(texto disponibilizado pela editora)
Histórias do Bairro, a novela gráfica desta semana.
Prémio do Comic Cidade de Palma 2010 é considerada por mais
de 40 especialistas colaboradores do jornal El País como uma das 25 jóias do
comic espanhol do século XXI. “…uma obra corajosa…sobre a vida, as
frustrações, as expectativas, o conhecimento do mundo e ao mesmo tempo o
desconhecimento do mesmo. Em definitivo, um livro com uma potência narrativa e
visual que faz dele uma das grandes obras de autores espanhóis publicadas
durante a presente década”, El País 29 de Julho 2017
Contada em primeira mão pelo seu autor, Gabi Beltrán,
desenhador e ilustrador com trabalhos publicados no El País e nas publicações
americanas Veer, Plansponsor e Portland Monthly Magazine, Gabi assume em Histórias
do Bairro o papel de narrador, é ele o protagonista que passou boa parte
da sua adolescência no barrio chino de Palma de Maiorca nos anos 80
do século passado. Um bairro afectado pela prostituição, o desemprego e a
heroína. O refúgio ou a forma de enfrentar esta situação levaram Gabi Beltrán a
fazer parte de gangues de jovens que canalizavam o seu desconforto através do
uso de drogas, roubos e violência. Mas o adolescente rebelde tinha a paixão da
BD e refugia-se na literatura e no desenho. Como ele próprio afirma numa
entrevista: “A banda desenhada salvou-me a vida”.
Bartolomé Seguí é também desenhador das Ilhas Baleares,
criou muita da sua obra para o mercado franco-belga em 2009 recebeu o
Prémio Nacional do Comic e mostra em todas as suas obras versatilidade para se
adaptar às histórias que ilustra.
Com prefácio de Rui Cartaxo, e incluindo também o prefácio
original à edição espanhola de Óscar Palmer, com 312 páginas e o formato de
170x240mm, Histórias do Bairro EDIÇÃO INTEGRAL é uma história de
rebelião contra uma vida predestinada à marginalidade e uma busca em
contracorrente para encontrar um lugar melhor no mundo através da leitura e da
amizade.
“Uma dessas jóias que só se encontram de vez em quando. O
leitor emerge da última página um pouco mais sábio e talvez melhor do que ao
iniciar-se no relato. Certamente, o leitor sai emocionado.” Enric
González, El Mundo
(imagens disponibilizadas pela editora; clicar nelas para as
apreciar em toda a sua extensão)
Algumas considerações sobre este livro. Confesso que desconhecia a obra de Gabi Beltran e Bartolomé Seguí e por isso foi uma agradável supresa esta história sobre a insularidade, famílias e meios disfuncionais. O traço adapta-se particularmente bem à história e o ritmo mantém-se fluído. Uma excelente escolha dos editores. Em relação à produção noto cores menos saturadas e sombras e meios tons bastante mais carregados do que vi em imagens das edições originais (ver no site da Astiberri…). Será o papel, descuido na impressão, mal acompanhamento do processo de impressão? Os editores saberão melhor que ninguém a razão…. Continua a dizer que a coleção merecia melhor papel e produção gráfica, isto mesmo considerando o preço bastante simpático a que é posto à venda (especialmente em comparação com a edição espanhola - € 28…
ResponderEliminarJá foram públicos os problemas de edição desta coleção. Isso levou por exemplo a que os Livros da Magia tenham sido retirados à equipa usual em favor de uma equipa renovada, de forma a não acicatar o confronto com a DC. Já o livro do Prado tinha saído com as cores danificadas. Veremos que ilações tirará a Levoir deste novo deslize...
EliminarOs Livros da Magia foram produzidos exactamente pela mesma equipa que todos os outros livros desta colecção. Aliás, basta ler os créditos na página 2 e comparar com outros volumes da colecção para perceber isso. Duh.
EliminarTradução de Cláudia Pinto e Legendagem de Andreia Lopes, nomes nunca antes envolvidos em àlbuns da DC. Basta consultar os créditos, duh... Pena que não tenham evitado mais um erro, a repetição do número três na contagem de capítulos. Mas, pronto mais um buraco que a revisão inexistente deveria ter corrigido. Já todos percebemos a ideia...
EliminarA Cláudia Pinto traduziu muitas coisas do Sandman (boa parte dos vols. 6 e 8, se não me engano), bem como livros para outros projectos que gerimos (G.Floy), e a Andreia Lopes tem trabalhado noutros livros da nossa equipa que não são da DC. Contrariamente ao que possa achar, não existem pessoas "fixas" por projecto; como muitas vezes estamos a trabalhar em múltiplos livros ao mesmo tempo (Levoir, G.Floy, Salvat, etc...) são as pessoas que estão naquele momento disponíveis que legendam, fazem o grafismo, etc... Nas traduções tentamos adequar as pessoas aos livros, mas nem sempre é assim, e também podemos escolher tradutores consoante a disponibilidade no momento (e a maior ou menor antecedência com que nos pedem os livros). Como produzimos mais de 100 livros por ano para os nossos clientes, a equipa é muito grande, e há pessoas que nem sequer apareceram em livros da DC que poderão aparecer de futuro, e vice-versa, colaboradores que só tinham trabalhado em projectos da Levoir que podem trabalhar em livros de outras editoras.
EliminarNão sabia dessa evolução. Na altura comentei com termos bastante críticos a edição de Traços de Giz e é pena que essas mudanças não se tenham feito reflectir neste volume. Outro pormenor que me intriga é a falta de variedade de formatos nesta série - as anteriores variavam (e muito...) segundo os formatos originais.
ResponderEliminarSe duvidas existissem elas foram desfeitas com a publicação desde excelente álbum de primeiríssima água. Estamos no topo no que concerne à qualidade nesta terceira rodada da coleção novelas gráficas. Fabulosa aquisição ninguém se vai arrepender e muito menos os amantes desta arte que é a nona. Histórias do Bairro roça a perfeição estas histórias contadas a partir de dentro possuem o "drama contado na primeira pessoa.....Histórias de bairro.....Histórias de vida/morte....obrigatório
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