27/06/2012

Leituras Novas

Maio de 2012

Ao Norte
O filme da minha vida
#12 - Dead man
António Gonçalves
A coleção O filme da Minha Vida faz-se do repto lançado pela AO NORTE a autores portugueses de BD para que criem um álbum inspirado num filme que tenha deixado marcas nas suas vidas. Este cruzamento entre a sétima e nona arte é vocacionado para os amantes de ambas e, principalmente, dirigida aos jovens que frequentam o ensino secundário e superior.
A apresentação de cada álbum terá uma periodicidade trimestral, contará com a projecção e análise do filme escolhido, a apresentação do livro, uma exposição dos originais e um encontro com o autor, para os quais serão convidados a participar alunos de artes visuais e de disciplinas relacionadas com o audiovisual, comunicação e língua portuguesa.
Cada álbum incluirá 32 pranchas a preto e branco, um texto de análise (da autoria de João Paulo Cotrim e Pedro Moura), uma biografia do autor e a filmografia do realizador escolhido.
Esta colecção é dirigida pelo artista plástico Tiago Manuel e tem design gráfico de Luís Mendonça.


ASA
Asteroid Fighters
#2 – Os Oráculos
Rui Lacas

Após o primeiro cataclismo, em 2012, o planeta Terra vivia há quase 100 anos sem sobressaltos, defendido por uma nova tropa de elite, munida de indivíduos superpoderosos, os “Asteroid Fighters”…
Agora, a Terra depara-se com uma nova e inesperada ameaça… Otipep, o vilão que é irmão gémeo do Pepito, que opera a partir da sua base lunar secreta, enviou um Asteroide artificial constituído por uma substância explosiva na sua tentativa de vingança contra os Asteroid Fighters e a vida no Planeta!
Um grupo selecionado de Asteroid Fighters pereceu na tentativa de destruir esta colossal bomba, e todos os esforços estão a ser feitos para impedir a sua colisão com o nosso planeta…
Conseguirão os defensores da Terra vencer mais esta batalha contra o mal?

Bouncer
#6/#7 - A Viúva Negra/Coração Dividido (volume duplo)
Jodorowsky e Boucq
Neste western, repleto de massacres e bandidos, Bouncer prepara-se para entrar em confronto com uma temível personagem: A Viúva Negra. Esta última está determinada a apropriar-se da principal riqueza da região, ou seja, um rio subterrâneo.
Entretanto, Bouncer é também alvo das tentativas de sedução da professora primária…
Os segredos da bela “Viúva Negra” vão ser revelados neste álbum.
Bouncer vai descobrir toda a verdade que esta misteriosa e manipuladora mulher esconde e o confronto entre os dois é inevitável, especialmente quando a professora primária também se envolve nesta guerra…

As Aventuras de Philip & Francis
A Armadilha Maquiavélica
Veys e Barral
O professor Philip e o capitão Francis são os faróis da civilização ocidental, os pilares da sabedoria britânica. Mas o que teria acontecido se Philip tivesse interrompido os seus estudos, e se Francis nunca tivesse feito parte do exército? O mundo seria outro?
Os nossos atrapalhados heróis foram parar a um mundo paralelo. Estão em Londres onde tudo está literalmente virado de pernas para o ar! Aqui, o típico autocarro de 2 andares possui 3, enquanto os táxis da cidade são conduzidos por cegos, já para não falar no nome das ruas que aparecem todos trocados…

Blake & Mortimer
#18 - O Santuário de Gondwana (3ª edição)
Yves Sente e André Juillard


ASA/Público
Thorgal
A Jaula
Aracnéa
A peste Azul
O Reino sobre a Areia
Jean Van Hamme e Grzegorz Rosinski



