22/09/2012

Mônica e Cebola vão dar o nó?

 
 
 
 
 








A notícia chegou há dias: Mônica e Cebolinha (aliás Cebola) vão dar o nó, depois de décadas de planos infalíveis e dolorosas coelhadas.
 
O feliz acontecimento terá lugar no nº 50 da revista Turma da Mônica Jovem, à venda em breve no Brasil (e seis meses depois em Portugal), mas dele apenas se conhece o “Convite de Casamento” da Mônica e do Cebola “para o dia mais feliz” das suas vidas e, até agora, ambos eram apenas adolescentes.

21/09/2012

Un peu de bois et d'acier



 

 
 

 
 

Chabouté
Vents d’Ouest (França, 19 de Setembro de 2012)
170 x 245 mm, 336 p., pb, brochado com badanas
30,00 €

 
1.       Chabouté é um autor cuja carreira tenho acompanhado com intermitência.
2.      Dele, admiro o preto e branco contrastado, sem tons intermédios, de traço fino, preciso, expressivo, atento aos detalhes…
3.      … e a forma como combina ternura, desencanto e crueldade em histórias (aparentemente) banais, que poderiam pertencer ao quotidiano de muitos de nós.
4.      Desta vez, a sua proposta é um pouco diferente, com a ternura – e algum humor – a sobreporem-se ao desencanto - ainda presente – e à (quase ausente) crueldade.
5.      Diferença que se faz também sentir pela absoluta ausência de texto escrito - de balões, portanto - o que torna desde logo distinta a leitura – fundamentalmente contemplativa - deste grosso romance gráfico de mais de 300 pranchas, cujo ritmo é o leitor que determina, pois a composição das prancha, (enganadoramente) monótona, em que predominam, com raras excepções, as tiras horizontais de vinheta única, propíciam que os olhos se demorem numa “leitura” absorvente e mais completa.
6.      Pranchas essas que nos mostram, qual palco teatral, praticamente sempre o mesmo cenário…
7.      … alterado apenas pelas mudanças entre o dia e a noite ou pelos sinais da passagem das sucessivas estações do ano.
8.     (Pois esta obra decorre ao longo de dias, semanas, meses, anos, muitos anos.)
9.      Um palco teatral que reproduz um recanto de um jardim, onde apenas existe, junto a uma árvore, um banco feito de madeira e ferro.
10.  E, o seu tema, que marca nova diferença, é a história do tal banco de jardim. Melhor, as muitas histórias que se passam no curto espaço em torno do banco de jardim.
11.   Um banco que se revela como local de passagem, descanso, reflexão, sonho, desilusão, paixão, trabalho, dormida…
12.  … e por onde vão passando um casal de adolescentes, um homem apressado, um casal de velhinhos apaixonados, um sem-abrigo, um polícia, um trio de solteironas, um músico de rua, um pai com um filhinho pequeno, uma jovem grávida…
13.  Gente anónima – igual a tanta gente com quem nos cruzamos quotidianamente – com sonhos, ambições, problemas, anseios, desejos, medos, rotinas, frustrações, alegrias…, cujas histórias, só afloradas por Chabouté com ternura, de forma contida e púdica, todos nós iremos imaginar.
14.  À nossa maneira, segundo os nossos condicionamentos – e esse é o maior trunfo desta obra: a grande liberdade (criativa/interpretativa) concedida ao leitor, à sua imaginação.

 

20/09/2012

Spirou e Fantásio #50

Nas Origens do Z
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Morvan e Yann (argumento)
Munuera (desenho)
ASA (Portugal, Julho de 2012)
218 x 300 mm, 56 p., cor, cartonado
12,90 €

19/09/2012

Leituras Novas

Setembro de 2012

 

ASA
12 – A Doce
François Schuiten
Léon conhece bem a Doce. Compreende-a melhor do que ninguém e antecipa os seus mínimos desejos.
O que é muito natural, depois de tantos anos passados juntos a devorar quilómetros. Porque a Doce, ou melhor, a 12.004, é uma locomotiva a vapor. Uma rainha da velocidade, com uma mecânica sofisticada, que é o orgulho do seu maquinista.
Mas os tempos mudam, os transportes eléctricos ganham terreno e os dias da Doce estão contados.
Edição disponível com 2 capas diferentes.
É o primeiro livro de BD com realidade aumentada.
 

