07/07/2012

Hexperimental na Mundo Fantasma

Data: 7 de Julho a 26 de Agosto de 2012
Local: Galeria Mundo Fantasma, loja 509/510, Centro Comercial Brasília, Avenida da Boavista, 267, Porto
Horário: de 2ª a sábado, das 10h às 20h: Domingos e feriados, das 15h às 19h








A galeria portuense Mundo Fantasma, inaugura hoje, pelas 17 horas, uma nova exposição de originais, intitulada “Hexperimental”, que reúne ilustrações de Mariana Baldaia, Filipa Areias, Luís Taklim, Uriel Cordas, Bárbara Rocha e Sérgio Sequeira, continuando assim a apostar na promoção e divulgação dos artistas gráficos nacionais.
Os autores, que estarão presentes, têm em comum o Mestrado em Ilustração promovido pela Escola Superior Artística do Porto – pólo de Guimarães e propõem seis visões pessoais, diferentes e alternativas, num “remar obstinado contra o fluxo crescentemente homogéneo do universo da ilustração”, com as quais pretendem destacar “as suas seis vozes, com seis timbres diferentes, do murmúrio geral”.
A mostra, que pode ser visitada de segunda a sábado, das 10h às 20h, e aos domingos, das 15h às 19h, ficará patente até 26 de Agosto na galeria Mundo Fantasma, contígua à loja especializada em BD com o mesmo nome, situada no Centro Comercial Brasília.

(Versão revista do texto publicado no Jornal de Notícias de 7 de Julho de 2012)

06/07/2012

Homem-Aranha #118








Mudança – partes 2, 3 e 4
Zeb Wells (argumento)
Chris Bachalo e Emma Rios (desenho)
Towsend, Mendonza, Olazaba, Irwin e Bachalo (arte-final)
Antonio Fabela (cor)
Panini Comics (Brasil, Outubro de 2011)
170 x 260 mm, 76 p., cor, comic-book mensal
R$ 6,50 / 2,80 €



1.       Confesso que achei uma aberração, quando a Marvel, num passe místico, decidiu acabar com o casamento de Peter Parker e Mary Jane, para aproximar o herói aracnídeo do seu público-alvo.
2.      Não só porque a situação em si é absurda e pouco consistente no universo em que se move a personagem, mas também porque, ao fazê-lo, apagou décadas de (boas) histórias e inviabilizou um potencial narrativo que não me parece de todo desprezável
3.      Mas, como a minha opinião não passa disso – mesmo quando partilhada por muitos mais – só me restavam duas opções: desistir das histórias do Aranha (um dos poucos super-heróis que realmente aprecio) ou continuar a lê-las.
4.      A opção que tomei foi esta última e, dando o braço a torcer, reconheço que a “nova fase” tem tido histórias bastante interessantes...
5.      (…mesmo quando a opção é recontar pela enésima vez confrontos - já “clássicos” - com vilões originais, algo em que a Marvel se especializou e faz recorrentemente).
6.      É o que acontece neste “Homem-Aranha” #118, actualmente distribuído nas bancas e quiosques portugueses, numa história introduzida no #117 e que agora se conclui
7.      (e que embora possa ser lida de forma autónoma, é parte de um arco bem mais longo, há vários meses a decorrer nesta revista).
8.     O vilão de serviço é o Lagarto/Curt Connors, numa história densa e movimentada, bem explanada e com tudo para prender mesmo leitores que geralmente não apreciam super-heróis, ao mesmo tempo que é também uma metáfora sobre as lutas interiores que quotidianamente temos de enfrentar para moldarmos a personalidade e seguir em frente.
9.      Mas, o que realmente faz a diferença em “Mudança”, e me fez ampliar este "fim-de-semana aracnídeo" aqui em As Leituras do Pedro, é a soberba arte de Chris Bachalo – um dos meus desenhadores de comics favoritos – que transformou o Lagarto – agora inteligente e mais manipulador do que violento - num ser imenso, algures entre a forma humanóide (de Connors) e a reptilínea do animal, tanto  mostrado integralmente (apesar de não conseguirmos definir exactamente a sua forma…) como em incomodativos close-ups de tal pormenor que quase sentimos a sua pele viscosa e o seu hálito agoniante.
10.  A par disso, Bachalo usa com mestria uma planificação original, diversificada e extremamente dinâmica, com recurso frequente a vinhetas verticais inseridas numa imagem maior, para realçar expressões, detalhar a acção ou acelerar ou abrandar o seu ritmo.
11.   A paleta de cores utilizada, maioritariamente composta por tons frios, contribui também para acentuar o ambiente opressivo e hostil que envolve toda a narrativa.
12.  O resultado, são pranchas magníficas que, o papel baço e mais absorvente da edição brasileira não permite desfrutar em todo o seu esplendor, daí também a opção por previews da edição original norte-americana para ilustrar este texto.



