Biografia
ousada do poeta maldito
O
tema não era fácil nem a obra poderia ser ligeira, por isso
biografar Charles Baudelaire em banda desenhada comportava riscos
óbvios, mas Bernard Yslaire, que regressa ao mercado português com
este Menina
Baudelaire,
sai-se muito bem da tarefa a que se propôs, reflectindo na sua obra
a vida atribulada e a inquietação permanente do autor de As
Flores do Mal.
Não
tentem fazer isto em casa...
Numa
época em que impera a ditadura do ‘politicamente correcto’ e a
presunção de que tudo é ofensivo para alguém e em
que umas quantas minorias acéfalas tentam impor os seus pontos de
vista, censurando, reescrevendo, alterando ou proibindo, uma leitura
como Adele,
surge como uma refrescante alternativa, livre de pressões e
preconceitos e é
uma pedrada no marasmo reinante
A Seita + Arte de Autor/A Seita
Diferenças ou semelhanças?
No
actual panorama editorial português para os mais novos, nas séries
protagonizadas por crianças, podemos distinguir três ‘modelos de
base’, se assim os posso designar. A
combinação de realidade com fantasia e magia em
Olívia; a
imprevisibilidade das crianças
terroristas, de que a Incrível Adele
é um feliz
protótipo e, finalmente, as histórias ancoradas no quotidiano, como
espelha este Ariol.
(em construção)
Entre
o humor e o horror
Integrado
na colecção Spirou
por...,
que apresenta versões relativamente livres do famoso aventureiro
vestido de groom,
A
esperança nunca morre
é a inesperada continuação de O diário de um ingénuo,
porque esta série era até aqui formada apenas por álbuns
auto-conclusivos.
Espelho
da Água,
adaptação por João Sequeira do conto homónimo de Rui Cardoso
Martins, foi uma das edições da Polvo no último Amadora BD.
E
foi o pretexto para uma conversa à distância com os dois autores,
com a valiosa intermediação de Rui Brito, que originou o texto
publicado na edição do Jornal de Notícias de 2 de Janeiro de 2023.
Já
as seguir, podem ler as versões integrais das declarações dos dois
autores.