Booktree
O Amor – Regras de Ouro
Guillermo Mordillo

Este livro é um hino ao amor. É um livro que celebra a união.
Comovente, perspicaz e muitas vezes engraçado, este livro é um guia para fazer durar o amor.
Cartoons únicos, cheios de encanto, aliados a uma série de simples conselhos para um relacionamento amoroso feliz.
Como manter um relacionamento saudável com a pessoa amada, ultrapassando as crises e sobrevivendo ao desgaste do tempo. Evite os erros que podem arruinar a sua vida amorosa ou conduzi-la a um beco sem saída.
Cartoons inéditos, cheios de magia e que dispensam palavras, da autoria de Mordillo, o grande mestre argentino que há décadas encanta e seduz gerações de mulheres e homens através do seu traço arrebatador e grafismo ímpares.
Compreender os pequenos gestos e atitudes do quotidiano para ser feliz e viver em sintonia na vida a dois.
Ah, o amor!... afinal, ser feliz é possível.



Contraponto
Pequenos Prazeres
Arthur de Pins
Um comic irresistivelmente divertido e provocador sobre amor, sexo, relacionamento, sexo, amizades, sexo, traição, sexo, encontros, desencontros e... sexo.



Texto Editores
World Press Cartoon 2012

O WORLD PRESS CARTOON tem em 2012 a sua oitava edição.
Distinguir, expor, divulgar e premiar os melhores desenhos publicados na imprensa mundial ao longo de um ano continua a ser a missão. Caricaturas, cartoons editoriais e desenhos de humor que fazem a história de todo um ano, olhares de diferentes culturas, obras em que os cartoonistas retratam e criticam o andar do Mundo com a acutilância do humor.
Para os apaixonados da ilustração, seguidores da actualidade, artistas e não só, deixamos-vos uma selecção do que de melhor se fez em cartoon em 2011.

 (Os textos, quando existem, são da responsabilidade das editoras)

26/06/2012

“Heróis Marvel” no Público


O diário “Público” vai lançar a colecção “Heróis Marvel”.
É uma colecção composta por 15 volumes, de capa dura, com material praticamente todo inédito em português. O primeiro tomo custará 4,90 € e os restantes 8,90 €.
A distribuição será feita à quinta-feira, a partir de 5 de Julho, por isso a edição do primeiro volume, “Homem-Aranha - Integral Frank Miller”, coincide, de forma inteligente, com a estreia do novo filme do Homem-Aranha. Isso fará com que a nova colecção coincida, durante algumas semanas, com a colecção Thorgal que a ASA e o Público disponibilizam actualmente, à quarta-feira.
A colecção foi concebida pela Levoir, editora de marketing e conteúdos multimédia de Silvia Reig Molina, em conjunto com o Público, estando a sua produção a cargo da antiga equipa portuguesa da Devir.
Eis a data de publicação, títulos, autores e local de publicação original dos 15 volumes já anunciados:

