19/10/2012

AmadoraBD 2012 (III)


Autores Estrangeiros
Exposições Paralelas








Depois do anúnico - desta vez atempado, pois foi feito com um mês de antecedência - dos principais conteúdos e exposições, o AmadoraBD divulga agora os seus principais convidados:
 
Autores Estrangeiros

27 e 28 de Outubro
Cyril Pedrosa
Desenhador, colorista e argumentista de banda desenhada Luso-descendente, estudou animação na escola Gobelins e estagiou, como animador assistente, no estúdio francês da Disney, em filmes como O Corcunda de Notre Dame e Hércules.
Em 1998, estreou-se na BD com a série Ring Circus, em 2006 criou Les Coeurs solitaires e, um ano mais tarde, Trois Ombres. Agora, com Portugal, viu o seu trabalho reconhecido com o Prémio FNAC, atribuído no Festival de Angoulême.
Este álbum foi considerado um dos grandes destaques do ano editorial franco-belga em 2011.Portugal, é uma história quase autobiográfica baseada na sua própria experiência e no conhecimento de um país que visita em 2006, para participar no Salão de BD da Sobreda da Caparica, a convite de Luiz Beira – que involuntariamente se tornou um dos responsáveis pela existência deste livro; tal como o CNBDI onde, já em fase de produção do álbum, Cyril Pedrosa fez parte importante da sua pesquisa sobre BD portuguesa. 

Mathieu Sapin
Em 1992, frequentou a Escola de Artes Decorativas, em Estrasburgo, na variante
ilustração. Entre 1996 e 1998, ilustrou oito títulos da revista juvenil Je Bouquine e
trabalhou no Museu de BD de Angoulême.
Desenha, regularmente, na revista Psikopat, dedicada a um público adulto.
É o criador de “Supermurgeman”, um super-herói vestido com cuecas vermelhas.
Em 2012, publicou o livro Campagne présidentielle, na qual relata a campanha de François Hollande nas eleições primárias socialistas.
 
Mike Deodato Jr
Se chegar às principais editoras norte-americanas é um sonho comum a muitos jovens autores, manter uma publicação regular nessas editoras, e assegurar os principais títulos e personagens das mesmas já só está ao alcance de um grupo muito restrito de grandes estrelas da BD.
O brasileiro Mike Deodato, autor presente no Amadora BD 2012, está neste grupo.
Deodato recebe grandes projetos da Marvel, em colaboração com alguns dos maiores argumentistas ligados à “casa das ideias”: a colaboração com Bruce Jones em Incredible  Hulk, com J. Michael Straczynski em Amazing Spider-Man, com Brian Michael Bendis em New Avengers, ou com Warren Ellis em Thunderbolts.
O autor já foi distinguido com um Troféu HQ Mix para “melhor desenhista”. 

Vincent Vanoli
 
 
3 e 4 de Novembro

Carol Tyler
É pintora, professora, comediante e desenhadora de BD. Foi nomeada para o prémio Eisner pelo seu trabalho autobiográfico. Nascida e criada em Chicago, Illinois, Tyler interessou-se pelo movimento underground onde viria a conhecer Justin Green. Em 1987, publica a sua primeira história “Uncovered Property” tornando-se uma das artistas femininas mais influentes na BD underground e alternativa. nos EUA. O mais recente projeto de Carol Tyler - You’ll Never Know - retrata a sua busca pelo que realmente aconteceu com o seu pai na  Segunda Grande Guerra Mundial. Actualmente, Tyler leciona Comics, Arte Sequencial e Novela Gráfica, na Universidade de Cincinnati. 

