01/12/2013

Melhores Leituras - Novembro

Foram estes os melhores títulos de BD que li em Novembro, independentemente da sua data de publicação original.

Para saber mais sobre as obras, clicar nas respectivas capas. 







30/11/2013

Leituras nas bancas – Novembro

Edições periódicas de banda desenhada este mês disponíveis nas bancas portuguesas.









DC Comics em Novembro

(Panini Comics)

A Sombra do Batman #9 

Batman #9 

Lanterna Verde #9

Liga da Justiça #9

 Superman #9 

Universo DC #9

Marvel em Novembro

(Panini Comics)

Avante Vingadores #59 

Homem-Aranha #135

Os Novos Vingadores #110
 

Universo Marvel #33 

Wolverine #99 

X-Men #135 

Turma da Mónica em Novembro

(Panini Comics)

Almanaque da Mônica #39 


Almanaque do Cascão #39

Almanaque do Cebolinha #39

As Melhores Histórias do Pelezinho #4

Cascão #77 


Cebolinha #77

Chico Bento n#77

Colecção Histórica Turma da Mônica #35

 Grande Almanaque da Turma da Mônica #13

Historinhas de Duas Páginas Turma da Mônica #8 

Magali #77

Monica Teen #7

Mónica Joven #7

Mônica #77

Mónica y su Pandilla - Turma da Mónica em Espanhol #26

Monica’s Gang - Turma da Mónica em Inglês #26

Neymar #2

Pelezinho Passatempos Divertidas #2

Ronaldinho Gaúcho #77

Turma da Mónica – Saiba mais #68 – História do teatro

Turma da Mônica – Uma aventura no parque #77

Turma da Mônica Jovem #59

29/11/2013

Super-Heróis DC Comics – Série II #1 – Super-Homem: Homem de Aço










John Byrne (argumento e desenho)
Dick Giordano (arte-final)
Tom Ziuko (cor)
Levoir/Sol
Portugal, 29 de Novembro de 2013
170 x 260 mm, 176 p., cor, cartonada
8,90 €


De uma forma simbólica, este é, possivelmente, o livro ideal para iniciar esta nova vida dos Super-Heróis da DC Comics, que hoje começa, agora albergados numa nova casa, o semanário Sol, durante (pelo menos) dez semanas.
Este Homem de Aço - que compila os seis números da mini-série Man of Steel, de 1986 - marca a actualização da origem do Super-Homem, num bom trabalho de John Byrne, após uma série de sucessos na Marvel, com os X-Men, Quarteto Fantástico ou Tropa Alfa.
[No entanto, a perda de popularidade (e das consequentes vendas) não foi suficientemente estancada, o que veio a originar, há coisa de 20 anos, a longa e penosa trapalhada que fez o Super-Homem morrer, passar pelo limbo e ressuscitar. E se em termos de BD essa fase é algo para esquecer, em termos meramente comerciais (o que na verdade interessa a quem edita comics de super-heróis) esse foi um grande sucesso da DC Comics que relançou o herói junto de um público que o estava a esquecer.]
Memórias à parte, esta actualização operada por John Byrne, a par da modernização do traço – arejado e bastante limpo - e dos conceitos originais, aqui mais próximos do que os comics de super-heróis eram em meados dos anos 80 e ao encontro do que os leitores esperariam, define em centena e meia de páginas o que iria ser o novo Super-Homem.
Assim, após Jonathan Kent contar ao filho (adoptivo) como o encontrou, este decide trocar Smalville por Metropolis, para de alguma forma encontrar o seu lugar, e, após um salvamento ‘à civil’, em que conhece Lois Lane, opta por preservar a sua identidade ‘costurando’ o fato que (re)conhecemos e optando -  num (re)apelo à ingenuidade dos leitores - pelos óculos e penteado diferente para diferenciar o ser mais poderoso da Terra do apagado Clark Kent.
De seguida, o Byrne argumentista brilha mais, ao balizar o seu percurso – em que Clark assume várias vezes o protagonismo – através dos primeiros contactos com Lois Lane, Batman, Lex Luthor, Bizarro e Lana Lang, sendo o conjunto de impressões e influências que recebe e exerce em cada um o que vai levar o leitor a intuir o seu carácter e motivações. 