05/07/2012

Heróis Marvel #1

Homem-Aranha – Integral Frank Miller


Bill Mantlo, Chris Claremont, Denny O’Neil e Frank Miller (argumento)
Frank Miller e Herb Trimpe (desenho)
Levoir+Público (Portugal, 5 de Julho de 2012)
170 x 260 mm, 192 p., cor, cartonado
4,90 € (preço promocional do primeiro volume)

04/07/2012

Ultimate Spider-Man #2






Notes from underground
Eugene Son (argumento)
Ramon Bachs (desenho)
Raul Fonts (arte-final)

“Look Ma, no webs!”
Jacob Semahn (argumento)
Nuno Plati (desenho e cor)
Marvel Comics (EUA, Julho 2012)
170x260 mm, 32 p., cor, comic-book mensal
$ 2,99



1.       Um dos aspectos que denota a existência de um verdadeiro mercado de BD – o que me interessa no presente caso – é a oferta de títulos para diferentes segmentos etários e/ou sócio-económicos.
2.      Sendo uma realidade visível – a diferentes níveis ou com diferentes manifestações – no Japão, no contexto francófono ou nos EUA, assume, obviamente, uma vertente marcadamente comercial – algo inevitável, embora por tantos não entendido, quando se aplica o conceito de “mercado”.
3.      (Independentemente da admissão/aceitação de um segmento vincadamente artístico.)
4.      É neste contexto – antes do mais – que deverá ser entendido (mais) este novo título da Marvel.
5.      Que, apesar de protagonizado pelo Homem-Aranha – um dos bastiões da Casa das Ideias - não inocentemente bebe a sua inspiração na série animada televisiva (que por sua vez se inspirou nas façanhas do herói no papel…).
6.      Procurando assim captar para os quadradinhos uma geração (pelo menos) que habitualmente manifesta pouca predisposição para a leitura, o que não deixa de ser uma estratégia (comercial) inteligente.
7.      [E se não considero de menor importância o que até aqui escrevi, confesso que a razão primeira deste texto foi a presença de Nuno Plati como um dos autores regulares de “Ultimate Spider-Man” - o que acontece pela primeira vez com um português na Marvel e não é nada de desprezar - …
8.     … tendo por isso sido entrevistado pelo Marvel Animation Age)]
9.      Terminado este parêntesis, retomando a ideia que ele interrompeu, não foi por acaso que Plati referiu como uma das razões para estar satisfeito com este trabalho, “o facto de poder mostrar à minha filha daqui a um anito ou dois (ela tem 2 anos), os comics que desenho”.
10.  Por isso, as histórias já mostradas nos dois números disponíveis, ancoradas na verão mais clássica do herói (ainda adolescente) com inimigos tradicionais e outros herdados da TV, são simples e lineares, praticamente despojadas da habitual componente psicológica do herói, condimentadas com muito humor, narradas em ritmo rápido e visualmente chamativas (o que inclui alguns pormenores de inspiração manga).
11.   O trabalho de Plati (que para além do desenho completo faz também a cor), está por isso muito próximo do visual animado do herói aracnídeo, com um traço elegante e expressivo, que denota grande legibilidade e dinamismo.
12.  E é especialmente vocacio-nado para os leitores mais jovens, ao contrário do demonstrado até agora pelos seus “colegas de título”, mais direccionados para os pré-adolescentes.
13.  Não sendo um título incontornável do Homem-Aranha (mais a mais nos EUA, onde a oferta é grande) é aquele que gostaria de poder ler em português - para ser lido pelos meus filhos de 6 e 10 anos e por um grande número de potenciais futuros leitores da Marvel.