Edmond Baudoin
Aos 30 anos deixou a área de Contabilidade e dedicou-se à banda desenhada,
seguindo assim, um sonho de infância.
Baudoin apresenta o primeiro livro Le Sentiers Cimentés, em 1981.
A partir de então não mais parou de produzir. Tem neste momento cerca de 50 obras publicadas nas mais importantes editoras francesas. Como ilustrador, trabalhou sobretudo com alguns dos mais notáveis escritores como o marroquino Tajar Ben Jelloun, com vários galardões nas modalidades de prosa e poesia e distinguido em 2006, pelo Secretário Geral das Nações Unidas, com o Global Tolerance Award o francês de origem mauricia, G. Le Clézio, vencedor do Prémio Nobel da Literatura, em 2008.
Baudoin foi premiado em Angoulême, com as obras Couma Acco (Melhor Álbum, 1992) e pelo argumento de Le Portrait, 1995. 

Fabrice Neaud
Tem um bacharelato em literatura (na variante de artes gráficas,1986). Também estudou filosofia e frequentou uma escola de arte durante quatro anos.
É co-fundador da associação “Ego comme X” que tem uma revista com o mesmo nome. Em 1994, publicou os seus primeiros trabalhos no 1º número de Ego comme X. Era o início do seu Diário (em banda desenhada), um projeto autobiográfico ambicioso. Foi galardoado com o prémio Alph’art para melhor trabalho de jovem artista, em Angoulême, em 1997.
As suas obras têm sido objeto de trabalhos académicos. 

Justin Green
É um desenhador norte-americano e um dos pioneiros na banda desenhada autobiográfica. O livro que lhe trouxe mais notoriedade foi “Binky Brown Meets the Holy Virgin Mary”, publicado em 1972. Green foi uma figura chave na geração de 70 entre os artistas do movimento underground q ue reuniu nomescomo Art Spiegelman e Arcade Bill Griffith.
Nos anos 90 regressou à banda desenhada e, desde então, dedica-se sobretudo à produção de histórias curtas para revistas. 

10 e 11 de Novembro
  
Peter Pontiac
É um artista autodidata que começou a sua carreira em meados dos anos 70, influenciado pelo movimento comix underground, em particular por Robert Crumb.
Participou em diversas revistas e o seu trabalho foi publicado pelas editoras El Víbora, Espanha, Anarchy Comix e Mondo Snarfo, nos Estados Unidos.
Pontiac usa a sua própria vida como a principal inspiração para as suas histórias onde partilha as suas experiências limite, como no livro The Amsterdam Connection.
No final de 90, Pontiac dedicou-se exclusivamente ao seu romance biográfico ilustrado Kraut. Com ele Pontiac notabilizou-se na tradição de artistas como Robert Crumb, Jacques Tardi e Art Spiegelman. 

Mathieu Sapin
 
ZEP
Mas quem é Zep? Um contador de histórias da infância absolutamente incomparável? Um observador apaixonado do ser humano e da sua natureza? Um militante do amor e dos prazeres adultos? Um artista humilde e aberto? O neto de Rodolphe Töpffer?
Zep é tudo isso ao mesmo tempo. Zep é o pseudónimo de Philippe Chappuis, o criador da série Titeuf. Que nos dá a visão das crianças sobre o mundo dos adultos com um sentido de humor implacável em mais de 20 milhões de exemplares publicados em 27 idiomas!
Zep poderia repousado no sucesso de Titeuf.
Mas, continuou a ensaiar novos projetos, Happy Sex é um deles. Reservado para os adultos conta, sem complexos e com uma frontalidade especialmente rara, as pequenas e grandes alegrias (ou tristezas) do sexo, sobre todas as suas formas. Verdadeira ode ao prazer persiste quase como um manifesto para o sexo tão livre quanto feliz.
Presentemente, é o maior sucesso comercial das edições Delcourt com mais de 400.000 exemplares vendidos e o reconhecimento do prémio da Amadora…

Em datas a confirmar

Antonio Altarriba
É escritor, ensaista, guionista e argumentista de banda desenhada. Na década de 80 iniciou o seu trabalho nesta área com colaborações com o Colectivo Z na revista Bustrófedon e depois em De vuelta e Desfase, com o desenhador espanhol Luis Royo conhecido pela sua pintura sensual e imagética apocalítica.
Depois de uma paragem, nos anos 90, Altarriba regressou à BD produzindo ensaios e roteiros. Entre os últimos, conta-se El arte de volar, 2009, uma biografia do seu pai que, aos 90 anos, se suicidou numa residência para idosos.
 
