09/06/2011

Leituras de Banca

Junho de 2011
Revistas periódicas de banda desenhada este mês disponíveis nas bancas portuguesas.
Deixo desde já alguns destaques: pela positiva, o regresso de J. Kendall, Mágico Vento e das Tiras Clássicas da Turma da Mônica, e, pela negativa, a ausência dos habituais títulos da Marvel, que no entanto regressarão em Julho.

Mythos
TEX 468 - A Sentinela do Passado
TEX COLEÇÃO 260 - Ninho de Serpentes
OS GRANDES CLÁSSICOS DE TEX 26 - Na Trilha de Laredo
TEX EDIÇÃO HISTÓRICA 78 - São Francisco
ZAGOR 117 - Justiceiro Implacável
ZAGOR EXTRA 81 - O Esquadrão de facínoras
ZAGOR ESPECIAL 29 - Uma Tribo em Perigo
MÁGICO VENTO 102
J. KENDALL, AVENTURAS DE UMA CRIMINÓLOGA 73 - A Teia se Fecha

Panini
Turma da Mónica
Almanaque da Magali #24
Almanaque do Chico Bento #24
Almanaque temático Mônica – Vampiros #16
Cascão #48
Cebolinha #48
Chico Bento #48
Magali #48
Mônica #48
Ronaldinho Gaúcho e Turma da Mônica #48
Tiras Clássicas da Turma da Mônica #6
Turma da Mônica – Clássicos do Cinema #23 – As Panterelas
Turma da Mónica – Saiba mais #39 – Aleijadinho
Turma da Mônica – Uma aventura no parque #48
Turma da Mônica Jovem #30
Turma da Mônica Jovem Revista Poster #1

DC Comics
Batman #96
Liga da Justiça #95
Superman #96
Universo DC #5

Marvel
Este mês não serão distribuídos os habituais títulos da Marvel.



Manga
Vampire Knight #3

08/06/2011

Theodore Poussin

L’intégrale #1
Dupuis Patrimoine
Frank Le Gall (argumento e desenho)
Yann (argumento)
Dupuis (Bélgica, Junho de 2010)
218x230 mm, 240 p., cor, cartonado, 24 €


Resumo
Primeiro tomo da reedição integral de Theodore Poussin, série estreada por Frank le Gall na revista Spirou, em Outubro de 1984, inclui os álbuns Capitaine Steene, Le Mangeur d’Archipels, Marie Vérité e Secrets, complementados por um pormenorizado dossier inicial que explica e situa cada um deles.


Desenvolvimento
Esta é uma história – ou várias, muitas histórias? - de encontros e desencontros, de mistérios (muitos) e descobertas (bastantes), uma história – ou várias, muitas histórias? – densa e com muitas pontas soltas. Que aos poucos vão sendo atadas.
É uma história – ou várias, muitas histórias? – de um tempo muito diferente daquele a que chamamos hoje, em que todos os sonhos se podiam realizar, todos os mistérios ser desvendados, todas as aventuras podiam ser vividas. No planeta Terra. Neste planeta Terra onde, há menos de 100 anos, ainda havia tanto por descobrir…
Uma história – ou várias, muitas histórias? – na senda das grandes aventuras narradas por grandes romancistas: Verne, Stevenson, London, Conrad…
Mas uma história – ou várias, muitas histórias? – também dourada (?), atenuada (?) pela poesia de Baudellaire.
Porque esta história – estas várias, muitas histórias? - têm com a literatura – com o romance, a aventura, o policial, a poesia… – múltiplos pontos de contacto, feitos de citações, de referências, de piscares de olho, de nomeação, directa e indirecta, de autores e personagens.
O seu protagonista – nunca o seu herói – é Theodore Poussin, alguém “a quem os sarilhos perseguem”, alguém que mais do que motor de acção é só, quase, simples observador, um ponto (ínfimo…) em redor do qual tudo acontece.
Ao seu lado – a sua sombra? – está Novembro, presença misteriosa (indesejada por Poussin), em simultâneo anjo da guarda e demónio tentador. Com eles - em torno deles - por causa deles - apesar deles? – cruzam-se aventureiros e piratas, colonizadores e colonizados, brancos e asiáticos, políticos corruptos e políticos viciados, belas mulheres, mulheres misteriosas… Numa história – ou várias, muitas histórias? – cuja cenário de acção é maioritariamente a Ásia – misteriosa, sedutora, perigosa – da Indochina, de Singapura, da China, os seus mares traiçoeiros, as suas terras recheadas de perigos, o exotismo, a cultura própria, o desconhecido.
Ao longo desta história – destas várias, muitas histórias? – assistimos ao crescimento de Poussin, à sua auto-(re)descoberta, passando de simples empregado de uma empresa de transportes marítimos a viajante, aventureiro, capitão de navios, resgatador de prisioneiros, salvador de mulheres, rebelde…
Com ele Le Gall, com o precioso contributo de Yann a partir do segundo tomo, desenvolveu uma belíssima banda desenhada, densa – já o escrevi, eu sei – complexa, que implica (re)leitura atenta e a capacidade de nos deixarmos cativar, apaixonar por Poussin, Novembro e os outros, reflexos – fortes e credíveis – de seres de um outro tempo, que já não existe mas que ainda podemos reviver.