Astérix entre os Bretões (capa nova)
Goscinny e Uderzo
Decidido a expandir as fronteiras do seu império, Júlio César prepara um exército de legionários altamente treinados para invadir a Bretanha (a actual Grã-Bretanha).
Para ajudar o seu primo bretão Jolitorax na sua luta contra as legiões romanas, Astérix atravessa o Mare Britannicum (Mancha) na companhia de Obélix e de um barril cheio de «mágica poção».
Começa então para os dois amigos um périplo pelo país onde falam ao contrário, bebem cerveja quente, servem javali cozido e jogam râguebi (para grande satisfação de Obélix)!
Será que nossos heróis conseguirão resistir a todos estes desafios? 

 

Contraponto
Alison Bechdel
Vencedor do Eisner Award e do Lambda Book Award
Livro do Ano do New York Times, do Los Angeles Times, do San Francisco Chronicle, da Publishers Weekly, da Salon.com, da Amazon.com, do Guardian e do London Times
Best-seller internacional e obra pioneira, Fun Home descreve a relação frágil que Alison Bechdel manteve com o pai ao longo da sua infância e adolescência. Na sua narrativa, a história íntima e pessoal de uma família transforma-se numa obre cheia de subtileza e poder.
Exigente e distante, Bruce Bechdel era professor de Inglês e dirigia uma casa funerária – a que Alison e a família chamavam, numa pequena piada privada, a «Fun Home». Só quando estava na universidade é que Alison, que recentemente admitira aos pais que era lésbica, descobriu que o pai era gay. Umas semanas depois desta revelação, Bruce morreu, num suposto acidente, deixando à filha um legado de mistério, complexos e solidão.

 

Levoir/Público
Carl Potts e Jim Lee

#11 - “X-Men - Graduação”
Roy Thomas e Neal Adams

#12 - “Guerras Secretas - Heróis vs. Vilões”
Jim Shooter, Mike Zeck e Bob Layton

#13 - “Guerras Secretas - A Batalha Final”
Jim Shooter, Jay Faerber, Mike Zeck e Gregg Schiciel 

 

Saída de Emergência
Ben Avery, Mike S. Miller e Mike Crowell
O continente de Westeros é o cenário onde se desenrola a saga de George R. R. Martin, as Crónicas de Gelo e Fogo.
O Cavaleiro de Westeros decorre cerca de cem anos antes do início do primeiro livro das Crónicas, no tempo do rei Daeron, com o reino em paz e a dinastia Targaryen no auge do seu poder.
Quando a vida de um cavaleiro termina, a sua morte pode ser o começo de uma nova vida para o seu escudeiro. Intitulando-se de “Sor Duncan, o Alto”, o jovem Dunk parte em busca de fama e glória no torneio de Vaufreixo, mas também sonha em prestar juramento como cavaleiro dos Sete Reinos. No caminho, encontra um rapaz misterioso que está determinado em ajudá-lo na sua demanda.
Infelizmente para Dunk, o mundo pode não estar preparado para um cavaleiro que mantém a sua honra. E os seus métodos cavalheirescos podem vir a ser a sua ruína…
Uma história fascinante sobre honra, violência e amizade, pela mão do grande mestre da literatura fantástica: George R. R. Martin.  

 (Os textos, quando existem, são da responsabilidade das editoras)

18/09/2012

La Peau de l’Ours

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Zidrou (argumento)
Oriol (desenho)
Dargaud (França, Julho de 2012)
240 x 320 mm, 64 p., cor, cartonado
14,99 €
 
 
 
Resumo
Diariamente, o jovem Amadeo monta na sua bicicleta, resiste aos descarados avanços de Silvana e sobe até à casa do velho Dom Palermo, para lhe ler e ajudá-lo a banhar-se…
Até que um dia, o idoso lhe começa a contar a sua infância como amestrador de ursos num circo, o encontro com um sanguinário chefe mafioso, a descoberta do amor da sua vida…
Uma história terna mas violenta, em que paixão e vingança se confundem. 
 
