05/02/2015

Benoît Brisefer: Les Taxis Rouges











Criação de Peyo –o mesmo dos Schtroumpfs, sim – em 1960,  super-herói antes do tempo deles, sem mesmo se pensar tal, Benoît Brisefer – a quem a União Gráfica rebaptizou entre nós como Kim Kebranoz em 1962 - é um dos mais recentes heróis de BD franco-belga a chegar ao cinema.


Miúdo de 6, 7 anos, habitante de Vivejoir-la-Grande, Brisefer tem super-força, super-velocidade, super-resistência e uma invulgar capacidade de saltar. E, como todos os bons super-heróis norte-americanos – a quem de alguma forma parodiava? – um ponto fraco: perde todos os poderes quando… se constipa.
A aventura de estreia, exactamente este Les Taxis Rouges, apresentava-o aos leitores –das páginas da revista Spirou – e punha-o frente a um gang que utilizava táxis vermelhos como cobertura para os seus negócios ilegais.
Calmo, com boas maneiras, educado e sempre ao lado dos mais fracos, Brisefer, numa história escrita ao sabor da aventura, com conseguidos e desconcertantes toques de humor, vai enfrentar o bando, ser enviado numa longa viagem de paquete, passar por uma ilha deserta e voltar num bote de borracha ainda a tempo de esclarecer todo o imbróglio e de contribuir para a prisão dos delinquentes.
Como curiosidade, assinale-se ainda uma breve passagem por Portugal, no decorrer da história, o que talvez tenha contribuído (?) para que boa parte das cenas do filme que estreou em França no final do ano passado, tenham tido lugar em Lisboa. Esta edição, aliás lançada para acompanhar a película, traz um caderno final de uma dezena de páginas sobre a sua rodagem.
Série com grande potencial – mais uma das que Peyo teve que abandonar devido ao enorme sucesso dos Schtroumpfs – conta neste álbum de estreia com argumento e desenho do criador dos anõezinhos azuis, que tem a ajuda de Will nos cenários.
Ao longo dos anos – até 2004, pelo menos – Brisefer protagonizaria mais de uma dúzia de álbuns, com os autores a sucederem-se ao seu leme.
Portugal, teve direito às duas primeiras histórias – Os Táxis Vermelhos (1962) e Dona Elvira (1967) – em edições da União Gráfica, hoje em dia difíceis de encontrar.

Benoît Brisefer: Les Táxis Rouges
Peyo (argumento e desenho)
Will (cenários)
Le Lombard
Bélgica, Dezembro de 2014
222 x 295 mm, 72 p, cor, cartonado
EAN 9782803634613
10,60 €

4 comentários:

  1. Anónimo5/2/15 17:10

    A "Dona Elvira" também foi publicada na revista "Jacaré" e mais algumas histórias na "Nau Catrineta" e no !Pisca-Pisca".

    http://bedetecaportugal.weebly.com/benoit-brisefer.html

    Ainda há muito por publicar do Peyo em Portugal (talvez tenhamos uma agradável surpresa depois do XIII, aproveitando a onda do filme do Benoît Brisefer?).

    GP

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Sim, ainda há muito Peyo por publicar - ou por voltara publicar pois há séries, como esta ou Johan et Pirluit, que há muito não podem ser lidas em português...
      Se será uma das próximas propostas, ainda é cedo para dizer...

      Boas leituras!

      Eliminar
  2. Anónimo5/2/15 20:43

    Sr. Pedro Cleto acha possivél vir a serem publicadas as bandas desenhadas dos Schtroumpfs em português. Depois dos filmes, dos desenhos animados passarem na tv da edição em dvd a estar a ser lançada neste momento já era tempo. Obriagado. (JOPAC)

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Caro JOPAC,
      Possível é com certeza, e seria, acredito eu, uma boa aposta, até porque os últimos álbuns dos Schtroumpfs lançados em português já têm cerca de 20 anos.
      Há que aguardar para ver se alguma editora editora aposta neles...

      Boas leituras!

      Eliminar

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...