21/10/2013

AmadoraBD 2013 (II)

Nomeados para os Prémios Nacionais de BD

Melhor Álbum Português
O Baile, Joana Afonso (des) e Nuno Duarte (arg), Kingpin Books

Palmas para o Esquilo, Pedro Serpa (des) e David Soares (arg), Kingpin Books

Super Pig - A Roleta Nipónica, Osvaldo Medina (des) e Mário Freitas (arg), Kingpin Books



Melhor Argumento para Álbum Português
Nuno Duarte, O Baile, Kingpin Books

David Soares, Palmas para o Esquilo, Kingpin Books

Mário Freitas, Super Pig - A Roleta Nipónica, Kingpin Books

Pedro Leitão, As Aventuras de Zé Leitão e Maria Cavalinho - Regresso ao Castelo Violeta, Gailivro

Santos Costa cm adaptação de Emilio Salgari, Os Piratas do Deserto, Edições ASA


Melhor Desenho para Álbum Português
Joana Afonso, O Baile, Kingpin Books

Pedro Serpa, Palmas para o Esquilo, Kingpin Books

Osvaldo Medina, Super Pig - A Roleta Nipónica, Kingpin Books

Carlos Rocha, Vamos Aprender - A Moral da História, Kingpin Books

Pedro Leitão, As Aventuras de Zé Leitão e Maria Cavalinho - Regresso ao Castelo Violeta, Gailivro


Melhor Álbum de Autor Estrangeiro
12 A Doce, François Schuiten, Edições ASA

Ar Puro e Água Fresca, Pero, Polvo - Rui Brito Edições

Portugal, Cyril Pedrosa, Edições ASA

Rugas, Paco Roca, Bertrand Editora

Morro da Favela, André Diniz, Polvo - Rui Brito Edições

Fun Home - Uma Tragicomédia Familiar, Alison Bechdel, Contraponto


Melhor Álbum de Tiras Humorísticas
Há Piores 2 - Ainda mais Profundo!, Derradé (des) e Geral (arg), Polvo - Rui Brito Edições

Enorme, Brutal, Colossal 2012!, Henrique Monteiro, Edições ASA


Melhor Ilustração de Livro Infantil (autor português)
Bernardo Carvalho, Olhe, por favor, não viu uma luzinha a piscar? - Corre, coelhinho, corre!, Planeta Tangerina

Yara Kono, O Tesouro do Palácio, Caminho

André da Loba, Bestial, Pato Lógico

Madalena matoso, O que há, Planeta Tangerina

Catarina Sobral, Achimpa, Orfeu Mini

Maria João Worm, O Amor Perfeito, poema para descobrir e construir, Quinta de Jade


Clássicos da 9ª Arte
Rosa Delta sem Saída, Fernando Relvas, Polvo - Rui Brito Edições

Corto Maltese - As Helvéticas, Hugo Pratt, Edições ASA

Surfista Prateado: Parábola, Moebius e John Buscema (des) e Stan Lee (arg), Levoir/Público

A Política segundo Mafalda, Quino, Edições ASA

Demolidor: Renascido, David Mazzuchelli (des) e Frank Miller (arg), Levoir/Público


Fanzine
BDLP nº2, João Mascarenhas (coord), Grupo Extractus Extractus e Estúdios Olindomar

BDLP nº3, João Mascarenhas (coord), Grupo Extractus Extractus e Estúdios Olindomar

Espaço Marginal nº0, Marco Silva (coord), Laboratório de Arte e Comunicação Multimedia do IP Beja


O júri foi constituído por Nelson Dona (director do AmadoraBD), Luis Salvado (jornalista e especialista bedéfilo), Sara Figueiredo Costa (jornalista e comissária da exposição de Ricardo Cabral), Ricardo Leite (coleccionador e amante da 9ª Arte) e Filipe Melo (autor), que por motivos profissionais não pode comparecer.


(Texto da responsabilidade da organização)

20/10/2013

The Walt Disney Company


Máquina de sonhos Disney já tem 90 anos



Há 90 anos, mais exactamente a 16 de Outubro de 1923, os irmãos Walt e Roy Disney formavam a The Walt Disney Company, responsável desde então por fazer sonhar sucessivas gerações.

Inicialmente designada Disney Brothers Cartoon Studios, tinha a sua sede em Los Angeles e não era a primeira investida dos irmãos Disney na produção cinematográfica, pois outras, por diversas razões, já tinham ficado pelo caminho.
A perda de duas personagens bem-sucedidas - Alice (criada em 1923), que combinava actores de carne e osso com animação, e Oswald, The Lucky Rabbit (1927) – devido a não haver contratos em seu nome, lição que Disney aprendeu como o demonstrou no futuro, não os impediu de prosseguir e o sucesso chegaria em Novembro de 1928, na forma de um rato – Mickey de nome próprio – estrela de Steamboat Willie, primeiro filme de animação sonoro, e de Plane Crazy, mais antigo – mas surpreendentemente actual e divertido - que só estreou posteriormente por ser mudo.



