22/12/2022

O Castelo dos Animais #3

Em crescendo


Sei que as minhas propostas desta semana têm sido (quase todas) pouco ajustadas à quadra natalícia que atravessamos, mas a verdade é que as leituras não se têm submetido ao calendário e mergulhado em tantas e tão boas escolhas editoriais neste final de ano, depois da II Guerra Mundial e da enganadora Pax romana, cabe-me agora trazer-vos de novo os animais que Dorison e Delep tão bem - tão mal...? - humanizaram, na senda do trajecto que Orwell genialmente desbravou no seu Animal Farm.

21/12/2022

Alix Senator #7

Inusitada violência (II)




Intitulei a análise aos dois álbuns anteriores de Alix Senator como 'Inusitada violência', mas estava longe de imaginar o que me esperava neste sétimo tomo, que encerra um ciclo de quatro álbuns e, mais do que isso, um primeiro arco alargado numa série que, álbum após álbum se apresenta como de leitura muito aconselhável.

20/12/2022

A Adopção

Histórias que (não) acabam bem


Todos sonhamos com histórias que acabam bem”, lê-se a certa altura em A Adopção, mas, raramente, sabemos o que é ‘acabar’ e o que é ‘bem’. E temos tendência para procurar a felicidade nos outros, no acessório, no que está longe, como se aquilo que nos rodeia, que está mesmo à nossa beira não pudesse suprir - e de forma bem mais consistente - “esta esperança, esta cegueira” - a tal ‘felicidade’ - que é “a força da humanidade”.

19/12/2022

O Grão-Duque #1-#3

Confirmação

A leitura deste tríptico em modo ‘integral’ - que é como quem escreve, dos três volumes de seguida, sem interrupções de qualquer ordem - confirma as indicações que o primeiro volume tinha deixado.
Para o mal e para o bem. Embora com este a prevalecer.

18/12/2022

Os Autógrafos do Pedro: Jean Bastide e Philippe Fenech




Mesmo sem ter estado presente na Comic Con Portugal 2022, à distância foi possível entrevistar Jean Bastide e Philippe Fenech, desenhadores das aventuras de Ideiafix, para o Jornal de Notícias (texto publicado na edição de papel de 13 de Dezembro) e obter os indispensáveis autógrafos.
Fica aqui o devido registo e um agradecimento à equipa das Edições ASA que o tornou possível.

16/12/2022

Yo maté a Adolf Hitler

Atrozmente simple
s, mas...


Vamos imaginar que neste tempo - em qualquer tempo - ser assassino contratado é uma profissão como outra qualquer. E imaginemos que nesta/nessa época, alguém é contratado para recuar 50 (ou mais) anos no tempo e matar Adolf Hitler, antes da ascensão do nazismo mergulhar a Europa e o mundo numa guerra atroz que provocou milhões de mortos.
Esta é a base de Yo maté a Adolf Hitler.
Mas…

15/12/2022

Nevada #2: Estrada 99

Em construção


Leitor de banda desenhada há mais de quatro décadas, acho que posso dizer que neste percurso a aventura foi sempre o tema de eleição - embora também reconheça que a maior parte das grandes obras que li aos quadradinhos estejam completamente fora daquele género.
Quanto à aventura, pode vir em estado puro, se assim posso escrever, ou condimentada como western, policial, ficção-científica, relato na selva, narrativa medieval, conto primitivo...
Dentro do género, Nevada, escolha improvável - menos provável, soa-me melhor... - na linha editorial mais evidente de A Seita, é um exemplo como tantos outros, mas confesso que o primeiro livro não fez de mim fã da série, embora me deixasse com alguma curiosidade para mais. Se como titulei na altura, A Estrela Solitária lançava os alicerces, agora, com a construção ‘a aparecer’, já me senti mais realizado com a leitura.

13/12/2022

Kong the King #2

Um turbilhão de emoções



Em 2015, Kongthe King (edição da Kingpin Books) irrompia na paisagem da banda desenhada portuguesa, de forma surpreendente e estimulante. Revisão livre da história de King Kong, tinha o mesmo ponto de partida, a chegada de uma equipa de filmagens à ilha da Caveira e o transporte do seu colossal habitante para a grande metrópole.

12/12/2022

Regresso ao Éden

Triste paraíso



Paco Roca continua a narrar a (sua) história do século XX espanhol, em particular dos anos das guerras - Civil e II Mundial - e das décadas que se lhe seguiram. É uma forma muito pessoal de a contar, entre o realismo histórico e a sua realidade pessoal e familiar, esta última assumida de forma púdica e e num patamar inferior em relação à ‘Grande História’.
Continua a fazê-lo de forma extremamente sensível e original, enquanto explora - revela? - potencialidades do meio que lhe serve de veículo: a banda desenhada.

11/12/2022

Derradé: “É na BD que se encontra a minha verdadeira vocação”



A atribuição do Prémio Jorge Magalhães para Argumento de BD a Derradé, pelo seu livro O Fogo Sagrado, foi o mote para breve entrevista, feita à distância, que serviu de base ao texto publicado no Jornal de Notícias online de 3 de Dezembro de 2022, e à sua versão em papel publicada no dia seguinte.
A seguir, fica a versão integral dessa mini-entrevista, com aspectos que fazem pensar.

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