A reter
- A bela edição deste integral da Dupuis. Mais uma.
- A força da história – das várias, muitas histórias?
- A consistência e qualidade do dossier inicial, em muitos momentos narrado na primeira pessoa por Le Gall.
- A possibilidade de apreciarmos o crescimento de Poussin em paralelo com o de Le Gall, tanto gráfica como narrativamente.


Curiosidade
- Theodore Poussin, aliás Teodoro Pintainho teve direito a ver a sua história de estreia – Capitão Steene – editado em português pela Meribérica/Líber, no já distante ano de 1988. Foi, infelizmente, uma das muitas séries que a editora deixou pelo caminho…

07/06/2011

Jayme Cortez


Intitula-se apenas Jayme Cortez e é um blog que tem por objectivo “tornar acessível ao maior número de pessoas a obra do Mestre Cortez”, escrevem na sua apresentação Jayme Cortez Filho e Fabio Moraes, responsáveis pela iniciativa. Em entrevista recente, este último revelou que “o blog faz parte de um projecto maior que é a publicação de um livro de arte que estou a escrever sobre a vida e, principalmente, a obra de Jayme Cortez, ainda sem data de lançamento”.
Jaime Cortez Martins nasceu em Lisboa, a 8 de Setembro de 1926. Depois de curtas investidas nas histórias aos quadradinhos no Pim-Pam-Pum!, suplemento de O Século, em 1941, estreou-se no Mosquito em 1943 com “Uma Estranha Aventura”. Naquele jornal infantil, que marcou uma época e várias gerações, publicaria mais uma mão cheia de bandas desenhadas, com incursões no fantástico, no western e na ficção-científica, entre as quais “Os 2 amigos na cidade dos monstros marinhos” e “Os Espíritos assassinos”. Comum a todas elas era o protagonismo entregue a miúdos – inspirados nos seus amigos do Bairro Alto –, o realismo do traço baseado em modelos vivos e o grande dinamismo das histórias cujo argumento também assinava.
Em 1947, partia para o Brasil, em busca de melhores oportunidades e do sonho da quadricromia. Para ultrapassar as dificuldades, Cortez foi jornalista, ilustrador, cartoonista, autor, professor e autor de livros sobre ilustração e histórias aos quadradinhos, director de Arte dos Estúdios Maurício de Sousa e fez parte da organização da “Primeira Exposição Internacional de Histórias em Quadrinhos”, que teve lugar em São Paulo, em 1951, e ficou como primeiro evento de género realizado em todo o mundo.
Tendo adoptado a nacionalidade brasileira em 1957, é considerado um dos grandes mestres dos quadradinhos do Brasil, onde, entre outras, criou “O retrato do mal” ou “Zodíaco”. Distinguido com o troféu Caran d’Ache, pelo Festival de Banda Desenhada e Cinema de Animação de Lucca (Itália), na categoria Uma vida dedicada à Banda Desenhada, Jayme Cortez viria a falecer a 4 de Julho de 1987, em São Paulo.
O blog, disponível desde há poucas semanas, é actualizado diariamente e destaca-se pela divulgação de documentos inéditos ou pouco conhecidos, que podem ser divididos em dois grandes grupos. Por um lado, os que estão relacionados com a sua vida pessoal: fotos de várias épocas, em que se destacam aquelas em que surge com autores de renome mundial como Stan Lee ou Maurício de Sousa, ficheiros de áudio ou vídeo com entrevistas.
A par deles, uma vez que o blog pretende ser essen-cialmente visual, com os textos reduzido ao mínimo indispensável, surgem as reproduções de aspectos diversos da sua obra multifacetada, dividida entre a banda desenhada, a ilustração, a publicidade, a televisão e o cinema. Em muitos casos – capas de livros, ilustrações, desenhos publicitários, pranchas de BD - são mostradas as várias fases do seu labor criativo, desde os primeiros estudos até ao desenho definitivo e posterior aplicação da cor. São igualmente referidas algumas curiosidades, como o facto de ter sido Cortez a desenhar a capa do nº 1 da revista de Bidu, um dos primeiros heróis de Maurício de Sousa.
Os autores do blog, que o actualizam diariamente, solicitam a colaboração de todos os que possuam documentos ou publicações relacionados com Cortez, pois a intenção é que ele se transforme se num autêntico museu virtual.