28/11/2013

Tsunami











Stéphane Piatzszek (argumento)
Jean-Denis Pendanx (desenho)
Futuropolis
França, 8 de Novembro de 2013215 x 290 mm, 112 p., cor, cartonado
20,00 €


Este foi um caso de sedução à primeira vista. Mal folheei Tsunami, fiquei prisioneiro do traço e das cores de Pendanx e, sem resistir, esqueci o monte (que alternadamente vai crescendo e mingando) de leituras (mais ou menos) urgentes que tenho para fazer.
Em boa hora o fiz, pois a sedução que o desenho exerceu, estendeu-se ao argumento, num relato poético e sensível, que apela mais às emoções e à contemplação do que à adrenalina.
História que podia ser real, narra a chegada de Romain à ilha de Sumatra, na Indonésia, nove anos após o tsunami que devastou aquela região do globo.
Tem apenas 24 anos e chega em busca da irmã, com quem a diferença de idades – ela é 16 anos mais velha – nunca permitiu grande intimidade; irmã que desapareceu sem deixar rasto nem dar notícias, após um período de voluntariado ao serviço de uma ONG, para auxiliar as vítimas daquela tragédia natural.
Sem nunca ter saído de França, de certa forma ainda a despertar para a vida de adulto, Romain vai deparar com um país – que pensa conhecer de cor pelas muitas fotografias que viu mas que se vai relevar um imenso mistério que ele terá de desvendar – ainda a braços com as consequências do tsunami, a principal das quais será as muitas vítimas que ficaram por encontrar e a quem não foi possível fazer o funeral.
Entre as dificuldades de uma língua diferente, de uma geografia diferente feita de inúmeras ilhas e ilhotas, de uma forma de estar diferente e de hábitos e tradições culturais totalmente diferentes, Romain, a par de uma relação tumultuosa com Jessie, experiências com drogas e algumas ajudas inesperadas, vai crescer, descobrir uma faceta que desconhecia na irmã e o segredo que a levou a desaparecer.
Para narrar esta busca – que se revela dupla, da irmã, desaparecida, e de si mesmo, num percurso iniciático – Piatzszek opta por um registo poético, sensível e de uma enorme ternura – mas não lamechas – dando a Romain tempo para crescer e passando ao papel desenhado, com uma naturalidade desarmante, aspectos sobrenaturais – estranhos para nós europeus – das tradições indonésias relacionadas com o culto dos mortos e a condução para o céu das almas perdidas.
O desenho – num regresso circular ao princípio deste texto – se nem sempre apresenta as devidas proporções, é de uma imensa harmonia com o tom do registo, alternando sequências gráficas narrativas com belíssimas ilustrações de página inteira que deslumbram e apelam à contemplação, ao mesmo tempo que conseguem transmitir uma sensação de paz interior e tranquilidade que apetece pelo contraste que apresenta com a correria do nosso quotidiano. 


27/11/2013

Spaghetti- Intégrale #2 e #3

















René Goscinny (argumento)
Dino Attanasio (desenho)
Le Lombard
França, Agosto e Outubro de 2011
220 x 295 mm, 144 p., cor, cartonado
25,50 €


Se, como já escrevi aqui, sempre considerei esta uma série menor no contexto criativo do grande Goscinny e, também, de certa forma, no conjunto das grandes séries humorísticas franco-belgas, a leitura do segundo integral sublimou a boa impressão deixada pelo primeiro e deixou-me completamente rendido às desventuras do pequeno e simpático Spaghetti e do seu insuportável primo Pomodoro. O que a leitura do terceiro tomo - comprado por 5 € em saldos recentes da FNAC! – apenas veio confirmar.
Isso deve-se, fundamentalmente – e sem desprimor para o bom trabalho gráfico de Dino Attanasio - à forma como Goscinny orquestrava e desenvolvia ideias e situações aparentemente banais, acumulando peripécias, fazendo suceder os gags e as confusões a um ritmo avassalador, explorando-as até limites inimagináveis, brincando com as palavras e as expressões (aqui de forma sublime ao reproduzir o sotaque italiano dos dois protagonistas), levando ao limite o esmiuçamento das suas características intrínsecas, demonstrando porque é, ainda hoje, um dos maiores humoristas de língua francesa de todos os tempos.
Algo a comprovar, pela (re)leitura destas (ou doutras) histórias de Spaghetti, de preferência na língua original, sempre para prazer e gáudio do leitor.
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