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17/09/2010

Blacksad: um novo álbum e um filme








As Edições Asa distribuem hoje nas livrarias FNAC, em simultâneo com a edição original francesa, o álbum “Blacksad: O inferno, o silêncio”, quarto tomo desta série escrita por Juan Díaz Canales e desenhada por Juanjo Guarnido. O álbum chegará às restantes livarias do país em Outubro. Premiada um pouco por todo o mundo e tendo conquistado os favores do público e da crítica, “Blacksad”, que retoma a tradição dos grandes autores do género, é um policial negro ambientado em meados do século XX que nos primeiros três álbuns revisitou temas como a intriga em meios cinematográficos (em "Algures entre as sombras"), o racismo e o Ku-Klux-Klan ("Artic nation") ou a caça aos comunistas nos EUA ("Alma vermelha").

29/09/2010

Blacksad #4 – O inferno, o silêncio

Juan Días Canales (Argumento) Juanjo Guarnido (desenho e cor) Edições ASA (Portugal, Setembro de 2010) 240 x 320 mm, 56 p., cor, cartonado

Resumo Blacksad e Weekly vão a Nova Orleães para procurarem Sebastian “Little Hand” Fletcher, um pianista de jazz (deficiente de uma mão!) caído em desgraça pelo seu vício de heroína, a pedido de Fausto Lachapelle, ex-músico medíocre e produtor musical bem sucedido com um cancro em fase terminal. À medida que a investigação decorre, o felino descobre que nem tudo é o que parece é e que há segredos escondidos que alguns querem que permaneçam assim. 

28/07/2022

Blacksad #1

Ágil como um felino, o detective...


Escrevia eu há 20 anos no Jornal de Notícias de 17 de Setembro:
Tal como o western, também o policial tem sido ciclicamente reinventado, situando a acção em passados históricos ou futuros imaginários, ou através de novos protagonistas, sejam eles homens ou mulheres, detectives particulares ou polícias oficiais, musculosos ou de grande capacidade dedutiva. E esta reinvenção pode acontecer, mesmo quando a história contada já o foi centena ou milhares de vezes, como é o caso de Blacksad #1 - Algures entre as sombras.

11/02/2015

Leitura Nova: Blacksad #5 – Amarillo








Deve ter chegado ontem às livrarias o quinto tomo das aventuras de Blacksad, dos espanhóis Diaz Canales (argumento) e Juan Guarnido (desenho), agora no catálogo da Arcádia (grupo Babel).
Deixo aqui o link para a leitura que fiz da obra aquando do lançamento da edição francesa e já a seguir está a sinopse e a ficha técnica – onde Blacksad surpreendentemente está classificado como leitura “infanto-juvenil”… - que a editora disponibiliza no seu site.

12/12/2013

Blacksad: Amarillo













Blacksad, o gato detective está de volta, numa narrativa recheada de imprevistos e falsas aparências, em que abundam boas-vontade e a violência está menos presente do que é habitual.
Ao mesmo tempo, Díaz Canales e Juan Guarnido continuam a sua viagem pela América enquanto exploram – para nosso prazer - todas as cores do arco-íris…

O desenvolvimento, já a seguir.

26/02/2024

Blacksad #7

A unanimidade que 'Blacksad' justifica

Sei que a unanimidade é perigosa mas no caso de Blacksad é impossível não ficar deslumbrado pelo originalidade da sua estrutura, pela qualidade das histórias e pela desenvoltura do traço desta criação dos espanhóis Juan Díaz Canales e Juanjo Guarnido
O título mais recente Então, tudo cai é, até agora, o mais ambicioso da série e talvez por isso foi necessário dividir a história por dois álbuns - e sobre o primeiro, já escrevi aqui - que a Ala dos Livros já disponibilizou em português, reproduzindo as capas originais que compõem uma imagem única (ver acima), com quatro dos principais intervenientes e a coragem da segunda não ter o protagonista.

08/10/2021

Blacksad #6

Quem espera...