Caeto
Estudou banda desenhada no Estúdio Pinheiros dirigido pelo Professor Domingos Takeshita, mentor de uma legião de ilustradores. Caeto está desde 2000 no mercado editorial, onde trabalhou para diversas editoras, e ilustrou obras de autores como Fernando Bonassi- escritor, dramaturgo, cineasta brasileiro, colunista da Folha de S. Paulo desde 1997 – e Heloísa Prieto - especialista em comunicação e semiótica com mais de 40 livros publicados – e colaborou com várias revistas brasileiras.
Caeto foi ainda editor das revistas independentes Sociedade Radioativa e Glamour Popular, nas quais participou com algumas das suas histórias.

Dominique Goblet
Estudou ilustração no Instituto Saint-Luc. A técnica mista que utiliza e as influências do universo da ilustração traduzem-se numa escrita gráfica única. O seu primeiro livro Portraits crachés, editado pela Freon, inclui histórias e imagens publicadas em revistas revivalistas da década de 90.Em 2007, a editora L’Association publicou a sua autobiografia em livro - Faire semblant, c’est mentir. Este ano, Dominique Goblet concluiu o livro Le projet Nikita que reúne os retratos que ela e sua filha fizeram uma da outra, desde 2002.
 

Programação paralela
 
O presidente da Câmara Municipal da Amadora tem o prazer de convidar V. Exª e família para as iniciativas de Programação Paralela e antestereia do 23º AmadoraBD 2012 que têm lugar nos dias: 

18 de Outubro, 19h
BDs Autobiográficas Francesas: Cyril Pedrosa e Mathieu Sapin
Institut Français du Portugal 

19 de Outubro, 19h
Cinzas da Revolta: Miguel Peres e Jhion (João Amaral)
Livraria Bucholz-Leya 

21 de Outubro, 14h
Diário Gráfico com Ricardo Cabral e Till Laßmann
percurso Rossio-Amadora com desenho em giz no Parque Central
Estação do Rossio 

22 a 28 de Outubro
Exposição Anado Editorial Português Prémios Nacionais de Banda Desenhada do AmadoraBD
Baixa Chiado PT Bluestation 

25 de Outubro, 21h30
Apresentação do álbum Portugal, com Cyril Pedrosa
Institut Français du Portugal 

(Textos da responsabilidade da organização)

Cinzas da Revolta - exposição


18/10/2012

Astérix entre os Bretões

 

 

 

 

 
 

René Goscinny (argumento)
Albert Uderzo (desenho)
ASA (Portugal, Setembro de 2012)
22o x 290 mm, 48 p., cor, cartonado
12,90 €

  
 
1.       “Astérix e Obélix: Ao serviço de Sua Majestade”, o filme que hoje estreia em Portugal, tem como base “Astérix entre os Bretões”, oitavo álbum da série.

2.      Datado de 1966, transporta os gauleses para o outro lado do canal da Mancha, em resposta a um apelo de Jolitorax, primo de Astérix, cuja aldeia é a única da Bretanha que ainda resiste aos invasores romanos.

3.      Apesar de curta, a viagem, leva-os a descobrir uma realidade bastante diferente: a língua, com a construção frásica invertida, a condução pela esquerda, os esquisitos hábitos alimentares - cerveja morna, javali cozido, água quente com um farrapinho de leite – ou o invulgar hábito de pararem diariamente às cinco da tarde e dois dias por semana.

4.      A fleuma britânica a toda a prova, os Beatles, os estranhos sistemas métrico e monetário, o futuro túnel sob a Mancha (construído apenas 28 anos mais tarde) e a participação num (violento) jogo de râguebi são outros aspectos realçados por Goscinny e Uderzo para elaborarem uma caricatura mordaz e irresistível dos britânicos, revelando-se uma dupla em grande forma.