05 de Julho -Homem-Aranha - Integral Frank Miller”, (Bill Mantlo, Chris Claremont, Denny O’Neil e Frank Miller (argumento) e Frank Miller e Herb Trimpe (desenho); Spectacular Spider-Man 27 e 28, Amazing Spider-Man Annual 14 e 15 e Marvel Team-Up 100 e Annual 4)
12 de Julho - “X-Men - Os Filhos do Átomo” (Joe Casey e Stan Lee (argumento) e Steve Rude, Esad Ribic e Jack Kirby (desenho); X-Men: Children Of The Atom 1-6 e The X-Men 1)
19 de Julho - Capitão América - A Lenda Viva” (Roger Stern (argumento e John Byrne (desenho); Captain America 247 a 255)
26 de Julho - “Thor - As Idades do Trono” (Matt Fraction (argumento) e Peter Milligan (desenho; Ages of Thunder, Reign Of Blood, Man Of War, God-Sized e The Trial of Thor)
02 de Agosto - Homem-Aranha- A Morte dos Stacy” (Stan Lee, Gerry Conway e Lee Weeks (argument) e John Romita, Gil Kane e Lee Weeks; Amazing Spider-Man 88-90, 121-123 e Death And Destiny 1-3)
09 de Agosto - “Vingadores - Confiança Mundial” (Geoff Johns (argumento) e Ivan Reis (desenho); Avengers vol. 3, 57-60 e Avengers Icon: Vision 1-4)
16 de Agosto - “Vingadores - Zona Vermelha” (Geoff Johns (argumento) e Gary Frank, Ivan Reis e Olivier Coipel (desenho); Avengers vol. 3, 61, 62, 64-70)
23 de Agosto - “Hulk - Tempest Fugit” (Peter David (argumento) e Lee Weeks e Jae Lee (desenho); The Incredible Hulk vol 3, 77-82)
30 de Agosto - “Wolverine - Madripoor” (Chris Claremont (argumento) e John Buscema (desenho); Marvel Comics Presents 1-10 e Wolverine v2, 1-5)
06 de Setembro - “Justiceiro - Diário de Guerra” (Carl Potts (argumento) e Jim Lee (desenho); Punisher War Journal 1-8)
13 de Setembro - “X-Men - Graduação” (Roy Thomas (argumento) e Neal Adams (desenho); The X-Men 56-66)
20 de Setembro - “Guerras Secretas - Heróis vs. Vilões” (Jim Shooter (argumento) e Mike Zeck e Bob Layton (desenho); Secret Wars 1-7)
27 de Setembro - “Guerras Secretas - A Batalha Final” (Jim Shooterey Jay Faerber (argumento) e Mike Zeck e Gregg Schiciel (desenho); Secret Wars 8-12 e What If? vol. 2, 114)
04 de Outubro - “Quarteto Fantástico - Em Busca de Galactus” (Marv Wolfman (argumento), e Keith Pollard, Sal Buscema e John Byrne (desenho); Fantastic Four 204-214 USA)
11 de Outubro - “Nick Fury - Agente da Shields” (Stan Lee e James Steranko (argumento) e Jack Kirby e James Steranko (desenho); Strange Tales 135, 142, 143, 150-158 e Nick Fury: Agent of SHIELD 1-3)


25/06/2012

Black Hole - L'Intégrale












Charles Burns
Delcourt (França, 8 de Novembro de 2006)
175 x 260 mm, 368 p., pb, cartonado com sobrecapa
29,90 €



Resumo
Numa pequena vila norte-americana, surge uma estranha doença, sem explicação (vírus? maldição? ataque extraterrestre?) aparente nem causas confirmadas, que provoca horríveis mutações exclusivamente na população adolescente/juvenil. Membranas entre os dedos, cornos, uma segunda boca, estranhos orifícios em diferentes partes do corpo, são algumas das suas manifestações.

Desenvolvimento
Se a base da narrativa deixa antever um tom fantástico – que obviamente existe – não é esse o caminho (principal) trilhado por Charles Burns que optou por um registo de terror psicológico, que perpassa toda esta longa e densa narrativa, de tom incómodo e inquietante, com mais perguntas do que respostas.
A par dele, de forma algo surpreendente - pelo que atrás fica escrito – Burns traça um retrato forte e impactante sobre os relacionamentos e os valores de uma (nova) geração que busca na alienação proporcionada pelas drogas e pelo sexo (recém-descobertos ou em fase exploratória) as respostas que não consegue encontrar ou aquelas que já descobriu e quer esquecer.
Desta forma, “Black Hole” revela-se uma enorme metáfora, um retrato distorcido – mas não tanto quanto uma leitura apressada poderá sugerir – de uma determinada época e de uma geração (perdida?), à deriva, com o peso das (novas) responsabilidades que o crescimento traz agravado pelo estranho mal que os afecta e os leva, ao auto-isolamento e/ou a uma revolta – mais ou menos violenta – contra uma sociedade que não sendo (?) culpada, também pouco ou nada faz para os ajudar (recuperar, integrar, guiar, direccionar…).
Burns, acentua a sensação de estranheza e incómodo pelo forte contraste entra o seu traço limpo, bastante realista, pormenorizado e até agradável, e o tom escuro das pranchas fruto do predomínio do tom negro, que – numa boa utilização de técnica fotográfica - muitas vezes assumem o aspecto de negativos e não de imagem já revelada.
O relato, feito a várias vozes – as dos principais intervenientes – e várias interpretações – consoante os pontos de vista de cada um - é feito de avanços e recuos, exibindo muitas vezes o que aconteceu e só depois as causas que levaram ao efeito já desvendado, numa narrativa elíptica, que obriga o leitor a atenção redobrada e, por vezes, a sucessivas reinterpretações do que vê, enquanto se sente a mergulhar, inexoravelmente, sem escapatória, num infinito “buraco negro”.



