19/12/2012

DC Comics (Panini Comics)

Batman #114

Liga da Justiça #113

Super-Homem #114

Universo DC #23

Disney (Goody)

Comix #1

Comix #2

Comix #3

Comix #4


Hiper #1



Manga (Panini Comics)

Vampire Knight #12

Marvel (Panini Comics)

Homem-Aranha #124

Os Novos Vingadores #99

Wolverine #88

Universo Marvel #22

X-Men #124

Turma da Mónica (Panini Comics)

Almanaque da Magali #33

Almanaque do Chico Bento #33

Almanaque Temático #22 – Cascão – Medo de Água

Cascão #66

Cebolinha #66

Chico Bento #66

Clássicos do Cinema Turma da Mônica #32 – Trônica

Magali #66

Mônica #66

Mónica Joven #4

Monica Teen #4

Mónica y su Pandilla - Turma da Mónica em Espanhol #15

Monica’s Gang - Turma da Mónica em Inglês #15

Ronaldinho Gaúcho e Turma da Mônica #66

Turma da Mónica – Saiba mais #57 – Steve Jobs

Turma da Mônica – Uma aventura no parque #66


Turma da Mônica Jovem #48


18/12/2012

O Baile










Nuno Duarte (argumento)
Joana Afonso (desenho)
Kingpin Books (Portugal, Outubro de 2012)
183 x 260 mm, 48 p., cor, brochado com badanas
12,95 €



Resumo
Em vésperas de uma visita papal, em 1967, um inspector da Pide é enviado a Maré Santa, uma pequena aldeia piscatória que tem sido assombrada por um bando de pescadores-zombies falecidos num naufrágio.

Desenvolvimento
Depois do magnífico A Fórmula da Felicidade, I  e II, em parceira com Osvaldo Medina, Nuno Duarte regressa com uma obra de temática díspar, desta vez acompanhado por Joana Afonso.
E este é o primeiro mérito do álbum: permitir comprovar, numa obra de fôlego, o talento de uma das integrantes da nova geração de desenhadores nacionais. Joana Afonso revela um traço expressivo, consistente, seguro e personalizado - talvez apenas um nadinha caricatural demais aqui e ali para a temática abordada, embora paradoxalmente isso contribua para ampliar o tom surreal assumido -, uma planificação (quase sempre) contida mas variada e eficaz, e um bom trabalho de aplicação da cor, cujos tons algo sombrios acentuam o ambiente opressivo.
Outro mérito, sobre o qual vale a pena debruçarmo-nos um pouco, é a forma como a trama está construída, de forma estruturada e sólida. Nuno Duarte situa-a numa época definida – a ditadura pré-25 de Abril -, justifica-a com um acontecimento verídico – a visita do papa Paulo VI à Cova da Iría -, usa a PIDE como sombra para o inspector se impor à população… Mas a verdade é que nada disto era (realmente) necessário, pois a mesma história poderia ser narrada em vários outros contextos, sem que perdesse especialmente com a mudança. No entanto, a conjugação de todos aqueles pormenores dão-lhe uma aura de credibilidade (que contrasta com o fantástico do tema!) e contribuem para ganhar o leitor.
Finalmente, falando da narrativa em si, há que dizer que a dupla Nuno Duarte/Joana Afonso se sai a contento (tal como o inspector) da empreitada que assumiu, o que se torna mais relevante numa época em que o terror e os mortos-vivos voltaram à ordem do dia à custa do sucesso (aos quadradinhos e televisivo) de The Walking Dead.
De forma original, o que ganha relevância por ser uma temática bastante explorada, desenvolvem uma história bem estruturada, com suspense, surpresas e o inevitável final a um tempo inesperado e trágico mas também feliz. A isso há que acrescentar personagens credíveis e bem desenvolvidas - o inspector com dúvidas sobre a própria carreira, a mulher “feiticeira” acusada de ser a causadora de tudo, o padre omnipresente - que pautam a acção num meio pequeno e fechado, que se revela claustrofóbico e potencia o tom incómodo do relato.


17/12/2012

O Inferno de Marcel Ruijters na Mundo Fantasma


Data: de 17 de Dezembro de 2012 a 20 de Janeiro de 2013
Local: Galeria Mundo Fantasma, loja 509/510, Centro Comercial Brasília, Avenida da Boavista, 267, Porto
Horário: de 2ª a sábado, das 10h às 20h: Domingos e feriados, das 15h às 19h







A galeria portuense Mundo Fantasma inaugura hoje, às 18 horas, a sua última exposição de 2012. 

