29/12/2009

Entrevista com Regina Pessoa

Conhecida como autora da premiada animação “História Trágica com Final Feliz”, Regina Pessoa acaba de fazer uma incursão pela banda desenhada para contar a origem do Vinho do Porto, que associou à história de Alice no país das Maravilhas.

Foto:Júlio Moreira

No dia 19 de Dezembro, sábado, esteve na Galeria Mundo Fantasma, no Shopping Center Brasília, para inaugurar uma exposição de originais (que está patente até 24 de Janeiro),
o que foi pretexto para uma conversa sobre a génese de “RubyDum e TawnyDee in NiePOoRTland”. Trata-se de um projecto que nasceu “na sequência de um convite da família Niepoort”, que tinha por objectivo “explicar o processo do Vinho do Porto e a diferença entre o Ruby e o Tawny, que quase ninguém conhece”.
Após algumas visitas “às caves, ao Douro, às vinhas, comecei a ficar interessada na história e imediatamente associei o que me tinham contado à história da Alice no País das Maravilhas, de que sou fã!”. Começou a associar “cada pessoa que ia conhecendo a personagens da Alice” e, claro está, “o Douro ao País das Maravilhas.

Foto: Júlio Moreira
Uma vez apresentada a maqueta do livro, o projecto foi estendido também aos rótulos das garrafas pois a companhia “tem uma política muito engraçada: em cada país para, convida um desenhador local para fazer o rótulo do vinho de mesa; nos Estados Unidos, foi Bill Plympton”, mestre da animação.
Embora goste bastante de BD, que compra para consumo próprio, alternativa, como “a editada pela francesa Frémok, a minha editora de eleição”, ou de autores como “Mattotti, Stefano Ricci ou Eric Lambert”, nunca tinha feito banda desenhada. Por isso os originais expostos têm surpreendido todos os que os vêem, pela sua pequena dimensão, e por as vinhetas serem todas independentes. A explicação é dada pela autora: “Como eu não tinha experiência, trabalhei esta história como faço nos filmes; foi essa a abordagem”.
O resultado, tem sido unanimemente elogiado e a melhor prova é que a tiragem inicialmente prevista de 1500 exemplares, que foi aumentada para 3500 exemplares logo no dia em que os primeiros foram impressos, já está praticamente esgotada.

Foto: Júlio Moreira

Virada a página, Regina Pessoa está de regresso às imagens animadas, arte onde chegou “por acaso…” E explica: “Quando estava nas Belas-Artes, no Porto, em pintura, comecei à procura de um part-time para pagar os estudos e alguém que trabalhava com o Abi Feijó viu os meus desenhos, disse que estavam a precisar de alguém e sugeriu-me que passasse pelo estúdio… Fui lá, o Abi gostou dos meus desenhos e comecei no dia seguinte”.
Agora, trabalha em “Kali, o pequeno vampiro”, que “com os dois filmes anteriores irá formar uma trilogia dedicada à infância, aos medos, ao escuro”. Novamente uma co-produção entre Portugal, Canadá e França, deverá “estar pronto no final de 2010, se tudo correr bem”.

(Versão revista e aumentada do artigo publicado no Jornal de Noticias de 22 de Dezembro de 2009)

27/12/2009

Feliz Natal - DC Comics (2008)


Feliz Natal - DC Comics (2003)


Feliz Natal - Esgar Acelerado


The Simpsons, 20 anos – Curiosidades (II)

Até 13 de Dezembro, os Simpsons protagonizaram 450 episódios regulares mais 48 no The Tracey Ullman Show.

Já conquistaram 23 Emmy, 22 Annie, um Peabody e uma estrela na Calçada da Fama em Hollywood.

Em 1998, a Times considerou-os a melhor série televisiva do século XX.

No genérico da série, quando Maggie passa na caixa registadora do supermercado, o preço exibido é 847,63 dólares.

A cena do sofá que abre cada episódio já variou entre os 5 e os 46 segundos.

Matt Groening escolheu o nome de Springfield para lar dos Simpsons porque nos EUA existem 121 cidades com essa denominação em 36 estados.

Para baptizar os Simpsons, Matt Groening recorreu aos nomes do pai (Homer), mãe (Marge) e sobrinhas (Lisa e Maggie).

Os Simpsons são amarelos por opção do colorista Gyorgi Peluci, porque Bart, Lisa e Maggie não tinham uma linha que separasse o cabelo da testa, e com um tom de pele realista iria parecer que tinham feito uma lobotomia!

Uma cronologia oficiosa dá 39 anos a Homer, 37 a Marge, 10 a Bart, 8 a Lisa e 2 a Maggie. No entanto, as datas de nascimento e casamento apresentam variações entre episódios.

As vozes de quase todas as personagens dos Simpsons são feitas por apenas seis pessoas.
A voz de Bart pertence a uma mulher e na versão dobrada em português do filme, foi também uma, Carla de Sá, quem lhe emprestou a voz.

A célebre interjeição de Homer – “d’oh” – foi proferida 377 vezes nas primeiras 15 temporadas e está registada no The Oxford English Dictionary.

Homer já teve 46 profissões diferentes. E já morreu várias vezes, quase sempre nos sangrentos episódios especiais “Treehouse of Horror”.

