir a falsa identidade de Jackie Chun?

Dragon Ball #5 – A Temível Torre Músculo
Akira Toriyama

Continua a decorrer o Torneio de Artes Marciais para encontrar o grande vencedor. Após vários combates, a Lua aparece e Goku transforma-se, mas o seu mestre consegue ultrapassar o problema e vencer o Grande Torneio. Goku decide então ir à procura da bola de dragão que o seu avô lhe tinha deixado e acaba por ter de enfrentar o poderoso exército da Red Ribbon…

Armazém Central - Os Homens (tomo 3)
Tripp e Loisel

É uma história realista do quotidiano rural do Quebeque, passada nos primeiros anos do século passado. No fim do Inverno, os madeireiros regressam finalmente a Notre-Dame-des-Lacs e descobrem que Serge, um estranho para eles, é muito apreciado pelos habitantes que ficaram na aldeia. Como vão eles aceitar a “intromissão” deste homem que foi recolhido por Marie?

Sinais de Fogo
Tim adora os seus amigos
Stephan Valentin e Laurent Houssin

A chegada de um menino do circo à turma dos amigos vai criar a confusão no pequeno grupo. Rosinha deixa-se encantar pelo charme do novo colega e Tim fica cheio de ciúmes. Embora alguns fiquem fascinados com os seus truques, outros há que se mantêm desconfiados, como Tim, que tem medo de perder os amigos.
Através desta aventura de Luca e os Amigos, são abordados, de forma inteligente e muito divertida, temas como os do racismo e da amizade. Como aceitar a diferença sem manifestar receio do outro? Como fazer amizades? É Luca, o cão engraçado, quem vai ajudar as crianças a encontrarem soluções!

Zeca Está Apaixonado
Stephan Valentin e Laurent Houssin

Quando pensa na Sofia, Zeca vê uma luz brilhante e sente o aroma de chocolate e de bolos. Ela é a filha do padeiro e é uma doçura. Zeca quer estar sempre junto dela. Porém, quando os seus amigos se apercebem de que esta história de amor coloca os dois apaixonados em perigo, decidem protegê-los.
O mundo de uma criança muda com a descoberta de um primeiro amor. Ela aprende a experimentar verdadeiras emoções e a partilhá-las. Quando uma história de amor acaba, é certo que irá haver um coração partido. Os primeiros amores, a descoberta de emoções fortes, a dificuldade de falar disso: eis os temas abordados neste pequeno grande livro.

Libri Impressi
O Livro do Buraco
Peter Newell



(Resumos da responsabilidade das editoras)

06/02/2011

Selos & Quadradinhos (23)

Stamps & Comics / Timbres & BD (23)
Tema/subject/sujet: Centro Belga de Banda Desenhada / Belgian Centre for Comics Strip Art / Centre Belge de Bande Dessinée
País/country/pays: Singapura / Singapore / Singapour
Data de Emissão/Date of issue/date d'émission: 2005

05/02/2011

Selos & Quadradinhos (22)

Stamps & Comics / Timbres & BD (22)
Tema/subject/sujet: 200 anos do nascimento de Rudolphe Töpffer / 200 years of the birth of Rudolphe Töpffer / 200 ans de la naissance de Rudolphe Töpffer - Les Amours de M. Vieux Bois
País/country/pays: Suiça, Switzerland, Suisse
Data de Emissão/Date of issue/date d'émission: 1999

04/02/2011

Tif et Tondu

#2 – Sur la piste du crime
Les Intégrales Dupuis
Tillieux (argumento)
Will (desenho)
Dupuis (Bélgica, Setembro de 2007)
218 x 286 mm, 160 p., cor, cartonado, 19,95 €

Resumo
Segundo tomo da reedição integral temática de Tif et Tondu, reúne os primeiros álbuns que tiveram argumento de Maurice Tillieux, “L’ombre sans Corps” (1968/69), “Contre le Cobra” (1969/1970) e “Le Roc Maudit” (1970/71), respectivamente os 16º, 17º e 18º da cronologia da série, e também a história curta “À 33 pas du mystère” (1970).