...desespera’, diz a sabedoria popular - seja lá o que for esse mito de antanho, porque quando olhamos em volta hoje em dia, de sabedoria vemos nada ou muito poucoSabedoria popular que, para ter sempre razão, tem o dito precisamente oposto: ‘...sempre alcança’.
Mas, no entanto, é possível combinar ambos os quesitos, como o prova o presente regresso de Blacksad: se os leitores desesperaram ao longo de 8 longos anos, agora finalmente alcançaram o que desejavam: um novo álbum. E que álbum!
[Mais um dos ‘álbuns do ano’ em que 2021 se está a revelar tão fértil, ao ponto de quase esvaziar este chavão…]

12/01/2022

2021: As escolhas dos editores - Ala dos Livros

Para complemento do balanço do ano de 2021, no que à BD diz respeito, que o blog As Leituras do Pedro está a efectuar ao longo deste mês, os principais editores nacionais foram desafiados a indicar as suas escolhas e também a anteciparem o ano de 2022.
Hoje, as opiniões de Ricardo Magalhães, da Ala dos Livros.

03/10/2014

A BD que vamos ler até Dezembro








A três meses de terminar 2014, ainda vai ser muita a BD que vamos poder ler. E para (quase) todos os gostos, de Blake e Mortimer a Blacksad, de Habibi a Mafalda, de João Amaral a David Soares, passando por diversas (grandes) surpresas, entre novas colecções e/ou parcerias com jornais, a descobrir lá para o final do texto.
Façamos então o ponto da situação - o possível, pois fica a ideia que muitas editoras ainda continuam a acreditar que a falta de informação é a melhor estratégia…

19/04/2021

O Burlão nas Índias

Trapaceiros...


Estou em dívida. Para com os autores deste notável O Burlão nas Índias, para com a editora Ala dos Livros e para com os meus leitores. Porque, devia ter escrito sobre esta obra, assim que a li mas, por vezes, surgem casos assim: acabo a leitura deslumbrado, esmagado, arrebatado, com imenso prazer, mas sinto que nunca serei capaz de escrever um texto à sua altura...
Felizmente não são muitas, mas esta é uma delas.
Proponho assim duas versões da minha leitura: uma curta e uma longa.
A curta é esta: esqueçam o que vem a seguir - sei que vai ser um texto forçado, sem a emoção devida - encomendem a obra e lancem-se à leitura. Não vão arrepender-se.
Se quiserem experimentar a versão longa, prossigam, já a seguir.

15/10/2017

Leitura Nova: Corto Maltese - Equatória





(nota informativa disponibilizada pela editora)

1911. Entre Veneza e as selvas da África equatorial, Corto procura o “Espelho do Preste João”, um misterioso objecto relacionado com as Cruzadas. Na sua rota, cruza-se com três mulheres cujos destinos são estranhamente complementares: Aída, uma perspicaz jornalista, Ferida, que monta uma expedição em busca do pai que desapareceu, e Afra, uma antiga escrava.

15/07/2015

Finalmente o Verão








Sendo já uma das surpresas aos quadradinhos deste verão – com a chancela da Planeta Tangerina, que tem como imagem de marca o cuidado gráfico posto nas suas edições - Finalmente o Verão, ganha relevância – a que cada um quiser, claro… - pelo facto de ter sido há dias distinguido com o Eisner para Melhor Álbum Gráfico (Inédito)[, integrando um palmarés onde também se encontra Saga (Melhor Série) e Blacksad: Amarillo (Melhor Edição Americana de Material Estrangeiro), também editados em português, respectivamente pela G. Floy e a Arcádia], para além de estar igualmente nomeada para os Harvey Awards
É mais uma obra de leitura obrigatória, num mês de Julho que se tem revelado rico em surpresas, como raramente esta época o foi alguma vez, no que à edição de BD em Portugal diz respeito.

16/01/2023

2022 - Séries & Colecções: 7 a não perder + 20 a acompanhar

Parece completamente ultrapassado o paradigma de que em Portugal eram muitas as séries de BD iniciadas e quase nenhuma as que as editoras levavam até ao fim.

Tal como tinha acontecido em anos recentes, em 2022 foram publicados volumes de mais de oito dezenas de séries.

Para além das séries propriamente ditas, há também 12 colecções em curso, ou seja conjuntos de álbuns isolados mas de temática comum. As mais evidentes, a Colecção Clássica Marvel e os Clássicos da Literatura em BD.