5.      Uderzo apresenta as qualidades que o distinguiram como um dos grandes desenhadores de humor: composição das páginas, legibilidade do traço, sentido de movimento, expressividade das personagens…

6.      Quanto a Goscinny, mordaz e observador, baseia-se na caricatura de motivos de fácil identificação, na repetição de gags e situações e nos bem conseguidos trocadilhos de palavras, para divertir o leitor.

7.      Entretanto, aproveitando a estreia do filme, a ASA acaba de lançar uma edição com uma capa nova, mais chamativa por ser diferente da habitual já conhecida dos leitores, mas de menor impacto relativamente ao conteúdo do livro.

8.     Esta edição apresenta também o traço preto restaurado e uma nova coloração digital, o que lhe confere um ar mais moderno e o torna mais legível.

9.      Por um lado, porque os pretos estão mais fortes e contrastados, o que é especialmente visível nas cenas mais preenchidas, como acontece nas páginas 46 e 47, e também na definição das fronteiras entre cenários e personagens, sendo este último aspecto reforçado pela utilização de cores mais vivas e fortes e com melhor definição – apesar de um ou outro excesso cromático pontual.

10.  Aliás, esta “actualização” das cores, na minha óptica – o que não significa que a defenda, apenas que a compreendo - só surpreende por ser tardia.

11.   Escrevo-o porque, pelas provas de grande sentido comercial já dadas por Uderzo – e por isso Astérix é o sucesso de vendas que todos sabemos - seria algo para já ter sido feito há mais tempo…

12.  … e o mesmo raciocínio se pode aplicar, aliás, ao redesenhar dos álbuns iniciais, para homogeneizar o traço…
 
(Versão expandida do texto publicado no Jornal de Notícias de 17 de Outubro de 2012)
 
 

Pessoa & Cia - Exposição

Data: 18 de Outubro de 2012 a 31 de Dezembro de 2012
Local: Casa Fernando Pessoa, Rua Coelho da Rocha, 16 – Lisboa
Entrada livre no limite dos lugares disponíveis

 

 

 

 

 

Hoje, 18 de Outubro, pelas 18h30, tem lugar a inauguração da exposição NOVELA GRÁFICA: PESSOA & CIA, da autoria de Laura Pérez Vernetti, que na ocasião integrará uma mesa de discussão que coincide com o lançamento, pela Asa (Leya), da novela gráfica com o mesmo nome.
Participam também na conversa António Jorge Gonçalves, Filipe Abranches e Golghona Anghel, estando a moderação a cargo de Sara Figueiredo Costa.

 

(Texto da responsabilidade da organização)

17/10/2012

Heróis Marvel continuam no Público

 
 
 
 
 
 
Uma semana após a publicação do 15º e último volume da primeira série da colecção Heróis Marvel, os super-heróis da casa das Ideias regressam com o jornal Público já a partir de amanhã, para uma segunda série que contará 10 tomos.
Uma segunda série e não o prolongamento da primeira, por motivos legais, pois no início destes coleccionáveis é obrigatório indicar o número de volumes e o custo total da colecção.
Antes de apresentar a listagem dos novos títulos (baseada no suplemento que o Público incluiu na sua edição de domingo passado, quero destacar três aspectos que me parecem desde já positivos:
Em primeiro lugar, desta vez a selecção baseia-se em obras mais recentes, o que me parece que as torna mais apelativas.
Em segundo lugar, a inclusão de heróis "em falta" na primeira série, como Daredevil e Homem de Ferro.
Em terceiro lugar, ao contrário da série anterior, “importada” das colecções italiana e espanhola, alguns dos volumes foram pensados para Portugal, o que permitiu, entre outros aspectos, a inclusão no volume dedicado ao Homem de Ferro das histórias da colectânea Titanium, entre as quais duas desenhadas pelos portugueses Filipe Andrade e Nuno Plati.
A terminar fica o desejo que esta segunda vida dos Heróis Marvel – que merecia ter tido uma divulgação junto dos meios especializados - possa ter uma distribuição melhor que a anterior, aspecto que me parece absolutamente necessário para o seu sucesso.
 