Desenvolvimento
Entre as histórias do primeiro integral e estas transcorreram cerca de 15 anos e mais 10 álbuns, mas a verdade é que a grande diferença entre umas e outras é a mudança de argumentista.
Depois de Rosy ter tutelado os dois heróis, Tondu, o barbudo, e Tif, o calvo, levando-os para aventuras de tom cada vez mais fantástico, resolveu abandonar a banda desenhada, sendo substituído na escrita das histórias por Tillieux, autor – entre muitos outros – do notável Gil Jourdan.
E a mudança fez-se notar de imediato, com os heróis a voltarem aos relatos de carácter policial, com um pouco de mistério à mistura. Dessa forma fez crescer de novo o interesse (e a qualidade da série), sendo as três narrativas agora reunidas, excelentes exemplos do melhor que a revista Spirou publicou na época.
Assim, “L’Ombre sans corps”, leva Tif e Tondu até Londres, numa visita ao seu amigo inspector Ficshusset, da Scotland Yard, acabando envolvidos na descoberta de um misterioso ser, invisível e de força sobre-humana, votado a vingar-se em nome de um bandido morto por Ficshusset. Embora a explicação do fenómeno seja algo ingénua – se encarada à luz dos nossos dias – a verdade é que Tillieux mantém o leitor cheio de curiosidade ao longo de quase toda a história, doseando bem a acção e o mistério envolvidos.
Quanto a “Contre le Cobra”, marca a estreia da bela condessa Amélie d’Yeu, aliás Kiki, que será depois presença recorrente, transformando num trio o duo de protagonistas. Nesta primeira aparição, ela é o motor da acção, enquanto possuidora de um castelo, aparentemente assombrado, para o qual convida Tif e Tondu. As coisas precipitam-se e quando os heróis acordam estão a centenas de quilómetros do castelo, dentro de um carro que acaba de mergulhar no mar. Nesta história, ao contrário da anterior, a acção tem predominância sobre o suspense, mas o conjunto está bem imaginado.
Finalmente, “Le Roc Maudit”, apesar da forma algo forçada como o episódio inicial é encaixado na explicação final, é um belo exemplo de um policial passado em local fechado, no caso um farol isolado no meio do mar, onde as mortes se sucedem. Mais uma vez, Tillieux vai semeando as pistas ao longo do relato, permitindo ao leitor descobri-las – e interpretá-las – ao mesmo tempo que os heróis de papel.
Uma palavra final para o trabalho gráfico de Will, numa linha clara de traço arredondado, com destaque para a concepção das pranchas pela legibilidade e dinamismo que apresentam.

A reter
- Mais uma bela edição integral.
- O dossier inicial, profusamente ilustrado, que se debruça em especial sobre o trabalho de Tillieux na série.
- A qualidade das três histórias longas apresentadas.

Menos conseguido
- A obrigação de esperar pelo final desta reedição temática, para poder fazer uma leitura cronológica da série e perceber melhor a sua evolução.

Curiosidades
- Este volume reúne duas das quatro aventuras de Tif e Tondu publicadas em Portugal: “Contra o Cobra”, publicada pela primeira vez em 1979 na revista “Spirou” (2ª série) e depois no “Jornal da BD” (1984); “O Rochedo Maldito”, que ficou incompleta no “Jacaré” (1974) e na “Spirou” (2ª série), sendo finalmente publicada na íntegra no “Jornal da BD”.
- Antes disso, Tif e Tondu tinham feito a sua estreia no “Cavaleiro Andante” #540, de 5 de Maio de 1962, com “A Bomba” (informação do site BDNostalgia que não consegui confirmar na prática), tendo também passado pela “Spirou” (1ª série) em “A Matéria Verde” (1971), depois também republicada no “Jornal da BD” (1985).

03/02/2011

Quim e Manecas 1915-1918

Stuart Carvalhais (argumento e desenho)
João Paulo de Paiva Boléo (organização, introdução e glossário)
Tinta da China (Portugal, Dezembro de 2010)
245x305 mm,

232 p., cor, cartonado, 44,00€

Resumo
Na sequência da exposição que esteve patente no 21º Amadora BD 2010 e ainda integrada na comemoração dos 100 anos da República em Outubro último, foi editado este volume que reúne cerca de duas centenas de pranchas com as aventuras e traquinices de dois miúdos lisboetas, sem dúvida os primeiros verdadeiros heróis da BD nacional, que foram animados por Stuart Carvalhais entre 1915 e 1918, nas páginas d’O Século Cómico.
Da responsabilidade da Tinta-da-China, esta edição cartonada de grande formato, tem prefácio e coordenação de João Paulo Paiva Boléo, um dos maiores especialistas em BD portuguesa.

