Como
um vício
Como
um vício - que no entanto faz cada vez menos efeito, mas ainda sem
ter chegado ao ponto de o largar - continuo a ser atraído por
Hermann - pela sua obra… - álbum após álbum, meio ano após meio
ano…
Penguin Random House/Iguana
Com
a publicação de Sermão de Santo António aos Peixes, terceiro
volume da colecção Levoir/RTP, Clássicos
da Literatura Portugueses em BD,
no passado dia 2
de Abril, oportunidade para
mais uma vez ouvir os autores sobre como correu o processo e a
colecção, em entrevistas feitas por correio electrónico,
separadamente.
A
acção por detrás das câmaras e das luzes
Se
começou por ser cómica, daí a sua designação americana, e se se
expandiu ao vestir traço realista para narrar todo o género de
aventuras, a banda desenhada, que aos poucos assumiu também o género
histórico e a adaptação de romances e filmes, em décadas recentes
tem demonstrado à exaustão a sua capacidade para servir todas as
temáticas. A autobiografia, por exemplo ou, mais além e
ousadamente, a reportagem ou reflexões sobre a sociedade, o nosso
mundo, a sua viabilidade e o seu futuro, têm comprovado a
pluralidade e todo o potencial de uma forma narrativa que durante
muitos anos foi considerada por muitos “para as crianças”.
O Amadora BD - Festival Internacional de Banda Desenhada da Amadora já
revelou o cartaz da edição de 2024, as respectivas datas e algumas
dos seus conteúdos.
A
Bedeteca, biblioteca de banda desenhada a funcionar no Centro
Comercial Brasília, no Porto, inaugura hoje, dia 6 de Abril, às 16 horas, na
Galeria de Ilustração e Banda Desenhada Mundo Fantasma, a exposição
Os
Fanzines em Portugal: Anos 70, 80 e 90.
Primeiros
passos
Para
que a banda desenhada continue a ter leitores - e não fique refém
daqueles por quem o tempo vai passando inexoravelmente - é
necessário que as novas gerações desde cedo apreendam as suas
regras e subtilezas.
Memórias
de outra
vida
Quem
viveu por dentro do mundo da banda desenhada nos anos 1980 e 1990,
antes do aparecimento das tecnologias que revolucionaram também a
impressão, e tinha aspirações a ser autor, inevitavelmente ou
quase passou pelos fanzines, ou seja pelas edições amadoras.
É
o caso de Dário Duarte, a identidade secreta (pública) de Derradé
que, entre os jornais em que colaborou, os fanzines que auto-editou e
algumas edições um pouco mais profissionalizadas em que publicou,
foi traçando um retrato do mundo universitário em que vivia então,
que obviamente era também um retrato de um certo Portugal. Entre as
suas criações da época, destacam-se duas que foram recorrente na
sua obra impressa: os Bad Summer Boys, uma banda punk de garagem, e
Bubas, uma projecção em que se adivinham apontamentos
auto-biográficos.