03/07/2012

Web Trip











De saída de Lyon, em busca de inspiração e de si próprio, Jules, na véspera de um périplo por diversas cidades europeias, conhece a bela Romane e decidem partir juntos.
Este é o ponto de partida de “Web Trip”, uma banda desenhada digital colaborativa, actualizada semanalmente com um novo episódio.

É um projecto do festival francês Lyon BD, que convidou uma dúzia de autores de nacionalidades diferentes para a desenvolverem, entre eles o português Ricardo Cabral, cujo episódio, o sétimo, já está online. Como única imposição surge a obrigação de cada criador localizar a acção do seu episódio na sua cidade natal e no seu ambiente próprio, surgindo por isso Lisboa como um dos locais visitados pelo casal, bem como Lyon (retratado por Jerome), Barcelona (Efa), Varsóvia (Krzysztof) ou Lausanne (Becquelin).

A par da deambulação pela Europa, encontros com antigos conhecimentos e a procura da arte que ambos apreciam e praticam, entre os dois vai-se desenvolvendo uma relação com avanços e recuos – bem à imagem dos tempos actuais – enquanto ambos procuram a sua verdadeira identidade.
O tratamento dado a cada episódio é diferente, de acordo com a sensibilidade, opções estéticos e estilos narrativos de cada um dos autores empenhados no projecto, o que o torna algo desequilibrado e revela algumas descontinuidades, quando lido de enfiada, mas não retira mérito a cada uma das abordagens consideradas de forma independente.
Os originais e os desenhos preparatórios de alguns dos episódios estiveram expostos em Lyon até 29 de Junho, mas o projecto não se esgota aqui, pois os autores – profissionais ou não – que o desejarem poderão propor novos episódios protagonizados por Jules e Romane ou por qualquer das personagens secundárias com quem se vão cruzando, desde que ambientados nas suas cidades natais.

(Versão revista do texto publicado no Jornal de Notícias de 18 de Junho de 2012)


02/07/2012

Futebol aos quadradinhos

João Davus, de Vítor Péon
(imagem do blog Mania dos Quadradinhos)














Próximos na data de nascimento, futebol e banda desenhada têm vivido juntos muitas aventuras, dentro das 4 linhas do relvado e das vinhetas de papel. Agora que o Euro 2012 já terminou, fica uma evocação de alguns dos maiores futebolistas dos quadradinhos.

Um dos mais famosos – que o Jornal de Notícias, o Mundo de Aventuras e a Futura (em álbum) publicaram em português – é “Dick, o goleador”, uma tira diária de imprensa escrita por Alfredo Grassi para o desenho de José Luís Salinas (o criador de Cisco Kid , o cowboy romântico), que o Mundo de Aventuras também publicou entre nós. Protagonizada por três jovens sul-americanos – Dick, Poli e Jeff – combina as aventuras futebolísticas, no relvado, com outras de tom policial, fora delas.
Este tipo de equilíbrio, entre a faceta desportiva e a vida “quotidiana” é uma característica comum a outros futebolistas de papel, como Eric Castel, craque do Barcelona, e Vincent Larcher, do AC Milan, criados pelo belga Raymond Reding; este último passou pelas páginas do Tintin e dele a Bertrand editou “Futebol e minissaias”. Do mesmo autor é “O sensacional Walter Muller”, que o Mundo de Aventuras publicou nos anos 70, sobre um jogador dos distritais alemães destinado a vencer no Barcelona, com o mundial de 1974 como pano de fundo.
Capitão Tsubasa, uma criação de Yōichi Takahashi, que saltou do papel para a animação (baptizada Oliver e Benji na televisão nacional), acompanha um avançado e um guarda-redes desde as camadas jovens, passando por experiências no Brasil e na Europa, até se sagrarem campeões do mundo pela selecção principal japonesa.
Percurso inverso teve Foot 2 Rue (Clube de Rua), animação francófona protagonizada por um grupo de crianças de um orfanato que acaba por participar num campeonato mundial de futebol de rua, que Mardiolle e Cardona transpuseram para a BD, na Soleil, indo “bem além da simples adaptação - com as limitações inerentes a tal - da ideia-base da animação, criando uma verdadeira BD com ritmo e estrutura próprios, na qual vamos conhecendo os antecedentes dos 5 miúdos/"craques" - órfãos, abandonados ou simplesmente "esquecidos" num lar para desfavorecidos - que protagonizam a história, com a ternura e a irrequietude próprias da idade a surgirem a par com alguma dor e solidão, que apenas a paixão pelo futebol - vivido na rua, com muito fair-play (e raparigas!) - faz esquecer” (in Jornal de Notícias de 2 de Julho de 2006).
O Euro 2004 trouxe os heróis Disney a Portugal, em 2006 o espanhol Ibañez levou Mortadelo e Salamão ao Mundial e, agora, a propósito do Euro 2012, Patinhas, Donald e os restantes patos Disney tiveram que investigar "Il Mistero Eurocalcistico", na sequência de uma goleada sofrida por Itália frente a uma equipa amadora.
Continuando no campo – nem sempre relvado - do humor, o futebol tem sido inspiração recorrente para autores como o argentino Mordillo, o turco Gurcan Gürsel ou os portugueses José Bandeira ou Luís Afonso – embora estes abordem mais as questões colaterais…

