Desvios
Western
puro
e duro que ao longo dos anos foi sabendo adaptar-se às mudanças
impostas pelos (re)nov(ad)os tempos,
Tex
tem tido pontualmente - e desde sempre - alguns desvios aos seus
princípios basilares e mesmo à sua essência.
Sucessão
Nestor
Burma é um detective privado criado pelo romancista Léo Malet, na
década de 1940, quando decidiu que os protagonistas de romances
policiais não precisavam de ser norte-americanos, mas podiam evoluir
na sua França natal.
Nos
anos 1980, Jacques Tardi, 'contemporâneo' de Burma, fez a primeira
de quatro (aclamadas)
adaptações
dos seus inquéritos para BD, aproveitando a liberdade gráfica,
temática e do número de páginas, concedida pela revista (À
Suivre),
retratando num preto e branco
(e cinza)
magnífico a sua paixão por Paris.
Não
é, no entanto, a obra de Tardi que a Gradiva propõe aos leitores
portugueses - o
que obviamente se lamenta, embora
prometa a sua edição posterior - mas sim a continuação da série
por Emmanuel Moynot.
Tortura
íntima
Leitura
adiada por demasiado tempo, este segundo integral das tiras diárias
de Matt Marriott, o western
britânico aqui assinado por Tony Weare e James Edgar, confirma-o
como o mais humano e ao mesmo tempo mais duro relato aos quadradinhos
do género, com o tanto de arriscado e subjectivo que têm afirmações
absolutas como esta.
Mesmo
que, ao fim de cinco relatos e aproximando-se do meio milhar de
tiras, a série ainda não tivesse atingido o seu auge.
À descoberta
Há muito
rendido ao catálogo Bonelli - na óptica da BD popular,
fundamentalmente de entretenimento - com (algum) conhecimento de
algumas das suas séries principais, com Tex e Julia à cabeça, mas
passando também por Dylan Dog, Martin Mystère, Dampyr, Nick Raider,
Dragonero, Zagor, Mister No... tenho desde sempre uma lacuna que
alguns julgarão imperdoável: Nathan Never.
(Re)começo aqui, uma descoberta mais profunda de uma série de que até hoje nem
sequer tinha lido uma mão cheia de títulos.
Adolescente
Aproveitando
a acalmia editorial que costuma caracterizar o início de cada ano em
Portugal, fui tentando diminuir a pilha de leituras atrasadas, onde 'encontrei' este
Através do espelho, que confirmou as expectativas que tinha: uma leitura consistente e
bem disposta, de tom adolescente/jovem,
mas a justificar bem o investimento.