Desenvolvimento
Ler clássicos – para mais “tão” clássicos como Quim e Manecas – tem sempre um risco associado: sendo hoje a concepção da banda desenhada (bem) diferente da que existia à data da sua publicação – há quase um século…! – as marcas deixadas pelo tempo podem tornar (algo) penosa a leitura, desmotivando mesmo quem busque apenas uma fruição imediata e não a descoberta dos “antepassados” dos heróis que agora admira ou os primeiros passos da arte que combina texto e ilustração.
Serve este longo intróito, apenas, para dizer que esse não é o caso de Quim e Manecas que, tendo obviamente (algumas d)as marcas da época em que foram criados, mantêm uma frescura, uma legibilidade, um humor e um espírito que permitem uma leitura francamente agradável nos nossos dias.
Essa é, aliás, a razão para este texto só surgir agora aqui, em As Leituras do Pedro, pois este volume obrigou-me a uma leitura (e releituras) atenta(s) e compassada(s), com múltiplos avanços e recuos, para poder desfrutar dele o mais possível.
Por isso, também, o meu agradecimento ao João Paulo Paiva Boléo, pela selecção e organização do seu conteúdo, pelo glossário, que ajuda a situar na época e a compreender referências e alfinetadas, e pela magnífica e completa introdução, recheada de pequenas (e grandes) chamadas de atenção para pormenores (e “pormaiores).
Dito isto, entremos na banda desenhada propriamente dita, geralmente mais conhecida como a história de dois traquinas amantes de partidas ao próximo, mas que vai muito além disso. Porque se aquela faceta é a que predomina de início (sendo retomada a espaços), rapidamente Quim e Manecas – umas vezes irmãos, outras primos – se transformam em heróis, nacionais e internacionais, combatendo criminosos, participando na Primeira Guerra Mundial (com resultados espantosos!) contra os alemães. Para isso demonstram grande inventividade (criando engenhocas e máquinas espantosas), muita coragem, enorme sangue-frio mesmo nas situações mais delicadas e uma total falta de compaixão pelo inimigo, enxovalhado sempre que a oportunidade surge ou, quando necessário, reduzido a “trapos imundos, ossos, terra, cinza e nada”.
O que, na prática, (também) vem contrariar a ideia de que Quim e Manecas eram essencialmente uma banda desenhada infantil, pois este tipo de atitudes bem como uma amputação a sangue frio (!) feita por Manecas ao irmão a aprticipação na guerra em curso ou os trocadilhos em torno da gripe “hespanhola” e das “hespanholas” de carne e osso apropriavam-nas bem mais para adultos. O mesmo se passando, aliás, com os textos em que abundam referências a personalidades da época, críticas às políticas vigentes ou reparos ao estado do país em geral que, de certeza, passariam ao lado dos mais novos, numa colagem à actualidade que raramente a banda desenhada consegue, mesmo nos nossos dias.
O que, no entanto, não contradiz a ideia de que os mais novos poderiam desfrutar de igual modo das bandas desenhadas de Stuart cujo legibilidade e expressividade do traço, ritmo, dinâmica e modernidade continuam a espantar.
Isto é verdade em especial nas primeiras três dezenas de pranchas, cujo texto surgia integralmente em balões, numa altura em que estes eram quase uns ilustres desconhecidos. Depois, seriam substituídos por texto descritivo e alguns diálogos sob as vinhetas, o que retirou ritmo à leitura e dinâmica à composição das pranchas que mesmo assim, nalguns casos, funcionariam melhor sem qualquer texto escrito. É verdade que posso até concordar com J. P. P. Boléo quando escreve que, “literariamente” a obra ficou a ganhar e que estes textos são mais ricos e expressivos do que os iniciais, mas vendo Quim e Manecas sob o prisma deformador da minha actual cultura aos quadradinhos, assente em obras e autores que na altura nem sequer eram nascidos, não posso deixar de preferir a forma das primeiras peripécias dos dois miúdos lisboetas. O que só vem provar, mais uma vez, se tal fosse necessário, a modernidade da obra de Stuart.

A reter
- Se tenho elogiado diversas vezes neste blog algumas edições integrais, especialmente francófonas, é de toda a justiça fazer o mesmo em relação a esta edição da Tinta-da-China. Desde logo pela sua qualidade gráfica e editorial, com um único senão: a capa deveria ter mais consistência, pois tende a abaular ligeiramente com o tempo…
- Depois, claro, pela importância da obra recuperada, um clássico com quase 100 anos Legível, divertido, mordaz, moderno…
- …sobre o qual muito bem escreve (como é seu timbre…) João Paulo Paiva Boléo, no excelente ensaio que nos introduz às pranchas de Stuart.
- Falta algo para roçar a perfeição? À parte alguns pormenores de somenos importância, o anúncio de um segundo volume, com as restantes aventuras do Quim e do Manecas…!

Curiosidade
- Quim e Manecas foram escuteiros uma década antes de Totor, foram ao País dos Sovietes uma década antes de Tintin…

- Quim e Manecas protagonizaram um dos selos de correio da emissão filatélica "Heróis Portugueses de Banda Desenhada".

02/02/2011

As Melhores Leituras de Janeiro

Coeur de glace (Dargaud), de Marie Pommepuy (argumento) e Patrick Pion (desenho)

O Grupo do Leão (Museu do Chiado), de Rui Zink (argumento) e António Jorge Gonçalves (desenho)


O Oeste segundo Civitelli (Mythos Editora)


Onírica (Glénat Ediciones), de Beroy


Spaguetti - Intégrale #1 (Le Lombard), de René Goscinny (argumento) e Dino Attanasio (argumento e desenho)

Tintin – A Orelha Quebrada, A Ilha Negra, O Ceptro de Ottokar (ASA), de Hergé

Under Siege - Primeiro encontro (Seed Studios), de Filipe Pina (argumento) e Filipe Andrade (desenho)

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