24/06/2012

Entrevista a Georges Wolinski

"A política é mais fácil do que o sexo"











Em 2004, aproveitando a passagem de Wolinski pelo PortoCartoon, cujo júri integrou, tive a oportunidade de entrevistar o cartoonista francês Georges Wolinski.
A pretexto da exposição que o Museu Nacional da Imprensa lhe dedicou a propósito dos seus 50 anos de carreira, inaugurada ontem, aqui fica o registo dessa entrevista, publicada no Jornal de Notícias de 19 de Junho de 2004, mas que continua perfeitamente actual.




Pedro Cleto - Desenha há 40 anos. Como vê a sua evolução pessoal e a do Mundo?
Georges Wolinski - Uma pergunta interessante... Sabe, quando se começa, descobre-se. Fazem-se progressos. No desenho, hoje, sou melhor do que há três anos. Mas há 40 anos, fazia desenhos formidáveis, com frescura, imaginação. Comecei a desenhar sobre amor e sexo ao mesmo tempo que descobria o amor e o sexo. Depois do Maio de 68 comecei no desenho político. Até aí não me interessava - nem sabia se o sabia fazer. Há 40 anos já havia desenhadores formidáveis: Bosch, Sempé. Mas o desenho não é melhor hoje. Há só mais liberdade.

PC - Ainda há censura nos jornais?
GW - Há a censura do dinheiro - a pior de todas. Mais do que a censura moral, há a censura económica, dos homens de negócios, dos grandes industriais dos jornais.

PC - Teve muitos problemas com os seus desenhos?
GW - Não, nem por isso. Sou demasiado esperto! (risos) Sou um desenhador de esquerda, com convicções. Um bom desenhador político tem que ter convicções - e ideias e valores. Eu tenho valores de esquerda.

PC - Isso não afecta o seu trabalho?
GW - Basta que seja um bom profissional. Faço desenhos que poderiam, da mesma forma, ser publicados num jornal de direita ou num jornal de esquerda. Digo o que penso, mas não sou militante - um humorista não pode ser militante. Claro quando se fala de sexo é diferente. Para o semanário Journal de Dimanche faço desenhos políticos; no Charlie Hebdo, um jornal satírico, tenho toda a liberdade para o que quiser. Quanto ao Paris-Match, um jornal nacional, posso incluir um pouco de... belas mulheres! Posso desenhar o Chirac a ser entrevistado por uma bela jornalista, que cruza as pernas, mostra um pouco as cuecas... e isso diverte-me! Mas isso já não incomoda ninguém. Esta época é muito mais livre do que antes.

PC - Prefere o sexo ou a política?
GW - A política é mais fácil do que o sexo. A actualidade tem mais interesse, muda: terrorismo, eleições, dramas, acidentes... O sexo é sempre igual! (risos)

PC - Como escolhe os seus temas?
GW - Compro três jornais por dia, vejo TV, leio livros políticos, interesso-me pelo Mundo. Tenho uma certa cultura e trabalho com antecipação. Muitas vezes faço desenhos de políticos que vão fazer um discurso e já sei o que eles vão dizer.

PC - É fácil fazer rir todos os dias?
GW - Pensa-se que fazemos um desenho quando estamos inspirados. Mas não. Um jornalista recolhe elementos e depois escreve. Com um desenhador passa-se o mesmo. Perscruto a actualidade, tomo notas e... dá-se o milagre.