Uma outra abordagem divertida surgiu em “Futcube”, de Ricardo Agferr, curioso casamento entre paralelepípedos e fórmulas de química orgânica, publicado na colecção Quadradinho da ASIBDP.
Ainda em português, Eugénio Silva traçou aos quadradinhos a biografia de um dos maiores jogadores nacionais de sempre em ”Eusébio Pantera Negra”, e Vítor Péon narrou os feitos de João Davus, ficção sobre um futebolista português a actuar em Inglaterra, onde o seu criador então trabalhava. Em Inglaterra nasceu também “Billy, o Botas”, herói juvenil da autoria de Fred Baker e John Gillatt, cujo talento futebolístico advinha de umas velhas botas que tinham pertencido a um jogador famoso.
Num registo mais adulto, ficam duas referências para “Aqueles que te amam” , que se inicia com um golo voluntário na própria baliza numa final da Taça dos Campeões e explora a facilidade com que os fãs passam da paixão ao ódio e o lado mercantil dos atletas. Ulf K., num curto e terno registo autobiográfico evoca a sua infância em “O ano em que fomos campeões mundiais” (Polvo), curiosamente o mesmo título que foi dado à BD que narrou a conquista do título mundial pela Espanha em 2010.
Nesta linha narrativa, se hoje em dia é normal alguns clubes evocarem a sua história aos quadradinhos - no Brasil Ziraldo desenhou as do Corinthians, Fluminense, Palmeiras e Vasco da Gama, e em 2010 o centenário do Marítimo foi recordado em “Os Sonhos do Maravilhas” dos madeirenses Francisco Fernandes, Roberto Macedo Alves e Valter Sousa – no início da década de 90 quando Manuel Dias escreveu com humor, para o traço divertido de Artur Correia, a história dos três grandes do futebol português em “Era uma vez um leão”, “… um dragão e “… uma águia”, revelou algum pioneirismo.
E se até aqui a maior parte dos protagonistas citados nasceram no papel, o brasileiro Maurício de Sousa, criador da Mônica e do Cebolinha, lançou dois heróis com trajecto inverso.
É o caso de Pelé(zinho), lançado nos anos 90 e que em breve regressará aos relvados (de papel), e de Ronaldinho Gaúcho (já este século e cuja revista está disponível mensalmente nos quiosques portugueses), que Maurício recriou no seu traço característico em histórias em que humor, amizade e futebol andam de mãos dadas.
Pelo caminho ficaram projectos similares com Ronaldo (o fenómeno brasileiro) e Dieg(uinh)o Maradona, por questões relacionadas com direitos de imagem.
E em breve, possivelmente já em Agosto, a equipa de Maurício de Sousa vai receber um reforço de peso, Neymar(zinho), num registo juvenil, próximo da Turma da Mônica Jovem.
(Versão revista do texto publicado no Jornal de Notícias de 2 de Julho de 2012)



