04/05/2020

Long John Silver

Fascinante


Car on peut tuer l’homme…
...on n’arrête pas la légende.’
Palavras finais de Long John Silver: Intégrale

Empurrado’ para esta leitura - há muito adiada - pelo volume inicial de Raven, começo este texto com as palavras com que terminei aquele: ‘já li Long John Silver e estou completamente rendido ao talento de Lauffray e Dorison. Como pude deixar passar tanto tempo sem o ler, como é que até agora nenhum editor português lhe pegou?’

02/05/2020

Hoje não há leituras


Diz-se que a realização de um homem passa por três aspectos: plantar uma árvore, escrever um livro e ter um filho. Saltando a questão da árvore, escrever, depois (ou a par) de várias experiências, tenho-o feito regularmente aqui, nas páginas do JN, não livros, mas sobre livros que li e tenho a oportunidade de partilhar…
O filho, nasceu há dias. E é a ti, Daniel, que dedico este texto. Espero que a leitura dos livros que vou destacando, te dê pelo menos tanto prazer como deu a mim, te faça transpor fronteiras, desbravar horizontes e despertar a imaginação, num tempo em que a leitura é, infelizmente, uma actividade cada vez menos praticada.

30/04/2020

Foi assim: Abril 2020

Um comentário crítico a um mês aos quadradinhos

Rir com o Covid-19. O outro lado. Leituras confinados. Compras. Mais vistas. E ainda…

28/04/2020

O Penteador

Desanálise




O Penteador é uma proposta se não estranha, pelo menos invulgar. Invulgar na sua boa disposição, no seu desprendimento em relação aos valores vigentes, no carácter onírico e até utópico que perpassa ao longo das suas pranchas.
Desconcertado pela leitura - que se revelou muito agradável - e pelo (re)encontro com alguém que as vidas afastaram, deixo aqui a minha desanálise desta desnovela gráfica como o próprio Paulo J. Mendes a definiu.

26/04/2020

Le Storie #1: Il Boia di Parigi

Um homem trabalhador

Durante anos, habituei-me a ver as produções da Sergio Bonelli Editore como histórias de heróis, unidimensionais e infalíveis. Tex, à cabeça, Zagor, Mister No, Nick Raider encaixavam bem naquele paradigma e, se havia algumas excepções - Martin Mystère e a sua base histórico-científica era a principal - estavam longe de ser regra.
Depois, estas últimas começaram a aumentar: o humanismo de Ken Parker, a insegurança de Julia, o misticismo de Mágico Vento, aproximavam (em doses desiguais) os heróis do ser humano.
Mas, tenho para mim que, neste particular, a Bonelli atingiu o seu melhor na multifacetada colecção Le Storie, a que tenho voltado recorrentemente, que abriu com a história de um homem trabalhador.

25/04/2020

Raven #1 Némésis

Saber contar






Já o escrevi repetidamente: muitas vezes, mais importante do que aquilo que se conta, é a forma como se conta. Mesmo quando, como no caso desta introdução de Raven, nem sempre tudo seja bem contado.
Soa paradoxal, mas vou tentar explicar.

24/04/2020

Mattéo: Terceira época

Choques


Resumo
Ultrapassado o degredo a que foi condenado no final da Segunda Época, Mattéo está de volta à pequena vila de Collioure. Está de férias - pagas, novidade de então! - com Paulin, a quem a participação na Primeira Grande Guerra deixou cego, a bela enfermeira Amélie e Augustin, companheiro desta última.
Com a Guerra Civil espanhola a redobrar de intensidade, é altura para reencontros diversos - com Juliette à cabeça - para algumas surpresas e adiar mais uma vez decisões.

23/04/2020

Roughneck

Contador de histórias




Já o afirmei aqui - penso eu…? - que Jeff Lemire é uma das minhas referências actuais e isso deve-se essencialmente aos seus argumentos para Black Hammer e Gideon Falls.
Lê-lo, agora como autor completo - o que não é para mim uma primeira vez - revela o que de melhor sabe fazer - contar histórias - mas comprova também um autor graficamente limitado.

22/04/2020

Diabolik: L'Uomo che non sapeva ridere

Insólito




Por razões que até seria interessante considerar mas que não é agora o momento para o fazer, a Itália tem sido capaz de manter uma indústria de banda desenhada verdadeiramente popular - na tripla vertente temática, comercial e financeira.
Se as séries da Sergio Bonelli Editore, recorrentemente trazidas aqui, são - para nós? - a sua face mais conhecida, Diabolik, da Astorina, é outro exemplo relevante - sendo que há autores comuns.
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