PC - Quando as notícias são os atentados em Nova Iorque ou em Madrid, é fácil fazer rir?
GW - Não, não é fácil. Nesses casos fiz desenhos simbólicos. Não podemos rir de tudo... No atentado espanhol representei a Europa coberta de pessoas a dizer 'Não!'. No atentado de Nova Iorque, desenhei as ruínas com uma vela e um cartão a dizer 'love'. São os únicos casos em que fiz desenhos simbólicos. Não procurei divertir, procurei a emoção.

PC - Um desenho é melhor do que um texto?
GW - Não diria isso. Mas o desenho é a primeira coisa que vemos. É essa a sua força. Mas é preciso que seja simples e conciso. Mas nada substitui um texto. Se hoje desenho, é porque li muito desde pequeno.

23/06/2012

XIV PortoCartoon








 O Museu Nacional da Imprensa, no Porto, inaugura hoje, às 17h30, a exposição do XIV PortoCartoon, que foi subordinado ao tema "Ricos, pobres, indignados", apresentando cerca de 400 trabalhos seleccionados pelo júri do concurso. Na mesma altura serão entregues os prémios e troféus desenhados por Siza Vieira.
Alessandro Gatto
Alessandro Gatto, de Itália, foi o vencedor do Grande Prémio do XIV PortoCartoon - World Festival, tendo o segundo prémio sido atribuído a Felipe Galindo, mexicano a morar nos EUA, na categoria Tema Livre, e o terceiro, ex-aequo, a Turcios, da Colômbia, e a Valery Doroshenko, da Ucrânia.
A qualidade dos trabalhos, levou o júri internacional a atribuir ainda 12 Menções Honrosas a artistas de diferentes países: Bélgica, Brasil, China, Espanha, França, Irão, México, Portugal, Reino Unido, Sérvia, Síria e Ucrânia. A oportunidade do tema e a elevada qualidade de grande parte dos participantes foi sublinhada pelos membros do Júri. Em apreciação estiveram cerca de duas mil obras, de 630 artistas, oriundos de 80 países de todos os continentes. O Irão é o país com mais participantes (66) e trabalhos (255). Seguem-se o Brasil, a China, Portugal e a Roménia.
Com esta participação, o Portocartoon cimenta o seu lugar no pódio dos concursos internacionais de humor e reforça a pertinência da classificação do Porto como “capital do cartoon”, atribuída em 2008.
Felipe Galindo
O Júri internacional do XIV PortoCartoon foi presidido por Georges Wolinski (França) e integrou ainda: Peter Nieuwendijk, Presidente-geral da Feco (Holanda); Xaquín Marín, fundador do Museo de Humor de Fene (Espanha); Luís Mendonça, Representante da Faculdade de Belas Artes do Porto e Luís Humberto Marcos, director do PortoCartoon e do Museu Nacional da Imprensa.
Os vencedores do XIV PortoCartoon receberão os troféus e os prémios durante a cerimónia de abertura da exposição que decorrerá nas instalações do Museu Nacional da Imprensa, hoje, 23 de Junho, aquando das Festas do S. João. Várias centenas de milhares de visitantes já viram as treze edições do PortoCartoon realizadas nas instalações do Museu Nacional da Imprensa, e nas diferentes cidades por onde passaram as exposições: Argentina, Bolívia, Brasil, França, Espanha e México.
Na mesma altura será apresentado um novo espaço do Museu, a Galeria Daumier, que será inaugurada com a primeira exposição em Portugal de George Wolinski, Grande Prémio do Festival de BD de Angoulême, em 2005. Esta exposição assinalará os 50 anos de cartoonista do autor francês que, no final de Junho, inaugurará outra exposição em Paris, na Biblioteca Francois Miterrand.

Data
23 de Junho a 31 de Dezembro de 2012

Horário
Aberto todos os dias, incluindo domingos e feriados, entre as 15h00 e as 20h00.
Durante a semana, abre também entre as 10h30 e as 12h30, para grupos
com marcação prévia.