18 de Outubro
Dinastia de M
Brian Michael Bendis (argumento)
Olivier Copiel e Tim Towsed (desenho)
 
25 de Outubro
X-Men: A Saga da Fénix Negra
Chris Claremont (argumento)
John Byrne (desenho)
 
1 de Novembro
Homem de Ferro: Extremis
Warren Ellis, Adam Warren, Mark Haven Britt, Matteo Casali, Tim Fish (argumento)
Adi Granov, Salva Espin, Nuno Plati, Steve Kurth e Filipe Andrade (desenho)
 
8 de Novembro
Surfista Prateado: Parábola
Stan Lee (argumento)
Moebius e John Buscema (desenho)
 
15 de Novembro
Wolverine: O velho Logan
Mark Millar (argumento)
Steve McNiven e Dexter Vines (desenho)
 
22 de Novembro
Dr. Estranho: o Juramento
Brian K. Vaughan, Stan Lee (argumento)
Marcos Martin e Steve Ditko (desenho)
 
29 de Novembro
Homem-Aranha: O Reino
Kaare Andrews (argumento e desenho)
 
6 de Dezembro
Demolidor: Renascido
Frank Miller (argumento)
David Mazzucchelli (desenho)
 
13 de Dezembro
Wolverine: Arma X
Barry Windsor-Smith, Chris Claremont (argumento)
Barry Windsor-Smith (desenho)
 
20 de Dezembro
Guerra Civil
Mark Millar (argumento)
Steve McNiven e Dexter Vines (desenho)

Huguinho, Zezinho e Luisinho já têm 75 anos

 
 
 
 
 
 
 
 
 
Huguinho, Zezinho e Luisinho, os populares sobrinhos do Pato Donald apareceram pela primeira vez há 75 anos, na última vinheta de uma prancha dominical.
 
Criados por Ted Osborne e Al Taliaferro, antes da sua entrada triunfal em cena, pregando as primeiras partidas ao tio, foram antecedidos de uma carta de Della, irmã gémea de Donald, que os descrevia como brincalhões. Prometia também ir buscá-los logo que o pai - segundo Don Rosa, um irmão de Margarida, razão pela qual eles lhe chamam tia - recuperasse da explosão de uma bomba debaixo da sua cadeira, o que, no entanto, nunca aconteceu. Donald teve, assim, que assumir a sua educação e rapidamente passou a dividir com eles o protagonismo dos seus filmes e bandas desenhadas.
Os seus nomes originais, Huey, Dewey e Louie, teriam sido inspirados nos dos governadores da Luisiana e de Nova Iorque, Huey Long e Thomas E. Dewey, e no do trompetista Louis Armstrong.
Embora de início travessos e causadores de enormes (mas divertidas) confusões, com o tempo Huguinho, Zezinho e Luisinho passaram a ter uma postura mais lúcida e responsável, servindo de contraponto ao seu colérico e explosivo tio, a quem muitas vezes livraram de sarilhos, quer pelas suas aptidões naturais, quer graças ao manual do escoteiro-mirim que conheciam bem. E nalguns futuros alternativos, surgem mesmo como os herdeiros naturais e gestores da fortuna do tio Patinhas, em detrimento de Donald.
Como curiosidade, refira-se que se os três sobrinhos de Donald são sobejamente conhecidos de todos, poucos saberão da existência de um quarto sobrinho, que os fãs baptizaram como Phooey, que ao longo dos anos fez aparições numa ou noutra vinheta, fruto de desatenções de desenhadores que inadvertidamente incluíam quatro patinhos em lugar de três!
 
(Versão revista do texto publicado no Jornal de Notícias de 17 de Outubro)
 

16/10/2012

Capitán América - El hombre que compró América

 
 
 
 
 
Colecção Marvel Deluxe - Capitán América #8
Ed Brubaker (argumento)
Steve Epting, Mike Perkins, Roberto de la Torre, Rick Magyar, Fabio Laguna (desenho)
Frank D’Armata (cor)
Panini Comics (Espanha, Setembro de 2012)
175 x 265 mm, 152 p, cor, cartonado
16,00 €
 
 
Resumo
Compilação dos comics Captain America vol. 5, #37 a #42, da edição original norte-americana, consolida Bucky Barnes/o Soldado Invernal como o novo Capitão América, não sem que antes ele tenha de defrontar alguém com as mesmas aspirações, ao mesmo tempo que os planos urdidos pelo Caveira Vermelha são finalmente derrotados.
 