Na versão árabe, Home bebe soda e não cerveja e os seus cachorros quentes são feitos com salsichas egípcias, não de carne de porco.

O Q. I. de Lisa é de 159 pontos.

Os Simpsons moram no 742 de Evergreen Terrace (nome da rua onde Groening morou em criança), mas o número da porta também já foi 59, 94, 723 e 1094.

Pelos Simpsons já passaram mais de duas centenas de figuras reais da política, desporto, artes ou economia. Os primeiros foram os Aerosmith, em 1991.

No tempo de The Tracey Ullman Show, cada filme demorava quatro semanas para ficar pronto. Hoje, cada episódio tem cerca de 24 mil desenhos, 8 meses de trabalho e um custo que ronda um milhão de dólares.

Ao longo dos episódios, já ocorreram 31 mortes de personagens, a mais marcante das quais a de Maude Flanders, esposa do beato Ned, empurrada involuntariamente por Homer do topo de um estádio, porque a actriz que lhe dava voz exigia um aumento salarial. Desta forma, foi despedida.

Os Simpsons já foram capa de revistas como a Rolling Stones, Maxim, Playboy ou Super-Interessant e protagonizaram publicidade da Renault, uma colecção de moda de Linda Evangelista ou campanhas pelo consumo de leite ou segurança no trabalho.

Quando os Simpsons andam de carro, Homer é o único que não usa o cinto de segurança.

Um concurso recente para a criação de uma nova personagem para os Simpsons teve mais de 25 000 participantes. A vencedora foi Peggy Sue, que propôs Richard Bomb, um mulherengo sul-americano.


(Artigo publicado originalmente na versão online do Jornal de Notícias de 17 de Dezembro e parcialmente na edição impressa do mesmo dia)

24/12/2009

Feliz Natal - Diferr


Efeméride - Boule e Bill, 50 anos

A história da amizade de um rapazinho e o seu cão é a base dos gags de Boule e Bill, criados por Jean Roba há 50 anos na revista Spirou, e que hoje em dia continuam pelo traço de Laurent Verron.

Foi na véspera de Natal, no número 1132 da revista belga Spirou, que fizeram a sua primeira aparição Boule, o rapazinho ruivo de 6 anos, e Bill, o seu cocker spaniel, numa data perfeitamente ajustada para uma banda desenhada humorística, terna e ingénua, baseada na infância e na amizade. A história curta, intitulada "Boule et les Mini-Requins", mostrava os dois com os traços menos arredondados do que aqueles que lhes conhecemos hoje, característicos da escola de Marcinelle.
A sua publicação regular só começaria em Setembro de 1960, ao ritmo de uma prancha semanal, com a acção a decorrer quase sempre em casa, no bairro ou na escola e a galeria de personagens composta essencialmente pelos pais de Boule, os seus amigos, alguns vizinhos, os cães companheiros de Bill e, mais tarde, a tartaruga Caroline. Com eles, com um humor, ternura e ironia mas sem maldade, Roba, que começou na BD como assistente de Franquin, demonstrou um enorme sentido de observação e uma invulgar capacidade de transportar para o papel as mil e uma (pequenas) peripécias do quotidiano, o que rapidamente fez da série uma das mais apreciadas pelos leitores da Spirou e permitiu que perdurasse ao longo de cinco décadas.
Nem a morte do seu criador, em 2006, impediu a sua continuação, uma vez que em 2003 ele já a tinha entregue a Laurent Verron, seu antigo assistente, que desde então tem assegurado o desenho, em colaboração com diversos argumentistas.
Com passagem discreta por Portugal, nas revistas Jacaré, Spirou, Jornal da BD e Mundo de Aventuras, Boule e Bill venderam já cerca de 30 milhões de álbuns, foram homenageados pelos correios belgas (1999) e franceses (2002), ilustram uma das paredes de Bruxelas, têm uma estátua em Jette e tiveram várias versões animadas, a mais recente das quais, fiel ao original, foi exibida há pouco tempo na RTP2, rebaptizada Bruno e Bill.
Os 50 anos de Boule e Bill ficam marcados pela edição do 32º álbum das suas aventuras, “Mon meilleur ami”, e de “Roba Illustrateur” (Dargaud), que aborda outras facetas do talento do seu criador.

(Artigo publicado originalmente no Jornal de Notícias de 24 de Dezembro de 2009)

23/12/2009

Feliz Natal - Garfield


Feliz Natal - O Menino Triste


Feliz Natal - Hagar


Feliz Natal


A todos os que visitam As Leituras do Pedro, desejo um Feliz Natal com tudo o que puderem desejar. E (boas) leituras também... se quiserem!

As Leituras dos Heróis – Mágico Vento (II)

(segundo Pasquale Frisenda *)

Pergunta - Se lesse banda desenhada quais seriam as preferidas de Mágico Vento?

Resposta – Bem… Mágico Vento leria, talvez, os quadradinhos de Tex, Zagor, Blueberry ou McCoy, que são próximos dos heróis típicos das Dime Novel (revistas populares) da época, ou então Dylan Dog ou Hellblazer… mas também Zora, a vampira, em minha opinião…

* com a preciosa intermediação de José Carlos Pereira Francisco
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