Se muitas foram as séries e colecções que começaram no ano transacto, 16 chegaram ao fim durante o mesmo período, variando a sua duração entre os 2 e os 21 (!) volumes. Poderão encontrar a sua listagem completa mais abaixo.

28/09/2016

Como viaja a água









“Porque queremos pensar que a nossa vida é uma viagem como a da água.”
In Como viaja a água

02/09/2010

Leituras ASA de Setembro

Lista dos títulos previstos pelas Edições ASA para o mês de Setembro:

Happy Sex
Zep (argumento e desenho)

Com um humor cúmplice e irónico, este álbum evoca o nosso tempo, com pranchas muito divertidas, especialmente aquelas que dizem respeito às situações do dia-a-dia que, sem caírem na vulgaridade, abordam temas como as imperfeições do corpo, as obsessões e a gestão da vida sexual… sem nos esconder absolutamente nada!
O grafismo de Zep juntamente com as cores pastel que utilizou, permitem mostrar o corpo humano com humor, pondo a nu as excentricidades e os comportamentos sexuais mais hilariantes!

Adèle Blanc-sec , vol. 1
(inclui os álbuns “Adèle e o Monstro” e “O Demónio da Torre Eiffel”
Jacques Tardi (argumento e desenho)
Esta série decorre nos inícios do séc. XX. Uma época de grandes feitos tecnológicos e avanços científicos, onde tudo é possível. Uma época na qual ciência e misticismo andam de mãos dadas, em busca de um futuro melhor para a humanidade…
É neste contexto que têm lugar as extraordinárias aventuras de Adèle Blanc-sec; no primeiro volume, assistimos à eclosão de um ovo de pterodáctilo que levará à revelação de seitas diabólicas que ameaçam Paris…

Spirou e Fantásio #51 – A invasão dos Zorcons
Vehlmann (argumento)
Yoann (desenho)

Edição com capa exclusiva para a FNAC disponível a partir de 3 de Setembro
O célebre sábio Pacómio passa tranquilamente os dias no seu Castelo… Enquanto se dedica às suas experiências, o nosso amigo micólogo recebe a intrigante visita de um Zorglub que se apresenta mais altivo do que nunca… Mas o que pensar do comportamento do Conde que confunde o seu famoso rival com um simples canalizador? Será que Zorglub preparou minuciosamente todas as catástrofes que estão prestes a ocorrer?
Com a edição deste álbum, assistimos ao regresso de um mítico duo da banda desenhada humorística a uma selva insólita, infestada de criaturas inquietantes…


Blacksad - O inferno, o silêncio
Dias Canales (argumento)
Juan Guarnido (desenho)


(álbum a lançar dia 17, em simultâneo com a edição original francesa)



As Aventuras de Tintin
Hergé (argumento e desenho)
(nova tradução e novo formato: 160 x 220 mm)
PVP: € 8,90


Tintin no país dos sovietes
Tintin vai à Rússia fazer uma reportagem para o jornal, mas vários homens tentam impedi-lo para que não revele a verdadeira realidade russa.
Originalmente publicado num suplemento juvenil, esta história foi retirada de circulação por Hergé a partir dos anos 30 e só em 1973 voltou a ser publicada, tornando-se num “best-seller”. Livro onde o regime comunista e os comunistas são retratados como vilões, o que gerou controvérsia.
É o único livro de Tintin a preto e branco

Tintin no Congo
Tintin é enviado para o Congo, colónia belga na época. Por uma série de peripécias acaba por entrar em confronto com um bando de gangsters que controlam a produção de diamantes…
Esta história foi publicada inicialmente no suplemento juvenil e depois em álbum a preto e branco.
Em 1946, Hergé redesenhou a história alterando a ideologia colonialista do álbum, deu-lhe cor e alterou os diálogos.

Tintin na América
Tintin parte para a América durante o período da lei seca. Em Chicago é raptado por gangsters, cujo chefe é Al Capone, que o consideram perigoso. Após escapar e ser de novo perseguido, acaba por encontrar os peles-vermelhas…
Este álbum é considerado um dos mais fantasistas e infantis. Hérge quis centralizar a história nos índios da América, que o fascinavam.