Desenvolvimento
Este tomo é o último do tríptico que narra o assassinato do Capitão América, no final da Guerra Civil que abalou o universo Marvel, e os acontecimentos subsequentes que levaram a ajustes importantes no seu seio.
Por isso, não deve ser lido isolado, mas como fecho de uma longa saga iniciada em “La muerte del Capitán América” (Colecção Marvel Deluxe - Capitán América #5) e que prosseguiu em “El peso de los sueños” (Colecção Marvel Deluxe - Capitán América #6), da mesma forma que este meu texto precisa também do complemento do que escrevi atrás sobre os outros dois tomos, até porque evitei repetir as ideias até agora expressas.
Nele, Brubaker continua a sua reconstrução do mito do Capitão América, revisitando ou evocando diversos momentos da sua cronologia para dar consistência à narrativa, que vai orientando entre o conflito com os seguidores do Caveira Vermelha e as cenas dialogadas em que Bucky tenta justificar a opção de vestir o uniforme do herói caído, num crescendo de tensão que culmina num confronto entre dois capitães América!
E se a linha condutora de Brubaker – e a sua mestria narrativa – se mantêm ao longo de toda a saga, bem pensada, delineada e exposta, pena é que a participação de Steve Epting tenha passado a ser intermitente, com a imagem gráfica a ressentir-se bastante e o traço a tornar-se rude e até indefinido, sem o cunho hiper-realista que o caracterizava e ajudava à ligação entre a ficção de super-heróis e a realidade, pois são vários os aspectos quotidianos nela incluídos.
Em jeito de resumo, como ideia central, fica a forma como Ed Brubaker destrói, justifica, releva e restaura o mito, encerrando um ciclo e abrindo as portas para outro novo. Porque, se este é concluído de forma no mínimo competente e, algumas vezes, mesmo brilhante, deixa também as pontas soltas suficientes para que tudo possa continuar.
 

15/10/2012

Dr. Kildare, 50 anos aos quadradinhos






 

A 15 de Outubro de 1962, nascia um novo herói dos quadradinhos, o Dr. Kildare cujas tiras diárias marcaram presença regular nas páginas do Jornal de Notícias nas décadas de 1970 e 1980.
Esta série de banda desenhada, escrita por Elliot Caplin e desenhada por Ken Bald, seguia as pisadas de uma série televisiva com o mesmo nome, estreada um ano antes na NBC. A colagem era evidente, com os heróis de papel a assumirem os rostos dos protagonistas, Richard Chamberlain e Raymond Massey, cujas fotos muitas vezes ilustraram as capas das revistas de BD. Curiosamente, a série da TV por sua vez fazia reviver um velho sucesso do cinema, o drama “Interns can’t take Money”, de 1938, que deu origem a mais uma dezena de películas.
O protagonista era James Kildare, um jovem médico, ambicioso e dotado, cujo espírito de iniciativa e idealismo com frequência chocavam com as ideias do seu próprio pai e com os métodos e normas mais tradicionais impostos pelo mais idoso Dr. Leonard Gillespie, director do hospital.
Embora decorrendo maioritariamente em meio clinico, com os dramas humanos inerentes à situação dos doentes em primeiro plano, o enredo incluía também momentos de acção – nomeadamente quando havia feridos de tiroteios – e breves ligações sentimentais entre o protagonista e as diversas beldades femininas com quem se ia cruzando.
A série televisiva, que a RTP chegou a exibir, manter-se-ia no ar até 1965, mas a banda desenhada, que contou também com prancha dominical a partir de 1964, sobreviver-lhe-ia quase mais vinte anos, até 1984.
Para além da publicação diária no Jornal de Notícias, o Dr. Kildare não teve grande visibilidade em Portugal, contando-se apenas uma presença no nº3 da revista “O Tico”, da Portugal Press, e cinco números de uma revista própria, das edições H. Pimenta, todas datadas de 1979.