01/07/2012

Selos & Quadradinhos (79)

Stamps & Comics / Timbres & BD (79)


Tema/subject/sujet: Naruto
País/country/pays: Japão/Japan
Data de Emissão/Date of issue/date d'émission: 2009

30/06/2012

Melhores Leituras

Junho 2012


Furioso (Futuropolis)
Lorenzo Chiavini
 

Frank Miller


Yves H. e Hermann


Franquin e Greg
 

Giovanni Luigi Bonelli e Guglielmo Letteri


Desvendando os quadrinhos (M. Books)
Scott McLoud
 

El arte devolar (Ediciones del Ponent)
António Altarriba  e Kim
 

Black Hole (Delcourt)
Charles Burns
 

en Silence (KSTR/Casterman)
Audrey Spiry

29/06/2012

As aventuras de Philip e Francis #1

Ameaças ao Império


Pierre Veys (argumento)
Nicolas Barral (desenho)
Gradiva (Portugal, 2005)
240 x 310 mm, 56 p., cor, cartonado
7,50 €

28/06/2012

Pequenos Prazeres












Arthur de Pins
Contraponto (Portugal, Junho de 2012)
152 x 234 mm, 176 p., cor, brochada com badanas
16,60 €



1.      Este é mais uma daquelas surpresas que apesar de tudo o que conhecemos – crise, dimensão reduzida do mercado de BD, pouca audácia editorial, etc. – continuamos a encontrar ciclicamente nas nossas livrarias.
2.      Sem o impacto de “Persépolis”, é a segunda aposta em dois meses da Contraponto – e eu sei que há mais a caminho…
3.      É também – de novo – a prova de que existem outros formatos de publicação de BD, que podem ser (economicamente) viáveis para o mercado português…
4.      Neste caso o chamado “formato livro”, com quase duas centenas de pranchas que compilam os dois tomos originais, e pouco mais caro do que o álbum tradicional.
5.      É verdade que nalguns casos – poucos – a legibilidade dos balões ficou algo comprometida, mas no global o objecto em si satisfaz e cumpre bem a sua missão.
6.      “Pequenos Prazeres” – num registo de todo diferente do de “Persépolis” – conta as (des)aventuras de Arthur com o belo sexo.
7.      Tímido, algo introvertido e complexado, não é no entanto muito diferente dos homens da sua idade – aquela zona indefinida entre o fim da juventude e a entrada na idade adulta – demonstrando muitas dificuldades em relacionar-se com colegas, amigas ou simples (complexas?) desconhecidas.
8.      Representante de uma geração desde cedo bombardeada com sexo – como se nada mais houvesse na vida – vê-se e deseja-se para encontrar alguém com quem o partilhar…
9.      Mas mesmo quando (quase…) o consegue, os preconceitos, ilusões e medos sobrepõem-se ao momento e quase sempre estragam-no.
10. Colectânea de anedotas conhecidas, situações inesperadas e ideias divertidas, “Pequenos Prazeres”, se não transpira tanto sexo quanto quer deixar a entender o texto da contracapa, tem-no como tema central…
11.  Tratado com bastante humor, com facilidade diverte e provoca sorrisos, até pela facilidade de identificação com muitas das situações ou o inesperado de muitos dos desfechos.
12.  O tom aqui e ali um pouco mais picante – mas de todo longe de exigir uma bolinha vermelha no canto superior das páginas – acaba por ser aligeirado pelo traço escolhido: caricatural, agradável (, “fofinho” dirão muitos), próximo do utilizado nas figuras “Amor é…” que estiveram em voga nos anos 80, num contraste que surpreende e acaba por funcionar bastante bem.
13.  Com uma capa apelativa, “Pequenos Prazeres”, leitura leve e que dispõe bem, mais do que dirigido aos habituais leitores de quadradinhos, tem tudo para agradar a um espectro de público bem mais vasto.
14.  O que não deixa de ser bem positivo, como tudo que contribua para aumentar o número de leitores (também) de BD em Portugal e o espaço de prateleira nas livrarias para este género.


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