Desenvolvimento
Se o tema da vingança em meio mafioso já foi por demais explorado – na BD, na literatura, no cinema… - Zidrou e Oriol conseguiram dar-lhe mais uma (nova) roupagem. Para isso, combinaram a violência (geralmente) inerente ao tema com um pouco de sexo, amor, paixão e cobardia.
Nada de novo, mais uma vez; difere apenas a sensibilidade (!), a ternura (!) e a crueza que lhes serviram de argamassa, dando assim origem a um relato não isento de um toque de inesperado – no rumo que a partir de certo momento toma ou no final apresentado… - bem construído, com a repetição da cena inicial – a ida de Amadeo a casa de Dom Palermo – a servir para aguçar a curiosidade e prender o leitor.
Depois, o relato assume o seu ritmo de cruzeiro – sempre pausado – com o passado e o presente a interligarem-se, com tempo para o leitor o degustar, guiado pelo traço ágil, anguloso e expressivo e a bela utilização da cor, quase sempre tons quentes que acentuam a paixão e os ódios presentes ao longo das pranchas.
Um relato em que a tal “pele de urso” desempenha revela um importante significado e no qual a violência indiscriminada, o sangue que jorra, a linguagem rude, os diálogos crus, a banalização da morte e as diversas faces da cobardia contribuem para um retrato sombrio da alma humana, ao mesmo tempo que fazem sobressair a história - as histórias - de amor que são, afinal, o centro deste livro. 
 
A reter
- O tratamento original dado a um tema batido, com a violência e o lado sórdido a servirem para realçar a ternura e o amor que dominam a história.
- O traço de Oriol, que de início pode causar alguma estranheza mas cujo lado semi-caricatural acentua o tom algo trágico da narrativa.
 
 

17/09/2012

The Walking Dead #3 - Segurança na Prisão











Robert Kirkman (argumento)

Charlie Adlard (desenho)
Cliff Rathburn (tons cinzentos)
Devir (Portugal, Agosto de 2012)
170 x 255 mm, 136 p., pb, brochado
14,99 €

16/09/2012

Selos & Quadradinhos (86)

Stamps & Comics / Timbres & BD (86)
 
Tema/subject/sujet: This is Belgium
País/country/pays: Bélgica/Belgium/Belgique
Data de Emissão/Date of issue/date d'émission: 17/09/2012

15/09/2012

Abelha Maia completa 100 anos

 
 
 
 
 
 
 
 
Há 100 anos, num país com pouca cor, nasceu um dia uma abelha. Conhecida pela amizade, a alegria e a bondade, era a pequena Abelha Maia.
 
Muitos recordarão a simpática personagem que encheu os sonhos de uma geração e relembraram nas frases acima o início do genérico da série animada transmitida pela RTP, cuja versão portuguesa, então muito trauteada, foi interpretada por Ágata e ToZé Brito.
A série de animação com as aventuras da Abelha Maia, uma co-produção do Japão, da Áustria e da Alemanha, datada de 1975, foi dirigida por Hiroshi Saito, sendo a definição gráfica das personagens do norte-americano Marty Murphy e a banda sonora, forte e animada, composta por Karel Svoboda.
 