(Versão revista do texto publicado no Jornal de Notícias de 26 de Maio de 2011)

06/06/2011

Um lugar nos olhos

Luís Miguel Gaspar (argumento e desenho)
João Paulo Cotrim (introdução)
Ao Norte (Portugal, Maio de 2011)
150 x 210 mm, 40 p., cor, brochado com badanas


Resumo
Catálogo da exposição com o mesmo título, promovida no âmbito dos XI Encontros de Viana – Cinema e Vídeo, entre 2 e 9 de Maio de 2011, inclui diversas bandas desenhadas que têm por base obras ou poemas de autores literários como Vitorino Nemésio, Alexandre O’Neil, Aquilino Ribeiro, Sophia de Mello Breyner, Ruy Belo, Raúl Brandão, Almada Negreiros ou Fernando Pessoa, originalmente publicadas (quase todas na década de 1990) nas revistas Ler e Viva Voz.


Desenvolvimento
Um lugar nos olhos. Ou os olhos em muitos lugares. Nos lugares (portugueses…) que os textos, os poemas evocam, dos Açores ao Continente, do Norte ao Sul, da montanha à planície, do campo à cidade.
Lugares que (re)conhecemos, lugares que (re)descobrimos no traço fotográfico, hiper-realista, sensível e rugoso, de texturas que impressionam pela sensação de real, pelas cores belíssimas, intensas, os brilhos, as sombras…
Pormenores ou vistas de conjunto, que obrigam a demorar os olhos na apreciação, a apreciar as palavras que ecoam na mente enquanto os olhos – os nossos olhos – nos arrastam pela memória – nossa ou dos outros – e (nos) descobrem novos rumos, novos lugares.
Se é banda desenhada (e são vários os exemplos de dinâmica entre vinhetas, de movimento e deslocação) ou só ilustração de poema, dividida em quadros isolados (ou talvez nem tanto…) é uma discussão vazia e sem interesse, secundária perante a necessidade de olhar, de sentir, quase apalpar, cheirar os lugares onde o olhar de Luis Miguel Gaspar pousou.
Para nosso deleite.

05/06/2011

Selos & Quadradinhos (49)

Stamps & Comics / Timbres & BD (49)
Tema/subject/sujet: Las Aventuras del Capitan Alatriste
País/country/pays: Espanha / Spain / Espagne
Data de Emissão/Date of issue/date d'émission: 2002

04/06/2011

VII Festival de BD de Beja (III)

Foto de Jorge Machado Dias
O VII Festival Internacional de BD de Beja, que está a decorrer naquela cidade alentejana até 12 de Junho, para além da qualidade das suas exposições e da presença de alguns nomes sonantes dos quadradinhos – Jacques de Loustal, Ivo Milazzo, Aleksandar Zograf… - afirma-se cada vez mais como montra por excelência da banda desenhada portuguesa. Não só porque lhe dedica 11 das 17 exposições patentes, mas também porque tem sido escolhido pelos editores independentes para aí lançarem as suas novidades editorais. Este ano não foi excepção, com a apresentação de oito novos títulos.
Se formatos e conteúdos são díspares, de comum a todos é a assinatura portuguesa, as tiragens geralmente baixas e a opção pela distribuição em eventos do género, algumas lojas especializadas e a venda mão a mão, como forma de contornar os altos custos associados à distribuição.
Entre as novidades agora apresentadas, destaca-se “Li Moonface” (pedranocharco), uma novela gráfica de Fernando Relvas, um autor que marcou a BD nacional nos anos 80 e 90 do século passado, nas páginas da revista Tintin e do semanário Se7e. A mesma editora publicou também o 27º número do “BDJornal” que, a par de crítica e actualidade, inclui uma longa entrevista com Relvas e diversas bandas desenhadas.
As edições colectivas marcaram também presença em Beja com o lançamento da “Zona Gráfica” #2 (oitavo volume lançado pela Associação Tentáculo em menos de dois anos), “Venham +5” #8 (da Bedeteca de Beja, que engloba maioritariamente trabalhos dos membros do atelier Toupeira que funciona na cidade durante todo o ano) e “Futuro Primitivo” (da Chili com Carne). Quanto à El Pep regressou à edição com três títulos: “Mocifão: Dia a dia, com azia!”, de Nuno Duarte, “Cidade suja”, de Pepedelrey e “Sketchbook”, de Pedro Poitier.
São propostas diversas que mostram a actual vitalidade da BD nacional, embora à margem das principais editoras.
Quanto ao festival propriamente dito, tem no seu programa para este fim-de-semana, uma “Maratona de 12 horas a desenhar ao vivo”, entre as 14h de hoje e as 2h de amanhã, domingo, dia em que está prevista, para as 21h30, a exibição do filme “O enigma do portal – thru the Moebius strip”.