Os Charutos do Faraó
Tintin está a fazer um cruzeiro com destino ao Extremo Oriente, quando encontra um egiptólogo extravagante que procura a tumba de um faraó. Ao decidir acompanhá-lo é capturado e após várias peripécias chega à Índia, onde desmonta uma organização de traficantes de ópio…
Álbum inicialmente publicado a preto e branco, foi o último a ser colorido, em 1955. Este álbum surgiu 12 anos após a descoberta do túmulo de Tutankhamon.

O Lótus Azul
Um mensageiro da China, que se iria encontrar com Tintin, é atingido por uma flecha envenenada com o veneno da loucura, dando-lhe apenas tempo para pronunciar o nome Mitsuhirato. Tintin parte em busca deste individuo desconhecido, o que o leva até à Índia e à China…
Publicado em álbum a preto e branco em 1936, só 10 anos depois foi colorido.
Este livro, onde Hergé defende a causa chinesa, nunca foi bem visto pelos japoneses.

A Orelha Quebrada
Tintin investiga o roubo no Museu Etnográfico de um fetiche pertencente a uma tribo – Os Arumbaias. As pistas levam-no até à América do Sul, onde existe uma revolução em curso. Perseguido por todos, refugia-se na tribo dos Arumbaias onde descobre o segredo do fetiche… Álbum editado em 1937, foi reeditado a cores em 1943.
Mais uma vez são feitas alusões à actualidade mundial - a guerra do Chaco, entre o Paraguai e a Bolívia. No livro Hergé denomina o conflito por “guerra do Chapo”.

(Resumos da responsabilidade da editora)

12/11/2009

A Fórmula da felicidade #1 (de 2)

Nuno Duarte (argumento)
Osvaldo Medina (desenho)
Ana Freitas (cores)
Kingpin Books (Portugal, Dezembro de 2008
212 x 297 mm, 48 p., brochado com badanas


O que é a felicidade? Como se alcança? Se Nuno Duarte não dá a estas duas questões as respostas que todos desejam conhecer, coloca uma terceira e curiosa pergunta: E se a felicidade estivesse dependente de uma fórmula matemática?
Para a suportar, assenta a sua história, forte e bem estruturada, nalguns – bem explorados – clichés: o génio(zinho) matemático, filho de uma prostituta e de pai incógnito, por isso marginalizado e humilhado por (quase) todos, que busca nos números o refúgio e o consolo que os humanos não lhe dão. Quando descobre a tal fórmula que, quando lida por ele, produz a felicidade instantânea, passa de desprezado a adulado, o que não significa que tudo mude pois N. Duarte corta o entusiasmo questionando, ao concluir este primeiro tomo, uma das verdadinhas politicamente correctas da nossa sociedade: tornar os outros felizes traz felicidade?
E se pelo que fica escrito, até agora esta parece ser uma obra de argumentista, tal é injusto para o excelente trabalho gráfico de Medina que a suporta, bem servido pelas cores suaves de Ana Freitas. Por um lado, pela extrema legibilidade da sua planificação – algumas sequências, como as páginas iniciais, podiam funcionar até sem o texto (que não é redundante…).
Por outro lado, as suas personagens com cabeças de animais, obviamente inspirados no (recomendável) “Blacksad”, de Guarnido e Canales, escolhidas de acordo com as características de cada um (animal e humano), ajudam a acentuar os pontos fortes da narrativa, enquanto permitem algum (ilusório) distanciamento ao leitor. Ilusório, porque, esta é, sem dúvida, uma fábula sobre os nossos tempos incertos, em que tantos falsos profetas facilmente encontram seguidores.

(Versão revista do texto publicado originalmente a 14 de Março de 2009, na secção de Livros do suplemento In’ da revista NS, distribuída aos sábados com o Jornal de Notícias e o Diário de Notícias)

06/11/2015

Galardões de BD: os nomeados




Já são conhecidos os nomeados para a 1.ª edição dos GALARDÕES BD COMIC CON PORTUGAL 2015, que visa premiar a melhor Banda Desenhada que se faz e edita em Portugal. Os nomeados foram votados por um Grande Júri composto por 15 personalidade ligados à BD, às artes e ao jornalismo. Caberá agora a estes mesmos jurados a escolha dos vencedores em cada categoria, a anunciar durante a Comic Con Portugal, que se realiza entre os dias 4 e 6 de Dezembro na Exponor, em Matosinhos.

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