Títulos da DC Comics editados pela Panini Comics (Brasil) distribuídos este mês nas bancas portuguesas:Batman #85
Superman #83
Superman & Batman #53
Liga da Justiça #84
Títulos da DC Comics editados pela Panini Comics (Brasil) distribuídos este mês nas bancas portuguesas:
Títulos da Mythos Editora distribuídos este mês nas bancas portuguesas:
As notícias dizem que Harvey Pekar faleceu segunda-feira passada. Foi encontrado morto pela sua mulher, Joyce Brabner, no chão da sua casa, em Cleveland, no Ohio. Possivelmente vítima de cancro da próstata, embora também sofresse de hipertensão e de graves crises de depressão.
Este podia ser o lema de Harvey Pekar que, numa das suas páginas chega a afirmar: “Eu vejo as coisas desta maneira – qualquer coisa que não me mate pode ser a base para uma das minhas histórias”.
Por isso não surpreende que Pekar, pessimista, constantemente desgostoso com a vida, revoltado ou simplesmente indisposto (característica que tem vindo a suavizar-se nos últimos anos – os seus “declining years”, como o próprio os define), nos possa narrar uma discussão na mercearia, algo tão significativo como o determinar da rotina diária (despejar cestos de papéis, lavar roupa, arquivar fichas, de forma a reduzir ao mínimo os percursos em escadas), ou o simples descascar de uma tangerina (e o que fazer com os seus caroços!). Ou o seu casamento, o que presencia, a vida daqueles com quem se cruza, as suas presenças no popular talkshow televisivo "Late Night with David Letterman"... Ou, pegando na tal ideia de que “o que não me mata, pode ser tema de história”, o cancro que o afectou, narrado em “Our cancer year” (1994), uma novela gráfica de mais de 200 páginas, em que Pekar (inicialmente Joyce, a sua mulher), com arte de Frank Stack, relata a sua luta contra aquela doença, que o acometeu em 1990, e como a realização da BD o ajudou não só a sobreviver ao cancro mas também ao tratamento que teve de fazer, fortalecendo os seus laços conjugais.
Porque as narrativas de Pekar, às vezes divertidas, às vezes pungentes, sempre verdadeiras, são directas, embora por vezes palavrosas, de leitura agradável pela fluência da narrativa, pela forma como distribui o texto pelas vinhetas ritmando a leitura e também pela escrita fonética que utiliza. E foi por levar, desta forma, a vida real para a BD, elevando-a enquanto arte, que explica a importância (e o sucesso, relativo, à escala de uma BD marginal e independente) de “American Splendor”, mais a mais se atendermos à total ausência de sexo, violência, ficção ou qualquer forma de cedência aos gostos do público.
Marguerite Abouet (argumento)
Mas há também uma discussão entre irmãos sobre se as meninas podem ou não jogar futebol, que termina com um final politicamente incorrecto, em que um corcunda é tomado por alguém que engole bolas (!), uma dissertação sobre a possibilidade dos macacos substituírem irmãos menores ou uma história (não aconselhável a pessoas de estômago sensível) sobre lombrigas.
Pierre Paquet (argumento)
O traço de Sandoval acaba por ser, apesar de tudo, o motivo de maior interesse deste belo livro (enquanto objecto), revelando para quem não o conhece um excelente ilustrador e colorista, com cada vinheta, cada tira, cada página, a transbordar de poesia, movimento e expressividade, sucedendo-se os exemplos de belas imagens e sequências plenamente conseguidas, que o tamanho do álbum ajuda a realçar.
Lyonel Feininger (argumento e desenho)
Franquin (argumento e desenho)
Assim, originou um sem número de inenarráveis acidentes, invenções estrambólicas e ideias disparatadas, que fizeram a vida negra aos seus colegas da redacção da revista - com Fantásio em particular destaque - cujo edifício destruiu várias vezes e tornando-o na personagem mais calamitosa e desajeitada da histórias da banda desenhada, que fez da vida monótona num escritório uma surpresa constante. E, claro, num dos (anti)-heróis mais amados da 9ª arte, a pé ou tripulando o seu Fiat 509, inventando o ininventável ou tocando o ensurdecedor broncofone (antepassado das actualmente mal-amadas vuvuzelas...).