03/06/2011

O Lince Ibérico

A sua história em Portugal
Bruno Pinto (argumento)
José Garcês (ideia original e desenho)
Liga para a Protecção da Natureza (Portugal, Maio de 2011)
210 x 300 mm, 28 p., cor, brochada com agrafos


Este livro vai ser apresentado hoje, em Moura, na Adega da Mantana, pelas 15h30. Às 16h15, no Espaço Inovinter, terá lugar a inauguração de uma exposição com a capa e todas as pranchas que constituem o álbum e uma sessão de autógrafos com os autores, Bruno Pinto e José Garcês.
Segundo a organização, “a exposição e o lançamento do álbum chegaram a estar programados para o Moura BD mas, por acordo entre as entidades intervenientes no projecto, acabaram por ser adiados para a data agora anunciada”.
A exposição decorrerá até 12 de Junho, das 09h30 às 12h30 e das 14h às 17h30.
Para a realização desta obra, José Garcês trabalhou a partir de fotografias e vídeos sobre o lince ibérico, baseando-se também na sua larga experiência de desenho de animais a partir de modelos vivos e de bandas desenhadas animalistas, pelo que não surpreende que as pranchas que mais se destacam sejam aquelas que têm o lince como protagonista.
Assente no seu traço realista, rigosoro e personalizado, e tendo como ponto de partida uma sessão de esclarecimento, “Lince Ibérico: a sua história em Portugal”,  traça, com recurso a sucessivos flashbacks, o percurso do lince ibérico em Portugal (e a espaços também em Espanha), desde a Idade Média até aos nossos dias. O resultado final é uma obra com evidente teor pedagógico, mas de leitura fluida e acessível, que explica as razões porque o lince está hoje em risco de extinção e as iniciativas em curso para tentar evitar que isso aconteça.


A propósito da iniciativa, e para enquadrar esta edição no âmbito do Projecto Life Habitat Lince Abutre, coloquei três questões a Filipa Loureiro, da Liga para a Protecção da Natureza:


As Leituras do Pedro - Como nasceu este projecto?
Filipa Loureiro (LPN) - O lince-ibérico (Lynx pardinus) é um animal endémico da península ibérica, cuja distribuição foi já em tempos generalizada por todo Portugal e Espanha. No entanto, devido à fragmentação e perda do seu habitat natural e ao declínio das populações da sua principal presa, o coelho-bravo, este felino tornou-se muito ameaçado. No final dos anos 70, as populações de lince-ibérico encontravam-se já bastante reduzidas, sendo já óbvio o seu declínio. Por esta altura, a LPN - Liga para a Protecção da Natureza abraçou esta causa e iniciou o seu trabalho na conservação do Lince-ibérico, lançando junto com outras entidades uma campanha Nacional, por muitos de nós ainda hoje recordada, “Salvemos o Lince e a Serra da Malcata”. Em 2004, em parceria com a FFI (Fauna and Flora International), a LPN deu início ao Programa Lince, cujo principal objectivo é assegurar a conservação e a gestão a longo prazo de áreas com habitat Mediterrânico adequado ao lince-ibérico em Portugal.
Tendo em conta todo este historial, há algum tempo atrás, o célebre ilustrador José Garcês contactou a LPN com o intuito de realizar uma banda desenhada sobre o Lince ibérico. A sua ideia original foi então trabalhada pelo biólogo Bruno Pinto, que escreveu o argumento e foi conseguido financiamento (Projecto LIFE-Natureza, Habitat Lince Abutre, co-financiado a 75% pela Comissão Europeia) para a sua realização. Agora, lança-se assim a banda desenhada “O lince-ibérico: a sua história em Portugal”.
ALP – Qual o seu objectivo?
FL - O principal objectivo desta BD é a divulgação e sensibilização para a conservação do lince-ibérico de um público-alvo maioritariamente constituído por jovens adolescentes e adultos. No âmbito do Projecto LIFE Habitat Lince Abutre serão distribuídos exemplares pelos alunos das escolas das regiões da área de intervenção do Projecto (parte do Alentejo e Algarve) bem como pelas bibliotecas destas áreas.