 
Transmitida a partir de 1978 pela então única e todo-poderosa RTP, foi dobrada em português, contando com as vozes de Cármen Santos (que interpretava a protagonista), Canto e Castro (Flip) ou Irene Cruz (Willy).
Composta por 52 episódios, posteriormente editados em cassete-vídeo e, mais recentemente, em DVD, teria uma segunda temporada, datada de 1982, que também passou na RTP.
No entanto, se muitos a viram no ecrã televisivo, poucos saberão que a pequena abelha surgiu pela primeira vez em Setembro de 1912 – há um século, portanto – no livro "A Abelha Maia e as suas aventuras" (“Die Biene Maja und ihre Abenteuer”, no original), escrito para os filhos pelo escritor Waldemar Bonsels (1880-1952).
O único livro infantil deste alemão natural de Ahrensburg, autor de diversos romances e novelas, tem uma evidente conotação política, apresentando a colmeia como exemplo de uma bem organizada sociedade militarizada que se impõe pela força, com alguns traços de nacionalismo e de racismo para com outros insectos “inferiores”.
A protagonista é uma pequena abelha, Maia, que contrariamente às instruções da sua professora Cassandra, decide deixar a colmeia e conhecer mundo, sendo por isso expulsa. Aprisionada pelas vespas, toma conhecimento de um plano para atacar a sua colmeia, ficando dividida entre regressar para avisar as suas irmãs e ser castigada ou ignorar o que sabe. Acabará por tomar a decisão acertada, salvando a sua colmeia e tornando-se uma abelha adulta trabalhadora e responsável, numa analogia que defende o colectivismo em relação à individualidade de cada um.
Desfrutando de grande sucesso, até 1918, final da Primeira Guerra Mundial, o livro vendeu cerca de 90 mil exemplares, originando um filme realizado em 1924 pelo fotógrafo alemão Wolfram Junghans.
Durante a Segunda Guerra Mundial (1939-1945), a obra tornou-se famosa entre os soldados alemães na frente de batalha, o que a viria a tornar algo impopular nos anos seguintes devido à sua conotação com a ideologia nazi, o que não impediu que em 1954, dois anos após o falecimento do autor, atingisse a impressionante marca de um milhão de exemplares vendidos.
Aquela situação só seria revertida nos anos 70, com a série animada televisiva, mais ligeira e linear, na qual a protagonista se apresenta mais emancipada e reticente à autoridade, mas também uma abelha corajosa, divertida e curiosa, vivendo inúmeras aventuras em conjunto com Willy, o seu melhor amigo, o gafanhoto Flip, o escaravelho Kurt, a mosca Puca e a vilã de serviço, a aranha Tecla.
Dobrada em mais de 40 línguas, originou uma versão em banda desenhada produzida pelo editor alemão Bastei Verlag, colecções de cromos, livros ilustrados, figuras em pvc e outros artigos de merchandising.
Para assinalar o actual centenário, a televisão pública alemã ZDF está a produzir 78 novos episódios da "Abelha Maia", em animação 3D, que deverão estar prontos em 2013.
 
(Versão revista do texto publicado no Jornal de Notícias de 9 de Setembro de 2012)
 
 

14/09/2012

Murena #6/#7

O Sangue das Feras/Vida dos Fogos
 

 

  

 

 

 

Dufaux (argumento)
Delaby (desenho)
ASA (Portugal, Julho de 2012)
220 x 295 mm, 116 p., cor, cartonado
21,90 €

 
 