Através dele, Franquin, por natureza introvertido e depressivo, deu largas ao seu génio, através de um humor transbordante e contagiante e de um traço personalizado, vivo, dinâmico e extremamente expressivo, muitas vezes copiado mas nunca igualado.
O comunicado da Mythos Editora surgiu há poucos dias, “curto e directo”:
“Comunicamos com muita tristeza que devido às baixas vendas e aos altos custos redacionais e gráficos a revista J. Kendall - Aventuras de uma Criminóloga (Júlia) deixará de ser publicada. A última edição será a nr. 67, Junho de 2010.”
A notícia, infelizmente não é surpresa, pois apesar de gozar de boas críticas generalizadas, há muito que este título mensal não atingia o limiar de vendas necessário à sua subsistência. Como, na mesma casa editora, já acontecera com outras séries de qualidade, como Martin Mystère ou Dylan Dog, dois outros títulos provenientes da casa Bonelli.
Entretanto, depois deste anúncio, face às reacções surgidas, a Mythos voltou atrás, oferecendo a Júlia, através de uma mensagem do seu editor, Dorival Vítor Lopes, mais um (curto) balão de oxigénio:
“Como esperado, o anúncio causou grande clamor entre os leitores e ontem mesmo já recebi umas dez mensagens de desespero e súplicas para que Júlia continue. Como essas manifestações devem continuar e aumentar, resolvemos fazer mais 4 edições e novamente analisar o quadro de vendas. Então, iremos até o nr. 71, pelo menos.
Claro que contamos com a divulgação dessas edições de todas as formas possíveis e que os leitores também se manifestem indo à banca de jornal.
Muito obrigado por seu constante apoio a Júlia e a todas as publicações Bonelli.
Um abraço,
Dorival”
Sendo verdade que a revista chega às bancas e quiosques portugueses com cerca de 6 meses de atraso – neste momento está disponível a edição #62 -, os portugueses pouco poderão fazer para inverter a situação.
Fica, no entanto a informação – até porque J. Kendall – Aventuras de uma criminóloga tem sido presença recorrente em As Leituras do Pedro – para que, pelo menos, aqueles que nunca se decidiram a experimentar a sua leitura, aproveitem esta última (esperemos que não) dezena de números para conhecer a (duplamente) bela criação de Giancarlo Berardi.
Victor de la Fuente, um dos maiores autores espanhóis de quadradinhos, faleceu aos 83 anos.
, um dos muitos westerns que desenhou, sendo este, sem dúvida, o seu género preferido, embora tenha desenhado (e nalguns casos também escrito) histórias em muitos outros, como o comprovam séries como “Haxtur”, “Anjos de Aço” ou “Mathai-Dor”, adaptações de episódios da História de França (país onde viveu nas últimas quatro décadas) ou versões de cariz religioso como “Le fils de la vierge”, alguns dos quais editados em Portugal, em revista ou em álbum.(Versão revista e aumentada do texto publicado no Jornal de Notícias de 5 de Julho de 2010)

- Há alguma previsão do álbum vir a ser publicado em Portugal? Gostavas que isso acontecesse?
10 pãezinhos - Um dia uma noite (edição de autor), de Fábio Moon e Gabriel Bá (argumento e desenho)
Astroboy #1 (ASA), de Osamu Tezuka (argumento e desenho)
As Tiras Clássicas da Turma da Mônica #5 (Panini Comics), de Maurício de Sousa (argumento e desenho)
Bill Baroud (Fluide Glacial), de Manu Larcenet (argumento e desenho)
Bouncer #5 - O Fascínio das Lobas (ASA), de Jodorowsky (argumento) e Boucq (desenho)
Le poilu (Delcourt), de Olivier De Rességuier (argumento e desenho)
L'impertinence d'un été - première et seconde partie (Dupuis), de Lapière (argumento) e Pellejero (desenho)
Tex - Edição em cores #2 e #3 (Mythos Editora), de Gianluigi Bonelli (argumento) e Aurelio Galleppini (desenho)
Un regard par-dessus l'Épaule (paquet), de Pierre Paquet (argumento) e Tony Sandoval (argumento)
Valéry Der-Sarkissian (argumento)