No novo estúdio, Roy Disney (1893-1971) assumia o controlo financeiro, Walt Disney (1901-1966), assumia a produção, e Ub Iwerks (1901-1971) era o responsável pelo desenho e pela animação.
Seria este último a assumir também as primeiras tiras de BD de Mickey Mouse, surgidas em 1930 na senda do sucesso dos filmes animados. Os quadradinhos foram numa primeira fase uma forma de alargar a divulgação das suas personagens, mas em breve, sempre sob rigoroso controle da Disney, seriam cedidos a companhias subsidiárias, primeiro nos Estados Unidos, depois nos países nórdicos. Brasil e Itália, este último o principal produtor das aventuras desenhadas de Mickey Donald e companhia na actualidade.
A década de 1930 assistiu ao nascimento das Silly Simphonies, curtas-metragens especialmente centradas nos elementos da natureza, que valeram ao estúdio sete Óscares – o primeiro em 1932 com Flowers and Trees - e viram nascer um certo Donald Duck – em The Wise Little Hen (1934).
Mickey ganhou cor em 1935 e, em 1937, estreava a primeira longa-metragem animada Disney, Branca de Neve e os Sete Anões, distinguida com um Óscar pelos progressos técnicos alcançados.
Foi neste último factor, a par da sua indiscutível qualidade e da vocação familiar das produções Disney, que assentou o sucesso cimentado ao longo dos anos em animações que marcaram - e continuam a marcar - sucessivas gerações como Fantasia (1940), Bambi (1942), Peter Pan (1953), 101 Dálmatas (1961), Rei Leão (1994), Carros (2006), entre muitas outras.
A par da produção cinematográfica e da banda desenhada, The Walt Disney Company ao longo das décadas impôs-se como uma das maiores corporações multimédia a nível mundial, apostando também na rádio, televisão – onde se recodam programas como O Clube do Mickey Mouse, Disneyland ou, mais recentemente, Duck Tales, Hanna Montana ou Phineas e Ferb - teatro, musica, parques temáticos e em conteúdos online.
Noventa anos depois da sua criação, mais de 300 filmes e 36 Óscares depois, The Walt Disney Company, que resistiu ao falecimento dos seus fundadores, emprega cerca de 165 mil pessoas, apresentou no ano passado lucros brutos de 6,5 mil milhões de euros, num volume de negócios de 30 mil milhões de euros e promete continuar a encantar crianças de todas as idades, mesmo que já sejam adultos…


(Versão revista e aumentada do texto publicado no Jornal de Notícias de 16 de Outubro de 2013)

Astérix entre os Pictos na FNAC


19/10/2013

As Vendas do Pedro

Revistas franco-belgas

Ao longo dos muitos anos que levo ligado à banda desenhada, por diversas razões (ofertas sem possibilidade de troca, compras em duplicado, substituição por edições mais recentes, mais completas ou em português...) acumulei revistas, livros, figuras e selos repetidos.
Para libertar espaço, estou agora a disponibilizá-los a quem me costuma ler. Salvo indicação em contrário, as edições encontram-se em bom estado.
Eis as minhas propostas de hoje:

BoDöi #1 a #116
300,00€ - vendidas

(A Suivre) #210 a #239
250,00 €





VENDIDAS!
Bang! #1 a #4
(nouvelle formule)
12,00 € (lote de 4 números)

VENDIDA!
Pilote Spécial Été 2003
3,00 €

Lanfeust Mag #88
114 p., 2,00 €

Lanfeust Mag #89
180 p., 3,00 €

VENDIDA!
Suprême Dimension #06
98 p., 2,00 €

VENDIDA!
Suprême Dimension #07
98 p., 2,00 €

VENDIDA!
Suprême Dimension Hors-Série Plage
74 p., 2,00 € 

VENDIDA!
Hello BeDe #05
2,00 €

bachi bouzouk #01
3,00 €

  
Ao preço indicado, deverá ser acrescentado o valor dos portes, em função da modalidade a combinar com o comprador.
Quem estiver interessado nalguma das revistas atrás mostradas, deverá indicá-lo no espaço dos comentários, ficando a revista (ou o lote de revistas) reservado durante 48 horas. De seguida, deverá confirmar esse interesse para o e-mail pedro.cleto64@gmail.com.
Após combinarmos a modalidade de envio do(s) livro(s), indicarei o NIB para onde deve ser feito o pagamento, ficando as edições reservadas durante 48 horas. Passado esse período voltará a ficar disponível para outros interessados.