ALP – Qual a situação actual de Lince-Ibérico?
FL - Actual-mente, existem apenas cerca de duas centenas de indivíduos na Natureza, estando estes maioritariamente distribuídos em duas populações localizadas na Andaluzia, em Espanha (na Serra Morena e na região de Doñana), as únicas onde está comprovada a sua reprodução.
Em 2008 foi aprovado o Plano de Acção para a Conservação do Lince-Ibérico em Portugal, uma importante ferramenta legal do estado português para preservação desta espécie.
No nosso país, para além de continuarem a existir relatos que indiciam a presença deste felino de forma ocasional em algumas regiões, foi detectado por telemetria em 2010, um animal proveniente de Espanha. No entanto, actualmente não é conhecida em território nacional nenhuma população. Ainda assim, é importante referir que existem no nosso país diversas áreas com habitat de elevada qualidade, que são importantes manter, e que se forem alvo de medidas de gestão apropriadas, poderão contribuir para a recuperação da espécie a médio/longo prazo. É precisamente este o trabalho do Programa Lince e do seu novo Projecto LIFE Habitat Lince Abutre.

02/06/2011

Astérix

Site em português
Desde ontem, o site oficial de Astérix passa a contar com mais uma língua, o português, que se junta assim aos outros idomas que já estavam disponíveis: francês, alemão, espanhol, inglês e holandês.
A novidade serviu para assinalar o Dia Mundial da Criança – pois o pequeno guerreiro gaulês continua a ser garantia de divertimento e boas gargalhadas também para os mais novos – e é mais uma das manifestações da comemoração dos 50 anos de publicação em Portugal do herói criado por René Goscinny e Albert Uderzo.
O desejo “de ter, no site oficial Astérix, a informação em português, acompa-nhou-me durante algum tempo”, refere Maria José Pereira, responsável do departamento de BD das Edições ASA, que editam o herói no nosso país. E acrescenta, “a fase mais gratificante de trabalhar a BD e um personagem como Astérix, é mesmo a fase de execução. Embora seja a fase mais  “dolorosa” (porque, por Tutatis,  às vezes as ideias não ocorrem ao ritmo que desejamos e o trabalho não flui com a graciosidade que ambicionamos) é também a fase que, por ter uma componente criativa, se torna para mim a mais agradável”.
Agora, a visita virtual em português permite recordar de forma simples e acessível o percurso do herói gaulês através do “arquivo secreto” de Albert Uderzo e das informações detalhadas (resumo, protagonistas, datas da primeira publicação em revista e em álbum, adaptações em animação ou filme, título nos diversos idiomas, etc.) sobre cada um dos 34 livros existentes. E, a título de curiosidade, refira-se que as aventuras de Astérix, Obélix, Ideiafix, Panoramix e dos outros gauleses que são o terror dos romanos no distante ano de 50 a.C., estão traduzidas em 107 línguas e idiomas (entre as quais o português e o mirandês), num total de quase 1500 edições diferentes!
O site tem também jogos, que permitem passar algumas horas no universo do herói, testando os conhecimentos do internauta sobre Astérix – “Convido-os a testar o Geoteste da Antiguidade. Então? Quantos pontos fizeram?” desafia Mª José - uma enciclopédia e um museu virtual com muitos dos produtos derivados - figuras, selos de correio, calendários, jogos, dentífricos, etc. – que a série inspirou. Tudo motivos suficientes, na opinião de Mª José Pereira, para cada um “reencontrar neste site a mágica poção presente em todas as aventuras de Astérix: o inconfundível aroma dos ingredientes que conduzem de regresso à infância”.
Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...