Se a banda desenhada, em diversos momentos e em diversos registos (como em Astérix, Alix ou As Águias de Roma, para citar apenas obras de fácil acesso em português) abordou de forma mais ou menos directa a época do império romano, possivelmente nunca o terá feito com o rigor histórico e a qualidade ficcional que Murena ostenta.
Acompanhando o percurso de Nero desde a sua juventude, narrando a sua ascensão ao poder, o seu comportamento despótico e, suponho, a sua (futura e) inevitável queda, Murena é um retrato cru e violento de uma sociedade romana já em decadência, minada desde o seu interior pelas intrigas e a podridão moral.
E Dufaux traça o percurso de Nero, balizando-o através das suas relações com as mulheres que marcaram e influenciaram a sua vida: a tia Domitia, a mãe Agripina, a escrava Acté, a mulher Pompeia…
Esse retrato – de Nero e de Roma – desvenda a vida nos palácios, o treino dos gladiadores, a violência na arena, as ruas esconsas e sórdidas ou as campanhas militares, e mostra o monarca convencido do seu estatuto de semideus, capaz de dar e de se dar, enquanto isso serve os (que pensa serem os) seus interesses, ou de afastar, tantas vezes de forma extremamente violenta (física e/ou emocionalmente) quando os respectivos caminhos deixam de ser comuns.
Se isto é aplicável ao relacionamento (mais ou menos) íntimo que teve com aquelas (e outras) mulheres, é também extensível a todos os que o foram rodeando: amigos, companheiros ou simples interesseiros, conselheiros, bajuladores, criados, escravos… Aos quais se julga superior, embora muitas vezes não passando de um joguete nas mãos dos outros.
Em paralelo, conhecemos também Murena, que até dá o título à série, cujo caminho diversas vezes – raramente pelos melhores motivos para ele – se cruza com o do (futuro) imperador. Murena revela-se mais humano – em oposição ao “deus” – construindo o seu caminho contra a adversidade (e as intrigas) ganhando nesse percurso, pejado de traições e de perdas dolorosas, uma força interior proporcional à perda da inocência e da tal humanidade que de início o distinguem.
Por isso, Murena é uma história de (tentativa de) afirmação pessoal e de vingança (de sucessivas vinganças) que anda a par da expansão do cristianismo (abordada até agora de forma apenas ligeira e secundária), da destruição de Roma (na dupla condição de império e de cidade), de uma forma notável e cativante, quer pela escrita competente e desenvolta de Dufaux que construiu uma história com inúmeras ramificações que se vão entrelaçando, fazendo-a crescer em complexidade e capacidade de apaixonar, quer pelo traço realista de Delaby, servido por uma excelente gama cromática, cuja melhoria de tomo para tomo é notória.
O díptico agora em análise, a parte central do 2º ciclo desta saga, termina com Roma em chamas, embora não devido à loucura (cada vez mais patente) de Nero, mas como parte (involuntária) de uma vingança que os seus inimigos vão orquestrando na sombra. 
Nota final
Volta à questão dos álbuns duplos, que já aflorei no texto sobre Bouncer.
Se aplaudo a ideia de o 1º ciclo de Murena (tomos 1 a 4) ter sido concluído com um volume duplo incluído na colecção “Os Incontornáveis da Banda Desenhada”, distribuída com o jornal Público, questiono qual a lógica de ter editado o tomo #5 sozinho, juntando agora o #6 e o #7, o que deixa isolado o tomo #8 que conclui o segundo arco desta série.
Uma vez que a opção inicial não passou por dividi-lo por dois volumes – o que teria sido o ideal – não faria mais sentido, depois de editado o #5, tê-lo encerrado com um volume triplo…?

13/09/2012

Leituras de Banca

Setembro 2012

Revistas periódicas de banda desenhada este mês disponíveis nas bancas portuguesas.
 
Turma da Mónica (Panini Comics)
Almanaque da Mônica #32
Almanaque do Cascão #32
Almanaque do Cebolinha #32
Almanaque do Louco #3
Almanaque temático #21 – Magali - Bruxas
Cascão #63
Cebolinha #63
Chico Bento #63
Magali #63
Mônica #63
Mônica Joven #43
Mônica Teen #3
Mónica y su Pandilla - Turma da Mónica em Espanhol #12
Monica’s Gang - Turma da Mónica em Inglês #12
Ronaldinho Gaúcho e Turma da Mônica #63
Turma da Mônica - Colecção Histórica #28
Turma da Mónica – Saiba mais #54 – Semana de Arte Moderna 1922
Turma da Mônica – Uma aventura no parque #63
Turma da Mônica Jovem #45
 
DC Comics (Panini Comics)
Batman #111
Liga da Justiça #110
Superman #111
Universo DC #20
 
Marvel (Panini Comics)
Avante Vingadores #52
Homem-Aranha #121
Os Vingadores #96
Wolverine #85
Universo Marvel #19
X-Men #121
 
Mythos
A editora Mythos retomará a distribuição dos títulos de Tex nas bancas e quiosques portugueses em Outubro. http://asleiturasdopedro.blogspot.pt/2012/07/tex-regressa-em-outubro.html

 

12/09/2012

Heróis Marvel #10

Justiceiro - Diário de Guerra



 