Ver outras Vendas do Pedro aqui.

18/10/2013

Tif et Tondu: Enquêtes Mystérieuses

Intégrale #8











Tillieux e Desberg (argfumento)
Will (desenho)
Dupuis
Bélgica, Setembro de 2010
220 x 300 mm, 156 p., cor, cartonado
20,50 €


Regresso regularmente aos integrais franco-belgas.
Pela qualidade editorial, pelos dossiers que abrem os volumes (no caso presente dedicado á entrada de Desberg para a equipa criativa), pela boa relação qualidade/preço, pelo regresso a heróis e/ou géneros que me marcaram há (alguns…) anos e aos quais volto de forma recorrente e com prazer.
Este oitavo tomo da Tif e Tondu, marcado pela entrada de Desberg como co-argumentista de Tillieux, mostra o duo de protagonistas em duas situações distintas.
Na primeira história – Aventure Birmaine – deslocados do seu ‘habitat’ natural – funcionam mais como espectadores do que como actores principais de uma história com leves contornos políticos, centrada na busca de um tesouro arqueológico numa antiga colónia francesa, por um grupo em que nem todos são quem parecem, como se descobre no final - trágico.
No relato seguinte – Le gouffre interdit, a pérola deste integral – apesar dos espaços (aparentemente) abertos em que decorrem, Tif e Tondu movem-se num cenário (quase) fechado, balizado por três ou quatro pontos de referência, com uma galeria de personagens curta mas bem trabalhada, em que o clima de mistério e suspense atinge níveis bastante interessantes.
Na base da história, consistente e engenhosamente pensada e desenvolvida por Tillieux e Desberg, está um assalto a um banco seguido da morte (?) dos ladrões na sequência de um acidente junto a uma ravina funda e inacessível, cujo acesso foi convenientemente interditado.
Finalmente, Les passe-montagnes leva-os em pleno Inverno para a alta montanha, onde descobrem uma secreta estância de luxo para milionários, onde terá lugar um rapto. Apesar da abordagem de duas temáticas então actuais – a importância do petróleo e o terrorismo asiático – e do ritmo mais vivo, a acção a rodos é de certa forma cortada por um tipo de humor que não assenta bem no espírito da série e acaba por desmotivar um pouco a leitura.
Leitura que, no seu conjunto, não é novidade, vale pelo tom nostálgico e pelo reencontro com dois clássicos infanto-juvenis que marcaram (e replicaram) a BD franco-belga (mais) tradicional de aventuras das décadas de 60 a 80.

17/10/2013

Kick-Ass










Mark Millar (argumento)
John Romita Jr. (desenho)
Tom Palmer Sr. (arte-final)
Dan White (cor)
Panini Comics
Espanha, 2010
185 x 280 mm, 224 p., cor, cartonado
19,95 €

Kick-Ass é uma ode à violência, ao mesmo tempo que desconstrói, a dois tempos, os cânones dos relatos de super-heróis.
No início, numa abordagem realista, quando apresenta Dave Lizewski, um adolescente nerd fã de super-heróis que decide imitá-los, acreditando que bastava vestir um fato de licra – faltaram-lhe as cuecas por fora… - para adquirir poderes e sair pelas ruas a enfrentar marginais.
O resultado, mostrado de forma crua por Millar e Romita, é demolidor (desculpem o trocadilho) para ele, que acaba – durante semanas… - numa cama de hospital, com muitos ossos partidos, sujeito a várias operações e a longas sessões de fisioterapia.
Esta abordagem – tivesse Kick-Ass terminado aqui – faria desta uma obra sobre o fim dos sonhos infanto-juvenis e o duro despertar para a (dolorosa) realidade da vida.
No entanto, Millar não parou e, num segundo fôlego, leva a sua abordagem de desconstrução dos super-heróis, para o extremo oposto, introduzindo Hit-Girl, pouco mais do que uma menina, exímia na utilização de espadas de samurai, e transforma Kick-Ass numa explosão de sangue a jorros – e não apenas ‘salpicos’ como lhes chama Celes J. López no conseguido prefácio – mostrando o que realmente aconteceria se a violência dos relatos de super-heróis fosse transposta para o mundo real.
E se, pessoalmente, penso que a obra ganharia se tivesse ficado pela primeira parte - mas nesse caso não teriam surgido as inevitáveis (e rentáveis) sequelas… - sem concessões reconheço que Kick-Ass, para lá de um regalo para os olhos – sim, eu sou fã do traço de Romita Jr. – é também uma narrativa que vai além da leitura imediata, provocadora e (muito) divertida, e desafia o leitor a (re)ler os comics de super-heróis com outros olhos. 

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