François
Schuiten
ASA
(Portugal, Setembro de 2012)
240 x
320 mm, 88 p., pb, cartonado
21,90
€
1.
Esta é uma história de amor.
2.
Uma história de ternura e paixão.
3.
A história da dedicação de (toda) uma vida a uma
relação intensa e única.
4.
Mas é também uma história sobre o avanço
inexorável do tempo e do progresso.
5.
Sobre o confronto entre o passado – seguro e vivo
nas memórias – e o futuro – obscuro e incerto, entre o vapor e a electricidade.
6.
É a história de Léon Van Bell, maquinista desde
sempre (desde a adolescência) da locomotiva 12.004.
7.
Um maquinista dedicado que, próximo da reforma –
do seu fim - com os pulmões corroídos pelo fumo do carvão, receia o momento em
que também a sua locomotiva – à qual dedicou uma vida (a sua) – seja substituída
pelas modernas alternativas eléctricas.
8.
Disposto a tudo para não se separar dela – chega
até a roubá-la! – acaba por ser preso.
9.
Uma vez libertado, dispõe-se a ir até ao fim do
mundo para a recuperar – a rever.
10. Pelo
caminho encontrará a bela e sensual Elya, muda, órfã de maquinistas falecidos…
11. …
e também o misterioso Edgard, que vive uma outra (e também bela) paixão…
12. Juntos,
embora com propósitos diferentes, avançarão, contra tudo e todos, tentando
concretizar os seus sonhos.
13. Tudo
isto é narrado por François Schuiten – aprovado com distinção nesta sua
primeira experiência como autor completo, juntando à faceta de desenhador
também a de argumentista.
14. E
fá-lo da única forma que sabe: com um desenho soberbo, assente num preto e
branco de alto contraste, perfeito no rigor das linhas, na exploração das
perspectivas, na recriação de elementos arquitectónicos de matriz conhecida,
recriados num mundo fantástico.
15. E,
também, igualmente, na representação da figura humana, correcta e
proporcionada, viva e real – com alma -, sublimada no corpo escultural da bela
Elya.