Táxi
Amarelo
é mais uma prova - completamente desnecessária porque isso é algo
adquirido - do talento narrativo de Chabouté, do seu virtuosismo a
preto e branco, comprovado pelo facto de serem as páginas sem texto
aquelas que adquirem maior impacto - visual e narrativo.
A minha
geração - possivelmente por influência da anterior, que viveu,
mesmo que à distância (e com a sombra guerra colonial de perto) os
efeitos
da II Guerra Mundial, sempre teve uma apetência especial por esta
temática.
Black
Rowan e Morgan Chaffey são parceiros na polícia de Portsmouth. A
sua relação tem anos e prolonga-se para lá do trabalho, no domínio
particular, abrangendo a mulher dele, grávida do primeiro filho. A
relação de ambos, com a profunda confiança que o trabalho obriga,
é uma profunda amizade, que esvazia a evidente atracção sexual
entre ambos.
Continuando
a expandir o universo Grahic
MSP,
já indiscutivelmente um universo alternativo da Turma da Mônica
original,
agora cabe a Xaveco dar o salto, neste caso literalmente,
porque passa de eterna personagem secundária a
protagonista da sua própria edição - neste momento distribuída em
Portugal.
Um pai
que bebe e bate na mãe, a indiferença que esta lhe manifesta, a
partida da rapariga por quem estava perdida e platonicamente
apaixonado, a chegada de uma nova aluna que será nova paixão
similar,
as dificuldades de inserção e aceitação pelos colegas da mesma
idade, a descoberta do sexo e do outro sexo, são as constantes do
dia-a-dia penoso de Punpun, à entrada da adolescência.
Nada de
muito original ou diferente, portanto, mas....
Há
bandas desenhadas - romances, discos, filmes... - que pela sua
qualidade intrínseca, obviamente, mas também pela importância
específica que tiveram no momento do seu lançamento e/ou do
contributo que tiveram para a evolução do género em que estão
inseridas,
porque marcaram momentos da vida cultural do país - do mundo... -
deveriam estar sempre disponíveis para aquisição, para fruição . A
Trilogia
Filipe Seems,
de Nuno Artur Silva e António Jorge Gonçalves, que a ASA acaba de
reeditar para assinalar os 30 anos da sua estreia, é um desses
casos, principalmente no que respeita a Ana,
o álbum inaugural.