17/12/2021

Méga Spirou #28

Schtroumpfástica!


Já o escrevi por aqui: sendo esta revista uma espécie de mostruário do (bom) catálogo de humor da Dupuis, o menor ou maior interesse de cada edição está intimamente ligado aos dois álbuns completos incluídos.
Sendo este um número dedicado aos schtroumpfs - e também por extensão a Peyo - dificilmente poderia ser melhor, ou não incluísse ele um dos álbuns fundadores da (fantástica) BD franco-belga dos anos 1960 e uma aventura longa completa dos pequenos seres azuis.
E mais ainda.

16/12/2021

Corto Maltese: Oceano negro

Era preciso…?


Esta é uma das perguntas que se pode colocar a propósito deste álbum: era preciso? Ou, de forma, mais completa e inteligível para todos: era preciso chamar ‘Corto Maltese’ ao protagonista?
A resposta, obviamente ambígua, é sim. E não. E talvez.
Explico a seguir, mas se preferirem avançar para Oceano negro antes de prosseguirem esta leitura, deixem que vos dê um conselho: a exemplos dos “Lucky Luke de…” e dos “Spirou de…”, encarem a proposta de Bastien Vivés e Martin Quenchen como um ‘Corto Maltese de…’ e avancem com o espírito aberto.

15/12/2021

Spy Family #1

E agora...




A par das (longas) colecções em curso que sustentam o seu catálogo, a Devir tem diversificado a oferta (só) em manga e este Spy Family é a proposta mais recente.
Apontado para leitores a partir dos 8 anos, é na verdade uma leitura leve e divertida, que pode bem agradar a outras faixas etárias.

13/12/2021

Homem Voador

Loopings


Voar é desde sempre um dos grandes sonhos da humanidade. Olhando para as aves no céu, logo os primeiros homens desejaram imitá-las.
Ícaro pagou com a vida a sua ambição; pioneiros sonhadores e destemidos criaram os primeiros engenhos voadores. Hoje, qualquer um de nós, gostaria de poder deixar o carro parado e simplesmente saltar pela janela e voar rumo ao infinito - ou mais além… - ou simplesmente ir até ao trabalho ou à pastelaria do bairro sem trânsito nem confusões, acima da poluição que domina as cidades.
Mas tudo não passa de sonhos e/ou as coisas não são assim tão simples. Álvaro e José Pinto Carneiro primam por transformar esse sonho num pesadelo.

11/12/2021

Almanaque da Turma da Mônica #1

Diferenças


É indiscutível a progressão na continuidade das histórias da Turma da Mônica - e das outras ‘turmas’ criadas por Maurício de Sousa neste último meio século (mais no seu início…) -baseada em princípios fundadores fundamentais: o humor, a amizade e a solidariedade como lema, o desbaratar dos próprios códigos da BD, as preocupações sociais no horizonte…
Mas também é inegável que, em tempos mais 1recentes - de há uns quantos anos a esta parte… - o humor é mais cuidadoso, as histórias mais inócuas: o politicamente correcto impôs-se nestas criações.
Pelo contraste, este número inaugural da nova fase - em termos de numeração - do Almanaque da Turma da Mônica, é um exemplo.

10/12/2021

Comissário Ricciardi: Primeiros inquéritos

 O princípio



Presença(ir)regular neste blog, o Comissário Ricciardi chega agora a Portugal pelas mãos de A Seita, na sua colecção Aleph, dedicada aos títulos ‘de heróis' Bonelli, que chega assim (já) ao décimo volume.
Primeiros inquéritos, com as suas primeiras investigações, revela-se a porta ideal de entrada no mundo deste inspector da polícia italiana, criado literariamente pelo escritor Maurizio de Giovanni.

07/12/2021

O Relatório de Brodeck

Indizível

Quem ler o teu relatório, tem de perceber e de perdoar’

In O Relatório de Brodeck


Acabo de reler - agora em português, quem o julgaria possível há meia dúzia de anos…? - esta obra.
Mais uma vez, sinto-me subjugado, embrutecido, emocionalmente abalroado, sem palavras, perante a violência visceral do relato - mais íntima do que física, embora ela também lá esteja - e perante a beleza agreste e brutal do traço.
Que escrever? Que é uma das grandes bandas desenhadas que já li na vida. E rogar por favor que a leiam.

06/12/2021

Tintin no País dos Sovietes - edição a cores

Imperativo ou traição?




Com Portugal a ser o terceiro país fora da zona francófona - depois dos Países Baixos e da Dinamarca - a poder editar a versão colorida de Tintin no País dos Sovietes, impõe-se também aqui a questão: era um imperativo ou é uma traição?
A resposta, não é simples e até pode ser afirmativa em ambos os casos.

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