A mostra é constituída por originais de “Inferno”, do holandês Marcel Ruijters, que estará presente para apresentação da versão portuguesa deste livro, da responsabilidade da MMMNNNRRRG. Na altura estará também disponível uma serigrafia editada pela Mike Goes West.
Considerado o melhor álbum de BD editado na Holanda em 2008, “Inferno” é uma versão muito pessoal de “A Divina Comédia”, de Dante Alighieri (1265–1321), que explora de forma grotesca o imaginário medieval para retratar os nove círculos onde são punidas de forma burocrática as almas dos condenados, numa sátira política que critica os novos ricos do seu tempo.
Apesar de já ter participado em várias mostras colectivas em Portugal, esta é a primeira exposição individual de Ruitjers no nosso país, onde as edições Polvo já tinham lançado "Amor fatal" (2000) e “Trogloditas” (2001). Nascido em 1966, o autor, que faz BD desde os 7 anos, frequentou um curso de arte durante os anos 1980, mas enveredou pela auto-edição, sendo actualmente responsável pela revista "Zone 5300", de Roterdão, a par da ilustração e da escrita sobre banda desenhada.
A galeria Mundo Fantasma situa-se no Centro Comercia Brasília, na Boavista, contígua à loja de banda desenhada homónima.

(Versão revista do texto publicado no Jornal de Notícias de 17 de Dezembro de 2012)



16/12/2012

BD para o sapatinho





  
Se é indiscutível que a crise também chegou à banda desenhada, como é visível no decréscimo de títulos editados em Portugal este ano, nunca houve tantas editoras a publicar quadradinhos. Dos clássicos ao humor, das adaptações literárias à autobiografia, são muitas e diversificadas as propostas de BD para este Natal.

A grande novidade é o aparecimento de uma nova editora, a NetCom2 Editorial, que aposta na linha clara franco-belga com dois títulos disponíveis a partir de dia 18 de Dezembro: “Margot – O mistério do Traction 22”, um policial em torno da marca automóvel Citroen, e “Keos – Osíris”, um clássico de Jacques Martin (criador de Alix) e Jean Pleyers, ambientado no Egipto.
Ainda em termos clássicos, a Libri Impressi completou a edição integral, restaurada por Manuel Caldas, de Lance, um western humanista magistralmente desenhado, e a ASA acaba de lançar, em simultâneo com a edição francesa, os novos títulos de Blake e Mortimer – “O Juramento dos Cinco Lords”, que leva os heróis criados por Jacobs de volta a Inglaterra onde se encontram com Lawrence da Arábia – e de Lucky Luke – “Todos por conta própria”, onde os irmãos Dalton decidem encetar carreiras a solo para determinar quem deve liderar o bando.
Este último, a par de dois novos títulos de Geronimo Stilton (Planeta Júnior) – “Salvaste os Jogos Olímpicos, Stilton!” e “Toca-a mais uma vez, Mozart!” – são os únicos títulos claramente vocacionados para os leitores mais novos.
Ainda no campo do humor temos “O mundo de Garfield” (Booktree), uma nova recolha de tiras diárias, inéditas em português, do gato mais preguiçoso do mundo, criado por Jim Davis, o humor desbragado dos portugueses Geral e Derradé em “Há Piores 2” (Polvo) e, para leitores mais adultos, os atrevidos “Pequenos Prazeres 2” (Contraponto) que dão sabor às relações entre jovens adultos.
Incontornável neste final de ano é “Portugal” (ASA), o reencontro de um luso-descendente com o país de onde o seu avô emigrou para França, relato semi-biográfico de Cyril Pedrosa, que em “Três Sombras” (Polvo) transpõe para os quadradinhos, de forma terna e poética, a traumática perda de um filho ainda criança.
Temática adulta tem também “Fun Home – Uma tragicomédia familiar” (Contraponto), na qual Alison Bechdel expõe a sua relação distante com o pai, na sequência da morte deste último.
Para os amantes de policial, o manga fantástico Death Note (Devir), ilustra o confronto entre um polícia e um serial killer que com apenas um pequeno caderno negro mata aqueles cujo nome escreve nele.
A Guerra Colonial em África serve de mote para “Cinzas de Revolta” (ASA), da dupla nacional Miguel Peres e Jhion, que parte do rapto de uma adolescente portuguesa para questionar a guerra em si e as motivações dos que nela foram obrigados a participar.
Também com a ditadura como pano de fundo, “O baile” (Kingpin Books), de Nuno Duarte e Joana Afonso, narra uma investigação numa pequena aldeia piscatória que todas as noites é assolada por todos aqueles que morreram no mar.
Em tempos idos, a literatura de aventuras foi uma das principais fontes de inspiração dos quadradinhos, e “Os Piratas do Deserto”, do português Santos Costa, baseado na obra de Emílio Salgari, evoca bem essa época.
Entretanto, nos últimos anos estes dois géneros narrativos voltaram a aproximar-se, em abordagens mais modernas, como acontece com “Pessoa & Cia” (ASA), da catalã Laura Pérez Vernetti, que traça aos quadradinhos a biografia do escritor português e adapta alguns dos poemas dos seus heterónimos.
Quanto à literatura fantástica está representada através das versões em BD de duas obras de George R. R. Martin, “O Cavaleiro de Westeros” (Saída de Emergência) e “A Guerra dos Tronos vol. 1” (Planeta), e de “O Hobbit” (Devir), de Tolkien.
Num contexto diferente, a Devir editou o quarto tomo de “The Walking Dead”, de Kirkman e Adlard, série que serve de base para uma das séries televisivas de maior sucesso actualmente.
Propostas diversificadas, que podem encher muitos sapatinhos.

(Versão revista do texto publicado no Jornal de Notícias de 8 de Dezembro de 2012)



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