Já
ouvi dizer - no alto da sua ignorância e/ou suposta superioridade -
que ‘os livros do Tex são todos iguais’ mas
parafraseando vocês sabem quem, apetece
escrever que na verdade ’há uns mais iguais do que
outros’. Que é como quem diz,
pela negativa - que neste caso, na verdade é pela positiva - que
alguns são bem diferentes, para melhor, como acontece com este
Tex, o implacável.
Buck
Danny
ocupa um lugar especial nas minhas memórias e na minha formação
enquanto leitor e ele, juntamente com Jerry
Spring(descoberto
poucas semanas antes, quando o Mundo
de Aventuras mudou
pela primeira vez de formato na chamada quinta série),
foram responsáveis por me introduzirem de forma mais consistente na
banda desenhada realista oriunda
da Spirou.
Depois
de Caim e Abel, Jason Aaron e r. m. Guéra voltam à história
bíblica, para nos falar de “...quando os filhos de Deus se
uniram às filhas dos homens e delas tiveram filhos…” A
espera foi longa - demasiada, até - mas valeu indubitavelmente a
pena, como tento explicar já a seguir.
Se
em mercados em que a banda desenhada tem maior expressão e indústria
são vulgares obras sobre ela própria, os autores ou os heróis,
devido à pequena dimensão do mercado português são poucas as
obras com estas temáticas Uma
das excepções - e também uma das mais significativas - é Tex
- Mais que um herói, uma edição da
cooperativa A Seita, com assinatura de Mário João Marques, lançada
no final do ano passado.