 

(Versão revista do texto publicado no Jornal de Notícias de 15 de Outubro de 2012)
 

 

 

14/10/2012

Selos & Quadradinhos (88)

Stamps & Comics / Timbres & BD (88)

 
Tema/subject/sujet: Caricatura Costarricense
País/country/pays: Costa Rica
Data de Emissão/Date of issue/date d'émission: 2011

13/10/2012

BD ao Forte

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
No âmbito da primeira edição da Trienal Movimento Desenho DESENHA’12, um evento partilhado por dezenas de instituições com iniciativas acerca da temática do desenho nas suas mais variadas vertentes e abordagens, ocorrerá BD AO FORTE, o certame que se centrará sobretudo no universo da banda desenhada.
Em parceria com a Liga do Combatente, todas as actividades decorrerão no Forte do Bom Sucesso em Belém, durante os dois meses do festival. No fundo, consistirá num conjunto de propostas para promover e divulgar a BD no nosso país, com workshops, exposições, lançamentos de projectos e apresentações variadas. Além disso, no lançamento e encerramento haverá uma feira de banda desenhada com a presença de alguns autores.
 
OUTUBRO
13
das 17h às 20h
 Inauguração
Abertura das exposições
Feira de BD
Programa em directo da TVL (televisão online) com a temática “O desenho na BD”.
 
14
das 14h às 17h
Masterclass “Banda Desenhada – do esboço à arte final” com Fil
5€ (mínimo 4 pessoas)
 
 
NOVEMBRO
17
das 10h às 17h
Masterclass “Análise formal de BD” com Pedro Moura
50€ (mínimo 6 pessoas)
 
24
das 10h às 17h
Masterclass “Escrita para BD – Linguagem e Forma” com Mário Freitas
20€ (mínimo 5 pessoas)
 
 
DEZEMBRO
1
Das 14h30 às 17h30
Sessão “Animação à Leitura” com Pedro Leitão
12€ (mínimo 20 crianças, cada uma acompanhada por um adulto)
 
das 17h30 às 20h
Apresentação Zona Desenha (Associação Tentáculo)
 
2
das 10h às 17h
Masterclass “A legendagem na BD – um importante instrumento narrativo” com Mário Freitas
20€ (mínimo 5 pessoas)
 
8
das 10h às 17h
Masterclass “BD Experimental” com Pedro Moura
50€ (mínimo 6 pessoas)
 
15
das 17h30 às 20h
Encerramento
Feira de BD
Apresentação/Actividade Kingpin Books
 
(Texto da responsabilidade da organização)

Iberanime OPO 2012

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O pavilhão Multiusos de Gondomar acolhe este fim-de-semana o Iberanime OPO 2012, um evento dedicado a todos os fãs e interessados pela cultura pop japonesa.
Já na sua 6ª edição, este certame acompanha uma curiosidade crescente de jovens e adolescentes por uma cultura e uma filosofia diferentes, normalmente despertada pela leitura de BD japonesa (manga) e a visualização de desenhos animados nipónicos (anime).
O Iberanime OPO 2012, aberto das 10h30 às 20h (no sábado) e às 19h30 (domingo) anuncia videojogos, torneios de cartas, uma zona comercial e muita animação, bem como os cada vez mais populares concursos de cosplay, no qual os participantes se vestem e actuam como os seus heróis favoritos.
Do programa fazem também parte uma oficina com Kamui, uma famosa cosplayer internacional, que ensinará as suas técnicas de confecção de fatos e utilização de materiais, e concertos com Keisho Ohno e Yoshi, o puto dragão.
Para mais informações consultem o site oficial do Iberanime OPO 2012.
 
(Versão revista do texto publicado no Jornal de Notícias de 13 de Outubro de 2012)
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