Preços
Visitas Individuais
- Público em geral - 2€
- Estudantes e Reformados - 1€
Visitas em Grupo (de segunda a sexta feira)
- Alunos  - 1€
- Professores Grátis

22/06/2012

Centenário de Franco Caprioli

Comemorado em Moura com Exposição e Fanzine









A Câmara Municipal de Moura, em parceria com o GICAV - Grupo de Intervenção e Criatividade Artística de Viseu, produziu uma exposição (comissariada por Luiz Beira) intitulada “Franco Caprioli: no centenário do desenhador-poeta do mar”.
A inauguração ocorre hoje, dia 22 de Junho, pelas 18:00 horas, no Espaço Inovinter (Moura).
Na mesma ocasião, será apresentado um fanzine (profusamente ilustrado e com texto do investigador Jorge Magalhães) sobre a obra de Caprioli, dentro da linha de publicações BD de qualidade que Moura tem produzido nos últimos anos.
O fanzine inclui uma história completa, em oito pranchas, de Olac, o Gladiador (uma aventura nunca antes publicada a cores em Portugal e que Fulvia Caprioli - filha do artista - gentilmente nos autorizou a publicar).

 Está, também, programada a venda de publicações italianas, com trabalhos de Caprioli, numa colaboração especial entre a ANAFI (Associazione Nazionale Amici del Fumetto e dell’Illustrazione) e a Câmara Municipal de Moura.
A lista de publicações italianas para venda é a seguinte: “La pattuglia bianca” (2003), “La leggenda di Beowulf” (2007), “Il segno insanguinato, I parte” (2009), “Il segno insanguinato, II parte” (2009), “Dawn delle isole e altre storie » (2011), “Il fumetto n.15/1988”, “Fumetto n.40/ 2001”, “Fumetto n.42/ 2002”, “Fumetto n.53/ 2005”, “Fumetto n.56/ 2005”, “Fumetto n.70/ 2009”, “Fumetto n.80/2011”.
Quem estiver interessado pode reservar exemplares através dos seguintes contactos: telefone: 285 250 400 (ext. 504) ou e-mail: carlos.rico@cm-moura.pt

 A exposição decorrerá até 8 de julho, todos os dias, das 9:00 às 12:00 e das 17:00 às 19:00. Seguirá, depois, para Viseu onde será exposta em datas a designar brevemente.

Breve biografia de Franco Caprioli
Franco Caprioli, um dos mais ilustres autores da banda desenhada italiana e mundial, nasceu em Mompeo, província de Rieti, no dia 5 de Abril de 1912.
Desde cedo, manifestou grande paixão pelas coisas do mar (talvez influenciado por um tio, Capitão de fragata), o que, aliado ao jeito para o desenho, originou um caso curioso: o pequeno Caprioli começou a desenhar o mar mesmo antes de o ter visto pela primeira vez! Esta paixão manteve-a ao longo da vida o que, naturalmente, se refletiu na sua obra, onde a temática marítima e os países exóticos tiveram um papel muito relevante. Por essa razão Caprioli ficou conhecido como “O Poeta do Mar”.
A sua “imagem de marca” foi a utilização do “pontilhismo” (técnica que consiste em desenhar pontos muito próximos uns dos outros, para dar a ilusão de sombras ou relevo), que aplicou com maestria nas histórias que desenhou.
A obra de Caprioli - imensa e magnífica – espraiou-se por revistas italianas mas também inglesas, francesas, belgas, espanholas e portuguesas.
Na sua obra contam-se algumas das melhores adaptações de clássicos da literatura popular, muitas delas publicadas no nosso país como, por exemplo, “A Ilha Misteriosa”, “Miguel Strogoff”, “Os filhos do Capitão Grant”, “Os violadores do bloqueio” ou “Aventuras no Mar” (romances de Julio Verne, editados nos anos 70 e 80, sob a forma de álbum BD, e que hoje se encontram praticamente esgotados).
“Os filhos do Capitão Grant” foi mesmo a última história em que o artista trabalhou, deixando-a inacabada devido ao seu súbito falecimento, em Roma, a 8 de Fevereiro de 1974.
Outro desenhador italiano, Gino D’Antonio, completaria, posteriormente, o seu trabalho, desenhando as últimas sete páginas.

(Texto da responsabilidade da organização)



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