 

 
 

 

Carl Potts (argumento)
Jim Lee (desenho)
Levoir+Público (Portugal, 06 de Setembro de 2012)
170 x 260 mm, 208 p., cor, cartonado
8,90 €

 
 

Resumo
Este volume compila as revistas “Punisher War Journal 1-8”, originalmente publicadas em 1989, nas quais há a destacar três narrativas principais: a evocação da morte da família de Frank Castle às mãos de traficantes de droga; o seu confronto com um ex-companheiro do Vietname, apostado em matar todos os sobreviventes da sua companhia e uma inusitada ida a África para combater caçadores furtivos que procuram os últimos dinossauros e que inclui um confronto com Wolverine. 
Desenvolvimento
Confesso que este era um dos volumes da colecção Heróis Marvel que mais curiosidade me despertava, não só pelo pouco que conhecia do Justiceiro, mas também porque tenho alguma empatia com relatos protagonizados por vigilantes, embora descarte completamente a sua existência na vida real.
E a verdade é que as minhas expectativas foram satisfeitas, e com um bónus: o facto de estas histórias, publicadas numa revista editada em simultâneo com o título do herói, vocacionadas para uma faixa etária superior à dos habituais consumidores de comics, evocarem o seu passado – explicando a origem da sua cruzada contra os traficantes de droga em particular e a sua experiência (traumática) no Vietname - em paralelo com as histórias narradas na “actualidade”.
Para isso, nos dois primeiros números, Potts construiu uma narrativa a dois tempos, com a evocação do assassinato da família de Frankl Castle (vítimas colaterais por se encontrarem no sítio errado, à hora errada) narrada num registo gráfico e cromático diferente, a decorrer na última tira de cada prancha, em simultâneo com a narrativa principal.
Pessoalmente, dispensava, é verdade, os comics #6 e #7, em que o Justiceiro se vê a braços com Wolverine e dinossauros (!) numa selva africana (!), cuja história, auto-conclusiva, surge deslocada do registo original do herói, pela localização da acção e pela temática. E descartaria também a última narrativa – em que as pontas soltas são mais do que as respostas dadas, numa clara ilustração do motivo porque os comics de super-heróis nunca tiveram a minha preferência: o interminável encadeamento de histórias e o distorcer até ao exagero de realidades que pareciam outras, com os simples merceiros da rua onde Castle tem um dos seus esconderijos a transformarem-se em agentes não sei bem de quê, com ramificações com uma qualquer seita oriental...
Apesar disto, os dois relatos iniciais (correspondentes aos comics #1 a #5), compensaram largamente o investimento, pois  revelaram-me o Justiceiro que eu esperava: duro, violento, acima da lei e dos trâmites legais, não invencível (mas quase), assentando a sua acção na colaboração tecnológica de Microchip e nas armas que ele vai desenvolvendo. O segundo arco, em que o seu passado no Vietname é evocado, está especialmente bem escrito, combinando o habitual registo híper-violento com a cobertura pela imprensa e o suspense quanto às motivações e identidade do assassino dos seus companheiros de pelotão, com uma crítica dura e implícita (já presente no relato inicial) quanto aos métodos e às relações dos EUA com impérios assentes no dinheiro da droga.
Este volume tem ainda o atractivo de mostrar o primeiro trabalho de fôlego para a Marvel de um tal Jim Lee, futura estrela da Casa das Ideias, num registo de traço duro e agressivo – que quase página a página - que acentua o lado violento (e de certa forma adulto) do Justiceiro.
A reter
- A evocação da origem e motivações de Frank Castle para se transformar no Justiceiro, o que permite fruir integralmente da leitura deste tomo mesmo por quem nunca ouviu falar desta personagem Marvel.
- A qualidade dos primeiros dois arcos.
- A estreia “a sério” de Jim Lee.
- A edição, cartonado, com bom papel e impressão, por um preço acessível. 
Menos conseguido
- Os exageros registados a partir do comics #6, com a inclusão de Wolverine, dinossauros e seitas orientais…

 
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